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FIAM-FAAM CAMPUS MORUMBI
TEORIA E HISTÓRIA ARQUITETURA E URBANISMO
Adilson Bruno Urcino
Alexsandro Monteiro
Bruno Vieira 
Ruben Moreno
MONOGRAFIA
Casa de Ernesto Dias de Castro – A Casa das Rosas
Morumbi - SP
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 1.
CASA DE ENERSTO DIAS CASTRO - A CASA DAS ROSAS ------------------------- 1.
A ARQUITETURA -------------------------------------------------------------------------------- 5.
ATUALMENTE ----------------------------------------------------------------------------------- 10.
PRINCIPAIS DIRETRIZES -------------------------------------------------------------------- 13.
CONCLUSÃO--------------------------------------------------------------------------------------- 14.
CROQUIS ------------------------------------------------------------------------------------------- 14.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------------- 15.
12
12
iNTRODUÇÃO
A presente Monografia tem como objeto principal uma breve apresentação da casa de Ernesto Dias de Castro, a atual Casa das Rosas, um dos últimos exemplares remanescentes da arquitetura residencial que caracterizavam a Avenida Paulista, na virada do século XIX para o século XX. O casarão consiste em uma das construções mais bem preservadas da avenida, de fundamental importância de testemunho histórico e artístico da capital paulistana. O projeto é de autoria do Escritório Severo & Villares, seguindo concepção original de Francisco de Paula Ramos de Azevedo.
O nosso objetivo é contextualizar e demonstrar as principais características que compunha essas obras arquitetônica.
casa de Ernesto Dias de Castro - A CASA DAS ROSAS
A casa de Ernesto Dias de Castro é uma das últimas edificações da primeira geração de casas na Avenida Paulista, projetada pelo escritório de Ramos de Azevedo, foi concluída em 1935, pelo escritório Severo Villares Projetos e Construção. Permanece no local até hoje e convive com o Edifício Parque Cultural Paulista.
Ernesto Dias de Castro, nasceu em 1873 no Rio Grande do Sul, filho de Pedro Dias de Castro e Elibia Antunes Maciel. Fez os seus estudos na Escola Politécnica de São Paulo formando-se engenheiro. Por um período, foi professor de matemática em escolas do estado.
Ernesto Dias de Castro
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Em 1903, Ernesto fundou uma empresa chamada Ernesto de Castro & Cia, em sociedade com seu irmão Mario Dias de Castro (que também morou na Paulista) e Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que se tornou sócio investidor da companhia.
No início, a importadora trazia todos os tipos de artigos para construção de edifícios, como ferragens, tintas, vigas de ferro, cerâmica, artigos sanitários, aparelhos para gás e eletricidade, tubos para água, óleos, cimento, madeiras, etc. Anos depois, a empresa mudou o nome para Dias de Castro S.A. Comercial & Importadora.
Além da importadora, durante sua trajetória profissional, Ernesto participou da administração do Banco Mercantil de São Paulo e foi diretor presidente da Serraria Azevedo Miranda S.A. Entre 1917 e 1920 foi presidente da Associação Comercial de São Paulo. Ernesto casou-se com Lúcia Ramos de Azevedo, filha de Ramos de Azevedo. O casal teve os filhos Laura Martins e Ernesto Dias de Castro Filho.O terreno onde seria construída a casa de Ernesto, pertencia a Ramos de Azevedo, que o adquiriu em em 1900. Como um presente à  Lucia, sua filha, no dia 8 de abril de 1913  ele compareceu ao 11º Tabelionato de Notas da Capital para transferir a propriedade para o nome de Ernesto, seu genro.
O escritório de Ramos de Azevedo também fez o projeto arquitetônico, que foi assinado pelo arquiteto Felisberto Ranzini e, sogro e genro, construíram a casa, mas, como pai e sogro dos moradores, Ramos de Azevedo não viu a obra pronta, pois morreu em 1928. Depois de entregue, a casa serviu de moradia ao casal e aos seus descendentes diretos durante 51 anos.
A família de Ernesto levou uma vida abastada, sua empresa foi uma das maiores fornecedoras de materiais de construção de primeira linha para toda a sociedade paulistana. 
Ernesto faleceu no ano de 1955 aos 82 anos de idade. Depois do desaparecimento dos pais, o imóvel e os demais bens passaram para o filho do casal, Ernesto Dias de Castro Filho. A segunda esposa de Ernesto Filho, Ana Rosa,  foi a última descendente da família a morar no casarão até 1985. A casa, com quase trinta cômodos, quatro andares, era repleto de materiais de construção importados. 
