TCC DE PEDAGOGIA

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
GABRIELA SILVA DE OLIVEIRA
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Cabo Frio
2018
	
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga.
Orientador: Prof. Natalia Gomes dos Santos
Cidade
2018
SILVA, Gabriela de Oliveira. A importância da participação da família no processo ensino-aprendizagem. 2018. 24 folhas. Projeto de Ensino Pedagogia – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Cabo Frio, 2018.
RESUMO
O presente estudo nos apresenta a importância da parceria entre Escola e Família no Processo de ensino aprendizagem para uma educação de qualidade, sobre a atuação dos profissionais em educação e o que eles pode fazer para que ocorra essa interação e sobre sugestões para que ambas as partes, tanto a escola quanto a família, alcancem um objetivo em comum, de proporcionar as crianças uma melhor educação. Realizamos uma abordagem histórica, para melhor entender as mudanças que ocorreram em ambas instituições. Também estudamos a influência desta parceria como contribuição para a melhoria do ensino aprendizagem, podendo assim propor atuações para que as escolas e famílias possam apoiar uma à outra na educação das crianças. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, buscando reunir algumas abordagens significativas e refletir sobre autores contribuintes com o tema.
Palavras-chave: Educação. Família. Escola. Desenvolvimento. Ensino-aprendizagem.
SUMÁRIO
1 Introdução...................................................................................................01
2 Revisão Bibliográfica ..................................................................................03
2.1 Família: O primeiro grupo social...............................................................03
2.2 As novas estruturas familiares..................................................................04
2.3 Escola: Uma grande instituição social......................................................05
2.4 Novos paradigmas na educação..............................................................06
2.5 A parceria que dá certo.............................................................................07
2.6 Escola e Família uma abordagem histórica..............................................09
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino..................................13
3.1 Tema e linha de pesquisa.........................................................................13
3.2 Justificativa................................................................................................13
3.3 Problematização........................................................................................14
3.4 Objetivos....................................................................................................15
3.5 Conteúdos..................................................................................................15
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................15
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................18
3.8 Recursos humanos e materiais.................................................................18
3.9 Avaliação...................................................................................................18
4 Considerações Finais...................................................................................19
5 Referências...................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
 Este trabalho de pesquisa foi realizado com o intuito de mostrar que tanto família quanto escola estão passando por profundas transformações e ambas precisam acompanhar tais mudanças de forma conjunta, facilitando o processo de aprendizagem das crianças e ajudando uns aos outros na busca de um objetivo comum, o de educar as crianças.
 Foi realizada uma abordagem histórica, para melhor entender as mudanças ocorridas nessas duas instituições, além de constatar a importância desta parceria como contribuição para uma melhora na qualidade de ensino, podendo assim propor atuações para as escolas e famílias apoiarem uma a outra na educação das crianças.
 Durante o desenvolvimento observaremos uma proposta de trabalho para inserir a presença da família na escola, onde o principal objetivo é restabelecer essa relação tão importante para o aluno.
 Devido o distanciamento da família no processo ensino aprendizagem, devemos quanto a educadores alcançar através de projetos novas estruturas relacionais para o bom convívio família x escola. 
 Através de oficinas com palestras, orientações com especialistas na área, trabalhos artesanais onde os pais confeccionem com seus filhos trazendo mais interação, cinema na escola que passe filme que traga a tona a importância da família nesse processo de construção desta criança.
 Os recursos utilizados para a concretização desse projeto serão, folhetos informativos, dvd’s, Murais, painéis, banner, faixas, material didático-pedagógico, filmadora, máquina fotográfico.. E poderemos avalia-lo através da participação da família na elaboração do mesmo. 
 A escola precisa com urgência da participação efetiva da família. Paro (2007. P.16) “A escola que toma como objetivo de preocupação levar o aluno a querer aprender precisa ter presente a continuidade entre educação familiar e a escola, buscando formas de conseguir a adesão da família para sua tarefa de desenvolver nos educandos atitudes positivas e duradoura com relação ao 
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aprender e ao estudar”.
