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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A LDBEN 9394/96 garante a oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas ás suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola. Cabe a cada sistema de ensino definir a estrutura e a duração dos cursos da Educação de Jovens e Adultos, respeitadas as Diretrizes Curriculares Nacionais, a identidade dessa modalidade de educação e o regime de colaboração entre os entes federativos. A idade mínima para a inscrição e realização de exames supletivos de conclusão do Ensino Fundamental é de 14 anos completos. A idade mínima para a inscrição e realização de exames supletivos de conclusão do Ensino Fundamental é de 17 anos completos. O direito de menores de idade emancipados para os atos da vida civil não se aplica para o da prestação de exames supletivos. I, II e IV II, III e IV II e III I e IV I, III e IV Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderem efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. O ensino voltado para a modalidade da Educação de Jovens e Adultos compreende sua oferta para homens com idade entre 14 e 60 anos e para mulheres entre 15 e 65 anos de idade. A educação de Jovens e Adultos, respaldada pela Lei de Diretrizes e Bases Nacionais 9394/96, é ofertada aos jovens que estão sem o atendimento escolar básico em uma instituição pública. Compreende-se que toda e qualquer instituição pública ou privada deve ofertar a EJA para ampliar e formar mão de obra qualificada a partir de 16 anos de idade. A Educação de Jovens e Adultos é estendida aos jovens que atuam no mercado de trabalho a partir dos 18 anos de idade. Um jovem precisa ter no mínimo 15 anos de idade completos para poder fazer a sua inscrição e a realização de exames supletivos em fase de conclusão do Ensino Fundamental. O Plano Nacional de Educação (PNE) determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. O primeiro grupo são metas estruturantes para a garantia do direito a educação básica com qualidade, e que assim promovam a garantia do acesso à universalização do ensino obrigatório e a ampliação das oportunidades educacionais. O PNE diz respeito ás diretrizes que norteiam o planejamento pedagógico nacional e internacional da Educação de Jovens e Adultos. O PNE estabelece leis que amparam a oferta da EJA em território nacional e internacional. O PNE defende um plano de ação restrito ao exercício e formação de mão de obra qualificada e técnica. O PNE apresenta duração plurianual e, entre suas metas, está a de erradicar o analfabetismo no pais. O PNE tem como meta primordial a de reforçar o ensino técnico e profissionalizante ofertado aos jovens e adultos que estão fora das instituições escolares. A Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) foi a primeira iniciativa governamental para a educação de jovens e adultos no Brasil. Promovida pelo Ministério da Educação e Saúde, a partir de 1947, tinha por objetivo levar a ‘educação de base’ a todos os brasileiros iletrados, nas áreas urbanas e rurais. Tinha o objetivo de expandir entre as massas os postulados do novo regime político – a democracia liberal. Acenava como uma possibilidade de preparar mão de obra alfabetizada nas cidades, de adentrar o campo e integrar os imigrantes e seus descendentes nos estados do Sul do Brasil. Foi constituída como um instrumento para a melhoria dos Índices de analfabetismo no pais. Nasceu para reforçar a suficiência cultural do Brasil, a qual estaria sendo um empecilho ao desenvolvimento econômico do pais. I, II e III. I, III e IV I, III I, II e IV I, II Segundo Freire, ‘aprender a ler e a escrever é aprender a ler o mundo. Compreender o seu contexto numa relação dinâmica vinculando linguagem e realidade e ser alfabetizado é tornar-se capaz de usar a leitura e a escrita como meio de tomar consciência da realidade e de transforma-la. No século XX, o analfabeto era visto como um ser ignorante. O analfabetismo foi tratado como um mal que assolava a sociedade, sendo necessária a sua erradicação. A alfabetização era vista como algo desnecessário, principalmente pelo contexto político da época. A alfabetização era necessária para diminuir a ignorância e formar um coletivo eleitoral que respondesse aos interesses políticos. I, II e IV I, II III e IV II e III II e IV Examinando a história da Educação de Jovens e Adultos, percebemos a presença de duas concepções de ensino na alfabetização de adultos. São conhecidas como concepção tradicional ou instrumental e concepção dialógica, critica ou emancipatória. Estas concepções influenciarão sobremaneira o ideal de formação de professores. Os conteúdos eram de responsabilidade única do educador. A equipe técnica era quem organizava as cartilhas utilizadas pelos alunos da EJA. Os alfabetizadores deviam reproduzir as intenções ideológicas previstas para o sistema educacional, portanto, não