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ESTRADAS I - 04

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1 
 
FARO - FACULDADE DE RONDÔNIA 
DISCIPLINA: ESTRADAS 1 
Professor: Felipe Archanjo. 
Seção transversal 
1. - Elementos Básicos - Dimensões. 
Perpendicurlamente ao eixo, a estrada é constituída pelos seguintes elementos: 
A) Faixa de tráfego e Pista de Rolamento 
 Faixa de trafego é o espaço destinado ao fluxo de uma corrente de veículos. 
 Pista de Rolamento é o conjunto de faixas de tráfego adjacentes. A largura de 
uma pista é a soma das larguras de todas as faixas que a compõem. 
 A largura de cada faixa de tráfego tem grande influencia na segurança e no 
conforto dos veículos. É composta pela largura do veículo-padrão (u) acrescida dos 
espaços de segurança (c): L = U + 2C. 
 Quanto maior for o espaço "c'', maior será a segurança e o conforto que a estrada 
proporcionará, entretanto, o custo da construção também cresce significativamente com 
o aumento da largura dos elementos que compõem o projeto". 
 Faixas de tráfego com largura de 3,60 m são consideradas seguras e 
confortáveis; esse valor é obtido com o uso do veículo comercial padrão, com largura 
(u=2,60m e espaços de segurança C = 0,50 m). 
 Um grande número de estradas brasileiras usam faixas de trafego com largura de 
L=3,50 m, que corresponde a espaços de segurança de 0,45 m. 
 Para estradas secundárias, de baixo volume de tráfego ou baixa velocidade de 
projeto, é aceitável o uso de espaços de seguranças menores. Faixas de tráfego com 
largura de 3,30m têm sido adotadas em estradas secundárias, para reduzir os custos, e 
em áreas urbanas, onde a redução da largura das pistas é muito importante. Plana Ondulada Montanhosa
Classe 0 3,75 3,75 3,6
Classe I 3,6 3,6 3,6
Classe II 3,6 3,6 3,5
Classe III 3,6 3,6 3,5
Classe IV 3,50 - 3,30 3,50 - 3,30 3,30 - 3,0
Largura da Faixa de Tráfego (m)
Topografia da Região
Classe do Projeto
 
 
2 
 
 
B) - Acostamentos 
 São espaços adjacentes à pista de rolamento, destinados às paradas de 
emergências. E desejável que existam acostamentos ao longo de toda a estrada. Em 
rodovias com grande volume de trafego, os acostamentos são imprescindíveis para 
garantir que não haja parada de veículos sobre as faixas de tráfego. 
 
Benefícios dos Acostamentos 
1. Criam os espaços necessários para que as faixas de tráfego fiquem livres. 
2. Sevem como áreas de escape para que veículos possam fugir ou pelo menos 
diminuir os efeitos de possíveis acidentes. 
3. Ajudam a drenagem da pista e, quando pavimentados, protegem as bordas da 
pista. 
4. Melhoram as condições de visibilidade nas curvas horizontais. 
5. Garante a inexistência de obstáculos próximo das pistas, o que reduziria a 
capacidade de tráfego da estrada. 
6. Criam espaços que podem, eventualmente, ser utilizados como parada de ônibus. 
Largura dos Acostamentos. 
 Em rodovias de alto padrão com altas velocidades de projeto, são utilizados 
acostamentos de 3,50m ou 3,60m de largura; esses acostamentos permitem que um 
veículo comercial fique afastado de 0,90m a 1,0 m da borda da pista. 
 É desejável que os acostamentos tenham no mínimo 3,0m de largura, entretanto, 
como a redução da largura reduz o custo de construção, são comuns acostamentos de 
2.50m. 
 Em estradas secundárias, são utilizados acostamentos com até 1,20m de largura. 
Independentemente da largura, a divisa entre as pistas e acostamentos deve ser sempre 
bem sinalizadas. Plana Ondulada Montanhosa
Classe 0 3,5 3 3
Classe I 3,5 2,5 2,5
Classe II 3 2,5 2,5
Classe III 2,5 2 2
Classe IV 2 2,,00 - 1,5 1,50 - 1,20
Largura do acostamento direito (m)
Topografia da RegiãoClasse de Projeto
 
 
 