 É preciso que família esteja convencida do valor social da escola, do valor do conhecimento e da importância do saber, para que possa passar esses valores para seus filhos. 
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2 Revisão Bibliográfica
2.1 Família: O primeiro grupo social
 
 É no grupo familiar, que a criança tem a possibilidade de se desenvolver sócio afetivamente, pois se encontra afeto, carinho, valores, cultura, aprende sobre princípios, respeito e ética. É de extrema importância que a família saiba preparar suas crianças para a educação escolar. Pois é responsabilidade dos pais a educação dos filhos, por isso é muito importante a integração da família na meio escolar.
 A família é uma instituição importante para a formação do sujeito, conforme descrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB ( Lei 9.394/96) afirma: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” ( LDB/1996. Art.2°)
 A principal responsável pela formação da consciência cidadã deve ser a família. Pois é nela que a criança deverá encontrar o apoio para o processo de adaptação para a vida em sociedade. Uma educação fundamentada no respeito e na ética, garante uma base sólida e segura, para as diversidades culturais.
 A função da famíliaé trabalhar a dimensão ética, estética, moral, religiosa, regional e outras. A família deve ser o grupo onde a criança sinta-se segura, tenha afetividade e aconchego, mas pode ser também marcada por incertezas, medo, rejeições, violência e abusos, desenvolvendo efeitos negativos no processo de aprendizagem. Um ambiente familiar desestruturado pode estigmatizar uma criança e provocar bloqueio no processo de ensino-aprendizagem. 
Quando pensamos em uma família com um sistema ,não podemos deixar de considerar que a família é um sistema de vínculos afetivos, pois nosso processo de humanização se dá através das relações emocionais desenvolvidos entre os membros da família
nuclear, vão possibilitar ou não que essa aprendizagem ocorra satisfatoriamente. (POLITY,2001,P.32)
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 A família tem a responsabilidade de atuar na construção do carácter dos filhos e essa tarefa deve ser encarada com seriedade.
 Formar uma pessoa com bom caráter é imprescindível, pois essa característica pessoal está diretamente relacionada ao modo como o indivíduo pensa, sente, reage e se comporta nas diferentes situações da vida. Durkheim (1978, p.141), afirma:
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social, tem por objetivo suscitar e desenvolver.
 Para Prado (1985 p.21), “ uma família é não só um tecido fundamental de relações mas também um conjunto de papéis socialmente definidos”
2.2 As novas estruturas familiares
 Para Vieira (1978), sociologicamente família é um conjunto social. Ela pode ser construída por duas pessoas de sexo diferente que tem como objetivos suas necessidades físicas, psicológicas, específicas e interdependentes. A família pode ser fundada por identidades de temperamentos e por entidade sócio psíquicas, ou seja, de onde resultam a convivência e amizade. A instituição familiar é considerada como a menos perfeita das comunidades.
 Vivíamos em uma sociedade patriarcalista em que os valores eram muito fortes. Ter filhos adotados ou fora do casamento, relacionamento extraconjugal, mulher trabalhando fora de casa, mãe solteira, pais divorciados, relacionamentos homo afetivos, entre outros, eram duramente criticados, onde feriam a moral da sociedade e também não tinham direitos iguais, legítimos prescrito em lei.
 A família vem sofrendo muitas transformações durante as últimas décadas. Prado (1985), conforme os interesses sócio econômicos, as mudanças sociais, vão se dando e as estruturas familiares , bem como seus valores, vão se modificando. Não há como ocorrer mudanças sem transformação. Isso implica dizer que, com as transformações que a instituição familiar vem sofrendo, sem dúvidas, os valores familiares também vão se alterando.
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 Nos dias atuais, apesar de receber influências patriarcalistas e ter determinação tradicional constituída por pai, mãe e filhos, as reivindicações sociais levantam questionamentos sobre os direitos que devem ter as outras formações familiares. Direitos esses previstos pela legislação de modo a manter a igualdade civil, adaptando-se a nova família brasileira.
