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ORIENTADOR EDUCACIONAL E SUPERVISOR PEDAGÓGICO COMO PARCEIROS DO PROCESSO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA Acadêmica Marly de Jesus da Veiga Costa Professor-Tutor Externo IrlaneVieira da Mata Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Pedagoga/Licenciatura (PED1350) – SeminárioInterdisciplinar VIII 28/04/2018 RESUMO A escola é construída para formação humana, onde se tornou dever do estado e direito do cidadão. Isso é um processo de humanização do homem por meio de identificação dos elementos culturais que foram acumulados historicamente.Sendo assim podemos perceber que a escola é constituída numa instituição social com o objetivo de aprimorar as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos.Toda instituição escolar necessita de uma estrutura de organização, para que se tenha o ordenamento e disposição das funções que asseguram o funcionamento da instituição como um todo. Nessa estrutura organizacional encontra-se o Orientador Educacional onde seu papel é cuidar do atendimento e acompanhamento escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade, está presente também o Supervisor Pedagógico que tem o papel é orientar e supervisionar os professores no desenvolvimento do trabalho pedagógico. Assim, todos os agentes envolvidos nesse espaço educacional tem o objetivo comum de promover a construção de um ambiente harmonioso e um ensino significativo de qualidade a todos que nela desejam ingressar. Palavras-chave: Organização escolar. Aprendizagem.Dedicação 1 INTRODUÇÃO O presente estudo tem como proposito a parceria entre o supervisor e o orientador no processo organizacional da escola. Demonstrando a importância de suas interações, mediante a educação. O orientador por ser um dos membros da equipe gestora é o principal responsável pelo processo de desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua nação como cidadão. O supervisor tem como objetivo junto à equipe diretiva e aos docentes a melhoria no processo ensino-aprendizagem dos educandos. Ele é o articulador do processo ensino-aprendizagem, e tem um papel politico-pedagógico de liderança no espaço escolar, sendo que o mesmo deve ser inovador, ousado, criativo e sobre tudo um profissional da educação comprometido com seu grupo de trabalho. E por fim tem seu objetivo que e compreender como ocorre a comunicação organizacional no ambiente escolar, e o desenvolvimento das habilidades para agir no processo de gestão dos espaços educativos. No entanto este estudo pretende refletir também sobre o processo organizacional da escola e o principio norteador do processo de ensino.Percebe- se, neste contexto, que a escola possui uma estrutura organizacional que não pode ser abalada por imprevistos ou problemas que atrapalhem o funcionamento e que a impeçam de alcançar seus resultados, entre os quais o primordial é a aprendizagem dos alunos. As pessoas que administram uma escola não conseguem, sozinhas, atender a todos os quesitos que uma boa gestão requer. Refletindo a respeito das atividades ou tarefas cotidianas que ocorrem no seu interior, percebe-se que com uma boa comunicação chegasse a resultados satisfatórios, assim como, o inverso também pode ser afirmado, uma comunicação deficitária levará a perdas de informações, contradições e a uma gestão tumultuada e incompetente. Ou seja, a comunicação organizacional é a troca de informações no ambiente interno e externo da escola, e, automaticamente, se esta ocorredemaneira bem articulada, tende a reduzir vários problemas e a tornar todo o funcionamento da estrutura mais ágil e eficaz. 2 EDUCAÇÃO COMO FUNÇÃO DE TODOS A educação é um direito fundamental de natureza social, estando previsto no artigo 6º da CF juntamente com outros direitos como saúde, moradia, lazer, assistência social e outros. Ademais, tal direito encontra-se previsto ainda, no texto constitucional, como dever do Estado e da sociedade, constituindo, pois, em fator essencial para o desenvolvimento psíquico, moral e intelectual do indivíduo. Desse modo, o ambiente escolar tem papel fundamental e singular importância no processo educacional, na medida em que é na escola que o educando tem contato toda uma diversidade cultural, religiosa e étnica. No entanto, para que tal finalidade se concretize, é imprescindível que todos os atores sociais envolvidos no processo educacional estejam plenamente comprometidos com a transmissão de conhecimento e, principalmente