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seminario interdisciplinar VIII

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ORIENTADOR EDUCACIONAL E 
SUPERVISOR PEDAGÓGICO COMO 
PARCEIROS DO PROCESSO 
ORGANIZACIONAL DA ESCOLA 
 
Acadêmica 
Marly de Jesus da Veiga Costa 
 
Professor-Tutor Externo 
IrlaneVieira da Mata 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Pedagoga/Licenciatura (PED1350) – SeminárioInterdisciplinar VIII 
28/04/2018 
 
 
RESUMO 
 
A escola é construída para formação humana, onde se tornou dever do estado e direito 
do cidadão. Isso é um processo de humanização do homem por meio de identificação dos 
elementos culturais que foram acumulados historicamente.Sendo assim podemos 
perceber que a escola é constituída numa instituição social com o objetivo de aprimorar 
as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos.Toda instituição escolar 
necessita de uma estrutura de organização, para que se tenha o ordenamento e 
disposição das funções que asseguram o funcionamento da instituição como um todo. 
Nessa estrutura organizacional encontra-se o Orientador Educacional onde seu papel é 
cuidar do atendimento e acompanhamento escolar dos alunos e também do 
relacionamento escola-pais-comunidade, está presente também o Supervisor Pedagógico 
que tem o papel é orientar e supervisionar os professores no desenvolvimento do 
trabalho pedagógico. Assim, todos os agentes envolvidos nesse espaço educacional tem o 
objetivo comum de promover a construção de um ambiente harmonioso e um ensino 
significativo de qualidade a todos que nela desejam ingressar. 
 
 
 
Palavras-chave: Organização escolar. Aprendizagem.Dedicação 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente estudo tem como proposito a parceria entre o supervisor e o orientador 
no processo organizacional da escola. Demonstrando a importância de suas interações, 
mediante a educação. O orientador por ser um dos membros da equipe gestora é o 
principal responsável pelo processo de desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando 
suporte a sua nação como cidadão. O supervisor tem como objetivo junto à equipe 
diretiva e aos docentes a melhoria no processo ensino-aprendizagem dos educandos. Ele é 
o articulador do processo ensino-aprendizagem, e tem um papel politico-pedagógico de 
liderança no espaço escolar, sendo que o mesmo deve ser inovador, ousado, criativo e 
sobre tudo um profissional da educação comprometido com seu grupo de trabalho. E por 
fim tem seu objetivo que e compreender como ocorre a comunicação organizacional no 
ambiente escolar, e o desenvolvimento das habilidades para agir no processo de gestão 
dos espaços educativos. No entanto este estudo pretende refletir também sobre o 
processo organizacional da escola e o principio norteador do processo de ensino.Percebe-
se, neste contexto, que a escola possui uma estrutura organizacional que não pode ser 
abalada por imprevistos ou problemas que atrapalhem o funcionamento e que a impeçam 
de alcançar seus resultados, entre os quais o primordial é a aprendizagem dos alunos. As 
pessoas que administram uma escola não conseguem, sozinhas, atender a todos os 
quesitos que uma boa gestão requer. Refletindo a respeito das atividades ou tarefas 
cotidianas que ocorrem no seu interior, percebe-se que com uma boa comunicação 
chegasse a resultados satisfatórios, assim como, o inverso também pode ser afirmado, 
uma comunicação deficitária levará a perdas de informações, contradições e a uma gestão 
tumultuada e incompetente. Ou seja, a comunicação organizacional é a troca de 
informações no ambiente interno e externo da escola, e, automaticamente, se esta 
ocorredemaneira bem articulada, tende a reduzir vários problemas e a tornar todo o 
funcionamento da estrutura mais ágil e eficaz. 
 