 Cabe ao estado estar atento as diversas formações familiares objetivando a proteção psicológica, mental e física de cada um de seus constituintes. 
2.3 Escola: Uma grande instituição social
 O papel da escola se modificou no decorrer dos anos, acompanhando as necessidades e avanços da sociedade, transformações essas que foram importante para o país, principalmente a respeito ao acesso à população.
 A Lei de Diretrizes e Bases- LDB (1996) determina que a escola deve vincular-se ao mundo do trabalho e ás práticas sociais.
 Nem sempre existiu escola, e a mesma veio sofrendo várias transformações ao longo da história. A socialização primária é realizada no seio da família, mas será a escola a instituição social primordial, pois é na escola que ocorre a “ socialização”.
 Este espaço de desenvolvimento e aprendizagem envolve todas as experiências comtempladas nesse processo, considerando significativo, padrões relacionais, aspectos culturais, cognitivos, afetivos, sociais e históricos, os quais estão inseridos nas interações e relações entre os diferentes segmentos.
Independente de suas modificações no decorrer da história, a escola foi a que a humanidade criou para socializar o saber sistematizado. Isto significa dizer que é lugar onde, por princípio, é vinculado o conhecimento que a sociedade julga necessário transmitir às novas gerações
 ( MEC. 2009).
 A escola é, uma disseminadora do saber e de ideologia. Libâneo (2004,p.53-54), sinaliza que a escola deve buscar cinco objetivos.
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1.Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos (processos mentais, estratégias de aprendizagem, competências do pensar, pensamento crítico), por meio dos conteúdos escolares.
2.Promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da imaginação.
3.Preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional (...)
4.Formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão trabalhador capaz de interferir criticamente na realidade para transformá-la e não apenas formar para o mercado de trabalho.
5.Desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de qualidades morais, traços de carácter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias.
2.4 Novos paradigmas na educação
 Com os novos paradigmas e mudanças ocorridas no processo de ensino a aprendizagem trouxe mais qualidade à educação, necessitando de maior empenho dos profissionais bem como na sua formação continuada, se manter atualizado sobre as novidades e mudanças ocorridas no mercado de trabalho.
 As escolas, como um espaço de transformação, também adotaram as reuniões de formação continuada para enriquecer o conhecimento do profissional.
 O professor exerce na sociedade a função de contribuir para que os alunos desenvolvam uma posição crítica sobre o mundo e tornem-se indivíduos autônomos .E para que isso aconteça da forma mais adequada torna-se necessário que o professor também desenvolva uma boa relação com o aluno e toda a comunidade escolar.
 A preocupação em integrar família e escola também aumentou, pois o envolvimento dos responsáveis no processo educativo auxilia a amenizar as dificuldades encontradas.
 Cabe à escola a iniciativa de propostas de interação. A escola, assim como as famílias, vem passando por modificações constantes, embora as mudanças ocorridas na família aconteçam de forma mais rápida. A escola precisa acompanhar e aceitar tais mudanças, e a implantação de um mecanismo de
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 representatividade dos professores junto aos alunos e comunidade escolar é uma forma de implantar o diálogo e aproximar uns dos outros.
 Com esses elementos agindo de forma integrada, atingiremos a constituição e a formaçãodo ser integral, tendo sua inteligência voltada para o bem comum. Desta forma “ a escola não pode esquecer o mundo familiar e, mais especificamente, a história social das famílias, o conteúdo de suas bases de conhecimentos”.(LACASA,2004,p.414).
 Por esses motivos a parceria entre essas duas instituições é tão importante para o processo de aprendizagem.
 A escola foi criada para servir a sociedade e mostrar seu trabalho, de como se faz e como conduz a aprendizagem das crianças. Para tanto, necessita criar caminhos para que a família acompanhe mais de perto a vida escolar de seus filhos. Através do diálogo, compreensão e compromisso, são fundamentais para se construir boas relações.
