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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CAMPUS POÇOS DE CALDAS Experimento 12 Tratamento de Água DATA: 24/10/14 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL - 2° PERÍODO Profª. Maria Marta Netto Alunos : Diego Martins Douglas Diego Robson de Paula 1. OBJETIVO: Verificar através de experimento laboratorial processos de filtração e potabilização da água para o consumo humano. 2. INTRODUÇÃO: Água, definida no sentido químico, é um composto que, semelhantemente a todas as substâncias puras, tem uma composição definida e constante. Deveria então, como qualquer composto puro, exibir características químicas e físicas próprias e previsíveis. Sendo assim, poderíamos esperar que a água fosse sempre a mesma, independente de sua origem. Porém, isto não ocorre, já que a composição da água depende do tempo de contato da mesma com o solo terrestre, bem como do tipo de solo da região com que a água está em contato. Desta forma, a água captada numa região industrial terá características muito diferentes de uma captada numa floresta virgem. Da mesma maneira, uma água de origem mineral de determinada região, possui diferentes quantidades e diferentes tipos de contaminação de uma coletada em outra região. De maneira geral, podemos afirmar que a composição de uma água dependerá de sua localização geográfica. Uma das propriedades físicas da água é seu poder de dissolver outros materiais e, por essa capacidade, é conhecida como solvente universal. Como consequência deste poder de dissolução, a água, muito raramente, ocorre na natureza em um estado quimicamente puro, pois existe uma variedade de materiais misturados à mesma. Quando retirada de uma fonte natural à água pode apresentar partículas de materiais dissolvidos e/ou não dissolvidos. O tamanho e a concentração dessas partículas em suspensão, dependendo da origem a água, varia de grãos de areia (algumas vezes presentes em cursos rápidos e turbulentos) até dispersões submicroscópicas conhecidas como coloides. Incluídas entre as partículas suspensas podem existir células vivas de milhares de organismos de diferentes espécies, por exemplo, bactérias, micro algas e vírus. Quando falamos em qualidade de água, nosso interesse está dirigido aos materiais contidos nela. São as impurezas que determinam a qualidade de um manancial de água para o uso humano, os problemas associados com sua utilização, a natureza e extensão do tratamento requerido. A água, para chegar ao solo, passa por vários estágios. Ela sai da atmosfera, se transforma em nuvens, cai no solo sob forma de chuva; deste estágio ele pode infiltrar-se no solo, gerando lençóis freáticos, ou então permanecer em rios, lagos, mares, etc.; por evaporação, a água retorna para atmosfera. Logo, a água para chegar ao solo, pode demorar tempos diferentes, visto que ela pode entrar (iniciar) por vários estágios e, dependendo do estágio em que ela começa, ele demora certo tempo até percorrer todo o ciclo. A este percurso damos o nome de ciclo hidrológico da água. Esquematicamente teríamos: Figura 01 – Esquema dos Estágios do Ciclo da Água P = Precipitação A água evaporada dos mananciais terrestres, principalmente rios, mares, lagos, vegetais e animais ao alcançar camadas mais frias da atmosfera, condensam-se formando as nuvens que podem ou não ser deslocadas pelos ventos. Em determinado momento, em função das condições climáticas da região, esta água precipita-se sobre a superfície terrestre sob a forma de chuva, neve, etc. ES = Escoamento Superficial A chuva ao cair, dependendo de tipo de solo que encontra, escorre sobre a superfície, formando enxurradas que atingem os rios, mares, lagos, gerando os mananciais de água superficial. Parte da chuva infiltra-se na terra até encontrar uma camada impermeável, formando os lençóis e os poços artesianos. ESB = Escoamento Subterrâneo Os mananciais subterrâneos seguem um percurso regular até atingirem os rios, mares e lagos ou formarem nascente, fontes, poços, etc. EV = Evaporação É a passagem da água novamente para o estado de vapor, através da ação do sol sobre os mananciais superficiais e também pela transpiração de animais e vegetais. Assim, o ciclo hidrológico da água é fechado e, para que a água o complete, demora de 3 a 4 anos. Portanto, podemos afirmar que a quantidade de água presente na terra não varia, apenas sofre constantes transformações. Este fato é realmente alarmante, visto que cada vez mais lançamos detritos nos mananciais de água, o que acarreta uma queda gradativa de sua qualidade com conseqüências graves sobre a vida animal e vegetal. No laboratório foram feitos processos de tratamento de água semelhante a uma estação de tratamento de água (ETA). Em uma estação