3 
 
 
C) - Taludes Laterais 
 Os taludes dos cortes e dos aterros devem ser suaves, acompanhando o terreno 
de forma a dar à estrada um aspecto harmonioso com a topografia do local. 
 Quando os cortes ou os aterros são baixos - não maiores que 4m a 5m - o uso de 
inclinações suaves nos taludes não implica aumentos significativos no movimento de 
terra, aumenta a segurança da estrada, melhora as condições de visibilidade nas curvas 
em corte e oferece melhores condições para o plantio de grama e o paisagismo na faixa 
de domínio. 
 Taludes com inclinação de 1:4 arredondados nas concordâncias com a 
plataforma da estrada e com o terreno natural são uma boa solução. 
 Quando os taludes de cortes e aterros são altos, o uso de taludes suaves acarreta 
aumento significativo do movimento de terra e consequentemente aumento no custo de 
construção da estrada. Além disso, taludes altos e suaves podem necessitar de uma área 
de trabalho mais larga que a faixa de domínio estabelecida no projeto. 
 Nesses casos, é necessária uma análise especifica para a escolha de uma 
inclinação adequada. 
 No caso de taludes de corte, a inclinação deve ser definida em função das 
características do solo a ser escavado, no caso de aterros, em função do material e do 
grau de compactação adotado. 
 Em ambos os casos, deve ser garantida a estabilidade da estrada sem criar custos 
desnecessários. 
D) - PLATAFORMA 
 Denomina-se plataforma o espaço compreendido entre os pontos iniciais dos 
taludes, isto é, a base do talude no caso de corte e o topo do talude no caso do aterro. 
 A plataforma contém pistas, acostamentos, espaços para drenagem e separador 
central no caso de pistas duplas. 
 
E) - ESPAÇO PARA DRENAGEM 
 A vida do pavimento está intimamente ligada à existência de uma drenagem 
eficiente que escoe para fora da estrada à água superficial em razão das chuvas e impeça 
eventual chegada de água subterrânea à base do pavimento. 
 É necessário que haja espaço suficiente na plataforma para implantação de 
dispositivos adequados de drenagem longitudinal. 
 
4 
 
 Nas estradas de pista simples, é recomendável que sejam deixados espaços de 
1,0 m adjacentes aos acostamentos. Nas pistas duplas, alem dos espaços laterais, são 
colocados dispositivos de drenagem ao longo do canteiro central. 
 
F) - SEPARADOR CENTRAL 
 Nas estradas de pista dupla, é o separador central que divide as pistas de 
rolamento. Pode se constituído por defensas metálicas ou de concreto, por calçadas com 
guias, ou por canteiros gramados, que evitam erosão e compõem o paisagismo. 
 Os dispositivos que separam pistas com sentido de tráfego opostos têm grande 
importância na segurança dos veículos. No caso de canteiros, deverão ter largura 
suficiente e forma adequada para evitar que veículos que saiam acidentalmente de uma 
pista possam atingir a pista de tráfego oposto. 
 Canteiros centrais largos têm ainda a vantagem de reduzir o ofuscamento pelos 
faróis. Normalmente são projetados com uma depressão central que oferece condições 
favoráveis para os dispositivos de drenagem, além de dificultar a passagem acidental de 
veículos para a pista de tráfego oposto. 
 
G) GUIAS 
 As Guias são usadas para disciplinar à drenagem, delinear e proteger as bordas 
do pavimento, melhorando a estética da estrada e reduzindo custos de manutenção. 
 São recomentadas para rodovias em áreas urbanas, onde a execução de valetas 
laterais é inviável. Nas áreas rurais não é aconselhável o uso de guias. Dependendo do 
tipo e da posição, podem afetar a segurança e prejudicar o uso da estrada, pois muitas 
vezes, dificultam o escoamento da água superficial. 
H) - FAIXA DE DOMÍNIO. 
 É a faixa de terra destinada à construção, à operação e às futuras ampliações da 
estrada. Devem ser definidas de forma a oferecer o espaço necessário à construção da 
estrada, incluindo aterros e cortes, obras complementares e uma folga de, no mínimo, 
5m para cada lado. 
 Quando há previsões para ampliação das estradas, a faixa de domínio deverá 
conter também o espaço necessário.Geralmente nas proximidades de áreas urbanas são adotadas faixas mais largas, 
pois o desenvolvimento urbano valoriza os terrenos lindeiros, encarecendo eventuais 
desapropriações futuras. 
 
 
5 
 
Classe E 100 120
Classe I 50 80
Classe II 50 80
Classe III 50 80
Largura da Faixa de Domínio
Classe da Rodovia Mínima Próxima de Cidades
 
 
I) PISTAS DUPLAS INDEPENDENTES 
 Nas estradas de pista dupla projetadas em regiões onduladas ou montanhosas a 
manutenção de uma largura fixa para os canteiros centrais pode não ser conveniente. As 
pistas são projetadas com traçados e perfis independentes, mantendo-se apenas valores 
mínimos para a largura dos separadores centrais. 
 A execução de um traçado para cada pista, além de reduzir problemas de 
ofuscamento, reduz o custo da infraestrutura devido à maior liberdade do projetista em 
escolher soluções mais econômicas para cada pista. 
 