de formação integral do aluno. Nessa perspectiva, quando se pensa na formação educacional, a primeira ideia que vem mente é a figura do professor, como único responsável pela transmissão dos conhecimentos, entretanto todos os indivíduos tem uma parcela de contribuição no processo de aprendizagem, desde o porteiro da escola até toda a equipe pedagógica (FREITAS, Eduardo, 2018). Destarte, o ambiente escolar não pode ser compreendido de forma isolada, tendo em vista que a existência de toda uma gama de papéis, que encontram-se interligados e são igualmente necessários para o sucesso do processo de aprendizagem, conforme aduz Daniela Almeida: A escola, como qualquer instituição, funciona como um organismo: para que tudo ande perfeitamente e os objetivos sejam atingidos, cada parte precisa executar bem as respectivas funções. Os professores são os responsáveis pelo ensino dos conteúdos curriculares, mas os demais funcionários também participam do processo educacional, dando o suporte necessário para que a aprendizagem aconteça. São diversos os servidores que exercem as funções de apoio ao pedagógico: o pessoal da limpeza, as merendeiras, os secretários, os bibliotecários, os vigias. Alguns atuam sozinhos em sua área e outros em equipe. Logo, é fundamental o reconhecimento de que todos os indivíduos que se encontram inseridos no ambiente escolar são relevantes, seja na condição de educador, seja com a incumbência de fornecer um suporte necessário para a concretização deste processo. Nessa perspectiva, todos os agentes envolvidos no âmbito educacional devem estar voltados para a formação da criança, pois cada um em sua função exerce uma parcela de contribuição no processo de ensino e aprendizagem. Assim, se faz relevante à medida que todas as ações sejam comprometidas com um ensino significativo para a formação dos infantes. Desse modo, é indispensável que todas as ações e atividades sejam organizadas de modo que valorize a diversidade, respeitando os contextos de diferentes culturas e estimule a convivência em harmonia, pois esse ambiente é capaz de contribuir na formação de sujeitos críticos, reflexivos em busca de uma sociedade mais justa. 2.1PROCESSO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA A escola é uma instituição social, regida por normas, que dizemrespeito à obrigação escolar, aos horários, ao emprego do tempo e outras. Em consequência, a intervenção pedagógica de um professor (ou de um grupo de professores) sobre os alunos situa-se sempre num quadroinstitucional. Entretanto, a escola pode ser encarada como uma instituiçãodotada de uma autonomia relativa, como um território intermédio de decisão no domínio educativo, que não se limita a reproduzir as normas e osvalores do macro sistema. Neste sentido, Nóvoa (1995), propondo uma nova investigação educacional, afirma que, apesar da grande contribuição e relevância dos estudos realizados pelos sociólogos da reprodução como Bourdieu e Passeron, não foi dado o devido valor às influências dos intervenientes escolares e dos processos internos sobre estabelecimentos de ensino. Este autor ressalta que, atualmente, já se configuram processos de mudanças e de inovação educacional,que passam pela compreensão das instituições escolares em toda a sua complexidade, ou seja, a escola já é percebida como uma instituição dotada de autonomia relativa, possuindo também um território de decisão no domínio educativo. Dentro deste contexto é que acreditamos que o grande princípio da gestão moderna é o de atender às necessidades do ser humano, pois são as pessoas que respondem pela interação e interdependência das demais variáveis (tarefas, estrutura, tecnologia e ambiente), que compõem a organização. Sendo assim, a escola é uma organização, uma vez que a mesma segue este princípio, tentando satisfazer as necessidades e anseios dos alunos, dos seus pais, dos professores, dos funcionários e da comunidade. Segundo Barbosa (1994), uma organização qualquer que seja, de porte, só pode existir e sobreviver numa sociedade, se estiver destinada ao atendimento das necessidades das pessoas, ou seja, essa organização deveria existir para satisfazer as pessoas desta sociedade. Este deveria ser o seu objetivo principal. As instituições escolares têm objetivos, planos e projetos e, para atingi-los é necessária uma ação coordenada, mediante processos e normas, para que o sistema funcione. Podem-se criticar as formas pelas quais são tomadas decisões nos órgãos de gestão, o