 
2.5 A parceria que dá certo 
 A busca de uma boa relação entre família e escola deve fazer parte de qualquer trabalho educativo. Uma relação baseada na divisão do trabalho de educação de criança e jovens.
 PARO (2007,P.10), em consideração a aproximação entre família e escola afirma:
[...] a escola necessita de adesão de seus usuários( não só de alunos, mas também de seus pais ou responsáveis) aos propósitos educativos [...]
 
 É preciso que a família esteja convencida do valor social da escola, do valor do conhecimento, da importância do domínio do saber, para que possa transmitir esses valores aos filhos.
 A escola precisa da contribuição e participação efetiva de toda a comunidades escolar.
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 Portanto, para que a criança venha tomar posse do conhecimento, a família deve compreender que a participação deve ser vista como uma ampliação das possibilidades de acertos na educação .
 A instituição escolar é um espaço que permite a criança novas experiências a criança novas experiências, uma vida social, diferente daquela do grupo familiar no sentido, que disponibiliza transformações no processo de desenvolvimento e na formação do indivíduo.
Destaco que o papel da família na formação e nas aprendizagens das crianças e jovens é impar. Nenhuma escola por melhor que seja, consegue substituir a família. Por outro lado, destaco também que a função de escola na vida da criança é igualmente impar. Mesmo que as famílias se esmerem em serem educadoras, o aspecto socializador do conhecimento e das relações não é adequadamente contemplado em ambiente
domésticos. (PAROLIN,2008,p.01).
 A parceria necessita existir e jamais uma das partes pode se isentar. Parceria é trabalhar em conjunto, não significa desempenhar papéis iguais, mas sim complementares. Essa parceria é falada e desejada por ambas as partes, porém, o professor não costuma receber bem a opinião do pai, que é “leigo” e, por sua vez, os pais estão pouco dispostos a acatar os conselhos sobre como educar seus filhos.
As ações devem ser coordenadas. A família deve procurar a escola que mais se adapte ao perfil daquilo que acredita e vive.  É necessário ter bom senso e cuidado para não confundir os valores que desejam passar para o filho. A escola também precisa deixar claro seu método, princípios e regras. Só assim poderá cobrar uma postura efetiva dos pais.
 Por tanto a família, quanto a escola realizam um trabalho educacional, com a mesma importância. Sendo ambas instituições essenciais para o desenvolvimento físico, emocional e social da criança.
 É importante que ambas instituições saibam trabalhar e priorizem o estreitamento desta relação:
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[...] tanto a família quanto a escola a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo :no entanto a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola e suas necessidades que aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo [...] ( PAROLIM, 2003. P.99).
 Família e escola devem estar juntas. Torna-se quase impossível a escola desenvolver um trabalho de qualidade sem a participação ativa da família. Ambas devem se completar para complementar na construção de um ser
humano mais participativo e consciente.
2.6 Escola e Família uma abordagem histórica
 As famílias na idade média eram muito diferentes das famílias atuais, naquela época as crianças eram mantidas em casa até os nove anos, a partir desta idade, as famílias trocavam suas crianças em condições de aprendizes, para realizarem serviços domésticos.
 “ Era através do serviço doméstico que o mestre transmitiu a uma criança, não ao seu filho, mas ao filho do outro homem, a bagagem de conhecimentos, a experiência prática e o valor humano que pudesse possuir” ( ARIÈS, 2006)
 Nesse contexto a família “ era uma realidade moral e social, mais do que sentimental” ( ARIÈS, 2006, P.156 ).
 Para as famílias de classe baixa, o sentimento praticamente não existia e para as famílias de classe alta, já era voltado para o reconhecimento e manutenção da linhagem e honra do nome.
 A partir do século XV, com a apropriação da educação das crianças pela escola, surge uma mudança na organização familiar.