 
2 EDUCAÇÃO COMO FUNÇÃO DE TODOS 
 
A educação é um direito fundamental de natureza social, estando previsto no 
artigo 6º da CF juntamente com outros direitos como saúde, moradia, lazer, assistência 
social e outros. Ademais, tal direito encontra-se previsto ainda, no texto constitucional, 
como dever do Estado e da sociedade, constituindo, pois, em fator essencial para o 
desenvolvimento psíquico, moral e intelectual do indivíduo. 
Desse modo, o ambiente escolar tem papel fundamental e singular importância no 
processo educacional, na medida em que é na escola que o educando tem contato toda 
uma diversidade cultural, religiosa e étnica. No entanto, para que tal finalidade se 
concretize, é imprescindível que todos os atores sociais envolvidos no processo 
educacional estejam plenamente comprometidos com a transmissão de conhecimento e, 
principalmente de formação integral do aluno. 
Nessa perspectiva, quando se pensa na formação educacional, a primeira ideia que 
vem mente é a figura do professor, como único responsável pela transmissão dos 
conhecimentos, entretanto todos os indivíduos tem uma parcela de contribuição no 
processo de aprendizagem, desde o porteiro da escola até toda a equipe pedagógica 
(FREITAS, Eduardo, 2018). 
Destarte, o ambiente escolar não pode ser compreendido de forma isolada, tendo 
em vista que a existência de toda uma gama de papéis, que encontram-se interligados e 
são igualmente necessários para o sucesso do processo de aprendizagem, conforme aduz 
Daniela Almeida: 
A escola, como qualquer instituição, funciona como um organismo: para que 
tudo ande perfeitamente e os objetivos sejam atingidos, cada parte precisa 
executar bem as respectivas funções. Os professores são os responsáveis pelo 
ensino dos conteúdos curriculares, mas os demais funcionários também 
participam do processo educacional, dando o suporte necessário para que a 
aprendizagem aconteça. São diversos os servidores que exercem as funções de 
apoio ao pedagógico: o pessoal da limpeza, as merendeiras, os secretários, os 
bibliotecários, os vigias. Alguns atuam sozinhos em sua área e outros em 
equipe. 
 
Logo, é fundamental o reconhecimento de que todos os indivíduos que se 
encontram inseridos no ambiente escolar são relevantes, seja na condição de educador, 
seja com a incumbência de fornecer um suporte necessário para a concretização deste 
processo. 
Nessa perspectiva, todos os agentes envolvidos no âmbito educacional devem 
estar voltados para a formação da criança, pois cada um em sua função exerce uma 
parcela de contribuição no processo de ensino e aprendizagem. Assim, se faz relevante à 
medida que todas as ações sejam comprometidas com um ensino significativo para a 
formação dos infantes. 
Desse modo, é indispensável que todas as ações e atividades sejam organizadas de 
modo que valorize a diversidade, respeitando os contextos de diferentes culturas e 
estimule a convivência em harmonia, pois esse ambiente é capaz de contribuir na 
formação de sujeitos críticos, reflexivos em busca de uma sociedade mais justa. 
 
 
2.1PROCESSO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA 
 
A escola é uma instituição social, regida por normas, que dizemrespeito à 
obrigação escolar, aos horários, ao emprego do tempo e outras. Em consequência, a 
intervenção pedagógica de um professor (ou de um grupo de professores) sobre os alunos 
situa-se sempre num quadroinstitucional. Entretanto, a escola pode ser encarada como 
uma instituiçãodotada de uma autonomia relativa, como um território intermédio de 
decisão no domínio educativo, que não se limita a reproduzir as normas e osvalores do 
macro sistema. 
Neste sentido, Nóvoa (1995), propondo uma nova investigação educacional, 
afirma que, apesar da grande contribuição e relevância dos estudos realizados pelos 
sociólogos da reprodução como Bourdieu e Passeron, não foi dado o devido valor às 
influências dos intervenientes escolares e dos processos internos sobre estabelecimentos 
de ensino. Este autor ressalta que, atualmente, já se configuram processos de mudanças e 
de inovação educacional,que passam pela compreensão das instituições escolares em 
toda a sua complexidade, ou seja, a escola já é percebida como uma instituição dotada de 
autonomia relativa, possuindo também um território de decisão no domínio educativo. 
Dentro deste contexto é que acreditamos que o grande princípio da gestão 
moderna é o de atender às necessidades do ser humano, pois são as pessoas que 
respondem pela interação e interdependência das demais variáveis (tarefas, estrutura, 
tecnologia e ambiente), que compõem a organização. Sendo assim, a escola é uma 
organização, uma vez que a mesma segue este princípio, tentando satisfazer as 
necessidades e anseios dos alunos, dos seus pais, dos professores, dos funcionários e da 
comunidade. 
Segundo Barbosa (1994), uma organização qualquer que seja, de porte, só pode 
existir e sobreviver numa sociedade, se estiver destinada ao atendimento das necessidades 
das pessoas, ou seja, essa organização deveria existir para satisfazer as pessoas desta 
sociedade. Este deveria ser o seu objetivo principal. 
As instituições escolares têm objetivos, planos e projetos e, para atingi-los é 
necessária uma ação coordenada, mediante processos e normas, para que o sistema 
funcione. Podem-se criticar as formas pelas quais são tomadas decisões nos órgãos de 
gestão, o processo de elaboração das leis, mas não se pode criticar o fato de tomar 
decisões porque em algum momento as Secretarias de Educação precisam fazer o sistema 
funcionar. 
Libanêo (2004, p.120), também explica que a organização escolar não é uma coisa 
objetiva, um espaço neutro a ser observado, mas algo construído pela comunidade 
educativa, envolvendo os professores, os alunos, os pais. Vigoram formas democráticas 
de gestão e de tomada de decisão. Ou seja, tanto a gestão como o processo de tomada de 
decisões se dão coletivamente, possibilitando aos membros do grupo a discussão pública 
de projetos e ações e o exercício de práticas colaborativas. 
Percebe-se assim que o processo educacional não ocorre sob a figura isolada de 
um agente, seja o supervisor ou orientador escolar, desempenham funções que pela sua 
relevância requerem profissionalismo na medida em que colaboram para que o espaço 
escolar seja concebido como democrático em que a hierarquia necessária que se ver ate o 
diretor não prejudique os objetivos educacionais da escola. 
 