processo de elaboração das leis, mas não se pode criticar o fato de tomar decisões porque em algum momento as Secretarias de Educação precisam fazer o sistema funcionar. Libanêo (2004, p.120), também explica que a organização escolar não é uma coisa objetiva, um espaço neutro a ser observado, mas algo construído pela comunidade educativa, envolvendo os professores, os alunos, os pais. Vigoram formas democráticas de gestão e de tomada de decisão. Ou seja, tanto a gestão como o processo de tomada de decisões se dão coletivamente, possibilitando aos membros do grupo a discussão pública de projetos e ações e o exercício de práticas colaborativas. Percebe-se assim que o processo educacional não ocorre sob a figura isolada de um agente, seja o supervisor ou orientador escolar, desempenham funções que pela sua relevância requerem profissionalismo na medida em que colaboram para que o espaço escolar seja concebido como democrático em que a hierarquia necessária que se ver ate o diretor não prejudique os objetivos educacionais da escola. 2.2ALTERNATIVAS ORGANIZAIONAIS PARTICIPATIVAS NOS DIFERENTES CONTEXTOS No decorrer do trabalho educacional, nos deparamos com diversas questões que são discutidas, de forma a contribuir para a reflexão a respeito da gestão contemporânea, partindo de aspectos que se fazem presentes, as formas de participação e democratização desses ambientes. Após a Segunda Guerra, com as manifestações de 1968, o mundo passa por grandes mudanças culturais. Houve um grande questionamento a cerca do comportamento individual, a estrutura familiar, a sexualidade, as instituições e outros. A partir deste fato, as organizações reagem a este processo, buscando resultados com a introdução da ideia da participação como uma das alternativas administrativas. É significativo destacar que, o filósofo alemão Habermas, define participação, como: “participar significa que todos podem contribuir, com igualdade de oportunidades, nos processos de formação discursiva da vontade” (1975, p.159), ou seja, participar consiste em ajudar a construir comunicativamente o consenso quanto a um plano de ação coletivo. Esta ação, desenvolvida nas escolas pelos seus autores, só pode ser compreendida a partir de conhecimentos prévios sobre a realidade que a comunidade está inserida. Isso significa que ao falarmos em gestão participativa, também nos referimos a uma relação com desigualdades: a escola, “desaparelhada” do ponto de vista financeiro, para encarar os desafios; e a comunidadenão preparada para a prática da gestão participativa da escola. As organizações escolares que buscam implantar e desenvolver práticas voltadas à participação em sua comunidade escolar encontra inúmeras barreiras: diferentes histórias de vida, formas tradicionais de gestão, posições de adversidade política, entre outras. Mas, se tem a convicção que o ponto fundamental desta proposta de trabalho, a construção de um plano coletivo, é que a participação se concretiza no exercício do diálogo entre as partes envolvidas, construindo comunicativamente o consenso pelo diálogo com todos os envolvidos. Assim, todas as características importantes da democracia têm um caráter dialógico que une de modo complementa termos antagônicos: consenso/conflito,liberdade/igualdade/fraternidade, comunidade nacional/antagonismos sociais eideológicos. Enfim, a democracia depende das condições que dependem de seu exercício (espírito cívico, aceitação da regrado jogo democrático) (MORIM, 2001, p. 109). Portanto, podemos dizer que o universo da escola é particularmente complexo e específico. Onde o diálogo só pode ser verdadeiro a partir de um esforço deaproximação onde todos tentem perceber e conhecer o outro em seu próprio contexto. 2.3 O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL O orientador educacional é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre os valores morais e éticos e à resolução de conflitos. Enquanto o professor se ocupa em cumprir o currículo disciplinar, o orientador educacional se preocupa com os conteúdos atitudinais, o chamado Currículo Oculto. Para consegui realizar seu trabalho, o profissional que ocupa esse cargo não pode ficar o tempo inteiro em sua sala, apenas recebendo alunos expulsos da aula ou que desrespeitam um colega ou um professor. Ele só consegue saber o que esta acontecendo na escola, entender quais são os comportamentos das crianças e propor encaminhamentos adequados quando circula pelos espaços e convive com os estudantes. O