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Tema 1 Ciência

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MBA em Administração e Gestão do Conhecimento 
Gestão da Inovação 
Tema: Ciência 
Prof. Me. Fabio Mello Fagundes 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
2 
 
Apresentação 
Olá! Seja bem-vindo! 
Primeiramente, você verá no vídeo a seguir os temas que 
serão trabalhados e os objetivos de estudo desta aula: 
 
Introdução 
Apresentaremos nesta aula os conceitos que são 
fundamentais para a compreensão da disciplina de Gestão da 
Inovação. Esses conceitos elementares são: ciência, tecnologia, 
conhecimento, invenção, inovação e difusão. 
Aproveite esta viagem pelo mundo da inovação e bons 
estudos! 
Ciência 
Conforme Fachin (2006), o ser humano, diante da 
necessidade de compreender e dominar o meio, ou o mundo, em 
seu benefício e da sociedade da qual faz parte, acumula 
conhecimentos racionais sobre seu próprio meio e sobre as ações 
capazes de transformá-lo. A esta sequência de conhecimentos 
racionais e verificáveis da realidade damos o nome de Ciência. 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
3 
 
Para Chibeni (2012), existe uma crença generalizada de que o 
conhecimento fornecido pela Ciência distingue-se dos demais tipos 
de conhecimento, desfrutando de grande aceitação. Teorias, 
métodos, técnicas, produtos contam com aprovação geral quando 
considerados científicos. A autoridade da Ciência é evocada 
amplamente, inclusive pelas indústrias que frequentemente rotulam 
de “científicos” os processos por meio dos quais fabricam seus 
produtos. Atividades várias de pesquisa nascentes 
autoqualificam-se “científicas”, buscando afirmar-se: Ciências 
Sociais, Ciência Política, Ciência Agrária etc. 
Para Appolinário (2012, p. 6), o conhecimento obtido a partir 
de processos científicos pode ser avaliado como: 
 sistemático e organizado; 
 metódico – é produzido a partir de uma série de procedimentos 
específicos e bem-definidos; 
 objetivo e impessoal – é simples, direto e factual; 
 tende a ser mais isento dependendo menos dos nossos juízos e 
disposições pessoais. 
A questão do “método científico” tem constituído uma das 
principais preocupações dos filósofos, desde que a Ciência 
ingressou em uma nova era (ou nasceu, como preferem alguns), no 
século XVII. Formou-se em torno dela e de outras questões 
correlacionadas um ramo especial da Filosofia: a Filosofia da 
Ciência. Investigações pioneiras sobre o “método científico” foram 
conduzidas por Francis Bacon (1561-1626). Secundadas no século 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
4 
 
XVII por declarações de eminentes cientistas, como Galileu, 
Newton, Boyle e no século seguinte pelos enciclopedistas, suas 
teses passaram a gozar de ampla aceitação até nossos dias, não 
tanto entre os filósofos, mas principalmente entre os cientistas, que, 
até hoje, afirmam muitas vezes seguir o método baconiano em suas 
pesquisas. Isso é singular, visto que os estudos recentes em 
História da Ciência vêm revelando que os métodos efetivamente 
empregados pelos grandes construtores, tanto da ciência clássica 
quanto da moderna, têm pouca conexão com as prescrições do 
filósofo inglês. 
De forma simplificada, podemos identificar nas múltiplas 
variantes dessa visão da atividade científica e da natureza da 
Ciência – a que chamaremos visão comum da Ciência – algumas 
pressuposições centrais: 
 a ciência começa por observações – Bacon propôs que a etapa 
inicial da investigação científica deveria consistir na elaboração, 
com base na experiência, de extensos catálogos de observações 
neutras dos mais variados fenômenos; 
 as observações são neutras – as referidas observações podem 
e devem ser feitas sem qualquer antecipação especulativa, sem 
qualquer diretriz teórica. A mente do cientista deve estar limpa de 
todas as ideias que adquiriu dos seus educadores, teólogos, 
filósofos, cientistas; ele não deve ter nada em vista, a não ser a 
observação pura; 
 indução – as leis científicas são extraídas do conjunto das 
observações por um processo supostamente seguro e objetivo, 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
5 
 