 
2.2ALTERNATIVAS ORGANIZAIONAIS PARTICIPATIVAS NOS 
DIFERENTES CONTEXTOS 
 
 
No decorrer do trabalho educacional, nos deparamos com diversas questões que 
são discutidas, de forma a contribuir para a reflexão a respeito da gestão contemporânea, 
partindo de aspectos que se fazem presentes, as formas de participação e democratização 
desses ambientes. 
Após a Segunda Guerra, com as manifestações de 1968, o mundo passa por 
grandes mudanças culturais. Houve um grande questionamento a cerca do 
comportamento individual, a estrutura familiar, a sexualidade, as instituições e outros. A 
partir deste fato, as organizações reagem a este processo, buscando resultados com a 
introdução da ideia da participação como uma das alternativas administrativas. É 
significativo destacar que, o filósofo alemão Habermas, define participação, como: 
“participar significa que todos podem contribuir, com igualdade de oportunidades, nos 
processos de formação discursiva da vontade” (1975, p.159), ou seja, participar consiste 
em ajudar a construir comunicativamente o consenso quanto a um plano de ação coletivo. 
Esta ação, desenvolvida nas escolas pelos seus autores, só pode ser compreendida 
a partir de conhecimentos prévios sobre a realidade que a comunidade está inserida. Isso 
significa que ao falarmos em gestão participativa, também nos referimos a uma relação 
com desigualdades: a escola, “desaparelhada” do ponto de vista financeiro, para encarar 
os desafios; e a comunidadenão preparada para a prática da gestão participativa da escola. 
As organizações escolares que buscam implantar e desenvolver práticas voltadas à 
participação em sua comunidade escolar encontra inúmeras barreiras: diferentes histórias 
de vida, formas tradicionais de gestão, posições de adversidade política, entre outras. 
Mas, se tem a convicção que o ponto fundamental desta proposta de trabalho, a 
construção de um plano coletivo, é que a participação se concretiza no exercício do 
diálogo entre as partes envolvidas, construindo comunicativamente o consenso pelo 
diálogo com todos os envolvidos. 
 
Assim, todas as características importantes da democracia têm um caráter 
dialógico que une de modo complementa termos antagônicos: 
consenso/conflito,liberdade/igualdade/fraternidade, comunidade 
nacional/antagonismos sociais eideológicos. Enfim, a democracia depende das 
condições que dependem de seu exercício (espírito cívico, aceitação da regrado 
jogo democrático) (MORIM, 2001, p. 109). 
 
Portanto, podemos dizer que o universo da escola é particularmente complexo e 
específico. Onde o diálogo só pode ser verdadeiro a partir de um esforço deaproximação 
onde todos tentem perceber e conhecer o outro em seu próprio contexto. 
 