orientador deve atuar fora dos muros da escola também, atuando como ponte entre a instituição e a comunidade, entendendo a realidade, ouvindo o que ela tem a dizer abrindo um diálogo entre suas expectativas e o planejamento escolar. Ele deve ter a habilidade para negociar e prever ações, mapeando problemas, dando suporte para os estudantes e estabelecendo parceria com as famílias. O papel do orientador está focado em diversas atividades, tais como: a existencial, para os alunos que desejam uma orientação pessoal; a terapêutica, para os que apresentam dificuldades nos estudos ou de comportamento; e a da recuperação, para aqueles que apresentam necessidades especiais educacionais. Para tanto, deve-se garantir o diálogo, o respeito, a valorização do ser humano e o prazer pelo conhecimento. Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n°. 9394/96, requer a formação de profissionais da educação com novas competências, ou seja, o pedagogo “profissional especializado em estudos e ações relacionadas com a ciência pedagógica e problemática relativa, educativa, abordando o fenômeno educativo em sua multidimensionalidade”(LIBÂNEO, 1998, p.37). Segundo essas reformulações, o orientador educacional, além de ser professor, necessita ser habilitado em Pedagogia ou com formação pedagógico-didática específica de orientadores pedagógicos, sendo especialista da educação. Ou seja, o OE é o profissional que atua em vários contextos e situações referentes à prática pedagógica educativa, a qual precisa ser colaborativa e participativa, adequada às funções da escola para se constituir num trabalho interativo entre professores, estudantes, pais e comunidade escolar baseado na ética e no diálogo, respeitando diversidade a social e cultural. O orientador educacionaltem um trabalho de grande importância e responsabilidade. Exige-se muito deste profissional, tanto em termos de formação, de atualização constante e de comportamento ético. Apesar de não haver um código de ética elaborado especificamente para o orientador educacional, como todos os profissionais, ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos, principalmente em relação às informações sobre alunos, funcionários, e pessoas da comunidade que participam diretamente no desenvolvimento de seu trabalho. A orientação educacional, hoje, busca uma ligação com as outras áreas do conhecimento que não o seus específicos, pois a geração que vivemos é uma geração magnetizada pelo mundo virtual, que convive com outras práticas de leitura do mundo. Não podemos ignorar essa realidade, esses novos modos de pensar e de fazer o conhecimento acontecer. Para isso, o orientador precisa se despir das armas tradicionais e ousar, descobrir e se transformar, para lidar em uma sociedade de novos desafios, obstáculos e dificuldades, onde existem desentendimentos, conflitos e intolerância, independente da realidade social. 2.4 O PAPEL DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO A escola trabalha numa organização sistêmica aberta, a fim de conhecer, analisar e controlar o que se passa dentro da escola e direcionar as inovações necessárias ao bom desempenho de suas ações. Em virtude disso que a escola dispõe de profissionais com diferentes papeis, possibilitando a interação e a troca de conhecimentos entre os membros da instituição. É necessário que a escola trabalhe buscando uma prática coletiva, para que os educadores, especialistas, pais e funcionários possam trabalhar juntos e com isso estarem envolvidos com a escola. É necessário ter parceria, isso contribuirá para o desenvolvimento da escola, possibilitando a comunidade uma escola mais participativa, onde cada um deve se comprometer em atuar na sua função com responsabilidade, pensando sempre no coletivo. Em relação a divisão de trabalho que ocorre nas escolas é função da supervisão pedagógica, observa-se que a liderança e inspiração pedagógica, tornaram-se próprias do supervisor. Lück diz que o papel do supervisor escolar “se constitui na somatória de esforços e ações desencadeados com sentido de promover a melhoria do ensino aprendizagem [...]” (2001, p. 20). Percebe-se a necessidade da prática profissional da supervisão escolarcomo aquele que coordena e controla a prática educativa a fim de assegurar os princípios e as finalidades da educação. A ação do supervisor visa o professor, as ações concretizam-se em reuniões, visitas, entrevistas, tudo o que pode contribuir para uma escola organizada e de qualidade. De