chamado indução, que consiste na obtenção de proposições 
gerais (como as leis científicas) a partir de proposições 
particulares (como os relatos observacionais). Servindo-nos de 
uma ilustração simples, a lei segundo a qual todo papel é 
combustível seria obtida, segundo a visão que estamos 
apresentando, de modo seguro, de certo número de observações 
de pedaços de papel que se queimam. A lei representa, pois, 
uma generalização da experiência. 
O processo inverso de extração de proposições particulares 
de uma lei geral, assumida como verdadeira, cai no domínio da 
lógica, sendo um caso de dedução. 
Durante a primeira metade do século XX, uma plêiade de 
eminentes filósofos empreendeu aperfeiçoar aquilo que viemos 
denominando de concepção comum de ciência, em um sofisticado 
programa filosófico, conhecido como positivismo lógico. Esse 
movimento, cujo núcleo original formou-se em torno do chamado 
Círculo de Viena, na década de 1920, exerceu uma influência 
marcante sobre a comunidade científica, que perdura até hoje, não 
obstante críticas severas ao positivismo lógico haverem surgido 
ainda na década de 1930. 
Conforme Appolinário (2012), as ciências encontram-se 
divididas em Ciências Formais, Naturais e Sociais. Existem 
outras propostas classificatórias, contudo essa parece ser de 
razoável consenso. Dessa maneira, as Ciências Formais seriam as 
que lidam unicamente com abstrações, ideias e estruturas 
conceituais não necessariamente ligadas aos fatos, como a 
 
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Ciência 
 
6 
 
Matemática e a Lógica. As Ciências Naturais, como a Biologia, a 
Física e a Química, estudam os fenômenos naturais (a vida, o 
ambiente etc). E, por fim, as Ciências Sociais dedicam-se à 
investigação dos fenômenos humanos e sociais, como a Psicologia, 
a Sociologia e a Economia. 
Tabela 1: classificação das ciências 
 
 Fonte: Appolinário (2012, p. 13) 
 
Mas afinal, o que é Ciência? 
Assista ao próximo vídeo para saber o que é Ciência e sua 
classificação: 
 
Tecnologia 
A tecnologia, conforme Veraszto et al. (2008), deve ser 
considerada um corpo sólido de conhecimentos que vai muito além 
 
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Ciência 
 
7 
 
de servir como uma simples aplicação de conceitos e teorias 
científicas, ou do manejo e reconhecimento de modernos artefatos. 
O conhecimento tecnológico tem uma estrutura bastante ampla e, 
apesar de formal, a tecnologia não é uma disciplina como qualquer 
outra que conhecemos, nem tampouco pode ser estruturada da 
mesma forma. O conhecimento tecnológico não é algo que pode ser 
facilmente compilado e categorizado da mesma forma como o 
conhecimento científico. Com isso, as definições de ciência e 
tecnologia são comparadas na Tabela 2: 
Tabela 2: diferenças entre ciência e tecnologia 
 
 Fonte: Veraszto et al. (2008, p. 78) 
Nesse sentido, a tecnologia distingue-se da ciência e também 
de uma simples invenção, pois enquanto um inventor trabalha no 
mundo de suas ideias como um artista, o profissional de tecnologia 
trabalha geralmente em equipe com objetivos determinados. 
 
MBA em Administraçãoe Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
8 
 
Tanto a ciência quanto a tecnologia utilizam métodos 
sistemáticos de investigação semelhantes, contudo, a tecnologia 
não se limita a pegar emprestadas as ideias para dar resposta a 
determinadas necessidades humanas. 
A tecnologia é impensável sem admitir a relação entre o 
homem e a sociedade. O desenvolvimento de novas tecnologias – 
sejam elas produtos, artefatos ou sistemas de informação e 
comunicação – constitui um dos fatores-chave para compreender e 
explicar todas as transformações que se processam em nossa 
sociedade. Como afirma Díaz (apud VERASZTO et al., 2008, p. 78): 
Em sua totalidade, a tecnologia abrange não somente os produtos 
artificiais fabricados pela humanidade, assim como os processos de 
produção, envolvendo máquinas e recursos necessários em um 
sistema sociotécnico de fabricação. Além disso, engloba também as 
metodologias, as competências, as capacidades e os conhecimentos 
necessários para realizar tarefas produtivas, além é claro, do próprio 
uso dos produtos colocados dentro do contexto sociocultural. 
O conhecimento tecnológico é o conhecimento de como fazer, 
saber fazer e improvisar soluções, e não apenas um conhecimento 
generalizado embasado cientificamente. E o que não é tecnologia? 
 Técnica – arte, habilidade, destreza ou ofício, ou seja, um 
método específico para desempenhar alguma atividade artística; 
 Máquinas – é frequente no senso comum a definição da 
tecnologia relacionada estritamente a máquinas, no sentido 
genérico, como: equipamentos, ferramentas, aeronaves, satélites, 
instrumentos fabris e computadores. No entanto, essa é uma 
visão simplista que não define corretamente a tecnologia; 
 