Com o passar dos anos, a importadora de materiais de construção, que havia passado para a gestão do filho, fechou e a família ficou gradativamente exposta a uma situação financeira cada vez mais difícil, o que os obrigou a vender o imóvel e o terreno.
A Construtora Júlio Neves comprou a casa e o terreno de 5.500 m² com o objetivo de construir dois grandes edifícios comerciais. Por volta de 1985, o CONDEPHAAT tombou o casarão, e a sua desapropriação foi concluída em 1986, para preservação do terreno sem alterar sua originalidade.
Passou por reformas entre 1986 e 1991, quando mais precisamente em 11 de março de 1991, a Secretaria da Cultura implantou a Casa das Rosas. Com isso, a Construtora Júlio Neves apresentou uma proposta à Secretaria de Estado da Cultura, que se responsabilizaria pelo restauro do imóvel caso tivesse autorização para construir um de seus prédios comerciais nos fundos do imóvel. O acordo foi fechado e a casa, quase por milagre, foi salva da demolição.
Em 11 de março de 1991, no ano do centenário da Avenida Paulista, foi inaugurado o centro cultural batizado de “Casa das Rosas”, que recebeu esse nome pois possuía um dos maiores e mais belos jardins de rosas da cidade (jardim parterre). Na parte do terreno que dá para a Alameda Santos, foi liberada a construção de um moderno edifício comercial enquanto a casa foi restaurada e transformada pelo Estado de São Paulo em espaço cultural. Durante alguns anos, funcionou lá uma galeria de artes que foi dirigida por Cláudio Tozzi e outros artistas.
Em 2003, depois de quase 2 anos fechado, o bem tombado e foi novamente fechado para reformas e manutenção, sendo reinaugurado em 9 de dezembro de 2004 e renomeado para homenagear o poeta Haroldo de Campos, falecido em 2003 aos 73 anos de idade. Após sua morte, foi doado à Secretaria da Cultura do Estado em 2004 todo seu acervo de livros pessoal e alguns objetos. 
A Casa das Rosas – espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura possui desde seu início as características originais de seu vasto jardim de roseiras. A essência do local é reforçada também devido ao nome concebido, abrigando também a primeira biblioteca do país especializada em poesias. 
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A arquitetura
O imóvel conta com quatro pavimentos: sótão, porão, andar térreo e andar superior. Ao longo do terreno de 5.500 metros quadrados podemos encontrar oito quartos, escritório, salas, cozinha, copa, mansarda e lavanderia. A construção traz varanda em seu andar térreo e com terraços descobertos, com proteção e decoração de elementos vazados, no superior. 
Quase todos os materiais são importados, os mármores das escadarias, tanto da parte externa, quanto da parte interna, são de origem italiana; os vidros e os cristais vieram da Bélgica, os canos condutores de água, de cobre, e as louças do banheiro e da cozinha foram trazidos também da Europa, pela firma de importação de Ernesto Dias de Castro, genro de Francisco de Paula Ramos de Azevedo e patrono da residência.
Há discordâncias nas definições da arquitetura do Casarão. Há aqueles que caracterizam a construção como pertencente ao estilo da Renascença Francesa. Por outro lado existe quem defende a assinatura do movimentoeclético. Essa concepção se dá exatamente pela presença de elementos neoclássicos, da Art. Nouveau, Art. Déco.
A parte interna conta com o pavimento Térreo, que tem 10 cômodos. O hall de entrada com piso de mármore e a escada social que dá acesso ao primeiro andar com mármore de carrara e balaústres de aço decorado. Corrimão de madeira maciça feita, provavelmente, no Liceu de Artes e Ofícios. Vitral da Casa Conrado feito por Conrado Sorgenicht.
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Biblioteca, Escritório e Sala de Visitas com piso de madeira em tons claros e escuros formando desenhos diferentes para cada ambiente. Teto em gesso decorado. Paredes revestidas de tafetá de seda francesa. O retrato de Ramos de Azevedo, pintado em 1898 por Oscar Pereira da Silva, permaneceu na residência por 48 anos.
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Sala de jantar com piso de madeira clara, paredes escuras, também revestidas de tafetá de seda francesa, decoradas com motivos gregos. Teto de madeira tipo “caixotão”.  Lavabo com piso de pastilhas e revestimento da parede em azulejos alemães. Copa com piso em ladrilho decorado, paredes de azulejo, pia de mármore.
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Sala de lunch com piso de madeira simples. Paredes e teto sem decoração. Sala de almoço dos empregados com piso de ladrilhos decorados e paredes de azulejos.  Porta de saída para a parte externa.