acordo com MEDINA: Cabe ao supervisor, elaborar o plano do setor de reuniões, controlar o cumprimento da carga horária dos professores, e as aulas dadas e previstas na grade curricular, realizar levantamentos estatísticos de rendimento dos alunos, organizar o mural da escola, controlar o preenchimento do diário escolar dos professores, providenciar substituição dos professores no casos de absenteísmo, confeccionar material didático para os professores e entre outras[...] (1997, p. 19). Atualmente, a ação do supervisor não é vista mais como uma ação de autoritarismo e do poder, o supervisor tem a função de auxiliar os professores e se colocar a disposição da escola no que for preciso, e construir através do seu trabalho um ambiente escolar mais organizado e cooperativo, onde todos se ajudam, independentemente do cargo que ocupa. O supervisor leva consigo no seu trabalho, princípios, conceitos e valores que fizeram parte da sua formação, fatores estes, que podem contribuir para uma discussão coletiva dentro da escola. Entretanto, pode-se avaliar a ação do supervisor na escola, e perceber como é importante e fundamental para a mesma poder contar com esse profissional, pois o seu trabalho de cooperação e integração contribui para uma escola mais participativa, organizada, e articulada com os professores, alunos e a comunidade. 2.5 A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O planejamento é um processo permanente que implica escolhas, opção para construção de uma realidade. Embora o processo de planejamento ocorra a todo o momento na escola, é importante que as opções assumidas coletivamente estejam materializadas em um documento, pois é este que orientará a escola na importante tarefa de formação plena do indivíduo. O Projeto Político Pedagógicoé a expressão da cultura da escola, impregnada de crenças, valores, significados, modos de pensar e agir das pessoas que participam da sua elaboração. Portanto, é imprescindível que nessas ações, estejam contempladas a metodologia mais adequada para atender às necessidades sociais e individuais doseducandos. Um Projeto Político Pedagógico voltado para construir e assegurar a gestão democrática se caracteriza por sua elaboração coletiva e não se constitui em um agrupamento de projetos individuais. A importância da participação vem sendo ressaltada por todos que defendem uma gestão democrática. Toda instituição deve ter sua própria identidade, suas necessidades, seu perfil, a sua proposta pedagógica, com base em dados concretos da realidade e que tenham como referência, as experiências locais da comunidade escolar, relacionadas ao contexto do mundo em que vive. O processo de elaboração e implementação precisa contribuir para ampliar a consciência deste “coletivo”, reconhecendo o projeto político pedagógico como um instrumento de organização e resistência na construção de seuprojeto educativo. Portanto, a construção desse fundamental instrumento, significa enfrentar o desafio da transformação global da escola, tanto na dimensão pedagógica, administrativa, como na sua dimensão política. Ao desenvolver o Projeto Político Pedagógico, as pessoas resinificam suas experiências, refletem suas práticas, resgatam valores, definem suas “utopias”, demonstram seus saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convivência, indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ações. Deve ficar transparente para todos que será esse documento que irá orientar a escola na importante tarefa de formação plena do indivíduo. Por isso, a importância da participação deve ser ressaltada por todos que defendem uma gestão democrática, todos terão seu espaço de participação, enfrentando juntos no coletivo os desafios da transformação global da escola, tanto na dimensão pedagógica, administrativa, como na sua dimensão política. Estar conscientes da importância do documento para alcançar os objetivos almejados, uma educação para todos e de qualidade. Para isso, é necessário partir do reconhecimento da realidade de cada escola, das identidades pessoais e coletivas da comunidade escolar.É possível chegar lá, se tivermos: um propósito claro, um plano realista, persistência em um espaço que as pessoas aprendem uma com as outras, em que o ser humano se desenvolve, que as pessoas se educam pelo diálogo, em que se constroem as aprendizagens. 