tinham acesso a seleção dos conteúdos da EJA. Os conteúdos eram escolhidos pelos educandos. I, II e IV I, II II e IV II e III III e IV A formação de professores para a EJA é essencial para que haja uma educação de qualidade, pois somente dessa maneira o educador será capaz de elaborar didáticas que resultem bons desempenhos em sala de aula, garantindo a permanência desses alunos na escola. Mostrando-os a importância de continuar seus estudos, a fim de que se tornem cidadãos críticos e reflexivos para que possam interagir de forma participativa na sociedade. Formação propicia a reflexão; articulação entre teoria e pratica; sujeito recebedor de saber; trabalhar o discurso e não a pratica. Formação antecede a ação; formação pode tudo; separação entre teoria e pratica; trabalhar o discurso e não a pratica. Formação antecede a ação; formação pode tudo; articulação entre teoria e pratica; sujeito recebedor de saber. Articulação entre teoria e pratica; formação antecede a ação; união entre teoria e pratica; trabalhar o discurso e a pratica. Separação entre teoria e pratica; formação antecede a ação; articulação entre teoria e pratica; trabalhar o discurso e a pratica. “Partindo assim da intrínseca relação entre o educador, educando e os saberes, colocando este último como objeto pertencente somente ao educador, o qual realiza uma ação de transferência e deposito de conhecimentos aos educandos, não privilegiando a ação, as experiências e a linguagem dos mesmos, o educador, na concepção de Freire, torna-se o sujeito, o qual conduz os educandos a memorização mecânica do conteúdo narrado. () No cenário político, o objetivo com a educação era o de atingir a forma de consciência crítica, ou seja, que os sujeitos da educação pudessem transformar a si mesmos e a sua situação vivida no mundo. () A concepção pedagógica da época vivia uma fase de mudanças, pois buscava a superação das dimensões instrumentais e valorizava a interação professor-educandos. Os educandos, por sua vez, eram identificados como seres concretos, históricos e com saberes do mundo. () Na visão política, a educação deveria continuar com a concepção tradicional, colocando o educando, por sua vez, como sujeito oprimido e participe da educação bancaria. () No final da década de 1950, a concepção pedagógica buscava contribuir para a sociedade opressora, desvalorizando a relação professor-aluno e evidenciando a condição do educador como sujeito detentor do conhecimento. V-V-F-F V-F-V-V V-V-F-V V-F-V-F F-F-V-F Para que haja um bom desempenho no ensino, é essencial que o educador esteja qualificado, mas será que as academias preparam o suficiente este profissional? Será que a partir de uma pós-graduação um professor pode se considerar apto? Segundo Paulo Freire, ‘a formação do educadordeve ser permanente e sistematizada, porque a pratica se faz e refaz. O educador deve assumir-se como um profissional libertador com uma postura crítica diante da realidade vivida. O educador deve fazer do ato educativo um ato de conhecimento, buscando construir duvidas e respostas, de modo a contribuir para a formação crítica dos sujeitos. Jamais o educador deve se colocar como quem busca a superação de si mesmo, pois precisa ter a convicção de seu papel enquanto depositário do saber. O educador deve ter papel diretivo no processo educativo, abdicando da sua posição de comando em prol do papel como articulador de um estudo. I, II e IV I, III III e IV II e III III e IV “Historicamente, a Educação de Jovens e Adultos, no cenário brasileiro, nasce da união e compromisso estabelecido entre a alfabetização e a educação popular. Aquela- a educação de adultos, destinando-se a grandes contingentes populacionais, ao mesmo tempo em que contribuísse para que estas pessoas voltassem a acreditar na possibilidade de mudança e melhoria de suas vidas. Esta- a educação popular-era concebida como um instrumento de libertação das classes subalternas, exploradas e expulsas da mínima condição de sobrevivência digna e humana. Compreendia-se a educação de adultos inserida na educação popular, no sentido de que o compromisso para com a transformação das condições de opressão e dominação da população constituía-se em bussola para orientar os diferentes trabalhos e práticas de educação de adultos. A educação de adultos é um paradigma educacional oriunda de movimentos sociais que dão vida á pratica coletiva construída com a classe trabalhadora ou com a classe menos favorecida. A educação de adultos articula o acesso ao conhecimento a processos emancipatórios. A educação de adultos foi desenvolvida no contexto de movimentos populares e de trabalhadores. Paulo Freire foi o principal educador a adensar o debate a favor da educação de adultos no Brasil. A educação de adultos tem trajetória secular na educação brasileira, tendo como bandeira central a superação do analfabetismo.
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