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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II E III
NECYANE RIBEIRO GOIS
CASO CLÍNICO
ENTORSE DE TORNOZELO
 FORTALEZA-CE
2018
ENTORSE DE TORNOZELO
 O complexo do pé e tornozelo é um arranjo musculoesquelético sofisticado, desenhado para facilitar várias funções com e sem sustentação do peso (DUTTON,2010). 
 As entorses de tornozelo são provavelmente a lesão mais comum no universo da patologia musculoesquelética, É definida por uma lesão ligamentar aguda decorrente de estresse aplicado em uma articulação, provocando rompimento parcial ou total do tecidos (MOREIRA E ANTUNES,2008).
 A região do tornozelo inclui as articulações tibiofibular distal ,tibiotalar e fibutalar. A articulação é sustentada pelos ligamentos tibiofibular anterior e posterior e pelo ligamento tibiofibular interósseo (HALL,2009).
 O mecanismo de lesão habitual é a inversão do pé com flexão plantar do tornozelo ,numa intensidade além do normal, que acontece geralmente ao pisar em terreno irregular ou degrau, Este movimento anômalo proporciona uma lesão do ligamento calcâneofibular, com o aumento da energia do trauma (RODRIGUES e WAISBERG 2008).
 As entorses por inversão de tornozelo são as lesões ligamentares mais frequentes na área traumatológica no membro inferior e respondem por aproximadamente 30% de todas as lesões, Calcula-se que ocorra uma entorse por inversão por dia por cada dez mil pessoas, Isso é compatível por cerca de 27 mil entorses que ocorrem diariamente, As entorses de tornozelo são mais comuns entre os homens em geral, mas parece não haver diferença de sexo em relação a sua incidência.(HURWITZ e TOMEZAK, 2005).
 Os sinais e sintomas das lesões ligamentares do tornozelo variam de acordo com a gravidade da lesão, os tecidos acometidos e a extensão de seu acometimento .Em geral :-são evidentes graus variáveis de dor,-Tumefação,
-Hipersensibilidade localizada e incapacidade funcional (JAMES et al,2000).
 Nenhum sintoma simples ou teste pode fornecer um diagnóstico completamente preciso de ruptura de ligamento de tornozelo lateral, mas o conjunto de achados pode ser fortemente indicativo : - ausência de edema na ocasião do exame tardio(quatro dias) sugere que não há ruptura de ligamento de tornozelo ,enquanto o edema extensivo é indicativo de ruptura.,- dor na palpação do ligamento envolvido sugere ruptura,- teste de tração anterior positivo sugere ruptura,- impedimento da capacidade de caminhar após a lesão sugere envolvimento da estrutura (DUTTON,2010).
 A entorse de tornozelo pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação funcional e são classificadas da seguinte maneira: * Grau I –(também chamado de distensão)-ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema local.* Grau II -frouxidão ligamentar ,dor intensa, edema difuso + hematoma, * Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão ,dor intensa ,instabilidade, edema difuso e hematoma (RODRIGUES E WAISBERG,2008).
CASO CLÍNICO
M.P.C, sexo feminino 76 anos ,aposentada, procurou consulta médica devido a dor no tornozelo ,limitação de movimentos, hematomas(equimoses) e dificuldade na deambulação, a mesma se lesionou durante atividade recreativa (jogo de futebol),com seu neto, paciente relatava que a dor começou há 2 mêses, Foi realizado radiografia de tornozelo que diagnosticou a entorse de tornozelo esquerdo, foi feito então encaminhamento médico da mesma para o setor de fisioterapia.
Ao comparecer na clínica de fisioterapia durante a anamnese a mesma chegou com a queixa principal de dor e limitações de movimentos de tornozelo e pé, a paciente relata ter sofrido 2 convulsões (há 1 ano),não tem antecedentes familiares, faz uso de medicamentos anticonvulsivantes, e para controle de hipertensão arterial, nega tabagismo ,etilismo e diabetes mellitus .