“ Essa evolução correspondeu a uma necessidade nova de rigor moral da parte dos educadores, a uma preocupação de isolar a juventude do mundo sujo dos adultos para mantê-la na inocência
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 primitiva, a um desenho de treiná-la para melhor resistir às tentações dos adultos. Mas ela correspondeu também a uma preocupação dos pais de vigiar seus filhos mais de perto, de ficar mais perto deles e de não abandoná-los mais”.(ARIÈS, 1981, p.232)
 Dessa forma uma nova visão de infância passa a surgir e consequentemente a criança passa a receber mais atenção. “ tudo o que se 
referia às crianças e as famílias tornara-se um assunto sério e digno de atenção. Não apenas o futuro da criança, mas também sua simples presença e existência, eram dignas de preocupação a criança havia assumido um lugar central dentro da família”.(ARIÈS, 2006, P.164)
 Essa volta da criança ao lar é responsável pela configuração familiar do fim do século XVIII. Ela era um elemento fundamental na vida cotidiana e os adultos passam a se preocupar com sua educação, carreira e futuro.
 Este despertar ainda seria os primeiros passos de uma sociedade, onde a criança agora era percebida como frágil, pois seus valores estariam relacionados com sua evolução intelectual.
ARIÈS (2006) aponta que a maneira que os pais deveriam educar suas crianças, foi sofrendo mudanças com o surgimento do sentimento de infância, e desta forma no século XV as estruturas das escolas também começam a ser alterados.
 Com uma nova visão familiar e escolástica, não fica mais sob a total responsabilidade do grupo familiar a educação escolar da criança, sendo transferida para a escola.
 Para Rego(2003) “ A escola e a família dividem funções sociais, políticas e educacionais, conforme colaboram e influenciam a formação do indivíduo”
 Conceituar educação não é fácil,pois envolve vários conceitos e envolve diversas áreas como antropologia, sociologia, economia, psicologia, biologia, história e pedagogia. Libâneo( 2002, p.70), especifica essa abrangência quando fala que “ para uns importa mais a educação como instituição social, para outros, a educação como processo de escolarização”.
 É possível falarmos que cada indivíduo pode conceituar a educação de acordo com sua área de atuação. Confirme Dessen e Polonia ( 2007)
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Na instituição escolar, os conteúdos curriculares certificam o ensino e aprendizagem do conhecimento onde há uma maior preocupação por parte da escola. Na família, as preocupações principais já são outras, entre elas o processo de socialização da criança como também a proteção, as condições básicas e também o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo 
de seus competentes”.(p.).
 Atualmente a educação é um direito de todos. Existem acessibilidades e a gestão das escolas públicas tornaram-se democráticas, permitindo a participação de toda comunidade local e escolar nas tomadas de decisões, porém, muitos nem sabem desses direitos, não se importam ou são ocupados demais para participarem.
 A escolar é uma detentora dos conhecimentos, métodos e técnicas de ensino, deve ter a iniciativa de aproximar família e escola, envolvendo-as em  atividades realizadas na escola como comemorações,  palestras, confraternizações com toda comunidade e orientando-as  sobre a importância de um trabalho de parceria.
 Esta não é uma tarefa fácil, mas não é impossível, pois ter uma educação de qualidade com o apoio das famílias e comunidade é possível ,mas para que venha se tornar realidade é preciso muito trabalho.
 A família deve estar engajada a desenvolver o trabalho juntamente com a escola essa parceria é fundamental para a criança, e ajuda muitas famílias a terem um momento com seus filhos, com o dia a dia, muitos pais trabalham e passam o dia fora de casa e acabam não dando a devida atenção ao seu filho.
 Com todas as mudanças que ocorreram ao longo da história podemos observar que nem sempre essa parceria aconteceu e como foi um passo longo até chegarmos até aqui. Temos uma dificuldades na realidade que devem ser superadas com a equipe pedagógica, porém os avanço com relação a participação da família no contexto escolar foi de suma importância para a vida do aluno.
