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Tetano O que é? Doença toxicoinfecciosa Distribuição mundial Acomete todas as espécies Porta de entrada é através de injúrias Clostridium tetani Bactéria anaeróbia estrita Bacilo gram + Formadora de esporos Tetanolisina e tetanospasmina Patogenia Sinais clínicos Rigidez Espasmos localizados Taxas cardíacas e respiratórias alteradas Disfagia Expressão facial alterada Orelhas eretas Hiperexcitabilidade Trisma mandibular Diagnóstico Histórico de ferida ou procedimentos cirúrgicos recente Histopatologia da lesão Exames laboratoriais (inconclusivos) Exames laboratoriais Hemograma Bioquímicos Líquor Hemograma Policitemia relativa Desidratação Hiperproteinemia Anemia Rara Hemólise pela toxina Leucocitose por neutrofilia Infecção e inflamação do ferimento Bioquímicos ALT AST -Associados à hepatopatias e dano muscular CPK -Avalia dano muscular Creatinina Uréia -Avalia dano renal associado a dano muscular -Catabolismo de proteínas Análise do líquor -Diagnóstico diferencial da meningite -Sem alterações no tétano Relato de caso Felino, macho, SRD, 3 anos de idade Atendido pelo Serviço de Clínica Médica de Pequenos Animais da Universidade do Oeste Paulista Anamnese o tutor relatou: aparecimento de rigidez contínua nos membros pélvicos, sem a ocorrência de qualquer tipo de lesão traumática. Realização de orquiectomia bilateral há 8 dias, sendo que este procedimento não foi realizado por um médico veterinário e não foram tomados os devidos cuidados pré, trans e pós-operatório Relato de caso No exame clinico: Hiperexcitabilidade, Dispnéia, Protusão de terceira pálpebra Espasticidade de membros pélvicos Musculatura lombar e de esfíncter retal Lábios apresentavam-se repuxados (riso sardônico) Felino apresentando espasticidade muscular secundária a um quadro de tétano Espasticidade da musculatura facial ocasionando riso sardônico em felino com tétano. Relato de caso Na palpação: Abdominal evidenciou-se intensa distensão da bexiga urinária, acompanhada de obstrução uretral, sendo em seguida feita a sondagem vesical e posterior retirada da urina retida Escrotal apresentava laceração de aproximadamente um centímetro em profundidade acompanhada de tecido necrótico adjacente e extensa exsudação sanguíneo-purulenta Laceração em bolsa escrotal apresentando exsudação sanguíneopurulenta e tecido necrótico Relato de caso Exames subsidiários foram solicitados: Hemograma Leucocitose por neutrofilia e monocitose Hiperproteinemia Hiperfibrinogenemia. Urinálise Processo infeccioso no trato urinário inferior Bioquímica sérica Azotemia Aumento da enzima creatina quinase Relato de caso Citopatologia da região necrótica: Presença de bacilos gram-positivos Ligeiramente curvos Presença de esporo terminal Sugerindo tratar-se de Clostridium tetani Relato de caso Tratamento Sala escura Ambiente o mais tranquilo possível Debridamento da ferida escrotal Higienização com peróxido de hidrogênio Fluidoterapia de suporte com Ringer lactato associado a glicose 40.000 UI de antitoxina tetânica EV 40.000 UI/Kg de penicilina G-benzatina IM Relato de caso Tratamento Diazepan na dose de 0,5 mg/kg a cada 8 horas EV OBS: Apesar do estabelecimento desse protocolo terapêutico, o quadro evoluiu para tetania generalizada 2 dias após o início da terapia. O proprietário optou pela não continuidade do tratamento e submissão do animal à eutanásia Referências bibliográficas ALMEIDA, A.C.S.; RIBEIRO, M.G.; PAES, A.C.; MEGID, J.; OLIVEIRA, V.B.; FRANCO, M.M.J. Tétano em pequenos ruminantes: estudo retrospectivo dos principais achados clínico-epidemiológicos em 11 casos Bras. Med. Vet. Zootec., v.64, n.4, p.1060-1064, 2012 COSTA, F.S.; AGUIAR, D.M., GIUFFRIDA, R., FARIAS, M.R.; NETO, R.T. Tétano em um gato. Braz. J. vet. Res. anim. Sci., São Paulo, v.39, n.2, p.160-162, 2002.
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