Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Atlas de Anatomia e Embriologia vegetal parte 2 Raíz, caule, crescimento secundário, folha e flor 木村光男 2018.1 Raíz As raízes são organizados em: Raíz lateral, raiz principal, zona pilí- fera, zona de maturação (ou ramificação), zona de crescimento, zona meristemática e coifa. A raiz primária tem origem exógena, enquanto as outras raízes são endógenas. Devido a características de determinadas regiões, as zonas podem apresentar anatomia distinta em relação as outras zonas. Protoderme: epiderme Meristema fundamental: córtex e medula (nem sempre) Procâmbio: cilindro vascular Fazem parte da estrutura primária da raiz, a epiderme, córtex, ci- lindro vascular, endoderme, promeristema, coifa e pelos radicula- res. O cilindro vascular consiste em: xilema, floema e periciclo. A estrutura primária da raiz é formada pelo meristema apical, origi- nados do meristema primário. A medula está presente em raízes adventícias. As epidermes, em geral, são unisseriadas e quando contém cutícu- la, são finas. As epidermes fazem absorção e a presença de pelos radiculares aumenta a superfície de absorção. Existe outro tipo de epiderme, chamado epiderme multisseriado, conhecido também como velame. A camada mais externa do córtex é chamado de exoderme, pode ser uni ou pluriestratificada. O parênquima cortical pode ser de preenchimento ou aerênquima. Além disso, a camada mais externa pode apresentar-se diferencia- da, sendo chamado de exoderme. A exoderme pode apresentar um reforço na proteção da raiz, tendo células com deposição de sube- rina em forma de estrias de caspary. A parte mais interna é chamado de endoderme, e algumas podem apresentas estrias de caspary. Esta estria apresenta uma função importante na absorção da água. Via simplástica: a água é absorvida célula a célula, passando pela seletividade da membrana plasmática, com destino à endoderme e elementos vasculares. Via apoplástica: a absorção de água é por capilaridade na parede celular, indo em direção ao cilindro central sem ser selecionado pe- la membrana plasmática. Porém, chegando à endoderme ocorre o bloqueio da água pelas estrias de caspary, sendo obrigada a pas- sar pela membrana plasmática para chegar no cilindro central. Raíz de Phalaenopsis sp (orchidaceae), secção transversal Epiderme multisseriada (velame) Exoderme Velame Raíz de Coix lacryma-jobi L. (Poaceae), secção transversal Córtex (envolve a exoderme, parênquima fundamental e endoder- me) Epiderme Exoderme Parênquima fundamental Endoder- me em for- ma de “u” (típico de mono- cotiledône as Periciclo (camada de células logo abaixo da endoderme *As partes circuladas são o floema Metaxilema Protoxilema Esclerênquima Medula *As monocotiledôneas apresentam geralmente mais de 6 protoxi- lema, sendo a raiz classificada como poliarca Raíz de Phaseolus sp (Fabaceae), secção transver- sal Epiderme Exoderme Parênquima fundamental Floema *Não apresenta medula Metaxilema Protoxilema Observa-se 4 polos de protoxilema, sendo então classificada como tetrarca Caule O caule é organizado em: região meristemática, região de alonga- mento e caule maduro Nas eudicotiledôneas, o sistema vascular está organizado na forma de um cilindro oco ou de um anel de feixes concêntricos separados por parênquima em volta da medula central (eustelo). Nas monocotiledôneas, os feixes vasculares não estão organizados, sendo denominado atactostelo. Feixes vasculares: formado por xilema e floema primário Nos caules, o xilema primário apresenta maturação de dentro para fora, enquanto na raiz é o inverso. No caule então o protoxilema está voltado para o interior e o metaxilema para o exterior, sendo o protoxilema endarco. E na raiz é exarco. Caule de Aristo- lochia gigantea Feixe vascular aberto Tipo de estelo: Sifonostelo, eustelo Caule de gramínea (Poaceae) Feixe vascular fechado Sifonostelo, atactoste- lo No tipo atactostelo, uma endoderme e um periciclo envol- vem todos os feixes. Típico de monocotiledônea Caule de monilófita Sifonostelo, anfifloico dictiostelo Eustelo, actinostelo Caule de Psilotum sp (Psilotaceae) Epiderme Colenqui- ma Parênqui- ma *A endoderme não está muito nítida, por isso não será apresen- tada Cilíndro central: envolve também a endoderme. Cilíndro vascular (tecido vascular): Envolve xilema, floema e peri- Diferença entre caule e raiz: Floema Protoxilema Metaxilema Crescimento secundário A estrutura secundária envolve o crescimento em espessura e cres- cimento radial da planta, presentes em gimnospermas, angiosper- mas basais e eudicotiledôneas lenhosas. A estrutura secundária depende da atividade de 2 meristemas late- rais: Câmbio vascular: Tecidos vasculares secundários Felogênio: Periderme O câmbio vascular envolve: xilema e floema secundários, apresen- ta também origem mista. Câmbio fascicular: origina no procâmbio. Câmbio interfascicular: origina no periciclo ou no parênquima inter- fascicular. Xilema secundário Floema secundário Câmbio fascicular Câmbio interfascicular Secção transversal do caule em cresci- mento se- cundário de Annona muricata Floema secundário Cambio fascicular Cambio interfascicular Raio parenquimático Xilema secundário Floema secundario Lenho de Lon- chocarpus cam- pestris (Fabaceae), cor- te transversal Elementos de vaso Parenquima radial Parenquima axial Tipo do raio Corte longitudi- nal tangencial Parenqui- ma axial Corte lon- gitudinal radial Folhas Região internervural da folha, de uma Cassia sp Parênquima paliçádico Mesofilo isolateral Estômatos Folha de Ei- chornia cras- sipes (Hidrófita) Parênquima paliçádico Parênquima lacunoso Mesofilo dorsiventral Parênqui- ma paliçá- dico Estômato Esclerênquima Como a planta é uma hidrófita, existem algumas estruturas adap- tativas relacionado ao ambiente e hábito, como: Esclerênquima: confere sustentação Parênquima paliçádico e estômatos: potencializa a fotossíntese Folha de Nymphaea sp (hidrófita) Parênquima aerífero Parênquima paliçádico Mesofilo dorsiventral Seta aponta um estômato O estômato está presente na face adaxial da folha, ou seja, a parte que está fora da água O aerênquima serve para flutuação Folha de Blutaparon sp (halófita) Mesofilo radiado Parênquima pali- çádico Bainha Kranz Parênquima aquifero Parênquima aquífe- ro possui a função de acumular água, como o ambiente é salino, é importante o acúmulo de água A anatomia Kranz permite a potenciali- zação da fotossínte- se (tanto a endoder- me tanto o mesofilo faz fotossíntese) Estômato na face adaxial: troca gaso- sa Flor Corte transversal do botão floral de Lillium sp Sépala Pétala Estilete Antera Epiderme Mesofilo Feixe vas- cular Corte transversal do ovário de Lillium sp Hipanto (os verticilios florais ainda não estão diferenciados) Ovário tri- locular tri- carpelar Óvulo Detalhe do óvulo Epiderme interna Epiderme externa Óvulo Feixe vascu- lar Epider- me ex- terna Epider- me in- terna Mesofi- lo
Compartilhar