J) SEÇÕES TRANSVERSAIS 
 A seção transversal de um determinado ponto do traçado é o corte feito por um 
plano vertical perpendicular à projeção horizontal do eixo, que define e posiciona os 
diversos elementos que compõem o projeto na direção transversal. 
 A seção-padrão, utilizada nos trechos em tangente, é denominada seção tipo. A 
estrada pode ter uma seção tipo ou mais de uma, caso ocorram alterações nos elementos 
básicos do projeto em decorrência de mudanças do tráfego ou das condições físicas 
locais. 
 As seções tipo definem as dimensões e as inclinações-padrão dos elementos que 
compõem o projeto geométrico. Também são utilizadas para definir elementos - padrão 
dos projetos de drenagem, pavimentação, paisagismo e serviços auxiliares. 
L) INCLINAÇÕES TRANSVERSAIS 
Pista Simples com duas faixas, dois sentidos. 
 Nos trechos em tangentes, as pistas são construídas com uma pequena inclinação 
transversal para garantir o rápido escoamento de águas pluviais. 
 A solução mais usada é a criação de inclinações opostas para as duas faixas, a 
partir do eixo da pista. O uso de faces planas e uniformes com inclinação de 2% para 
 
6 
 
cada faixa é quase imperceptível para o motorista e satisfatória para a drenagem 
superficial. 
 A seção transversal também pode ser arredondada. Nesse caso, são empregadas 
parábolas, fazendo com que a inclinação vá aumentando no sentido das bordas. 
 O acostamento deve, sempre que possível, ter inclinações transversal maior que 
a da pista, de forma a colaborar com a saída de águas pluviais. Acostamentos 
pavimentados dever ter inclinações entre 2% e 5% e não pavimentados, entre 4% e 6%. 
Nos trechos em curva, a pista deverá ter inclinação transversal única, estabelecida no 
cálculo da superelevação. 
 Para a inclinação do acostamento interno temos duas possibilidades: acompanhar 
a mesma inclinação da pista, respeitando o valor mínimo estabelecido para o trecho em 
tangente (5%) ou manter a inclinação utilizada nos trechos em tangente. A primeira 
solução tem, como vantagem, um melhor escoamento de águas pluviais, porém pode 
comprometer o conforto ou até mesmo a segurança de veículos altos que eventualmente 
parem no acostamento. A segunda solução é menos eficiente quanto ao escoamento de 
águas superficiais, porém mais eficiente quanto à segurança. 
 O acostamento externo normalmente deverá ter inclinações oposta à pista, não 
inferior aos valores mínimos estabelecidos, criando um adequado escoamento das águas 
pluviais, não permitindo que a água que cai sobre o acostamento corra sobre a pista. 
Nesse caso, o acostamento deverá ter um trecho arredondado de aproximadamente 
1,20m para eliminar a brusca mudança de inclinação na passagem da pista para o 
acostamento. 
 Quando a diferença algébrica entre as inclinações da pista e do acostamento 
externo for maior que 8%, é melhor que as inclinações tenham o mesmo sentido. Nesse 
caso, parte da água da chuva que cai no acostamento escoará sobre a pista, o que não é 
desejável, mas essa solução evita a grande mudança de inclinação que comprometeria a 
segurança. 
ESTRADAS DE PISTA DUPLA. 
 Nos trechos em tangente, uma possibilidade é adotar para cada pista uma das 
soluções propostas para o caso de pista simples. Essa solução apresenta as vantagens de 
maior rapidez no escoamento de águas da chuva e menor diferença entre cotas da pista. 
É uma solução adequada para áreas sujeitas a muitas chuvas ou chuvas fortes 
 Outra possibilidade é o uso de pistas com declividade única. Nas pistas com 
sentido único de trafego, os eixos mudam constantemente de faixa. Essa solução 
apresenta a vantagem de eliminar a mudança de inclinação transversal na passagem de 
uma faixa para outra. 
 
7 
 
 Pista com mais de duas faixas de trafego com inclinação para o mesmo lado 
dever ter, nos trechos em tangente, inclinação de 2% nas duas primeiras faixas (no 
sentido oposto a água) e um acréscimo de 0,5% a 1% para cada conjunto de duas faixas, 
de forma a facilitar o escoamento das águas pluviais. Nos trechos em curva, além desse 
acréscimo, poderá ser aumentada a inclinação das faixas da esquerda, considerando que, 
normalmente, são ocupadas pelos veículos mais rápidos. 
 Nas estradas com pista dupla também são necessária faixas de segurança junto 
às faixas de tráfego mais à esquerda (no sentido do tráfego). Pista com mais de duas 
faixas podem ter acostamentos no lugar das faixas de segurança. Esses acostamentos 
destinam-se ao uso dos veículos que trafegam pela faixa da esquerda.

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