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Ciência 
 
9 
 
 Ciências Aplicadas – outra definição inadequada da tecnologia é 
como sinônimo de Ciência Aplicada, o que implicaria dizer que 
ciência e tecnologia sempre caminharam de mãos dadas ao 
longo da história, mas, na verdade, essa frutífera união só foi 
verificada a partir do século XVIII. 
Conhecimento 
O conhecimento por definição envolve o ato de conhecer. De 
acordo com Martins e Theóphilo (2009), pode-se dizer que existem 
quatro tipos de conhecimentos, são eles: 
 o conhecimento vulgar ou senso comum – é adquirido pelas 
pessoas na vida cotidiana, ao acaso, baseado na experiência 
vivida ou transmitida por outras pessoas. O senso comum dá-se 
pela observação de fenômenos cotidianos, independentes de 
pesquisas, estudos, reflexões ou aplicações de métodos aos 
assuntos práticos; é da interpretação das coisas ou dos fatos, 
além de ser incoerente e impreciso, em determinadas situações, 
por não ter a preocupação com o todo. Ainda assim, é a base 
para o conhecimento científico por existir antes do homem, 
imaginar a existência da Ciência e levar o homem à reflexão; 
 o conhecimento filosófico – tem por origem a capacidade de 
reflexão do homem, e por instrumento exclusivo do homem e 
instrumento exclusivo o raciocínio. Como a Ciência não é 
suficiente para explicar o sentido geral do Universo, o homem 
tenta essa explicação por meio da Filosofia, atravessando, assim, 
 
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Ciência 
 
10 
 
os limites da Ciência para compreender ou interpretar a realidade 
em sua totalidade e estabelecer uma concepção geral do mundo; 
 o conhecimento teológico – o conhecimento teológico é produto 
da fé humana na existência de uma entidade divina; provém das 
revelações do mistério, do oculto, por algo que é interpretado 
como mensagem ou manifestação divina e transmitido por 
alguém, por tradição ou por meio de escritos sagrados; 
 o conhecimento científico – o conhecimento científico resulta 
de investigação metódica e sistemática da realidade; transcende 
os fatos e os fenômenos em si mesmos, analisa-os para 
descobrir suas causas e concluir sobre as leis gerais que os 
regem; é delimitado pela necessidade de comprovação concreta. 
Ao contrário do conhecimento vulgar, o conhecimento científico 
segue aplicações de métodos, faz análises, classificações e 
comparações. Apresenta-se como impulsionador do ser humano 
no sentido de não se tornar passivo em relação aos fatos e 
objetos, mas de ter poder de ação ou controle deles. O ser 
humano, fazendo uso de seu intelecto, deve desenvolver a forma 
sistemática, metódica, analítica e crítica da missão de inventar e 
comprovar as novas explicações e descobertas científicas. 
Saiba mais sobre conhecimento e seus tipos assistindo ao 
vídeo a seguir: 
 