 
2.3 O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL 
 
O orientador educacional é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal 
de cada aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre os valores 
morais e éticos e à resolução de conflitos. Enquanto o professor se ocupa em cumprir o 
currículo disciplinar, o orientador educacional se preocupa com os conteúdos atitudinais, 
o chamado Currículo Oculto. 
Para consegui realizar seu trabalho, o profissional que ocupa esse cargo não pode 
ficar o tempo inteiro em sua sala, apenas recebendo alunos expulsos da aula ou que 
desrespeitam um colega ou um professor. Ele só consegue saber o que esta acontecendo 
na escola, entender quais são os comportamentos das crianças e propor encaminhamentos 
adequados quando circula pelos espaços e convive com os estudantes. 
O orientador deve atuar fora dos muros da escola também, atuando como ponte 
entre a instituição e a comunidade, entendendo a realidade, ouvindo o que ela tem a dizer 
abrindo um diálogo entre suas expectativas e o planejamento escolar. Ele deve ter a 
habilidade para negociar e prever ações, mapeando problemas, dando suporte para os 
estudantes e estabelecendo parceria com as famílias. 
O papel do orientador está focado em diversas atividades, tais como: a existencial, 
para os alunos que desejam uma orientação pessoal; a terapêutica, para os que apresentam 
dificuldades nos estudos ou de comportamento; e a da recuperação, para aqueles que 
apresentam necessidades especiais educacionais. Para tanto, deve-se garantir o diálogo, o 
respeito, a valorização do ser humano e o prazer pelo conhecimento. 
Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n°. 9394/96, requer a 
formação de profissionais da educação com novas competências, ou seja, o pedagogo 
“profissional especializado em estudos e ações relacionadas com a ciência pedagógica e 
problemática relativa, educativa, abordando o fenômeno educativo em sua 
multidimensionalidade”(LIBÂNEO, 1998, p.37). Segundo essas reformulações, o 
orientador educacional, além de ser professor, necessita ser habilitado em Pedagogia ou 
com formação pedagógico-didática específica de orientadores pedagógicos, sendo 
especialista da educação. Ou seja, o OE é o profissional que atua em vários contextos e 
situações referentes à prática pedagógica educativa, a qual precisa ser colaborativa e 
participativa, adequada às funções da escola para se constituir num trabalho interativo 
entre professores, estudantes, pais e comunidade escolar baseado na ética e no diálogo, 
respeitando diversidade a social e cultural. 
O orientador educacionaltem um trabalho de grande importância e 
responsabilidade. Exige-se muito deste profissional, tanto em termos de formação, de 
atualização constante e de comportamento ético. Apesar de não haver um código de ética 
elaborado especificamente para o orientador educacional, como todos os profissionais, 
ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos, principalmente em relação às 
informações sobre alunos, funcionários, e pessoas da comunidade que participam 
diretamente no desenvolvimento de seu trabalho. 
A orientação educacional, hoje, busca uma ligação com as outras áreas do 
conhecimento que não o seus específicos, pois a geração que vivemos é uma geração 
magnetizada pelo mundo virtual, que convive com outras práticas de leitura do mundo. 
Não podemos ignorar essa realidade, esses novos modos de pensar e de fazer o 
conhecimento acontecer. Para isso, o orientador precisa se despir das armas tradicionais e 
ousar, descobrir e se transformar, para lidar em uma sociedade de novos desafios, 
obstáculos e dificuldades, onde existem desentendimentos, conflitos e intolerância, 
independente da realidade social. 
 
2.4 O PAPEL DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO 
 
A escola trabalha numa organização sistêmica aberta, a fim de conhecer, analisar 
e controlar o que se passa dentro da escola e direcionar as inovações necessárias ao bom 
desempenho de suas ações. Em virtude disso que a escola dispõe de profissionais com 
diferentes papeis, possibilitando a interação e a troca de conhecimentos entre os membros 
da instituição. É necessário que a escola trabalhe buscando uma prática coletiva, para que 
os educadores, especialistas, pais e funcionários possam trabalhar juntos e com isso 
estarem envolvidos com a escola. É necessário ter parceria, isso contribuirá para o 
desenvolvimento da escola, possibilitando a comunidade uma escola mais participativa, 
onde cada um deve se comprometer em atuar na sua função com responsabilidade, 
pensando sempre no coletivo. 
Em relação a divisão de trabalho que ocorre nas escolas é função da supervisão 
pedagógica, observa-se que a liderança e inspiração pedagógica, tornaram-se próprias do 
supervisor. Lück diz que o papel do supervisor escolar “se constitui na somatória de 
esforços e ações desencadeados com sentido de promover a melhoria do ensino 
aprendizagem [...]” (2001, p. 20). Percebe-se a necessidade da prática profissional da 
supervisão escolarcomo aquele que coordena e controla a prática educativa a fim de 
assegurar os princípios e as finalidades da educação. A ação do supervisor visa o 
professor, as ações concretizam-se em reuniões, visitas, entrevistas, tudo o que pode 
contribuir para uma escola organizada e de qualidade. 
De acordo com MEDINA: 
 
Cabe ao supervisor, elaborar o plano do setor de reuniões, controlar o 
cumprimento da carga horária dos professores, e as aulas dadas e previstas na 
grade curricular, realizar levantamentos estatísticos de rendimento dos alunos, 
organizar o mural da escola, controlar o preenchimento do diário escolar dos 
professores, providenciar substituição dos professores no casos de absenteísmo, 
confeccionar material didático para os professores e entre outras[...] (1997, p. 
19). 
 