3. CONCIDERAÇÕESFINAIS As estruturas organizacionais quando alinhadas aos objetivos e às estratégias da organização facilitam a compreensão de atuação dos colaboradores, onde a organização deseja chegar e qual a capacidade de participação no mercado, seja como seguidora, seja como inovadora, ou líder. Enfim, sabemos que para um bom funcionamento da organização escolar é preciso da participação e dedicação de todos os envolvidos, seja professores, pais, alunos, gestores e comunidade. A ação depensar, falar e agir são elementos fundamentais na formação dos indivíduos e fazem parte da base do trabalho dentro do processo de aprendizagem, sendo por isso necessário desenvolver essas habilidades continuamente através dos recursos técnicos, atitudinais e comportamentais, pois só assim a comunicação necessária a uma boa administração escolar poderá ser bem sucedida. Assim sendo, a gestão não é uma ação solitária, e sim, de construção coletiva da organização dos sistemas educacionais, das instituições, do ensino, da vida humana, que se faz na prática, quando são tomadas decisões sobre as políticas educacionais, o projeto político pedagógico, enfim, de todas as atividades direcionadas a educação com o objetivo de alcançar um ambiente de qualidade de ensino e aprendizagem. REFERÊNCIAS ADRIANO,Graciele Alice Carvalho.Gestão Educacional. UNIASSELVI, 2017. DOURADO, F. (Org.); PARO, V. H. (Org.). Políticas públicas & educação básica. São Paulo: Xamã, 2001. FREITAS, Eduardo de. Função da equipe de educadores. Disponível em: <https//educador.brasilescola.oul.com.br/orientacao-escolar/função-equipe- educadores.htm> Acessado em abril de 2018 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5° Ed. Revista e ampliada. Goiânia: Editora Alternativa, 2004. LÜCK, Heloisa. Ação integrada: administração, supervisão e orientação educacional. Petrópolis: Vozes, 2003. MELO,Vanêssa P.C. A comunicação interna e sua importância nas organizações. Disponível em: Acessado em: abril.2018. MírianPaura S. ZippinGrinspun. A Orientação Educacional - Conflito de Paradigmas e Alternativas para a Escola, 176 págs., Ed. Cortez. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2001. SILVA, Renan Costa da.Não deixe de verificar os 5 pontos importantes de uma boa gestão dos agentes de organização escolar. Disponível em: <http/blog.maxieduca.com.br/agente-organização-escola/> Acessado em abril de 2018. Acadêmica RESUMO 1 INTRODUÇÃO O presente estudo tem como proposito a parceria entre o supervisor e o orientador no processo organizacional da escola. Demonstrando a importância de suas interações, mediante a educação. O orientador por ser um dos membros da equipe gestora é o principal responsável pelo processo de desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua nação como cidadão. O supervisor tem como objetivo junto à equipe diretiva e aos docentes a melhoria no processo ensino-aprendizagem dos educandos. Ele é o articulador do processo ensino-aprendizagem, e tem um papel politico-pedagógico de liderança no espaço escolar, sendo que o mesmo deve ser inovador, ousado, criativo e sobre tudo um profissional da educação comprometido com seu grupo de trabalho. E por fim tem seu objetivo que e compreender como ocorre a comunicação organizacional no ambiente escolar, e o desenvolvimento das habilidades para agir no processo de gestão dos espaços educativos. No entanto este estudo pretende refletir também sobre o processo organizacional da escola e o principio norteador do processo de ensino.Percebe-se, neste contexto, que a escola possui uma estrutura organizacional que não pode ser abalada por imprevistos ou problemas que atrapalhem o funcionamento e que a impeçam de alcançar seus resultados, entre os quais o primordial é a aprendizagem dos alunos. As pessoas que administram uma escola não conseguem, sozinhas, atender a todos os quesitos que uma boa gestão requer. Refletindo a respeito das atividades ou tarefas cotidianas que ocorrem no seu interior, percebe-se que com uma boa comunicação chegasse a resultados satisfatórios, assim como, o inverso também pode ser afirmado, uma comunicação deficitária levará a perdas de informações, contradições e a uma gestão tumultuada e incompetente. Ou seja, a comunicação organizacional é a troca de informações no ambiente interno e externo da escola, e, automaticamente, se esta ocorredemaneira bem articulada, tende a reduzir vários problemas e a tornar todo o funcionamento da estrutura mais ágil e eficaz. 2 EDUCAÇÃO COMO FUNÇÃO DE TODOS 2.1PROCESSO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA
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