 
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Para Paro(2007) , essa relação família escola, pontua que:
“O “querer aprender” é também um valor cultivado historicamente pelo homem é, portanto um conteúdo cultural que precisa ser apropriado pelas novas gerações, por meio do processo educativo. Por isso, não cabe à escola, na condição de agência encarregada da educação sistematizada, renunciar a essa tarefa.” (p.14)
 A escola conta e necessita de uma maior participação dos pais na vida escolar de seus filhos. As duas instituições tem papéis importantes e fundamentais na sociedade. A escola não pode funcionar sem as famílias e as famílias precisam das escolas para a formação educacional de seus filhos.
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3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
 A escola e a família, desempenham papel de grande importância na formação social do indivíduo, tendo responsabilidade na construção da pessoa humana em seus âmbitos espacial, temporal e sociocultural. O processo de formação da identidade se dá nos aspectos individual, pessoal e cultural. A formação da identidade do indivíduo se dá através de instituições como família, a escola e mais tarde o mundo do trabalho. 
 Ao compartilhar com a família suas descobertas e receber dela, por meio de conversa e convívio, a dinâmica de um mundo que sofre constante mudança num processo de desenvolvimento é de extrema importância que a família e a escola tenham contato constante . Não há separação entre cultura da escola e a vida familiar, mas uma extensão em que ambas convive e se influenciam mutuamente.
3.2 Justificativa
 A família não é a única responsável pelo qual se pode tratar a questão da interação social, mas é, sem dúvida um âmbito privilegiado, uma vez que este tende a ser o primeiro grupo socializador. A família constitui uma das mediações entre o homem e a sociedade. A parceria entre a família e a escola é de grande importância para o sucesso no desenvolvimento intelectual, moral e na formação do indivíduo.
 Família e escola são elos de apoio ao ser humano, são pontos de referência existencial. Quanto mais forte a parceria entre elas, mais significativos serão os resultados na formação do indivíduo. 
 A participação ativa dos pais na educação formal dos filhos deve ser constante. Vida familiar e vida escolar são complementares e é importante que pais, professores, filhos, alunos troquem experiências, entendam e trabalhem as questões envolvidas no seu dia-a-dia. 
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3.3 Problematização 
 A família e a escola desempenham papéis importantes na educação da criança. Para que a educação dada em casa , aconteça de forma satisfatória, é de extrema importância haver uma integração entre a escola, é a partir dessa parceria que a criança se torna um adulto capaz de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais equilibrada.
 Os pais, em grande maioria, acreditam que é dever da escola dar continuação da educação do seu lar e acabam cobrando dela o que é de sua função, é nesse momento que acontece o confronto, pois a partir da entrada do filho na escola, o sistema familiar tem seus valores colocados à prova e são expostos.
 A família tem a função de educar e instruir à formação do sujeito, pois são os responsáveis diretos. No entanto a função de fornecer à educação formal é 
responsabilidade da escola, ou seja, ambas são responsáveis pela formação socio-afetiva, cognitiva, intelectual e da personalidade do indivíduo em questão. 
 Tendo a família responsabilidade com a educação da criança, quanto a escola, é necessário que as instituições tão importantes como: família e escola, mantenham uma boa relação que concretizem a realização de uma educação de melhor qualidade. A troca de experiências e ideias entre educadores e familiares disponibilizará soluções eficazes e rápidas as dificuldades enfrentadas pelas crianças, pois como afirma Tiba (2002, p.3) “quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e tem valores semelhantes, a criança aprende sem conflitos e não quer jogar a escola os pais e vice-versa”.
 E como melhorar essa situação? Fazer com que família e escola interajam-se melhor, mais diálogo, com atividades culturais, continuar chamando os pais para a escola, pois pais e escola têm que continuar de mãos dadas, Com essa ressalva em mente, aquela parceria entre família e escola que os professores defendem pode mesmo contribuir para o êxito do trabalho educativo da instituição escolar.15
3.4 Objetivos 
 
Promover a integração da família e escola, estimulando o rendimento e o comportamento escolar;
Ressaltar a importância da socio-afetividade na escola e na família;
Valorizar dentro do ambiente escolar e familiar a importância, do respeito e atitudes que estimulem o diálogo .