 
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Ciência 
 
11 
 
Invenção 
Por definição, Luft (1999) afirma que invenção é a ação ou o 
efeito de inventar, sendo assim, a faculdade de inventar, a iniciativa, 
a qual significa: criar, ser o primeiro a ter a ideia de, criar pela 
imaginação, idear. Dessa forma, para compreendermos melhor 
esse termo, precisamos entender o significado da palavra invento, 
que nada mais é do que algo que foi criado ou descoberto. 
O ato de criar uma nova tecnologia, processo ou objeto, ou 
aperfeiçoar tecnologias, processos e objetos preexistentes 
chama-se invenção. Esta se confunde com o termo descoberta, que 
é a aquisição de um conhecimento novo, “porém ao acaso”, ou sem 
um esforço determinado nesse sentido, mas aplicado; a invenção, 
pelo contrário, é fruto de um trabalho dirigido a se multar respostas 
a um problema, porém, algumas vezes, a invenção pode ser 
caracterizada como descoberta quando existem possibilidades ou 
fortes evidencias de que o funcionamento de tal artefato que 
ninguém sabia como funcionava já existiu antes. Nesse caso, o 
“reinventor” adquire a patente, bem como os méritos da descoberta. 
As invenções podem ser práticas e contribuir para o 
desenvolvimento de várias tecnologias; podem aplicar-se somente a 
um campo muito específico, mas a esmagadora maioria acaba por 
não ter qualquer aplicação prática por vários motivos. O 
responsável pelas invenções é o inventor, e quando este deseja 
guardar exclusividade o mecanismo ou processo do novo invento 
(para fins comerciais) deve patentear, ou seja, registrar uma patente 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
12 
 
do produto, que é um registro legal de que ele pensou naquilo antes 
de qualquer outro. 
Não existe um consenso definido sobre o que leva a uma 
invenção, pois enquanto em alguns casos a falta de recursos é que 
conduz à invenção, em outros, é o excesso que leva à 
concretização do invento, como foram os recursos financeiros 
aplicados no programa espacial dos Estados Unidos da América 
quando da corrida espacial com a União Soviética. 
Segundo Sertek (2007), invenção e inovação não são 
sinônimas, pois esta envolve a primeira utilização comercial de um 
produto, processo, aparelho ou sistema, enquanto que aquela 
representa uma criação, ideia ou mesmo uma concepção. 
Figura 1: exemplo de invenção 
 
Figura 2: exemplo de inovação 
 
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Ciência 
 
13 
 
 
A inovação passou a ser um diferencial competitivo essencial, 
e a rapidez de adaptação às mudanças acaba tornando-se um fator 
diferencial competitivo! 
O Professor Pardal Fluminense – Lacre Plástico de 
Segurança (1967) 
Nem a família deu bola para o engenheiro Eduardo Lima 
quando ele inventou o lacre plástico de segurança, em 1967. Dono 
de uma metalúrgica, ele se incomodou com o acúmulo de lacres dechumbo nos ferros-velhos que visitava. “O fato de o material ser 
tóxico nem era levantado. Mas o chumbo tem limitações, os lacres 
eram frágeis”, diz André de Lima Castro, filho do inventor. Eduardo, 
então, criou um lacre plástico em forma de âncora, inspirado em um 
hobby, a pesca submarina. Em vez de aceitar o emprego em uma 
multinacional, abriu sua própria fábrica, a ELC, em Paraíba do Sul 
(RJ). Foi chamado “professor Pardal” até pela mulher. “Depois de 
muita insistência conseguimos convencer órgãos de referência, 
como os Correios, de que nosso lacre era mais prático e 
 
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Ciência 
 
14 
 
econômico”, conta André, hoje diretor da empresa. O invento está 
presente em medidores elétricos, placas de carros, envelopes e até 
ogivas nucleares. A ELC é uma das maiores do mundo no ramo, 
mas André ainda vê dificuldades para inventores no Brasil. “Não 
existe clima de financiamento para empreendedores”, lamenta. 
Fonte: Revista Superinteressante 
 
Agora, além de assistir ao vídeo que aborda sobre essa 
grande invenção: o lacre plástico de segurança, veja também outras 
histórias de inventores, e de inventores mortos por seus próprios 
inventos. 
 Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=-pUyHVLSopo 
 Acesse: http://super.abril.com.br/tecnologia/grandes-invencoes 
-adoramos-seus-criadores-geniais-conteudo-extra-632484.shtml 
 Acesse: http://hypescience.com/10-inventores-mortos-por-suas 
-invencoes/ 
Inovação 
 