 
Atualmente, a ação do supervisor não é vista mais como uma ação de 
autoritarismo e do poder, o supervisor tem a função de auxiliar os professores e se 
colocar a disposição da escola no que for preciso, e construir através do seu trabalho um 
ambiente escolar mais organizado e cooperativo, onde todos se ajudam, 
independentemente do cargo que ocupa. O supervisor leva consigo no seu trabalho, 
princípios, conceitos e valores que fizeram parte da sua formação, fatores estes, que 
podem contribuir para uma discussão coletiva dentro da escola. Entretanto, pode-se 
avaliar a ação do supervisor na escola, e perceber como é importante e fundamental para 
a mesma poder contar com esse profissional, pois o seu trabalho de cooperação e 
integração contribui para uma escola mais participativa, organizada, e articulada com os 
professores, alunos e a comunidade. 
 
 
2.5 A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 
 
O planejamento é um processo permanente que implica escolhas, opção para 
construção de uma realidade. Embora o processo de planejamento ocorra a todo o 
momento na escola, é importante que as opções assumidas coletivamente estejam 
materializadas em um documento, pois é este que orientará a escola na importante tarefa 
de formação plena do indivíduo. 
O Projeto Político Pedagógicoé a expressão da cultura da escola, impregnada de 
crenças, valores, significados, modos de pensar e agir das pessoas que participam da sua 
elaboração. Portanto, é imprescindível que nessas ações, estejam contempladas a 
metodologia mais adequada para atender às necessidades sociais e individuais 
doseducandos. 
Um Projeto Político Pedagógico voltado para construir e assegurar a gestão 
democrática se caracteriza por sua elaboração coletiva e não se constitui em um 
agrupamento de projetos individuais. A importância da participação vem sendo ressaltada 
por todos que defendem uma gestão democrática. Toda instituição deve ter sua própria 
identidade, suas necessidades, seu perfil, a sua proposta pedagógica, com base em dados 
concretos da realidade e que tenham como referência, as experiências locais da 
comunidade escolar, relacionadas ao contexto do mundo em que vive. 
O processo de elaboração e implementação precisa contribuir para ampliar a 
consciência deste “coletivo”, reconhecendo o projeto político pedagógico como um 
instrumento de organização e resistência na construção de seuprojeto educativo. Portanto, 
a construção desse fundamental instrumento, significa enfrentar o desafio da 
transformação global da escola, tanto na dimensão pedagógica, administrativa, como na 
sua dimensão política. 
Ao desenvolver o Projeto Político Pedagógico, as pessoas resinificam suas 
experiências, refletem suas práticas, resgatam valores, definem suas “utopias”, 
demonstram seus saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, 
reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convivência, indicam um 
horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ações. 
Deve ficar transparente para todos que será esse documento que irá orientar a 
escola na importante tarefa de formação plena do indivíduo. Por isso, a importância da 
participação deve ser ressaltada por todos que defendem uma gestão democrática, todos 
terão seu espaço de participação, enfrentando juntos no coletivo os desafios da 
transformação global da escola, tanto na dimensão pedagógica, administrativa, como na 
sua dimensão política. 
Estar conscientes da importância do documento para alcançar os objetivos 
almejados, uma educação para todos e de qualidade. Para isso, é necessário partir do 
reconhecimento da realidade de cada escola, das identidades pessoais e coletivas da 
comunidade escolar.É possível chegar lá, se tivermos: um propósito claro, um plano 
realista, persistência em um espaço que as pessoas aprendem uma com as outras, em que 
o ser humano se desenvolve, que as pessoas se educam pelo diálogo, em que se 
constroem as aprendizagens. 
 
