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Prática Simulada IV aula 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA, ESTADO DO PARANÁ.
Processo nº__________
	LEONARDO (nome completo), nacionalidade, estado civil (existência de união estável), profissão, portador da Carteira de Identidade RG nº__________, inscrito no CPF/MF sob o nº________,com endereço eletrônico ___________, residente e domiciliado à Rua _____, nº______, bairro________, cidade________, Estado______, CEP________, vem por seu advogado para fins do artigo 106, I do NCPC, inconformado com a sentença de folhas_____ nos autos da AÇÃO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, movida por GUSTAVO (nome completo), nacionalidade, estado civil (existência de união estável), profissão, portador da Carteira de Identidade RG nº______, inscrito no CPF/MF sob o nº________, com endereço eletrônico_________, residente e domiciliado à Rua _______, nº_______, bairro______, cidade_______, Estado______, CEP_______, tempestivamente, após o devido preparo, interpor: 
RECURSO DE APELAÇÃO
Com fulcro nos artigos 1009 e seguintes do NCPC para o Tribunal de Justiça do Paraná, requerendo que o presente recurso seja concedido nos efeitos previstos em lei, isto é, devolutivo e suspensivo, nos termos dos artigos 1012 e 1013 do NCPC, apresentando as razões em anexo. 
NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO.
________, _____de__________de________
Advogado
OAB / UF
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Leonardo (nome completo)
Apelado: Gustavo (nome completo)
AÇÃO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL
Processo nº_______
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
Não merece prosperar a sentença proferida pelo Juízo A QUO, pelas razões a seguir expostas: 
DA ADMISSIBILIDADE
A presente apelação, é tempestiva. 
Foi feito o devido preparo. 
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO: 
O Apelado ajuizou, em face do seu vizinho, o Apelante, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propeiedade do Apelante. 
Segundo relato do Apelado, o animal que estava desamarrado dentro do quintal do Apelante, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência o ocorrido, o Apelado alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de Notas Fiscais emitidas pelo Hospital em que o Apelado fora atendido, entretanto, este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. 
O Apelante, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação do Apelado, que jogou pedras no cachorro. Alegou ainda, que ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve Audiência de Instrução e Julgamento, na qual as testemunhas ouvidas, declararam que a mureta da casa do Apelante media cerca de um metro e vinte centímetros e que de fato, o Apelado atirava pedras no animal antes do evento lesivo. 
O Juiz da 40ª Vara Cível de Curitiba, proferiu sentença condenando o Apelante a indenizar o Apelado pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal (Apelante) falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o Apelado alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razões de fato, o Apelante foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada e por isso, o Apelante está inconformado. 
Há que se ressaltar, que na sentença do Juiz de Direito da 40ª Vara Cível de Curitiba, há a existência de julgamento EXTRA PETITA, porquanto o autor não fez pedido algum de indenização por danos morais em sua inicial. 
Quanto ao valor atribuído aos medicamentos, esse também deve ser reformado, em razão deles não terem sido comprovados, com fulcro nos artigos 946 do Código Civil e 373, I do NCPC. 
Importante que também fique claro, que quem deu causa ao incidente, foi o próprio autor (Apelado), que por imprudência e exclusiva culpa, veio a provocar o pastor alemão, colocando-se sob uma situação de risco. O Apelante, em razão disso, não poderia ser condenado por negligência, fulcro nos artigos 936 e 945 do Código Civil. 
RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA OU DE DECRETAÇÃO DE NULIDADE: 
Para o presente caso, o Magistrado da 40ª Vara Cível de Curitiba, incorreu em erro IN JUDICANDO, ou seja, o Juiz não aplicou a lei como deveria, havendo uma má apreciação da questão de direito, sendo necessária a reforma da decisão, por sua injusta procedência. 
Cumpre ressaltar, que no presente caso, há culpa exclusiva do Apelado, não obstante a regra contida na primeira parte do artigo 936 CC/ 2002, pois o ataque do cão resultou de provocação da vítima (Apelado) ao animal (pastor alemão), que adentrou em terreno onde este estava, desconsiderando a existência de placas indicativas. Desta forma, não haverá obrigação do Apelante indenizar o Apelado, conforme a parte final do referido dispositivo legal (artigo 936 CC/2002). 
A culpa exclusiva da vítima (Apelado), impede a caracterização do nexo causal entre a ação e o dano, e neste caso, o causador do dano, não concorreu para a sua existência, não podendo ser por ele responsabilizado. 
Com relação aos danos morais, houve falha do Magistrado da 40ª Vara Cível de Curitiba, pois houve apreciação diversa do pedido do Apelado – sentença EXTRA PETITA. O Juiz deveria ter julgado na forma do artigo 141 do NCPC, sendo-lhe vedado proferir decisão de natureza diversa da pedida, com fulcro no artigo 492 NCPC. 
PEDIDO DE NOVA DECISÃO: 
Requer que o recurso seja conhecido e ao final dê provimento para reformar a\ sentença proferida pelo Magistrado da 40ª Vara Cível de Curitiba, para decretar a improcedência dos pedidos do autor (Apelado), pelos danos materiais (por se tratar de culpa exclusiva do Apelado – vítima) e também pelos danos morais (por se tratar se sentença EXTRA PETITA). 
NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO
_______, ___de _________de _________.
Advogado
OAB / UF

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