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Ciência 
 
15 
 
Conforme Sertek (2007, p. 84), inovação e invenção não são 
sinônimas, pois esta só se torna uma inovação quando há aceitação 
do mercado. Portanto, a partir desse momento, tem-se a inovação. 
Para Fayet et al. (2010) a inovação, a pesquisa e o 
desenvolvimento tornaram-se regras na nova economia, tanto para 
a sociedade quanto para o governo e as empresas. A busca pelo 
desenvolvimento tecnológico não é mais uma questão de opção, 
pois inovar é tornar o invisível visível, gerar ideias para remover 
obstáculos. Com isso, a inovação é uma das grandes formas de se 
conseguir vantagem competitiva. De acordo com Fayet et al. (2010 
p. 42), existem principalmente dois níveis de aplicação de inovação 
nas empresas: 
 inovar pontualmente – projeto de inovação ou inovação de um 
produto, ou seja, projeto para melhorar os produtos existentes, 
criação ou adoção de uma nova tecnologia de ponta; 
 inovar permanentemente – inovação total ou gestão de 
inovação. Neste nível, a inovação transforma-se no pilar de 
estratégia da empresa. 
Segundo Bessant e Tidd (2009), a inovação assume muitas 
formas diferentes, contudo é possível resumi-las em quatro 
dimensões, que são os 4P da inovação: 
 inovação de produto – mudanças nas coisas (produtos/serviços) 
que uma empresa oferece; 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
16 
 
 inovação de processo – mudanças nas formas em que as 
coisas (produtos/serviços) são criadas e ofertadas ou 
apresentadas ao consumidor; 
 inovação de posição – mudanças no contexto em que 
produtos/serviços são introduzidos; 
 inovação de paradigma – mudanças nos modelos mentais 
básicos que norteiam o que a empresa faz. 
Conseguiu fixar bem o conceito de inovação e invenção? 
Então assista ao próximo vídeo que explica tais conceitos, fazendo 
um comparativo entre eles: 
 
Difusão
1
 
Conforme Cribb (2002), nos modelos tradicionais, a difusão é 
quando se está em um nível de análise diferente da inovação, 
sendo por isso que os estudos de difusão inscritos dentro desses 
modelos não consideram o processo de inovação, mas começam a 
partir de um ponto em tempo quando ela já está em uso. Nesse 
sentido, as primeiras pessoas ou unidades produtivas que adotam 
uma nova técnica são vistas como inovadoras; e a difusão 
subsequente à fase de adoção ou inovação dessa técnica, é 
 
1
 Ação ou efeito de difundir, o qual é sinônimo de espalhar, alastrar, propagar-se. Este 
termo é muito utilizado para abordar a difusão tecnológica. 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
17 
 
entendida como a divulgação desta pelo resto da população. Isso 
quer dizer que a mudança tecnológica é entendida por esses 
modelos como um processo que envolve, primeiramente, a geração 
e a comercialização de grandes inovações, depois a aplicação mais 
ampla dessas inovações em um processo gradual definido como o 
de difusão. 
Tais modelos, na sua dimensão internacional, supõem que a 
geração e a comercialização de inovações são negócios de países 
desenvolvidos e que nenhum país pode inovar antes de alcançar os 
limites tecnológicos internacionais. Nesse sentido, os países em 
desenvolvimento são vistos como sendo caracterizados pela 
ausência de inovação tecnológica e, portanto, envolvidos 
essencialmente na difusão internacional de tecnologia. O próprio 
modelo de difusão desses países seria escolher e adotar 
tecnologias existentes; a inovação criativa estaria longe de seu 
alcance. 
Nos modelos recentes, o processo de difusão de novas 
tecnologias é caracterizado não só pelo crescimento gradual de 
adoção destas pela população, mas, também, por seu caráter 
cumulativo. Nesse sentido, a difusão é considerada interligada à 
inovação. Tais modelos baseiam-se fundamentalmente na premissa 
de que uma inovação, depois de ser gerada, conhece, na fase de 
sua difusão, melhorias que facilitam sua adoção e seu uso em 
campos já existentes, assim como sua extensão a novas 
aplicações. 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
18 
 
Bell e Pavitt (apud Cribb, 2002) reconhecem que a difusão 
não pode ser reduzida à “aquisição de máquinas ou projetos” e à 
“assimilação de informação”. Para eles, a difusão envolve, além 
disso, melhorias significativas que modelam as inovações iniciais 
não só para adaptá-las a condições particulares de uso, mas, 
também, para lhes atribuir níveis mais altos de performance. As 
melhorias, ocorridas em uma dada tecnologia em curso de difusão, 
concretizam-se por meio de um processo que envolve duas etapas 
em cada aplicação delas. Na etapa inicial de adoção da tecnologia, 
as características básicas desta podem ser melhoradas ou 
adaptadas a condições específicas. Na segunda etapa, com a 
tecnologia em difusão, outras melhorias podem ocorrer em cada 
unidade produtiva que a usa. Assim, a tecnologia inicial pode 
conhecer vários tipos de modificações em função dos objetivos e 
das condições de seu uso. 
Síntese 
Chegamos ao final desta aula! 
 Agora assista ao vídeo a seguir para retomar os pontos mais 
importantes, dando destaque aos temas mais complexos da aula: 
 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
19 
 