3.5 Conteúdos
 Para que haja a parceria entre a família e a escola, é preciso que cada um cumpra com êxito as suas atribuições, ou seja, que a escola cumpra com sua responsabilidade e a mesma coisa a família. Nesta integração é importante que a família "abrace a causa" da escola escolhida para seu filho e a partir daí caminhar junto sem ter atitudes adversárias, como por exemplo: Quando o filho comenta em casa que o professor chamou sua atenção por causa de comportamento inadequado, a mãe precipitadamente diz que o professor que é enjoado, chato, não tem o que fazer....
 Esse processo ajuda a transformar práticas que tem se tornado mais comuns e abre perspectivas para a resolução de problemas. É preciso que fique claro que o trabalho pode ocorrer conflitos e para isso segue algumas sugestões.
Expor o projeto e explicar sua importância;
Convidar os pais a participar de palestras, encontros, mutirões e oficinas nas quais vivam situações que os filhos realizam no dia-a-dia;
Preparar um espaço em que os principais problemas da comunidade e da escola possam ser debatidos e incentivar a formação de comissões para juntos resolverem;
Propor, sempre que possível trabalhos com função social.
3.6 Processo de desenvolvimento
Trabalhar com filmes que permitam a discussão e reflexão sobre a família https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4 Vida Maria. 
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 Trabalhar esse filme trará a perspectiva da realidade a “tona”, vivemos em uma sociedade que tem possibilidades para que o ensino-aprendizagem aconteça, onde nossas crianças tem a garantia de estar na escola, e mostrar a realidade que em alguns lugares do Brasil ainda acontece, despertará a valorização da escolaridade e a importância do envolvimento da família nesse processo; 
Pedir para os alunos que pesquisem com seus pais e avós sobre a sua origem.
 Nossas crianças precisam conhecer e valorizar os percursos da vida, e conhecerem suas origens, através desse trabalho a família junto a crianças trabalham e desenvolvem a afetividade e interesses em comum. Relembrar a história familiar é muito importante para a valorização de tudo que já foi construído e as coisas serão acrescentadas. Através das palestras e encontros na escola esses momentos serão necessários para o desenvolvimento pessoal e cognitivos da criança.
Promover o “Dia da Família” na escola; 
 Fazer com que os pais participem ativamente do ambiente escolar e de todas as atividades para que os mesmos conheçam as fases de desenvolvimento de seus filhos, interajam com outros pais, e procurem interiorizar a prática que família e escola devem estar sempre juntas para o alcance de todos os objetivos. .
Criar convites atrativos para as reuniões de pais;
 A criatividade e o carinho serão elementos fundamentais para a realização dessa atividade, o aluno precisa perceber a importância da presença da família no ambiente escolar e “caprichar” nos convites os estimularão a comparecer na atividades propostas da escola.
Criar com os alunos o mural da família (com fotos);
 Mostrar as diversas estruturas familiares, ressaltando a importância do amor, respeito, solidariedade, perdão. 
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Trabalhar a autoestima e a responsabilidade de cada aluno enquanto parte integrante da sua família; 
 Trabalhar o aluno como um “ Ser pensante” que tem direitos e deveres, dentro do espaço social. Faze-los entender que todos somos capazes e responsáveis por nossas escolhas. 
Criar oficinas: culinária, artesanato, Contação de história, para integrar família e escola. 
 Criar um ambiente agradável e dinâmico, para que a família se sinta acolhida, com atividades prazerosas e divertidas. Receitas de biscoito, confecção utensílios de decoração para casa com materiais recicláveis como: garrafas, latas, pneus e outros .Proporcionar momentos de Contação de histórias ouvidas e recontadas por familiares.
Vincular as reuniões de Pais e Mestres palestras importantes sobre Higiene e Saúde; Trabalho; Segurança Pública; Alimentação e qualidade de vida. 