Cozinha com piso de ladrilho decorado paredes e teto em azulejos; dois balcões de mármore um deles com duas cubas (pias), comunica-se com a sala de almoço dos empregados.  Na parte externa junto à porta da cozinha está o forno doméstico. Escada de madeira com 6 lances, sendo o único com acesso aos 4 pavimentos.
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O primeiro andar conta com 5 quartos decorados com tafetá de seda. Teto em gesso diferente para cada ambiente. Piso também diferentes para os diversos ambientes. O quarto menor tem piso de madeira, paredes e teto sem decoração. É um “quarto com alçapão” para a roupa suja ir parar diretamente no porão, em um pequeno armário.
Há 2 banheiros, um deles rosa com piso em mármore rosa e negro louça cor de rosa e outro verde com piso e louças verdes. Este possui uma segunda porta interna, possibilitando o uso por mais de uma pessoa independente uma da outra.
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Dois belos terraços, um deles em “L” com piso belga decorado e outro grande, sem decoração no piso.
Mansarda (sótão), com janelas com águas furtadas, que possui: 3 quartos usados por empregados, simples, sem decoração em paredes e piso. Rouparia e um quarto das malas, viajava-se muito e de navio o que implicava em malas grandes, como armários e sala para empregados e banheiro simples.
O porão possui 7 cômodos: sala de jogos com piso de ladrilho verde, dispensa, lavanderia, banheiro com caldeira, adega e dois outros ambientes.
	
	
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Atualmente
A Casa das Rosas é um casarão no estilo clássico francês, eclético dedicado a diversas manifestações culturais. Promove o conhecimento, a difusão e a democratização da poesia e da literatura, incentivando a leitura e a criação artística, preservando e problematizando o patrimônio histórico-cultural.
Além de seu caráter educativo-cultural, a importância desse acervo é a motivação para despedimento de recursos para a manutenção do edifício histórico.
No aspecto físico, em 2013, a Casa das Rosas passou por uma reforma, tendo como objetivo restaurar e requalificar o patrimônio histórico-cultural. Hoje, é uma das poucas mansões ainda presentes na Avenida Paulista.
Atualmente, a Casa das Rosas é administrada pela Poiesis (organização não governamental), que tem por objetivo o desenvolvimento sociocultural e educacional, com ênfase na preservação e difusão da língua portuguesa.
A missão da Casa das Rosas é “promover o conhecimento, a difusão e a democratização da poesia e da literatura, incentivando a leitura e a criação artística, preservando e problematizando o patrimônio histórico-cultural que abriga, tanto o arquitetônico quanto o acervo Haroldo de Campos”. (citação do site casadasrosa.org,br)
Além disso, o espaço ainda conta com a Livraria Giostri, localizada na sala que originalmente era o escritório da residência, que oferece livros de literatura, poesia e humanidades, e o charmoso Caffe Ristoro, com mesas espalhadas pelo jardim, que serve uma deliciosa sfogliatelle, um doce típico italiano.
Dentro do terreno original tem o edifício Parque Cultural Paulista e o  lindo projeto paisagístico de Roberto Burle Marx, no pavimento térreo,  em seus muros nas laterais que chegam na Alameda Santos.
	
	
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A torre de 21 andares é feita de cristal reflexivo, em linguagem arquitetônica contemporânea, com estrutura predial moderna e garagem pela Alameda Santos. A passagem entre a casa e o edifício é aberta e o transeunte pode atravessar por dentro.
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principais diretrizes
Tornar a Casa das Rosas, “museu de si mesma”, conscientizando o público para a importância da preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade.
Apoiar a criação literária em todas as suas etapas, propiciando, desde ao iniciante até ao escritor já consagrado, capacitação técnica e recursos de profissionalização.
Constituir um núcleo de preservação, investigação, reflexão, documentação e difusão da obra do poeta e ensaísta Haroldo de Campos que sirva como referência indispensável, nacional e internacional.  
CONCLUSÃO
Não apenas mais um de tantos prédios que encontramos ao passar pela Avenida Paulista e por tantas outras avenidas da cidade, mas que guarda uma preciosidade sem igual para o nosso patrimônio histórico: a Casa das Rosas. E um emblemático exemplo de conservação do passado com participação ativa do progresso do presente e do futuro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-casa-das-rosas-e-o-parque-cultural-paulista/
https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-do-palacete-mario-dias-castro-ao-sesc-paulista/
http://casadasrosas.org.br/institucional/

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