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1 Interpretação da Lei Processual Penal Militar – Polícia Judiciária Militar PROCESSO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL MILITAR VPOLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR Atenção! A Lei de Execução Penal (LEP) se aplica aos processos militares quando o condenado for cumprir pena em estabelecimento prisional comum (civil). Entretanto, se a pena for cumprida em estabelecimento militar ou penal militar, a rigor, não se aplica a LEP (não há progressão de regime, saída temporária etc.). A regra da não aplicação da LEP nos referidos casos já foi relativizada pelo STF. • CPPM: Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser interpretada no sentido literal de suas expressões. Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua acepção especial, salvo se evidentemente empregados com outra significação. § 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segun- do, que é mais ampla, do que sua intenção. § 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas interpretações, quando: a) cercear a defesa pessoal do acusado; b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a natureza; c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram origem ao processo. Atenção! Art. 3º Os casos omissos neste Código serão supridos: a) pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar; b) pela jurisprudência; c) pelos usos e costumes militares; d) pelos princípios gerais de Direito; e) pela analogia. 2 Interpretação da Lei Processual Penal Militar – Polícia Judiciária Militar PROCESSO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR Conceito: Cuida-se de função de caráter repressivo, auxiliando o Poder Judiciário. (Renato Brasileiro de Lima. Manual de Processo Penal, 2ª edição, p. 111) Atenção! O autor Renato Brasileiro de Lima enxerga uma diferença entre atos de polícia judiciária militar e atos de polícia investigativa. A instauração de inquérito, por exemplo, por ele é classificada como ato de polícia investigativa, enquanto o cumprimento de mandado judicial, que funciona como longa manus do poder judiciário, para ele é ato de polícia judiciária militar. Os códigos, no entanto, não fazem diferenciação entre a polícia judiciária militar e a polícia investigativa militar, entendimento que deve ser adotado para fins de prova objetiva. • Súmula Vinculante 14 (STF): É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elemen- tos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. Note-se que o STF também não faz essa diferenciação. Exercício da Polícia Judiciária Militar Atenção! A polícia militar subordina-se, como todos os servidores públicos e militares nessa qualidade, às determinações/autorizações presentes em lei. A lei brasileira atribui à polícia militar a investigação de crimes militares. 3 Interpretação da Lei Processual Penal Militar – Polícia Judiciária Militar PROCESSO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online • CPPM: Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições: a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em todo o território nacional e fora dele, em relação às forças e órgãos que constituem seus Ministé- rios, bem como a militares que, neste caráter, desempenhem missão oficial, perma- nente ou transitória, em país estrangeiro; b) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em relação a entidades que, por disposição legal, estejam sob sua jurisdição; c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha, nos órgãos, forças e unidades que lhes são subordinados; d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da Esquadra, nos ór- gãos, forças e unidades compreendidos no âmbito da respectiva ação de comando; e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos respectivos territórios; Atenção! A presidência de FHC procedeu a uma reforma ministerial, extinguindo os ministérios das Forças Armadas e subordinando os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica a um único ministro, com a criação do Ministério da Defesa. Caso a dicção da prova envolva a palavra “ministro” nesse assunto, tratando do CPPM, deve-se considerar o referido emprego como correto, uma vez que é a letra da lei. �Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor João Paulo Ladeira.
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