1. Temos alguns tipos de conhecimentos, porém, dentre eles, 
encontramos um que precisa de exatidão e clareza, seja 
comunicável, tenha a característica de ser verificável, sua 
verificação seja metódica e sistemática, e que busque o 
conhecimento das leis, aplicando-as, e que leve a explicações 
claras e coerentes, podendo também fazer predições. Estamos 
falando do: 
a. Conhecimento vulgar. 
b. Conhecimento filosófico. 
c. Conhecimento teológico. 
d. Conhecimento científico. 
 
2. Alguns conceitos são fundamentais no mundo da gestão da 
inovação. Analise os itens abaixo, depois marque a alternativa 
correta. 
I. Inovaçãoe invenção são sinônimas; 
II. Inovação envolve a primeira utilização comercial de um 
produto, processo, aparelho ou sistema; 
III. O conhecimento científico resulta de investigação metódica e 
sistemática da realidade. 
a. Somente as alternativas II e III estão corretas. 
b. As alternativas I, II e III estão corretas. 
Usuario
Highlight
Usuario
Highlight
 
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Ciência 
 
20 
 
c. Somente a alternativa I está correta. 
d. Somente as alternativas I e II estão corretas. 
Referências 
APPOLINÁRIO, Fabio. Metodologia da ciência: filosofia e prática 
da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. 
BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. 
Porto Alegre: Bookman, 2009. 
CHIBENI, Silvio Seno. O que é ciência. Departamento de filosofia 
da Unicamp. Textos Didáticos. Disponível em: <http://www. 
unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf>. Acesso em: 18 
jan. 2012. 
CRIBB, A. Y. Inovação e difusão: considerações teóricas sobre a 
mudança tecnológica. Essência Científica, v. 1, n. 1, p. 1-12, mar. 
2002. 
FACHIN, Odália. Fundamentos da metodologia. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2006. 
FAYET, Eduardo Alves et al. Gerenciar a inovação: um desafio 
para as empresas. Curitiba: IEL/PR, 2010. 
FIGUEIREDO, Paulo Negreiros. Tecnologia e gestão empresarial 
inovadora. Núcleo de política e gestão tecnológica da USP. 
Disponível em: <http://www.fundacaofia.com.br/pgtusp/publicacoes 
/arquivos_cyted/cad33.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2012. 
LUFT. Minidicionário Luft. São Paulo: Ática, 1999. 
 
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Ciência 
 
21 
 
MARTINS, Gilberto de Andrade. Metodologia de investigação 
científica para ciências sociais aplicadas. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
SERTEK, Paulo. Empreendedorismo. 4. ed. Curitiba: Ibpex, 2007. 
VERASZTO, Estéfano Vizconde et al. Tecnologia: buscando uma 
definição para o conceito. Revista de Ciências da Informação e 
da Comunicação do Cetac. 11. ed. julho de 2010. 
Sites 
http://super.abril.com.br/tecnologia/grandes-invencoes-adoramos-
seus-criadores-geniais-conteudo-extra-632484.shtml 
bvespirita.com/A%20Ci%C3%AAncia%20Confirma%20o%20Espiriti
smo!%20(A%C3%A9cio%20Pereira%20Chagas).pdf 
http://bvespirita.com/A%20Ci%C3%AAncia%20Confirma%20o%20E
spiritismo!%20(A%C3%A9cio%20Pereira%20Chagas).pdf 
pt.scribd.com/doc/46265720/60-Tecnologia-Buscando-Uma-
Definicao-Para-o-Conceito-Estefano-Veraszto-Et-Al 
http://www.fundacaofia.com.br/pgtusp/publicacoes/arquivos_cyted/C
ad33.PDF 
walkiroduarte.blogspot.com/2010/12/fontes-para-obtencao-de-
conhecimentos.html 
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/_Inventions_to_be_invented 
 
MBA em Administração e Gestão do Conhecimento | Gestão da Inovação | 
Ciência 
 
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