 
3. CONCIDERAÇÕESFINAIS 
 
 
As estruturas organizacionais quando alinhadas aos objetivos e às estratégias da 
organização facilitam a compreensão de atuação dos colaboradores, onde a organização 
deseja chegar e qual a capacidade de participação no mercado, seja como seguidora, seja 
como inovadora, ou líder. 
Enfim, sabemos que para um bom funcionamento da organização escolar é 
preciso da participação e dedicação de todos os envolvidos, seja professores, pais, alunos, 
gestores e comunidade. A ação depensar, falar e agir são elementos fundamentais na 
formação dos indivíduos e fazem parte da base do trabalho dentro do processo de 
aprendizagem, sendo por isso necessário desenvolver essas habilidades continuamente 
através dos recursos técnicos, atitudinais e comportamentais, pois só assim a 
comunicação necessária a uma boa administração escolar poderá ser bem sucedida. 
Assim sendo, a gestão não é uma ação solitária, e sim, de construção coletiva da 
organização dos sistemas educacionais, das instituições, do ensino, da vida humana, que 
se faz na prática, quando são tomadas decisões sobre as políticas educacionais, o projeto 
político pedagógico, enfim, de todas as atividades direcionadas a educação com o 
objetivo de alcançar um ambiente de qualidade de ensino e aprendizagem. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ADRIANO,Graciele Alice Carvalho.Gestão Educacional. UNIASSELVI, 2017. 
 
DOURADO, F. (Org.); PARO, V. H. (Org.). Políticas públicas & educação básica. São 
Paulo: Xamã, 2001. 
 
FREITAS, Eduardo de. Função da equipe de educadores. Disponível em: 
<https//educador.brasilescola.oul.com.br/orientacao-escolar/função-equipe-
educadores.htm> Acessado em abril de 2018 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5° Ed. Revista 
e ampliada. Goiânia: Editora Alternativa, 2004. 
 
LÜCK, Heloisa. Ação integrada: administração, supervisão e orientação 
educacional. Petrópolis: Vozes, 2003. 
 
MELO,Vanêssa P.C. A comunicação interna e sua importância nas organizações. 
Disponível em: Acessado em: abril.2018. 
 
MírianPaura S. ZippinGrinspun. A Orientação Educacional - Conflito de Paradigmas 
e Alternativas para a Escola, 176 págs., Ed. Cortez. 
 
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4. ed. São Paulo: 
Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2001. 
 
SILVA, Renan Costa da.Não deixe de verificar os 5 pontos importantes de uma boa 
gestão dos agentes de organização escolar. Disponível em: 
<http/blog.maxieduca.com.br/agente-organização-escola/> Acessado em abril de 2018. 
	Acadêmica 
	RESUMO 
	1 INTRODUÇÃO 
	O presente estudo tem como proposito a parceria entre o supervisor e o orientador no processo organizacional da escola. Demonstrando a importância de suas interações, mediante a educação. O orientador por ser um dos membros da equipe gestora é o principal responsável pelo processo de desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua nação como cidadão. O supervisor tem como objetivo junto à equipe diretiva e aos docentes a melhoria no processo ensino-aprendizagem dos educandos. Ele é o articulador do processo ensino-aprendizagem, e tem um papel politico-pedagógico de liderança no espaço escolar, sendo que o mesmo deve ser inovador, ousado, criativo e sobre tudo um profissional da educação comprometido com seu grupo de trabalho. E por fim tem seu objetivo que e compreender como ocorre a comunicação organizacional no ambiente escolar, e o desenvolvimento das habilidades para agir no processo de gestão dos espaços educativos. No entanto este estudo pretende refletir também sobre o processo organizacional da escola e o principio norteador do processo de ensino.Percebe-se, neste contexto, que a escola possui uma estrutura organizacional que não pode ser abalada por imprevistos ou problemas que atrapalhem o funcionamento e que a impeçam de alcançar seus resultados, entre os quais o primordial é a aprendizagem dos alunos. As pessoas que administram uma escola não conseguem, sozinhas, atender a todos os quesitos que uma boa gestão requer. Refletindo a respeito das atividades ou tarefas cotidianas que ocorrem no seu interior, percebe-se que com uma boa comunicação chegasse a resultados satisfatórios, assim como, o inverso também pode ser afirmado, uma comunicação deficitária levará a perdas de informações, contradições e a uma gestão tumultuada e incompetente. Ou seja, a comunicação organizacional é a troca de informações no ambiente interno e externo da escola, e, automaticamente, se esta ocorredemaneira bem articulada, tende a reduzir vários problemas e a tornar todo o funcionamento da estrutura mais ágil e eficaz. 
	2 EDUCAÇÃO COMO FUNÇÃO DE TODOS 
	2.1PROCESSO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA

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