de tratamento de água (ETA) os processos utilizados para tratamento da água são os seguintes: coagulação/floculação, decantação, filtração e desinfecção 3. MATERIAIS UTILIZADOS: -Bécquer -Pipetas -Bastão de vidro -Suporte universal com aro -Papel indicador -Solução a 4% (m/V) de sulfato de alumínio [Al2(SO4)3] -Solução saturada de hidróxido de cálcio [Ca(OH)2] -Água sanitária -Água com terra 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Primeiramente foram coletados 300 ml de água com dejetos dissolvidos (suja) em um béquer, aguardaram-se aproximadamente 10 minutos após a coleta com a água em repouso. Desprezando os sólidos foram transferidos os mesmos 300 ml da mesma para outro béquer mediu-se seu pH inicial utilizando o papel indicador e logo após, adicionou-se 5 ml de Ca(OH)2 agitou por alguns instantes e foi medido novamente seu pH. Prosseguido o processo adicionou-se 20 ml de sulfato de alumínio, agitou-se e verificou novamente seu pH (água deve ser alcalina, de preferência em torno de 12), em seguida transferiu-se a água para o balão de separação. No balão de separação sobre efeito do sulfato de alumínio o dejeto coagulou e após decantar ao fundo do balão separador, foram desprezados os dejetos decantados e separando da água mais translucida, entrou no processo de filtração com papel de filtro. Após a filtração da água, adicionou-se 2 gotas de água sanitária para a eliminação de micro-organismos patogênicos. No final foi medido o pH para comparação com o pH inicial e foram anotados os resultados. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através da observação durante os procedimentos experimentais obtiveram-se os seguintes dados organizados pela tabela 1 abaixo: Fases Cor Turbidez Cheiro Processo: Químico/Físico Água suja Marron Claro Turva Odor moderado Físico (Decantação) Água suja Marron Claro Turva Odor moderado Químico (Ajuste de pH) Água suja Marron Claro Moderadamente Turva Odor moderado Químico (reação de coagulação) Físico (precipitação, floculação e sedimentação) Água tratada Incolor Límpida Inodora Físico (filtração)/Químico- biológico(desinfecção) Tabela 01 – Resultados obtidos no experimento Comparação da água inicial x água final: Ao analisar a água inicial, conseguimos ver sua cor escura, com um cheiro de brejo e a água com sujeiras e cor escura, não é uma água potável, mas a água final depois de ter passado por varias processos químicos e físicos, ela ficou incolor e sem cheiro. O fato da eficácia no processo ter sido relativamente baixa (300ml tratados teve-se uma eficácia de 230ml), se deve pelo fato do ajuste do pH original da água suja que de 6 foi ajustado para 10, sendo o ideal o ajuste para 12 de preferência, isto possivelmente tenha provocado uma lentidãomaior no processo de coagulação e por sua vez os de precipitação e floculação, obteve-se uma limpeza moderada e praticamente livre dos agregados constituídos de metais em estado iônico. Devido a adição de sulfato de alumínio a água já com o pH de 10 onde havia a presença de CaCO3 ocorreu a seguinte reação: Ca(OH)2+Al2(SO4)3→Al(OH)3 + Ca(SO4) Por sua vez, o hidróxido de alumínio é uma substância anfótero e em presença de íons de metais em meio aquosa forma coagulados (coagulação) por meio de ligações de Forças de Van der Waals. O precipitado torna-se flocos, os quais sobem à superfície da água (floculação devido a diferença de densidades) até se tornarem grandes e mais densos que a água e precipitarem no fundo do balão separador. Ao se deparar com uma água mais limpa e já com os resíduos no fundo do balão separador, foi necessária a separação deste resíduo sólido por meio da filtração, haja vista ser ideal este processo devido ao resíduo sólido estar no fundo e não ser possível retirar a água pela entrada que está na parte superior do balão separador. Assim a filtração em uma estação de tratamento de água (ETA) é feita usando areia, onde similarmente ao papel de filtro as impurezas sólidas são barradas durante o escoamento da água da parte superior da solução, resultando em uma água límpida ao final do processo. CONCLUSÃO: Este relatório mostrou as várias etapas para o tratamento de água e a sua grande importância de distribuir água dentro dos padrões de potabilidade e de saneamento básico, promovendo mais qualidade de vida, saúde, higiene para toda população. Conclui-se que o tratamento por meio do processo com adição de sulfato de alumínio precedido por retirada de agregados sólidos é eficiente e de segurança, dando-se enfoque ao consumo e contato humano e de animais. BIBILIOGRAFIA: Livro: Química no Laboratório. Postma, James M. Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Purifica%A1gua . Acesso em: 28/11/2014.
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