 Conversas sobre todos os temas trabalhados com as crianças, para que possam estar sempre em diálogo em casa, desenvolvendo o papel de orientação e de fiscalização.
Promover palestras com o Conselho Tutelar para chamar atenção das famílias quanto às suas atribuições; 
 A atuação do Conselho Tutelar, deve ser voltada à prevenção e à orientação para a organização, no sentido de sua integração com as escolas (e vice-versa), buscando, se necessário, a criação de novos "métodos e qualificação funcional de profissionais que irão realizar as abordagens e intervenções devidas’’, seja junto aos professores, seja junto aos alunos, seja junto a seus pais/ responsáveis, (mais uma vez no plano coletivo - e numa perspectiva preventiva), sem prejuízo do atendimento de casos de maior complexidade que não tenham sido solucionados a partir das abordagens "espontâneas" realizadas no âmbito das escolas. 
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Enviar recados educativos periodicamente às famílias, orientando sobre temas como: limites, tarefas de casa, lei da palmada, sexualidade infantil, etc. 
 Disponibilizar temas da atualidade, para que essa abordagem conduza a família a estimular a autonomia na composição de valores dos educandos, auxiliando-os a se situarem nas interações sociais dentro de casa e da comunidade como um todo, abrangendo os principais grupos temáticos: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade.
3.7 Tempo para a realização do projeto
O tempo gasto para a realização do projeto se relaciona diretamente aos objetivos propostos. Assim, o aluno deve prever o tempo que levará para a realização do projeto, organizando o mesmo em um cronograma e especificar o tempo para a realização de cada atividade prevista no item anterior (processo de desenvolvimento). 
3.8 Recursos humanos e materiais
Filmes; 
Fotografias da história do aluno e dos familiares; 
Murais e cartazes; 
 Textos educativos para os pais. 
Atividades voltados para o tema;
material didático-pedagógico
3.9 Avaliação
 O sucesso de qualquer proposta educacional certamente está relacionado à participação dos pais. A avaliação será dada através do interesse da família pela vida Escolar do aluno, ao hábito de realizar atividades propostas para casa entre outros, ingredientes dependentes da ação conjunta da escola, da família e da comunidade.
 O envolvimento de todos será a grande importância de avaliação.19
4 Considerações finais
 O presente trabalho de pesquisa nos proporcionou observar quão grande é a importância da participação familiar nas escolas . Essa relação é uma necessidade contemporânea e desejada por todos que fazem parte do contexto escolar.
 A participação da família já foi debatida no meio acadêmico, tratado por diversos autores consagrados na área da Pedagogia , Psicologia e Educação, tem várias questões abordadas pela LDB. 
 É fundamental e importante uma mudança nas atitudes dos pais e professores, o importante não é encontrar um culpado pelas situações ocorridas nas escolas, mas sim buscar juntas soluções para tais situações problemáticas. 
 A escolar como detentora dos conhecimentos, métodos e técnicas de ensino, deve ter a iniciativa de aproximar família e escola, envolvendo-as em  atividades realizadas na escola como comemorações,  palestras, confraternizações com toda comunidade e orientando-as  sobre a importância de um trabalho de parceria.
 Precisamos de uma educação geradora de mudanças, de conhecimento, de formação de sujeitos independentes e habilidades para intervirem e agirem na sociedade de forma crítica e, principalmente, criativa.
 Portanto, o objetivo de estudo deste projeto foi mostrar que a família e a escola são pontes para ajudarem ao aluno perceber, através do espaço e do tempo, as mudanças ocorridas no mundo, sem prejuízo para o seu desenvolvimento humano.
 
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REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da Família. 2° . Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. 
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da Família. 2° . Rio de Janeiro: LTC Editora, 2006. 
DESSEN, Maria Auxiliadora  e  POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2007, vol.17. Disponível em: http://www.scielo.br/paideia . Acesso em 28 de setembro de 2018.
DURKHEIN, Émile. Educação e sociologia. 11° . São Paulo: Melhoramentos, 1978.
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