Durante o exame físico foi realizada a inspeção observando a postura da paciente como um todo, a mesma apresentava postura antálgica (sem apoiar o pé lesionado esquerdo no chão, como forma de proteção, na análise de marcha apresentou comprometimento (marcha claudicante) e dor na deambulação, foi realizada a palpação (bilateralmente) na região do maléolo medial (local de maior ponto de dor (devido a entorse ser por eversão) e também de estruturas adjacentes como maléolo lateral, em todo o pé(região de tarso, metatarso, dedo dos pés e região plantar),panturrilhas(tríceps sural),tibial anterior , posterior e fibulares longo e curto, articulação talocrural e ligamento deltóide (também como ponto doloroso ), ainda no mesmo local (maléolo medial ) foram constatados presença de edema e sinal cacifo positivo,(foi realizado perimetria bilateralmente com fita métrica ( para avaliação de trofismo com pontos de referências como bordo superior da patela acima do maléolo e panturrilha com distâncias de 5 cm), paciente apresentou sensibilidade preservada(foi testado com um pedacinho de algodão)e tubos de ensaio com água quente e gelada, paciente estava com coordenação e equilíbrio preservados(foi realizado o teste index-nariz e calcanhar joelho(obs foi testado bilateralmente),durante a goniometria foram observados os seguintes movimentos: flexão plantar(lado lesionado):35°, lado sadio 40°, dorsoflexão (lado lesionado)15°, lado sadio 18°,inversão(lado lesionado) 30°,lado sadio 40°,eversão (lado lesionado)10°,lado sadio 15°, obs: paciente não realizou prova de função muscular devido dor, limitação e restrição de movimentos , não foram realizados nenhum teste especial para tornozelo devido ao quadro álgico de dor .
 
 
 TRATAMENTO
Tratamento inicial vai consistir na aplicação de gelo (crioterapia no tornozelo lesionado lado esquerdo)com tempo entre 15 a 20 minutos, compressão(colocar uma bandagem, um esparadrapo (strapping,kinesio tape , um gesso ou uma atadura durante 2 a 3 semanas, para redução de edemas).,elevação e repouso da articulação(com o objetivo conservador de controle de dor edemas), utilização do tens modo convencional com frequência de 100 Hz por 80 us de largura de pulso,(para analgesia, oxigenação tecidual e aporte sanguíneo), drenagem(para redução de edemas),pompagem de tornozelo(para relaxamento muscular),mobilizações passivas de flexão e extensão (de flexão plantar e dorso flexão)(para melhorar a adm),liberação miofascial na região panturrilha(tríceps sural )e fáscia plantar (para alívio de dores e relaxamento),uso de ultrassom pulsado: fase aguda(efeito mecânico)com 1MHz por 0,1 a 0,5 W/cm² com tempo de 4 minutos, exercícios isométricos para fibulares e dorsoflexores por exemplo com movimentos de flexão plantar e dorso flexão,eversão e inversão com auxílio de faixa elástica e therabands, para fortalecimento),orientações familiares como deambular corretamente (começando o apoio do pé no chão para descarga de peso).
No tratamento a médio e longo prazo consiste em manter a adm, pode se usar o IV( para aumento de maleabilidade tecidual),alongamentos (por FNP) de ísquios tibiais,panturrilhas(tríceps sural),tibial anterior,fibulares longo e curto ,(para aumentar a flexibilidade),a hidroterapia(promover relaxamento, flexibilidade e melhorar a adm), exercícios com faixas elásticas e therabands para movimentos de extensão de, flexão de tornozelo e pé, eversão e ineversão,(com intuito de fortalecimento muscular),exercícios de propriocepção sentada e depois de pé(com tábuas de propriocepção, bozu de equilíbrio),(para ganhar equilíbrio e propriocepção),pedalinhos(para melhoria de movimentos de MMII),treino de marcha na barra paralela(de frente e de lado e de costas)(com intuito de melhoria no treino de marcha),treino de marcha e escadas sem apoios (subir e descer degraus)(intuito de melhorara deambulação e realização de AVDS.Com a melhora de equilíbrio, força muscular e propriocepção pode se fazer a reavaliação fisioterapêutica e consentir a alta da paciente.
REFERÊNCIAS: 
ALLOZA, J.F.A. Entorse de tornozelo. Curso de Especialização em Fisioterapia Ortopédica e Traumatologia. Associação Catarinense de Ensino. Joinville,2000.
BARBANERA, M.; et al. Avaliação do torque de resistência passiva em atletas femininas com entorse de tornozelo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.18, n.2, p. 112-116, mar./abr. 2012.
BEKER,DOLKEN . Fisioterapia em Ortopedia. ed. Santos. 2008.
BEKER,DOLKEN. Fisioterapia em Traumatologia e cirurgia. Ed. Santos.2008.
HEBERT, S.; XAVIER, R. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. 3. ed. São Paulo: Artmed, p. 1388, 2003.
LIPPERT.Cinesiologia clínica e anatomia.ed.Guanabara Koogan.2013. 
O’SULLIVAN,SCHIMTZ. Fisioterapia: Avaliaçao e Tratamento . ed.Manole 2010.
RUARO,Antonio F. Ortopedia e traumatologia. Paraná – Umuarama, 2004.

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