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Apostila de Custos Resposta

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SUMÁRIO 
 
1. CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
1. Introdução 
1.1 Conceito 
1.2 Aparecimento da Contabilidade de Custos 
1.3 Princípios Básicos da Contabilidade de Custos Industrial 
1.4 Natureza, Importância e Finalidade. 
1.5 Contabilidade de Custos em Empresas Não Industriais 
 
2. TERMINOLOGIA EM CUSTOS 
2.1 Terminologia em Custos Industriais 
2.2 A Terminologia em Entidades não Industriais 
2.3 A Terminologia 
2.4 Principais Classificações de Custos 
 
3. CUSTOS DIRETOS / INDIRETOS 
3.1 Custos Diretos - definição 
 3.1.1 Material Direto 
 3.1.2 Custo do material direto adquirido 
 3.1.3 Avaliação de estoques ( de materiais utilizados) 
 3.1.4 Sistema e Métodos de Custeio 
 3.1.5 Mão-de-Obra Direta 
 3.1.6 Diferença entre mão-de-obra direta e indireta 
3.2 Custos Indiretos - definição 
 3.2.1 Rateio do CIF - Custo Indireto de Fabricação 
3.3 Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos 
3.4 Outra classificação dos Custos: Fixos e Variáveis 
3.5 Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) 
 3.5.1 1º PASSO: A SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS 
 3.5.2 2º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS 
 3.5.3 3º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 
 3.6 Esquema Básico 
 3.7 Contabilização dos Custos 
 
4. CRITÉRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS 
4.1 Análise dos Critérios de Rateio – Custos Comuns 
4.2 Rateio dos Custos dos Departamentos 
4.3 Influência dos Custos Fixos E dos Custos Variáveis 
4.4 Importância da Consistência Nos Critérios 
4.5 Conciliação Entre Custos E Contabilidade Financeira 
 
5. ANÁLISE DOS MÉTODOS E CUSTEIO: CUSTEIO VARIÁVEL E CUSTEIO POR 
ABSORÇÃO 
 5.1 Custeio Variável 
 5.2 Distinção Entre Custeio Variável E Por Absorção 
 5.3 Razões do Não-Uso do Custeio Variável Nos Balanços 
 
 3 
 
6. CUSTO FIXO, LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO. 
 6.1 Problema da Alocação dos Custos Indiretos Fixos 
 6.2 Conceito de Margem de Contribuição 
 6.3 Uma Forma Alternativa de Demonstrar o Resultado 
 6.4 Outra Aplicação da Margem de Contribuição para Fins Decisoriais 
 6.5 Um Exemplo do Uso da Margem de Contribuição 
 6.6 Margens de Contribuição e Custos Fixos Identificados 
 6.7 Valores que Integram O Cálculo da Margem de Contribuição 
 6.8 Margem de Contribuição e Taxa de Retorno 
 
7-RELAÇÃO CUSTO/ VOLUME / LUCRO 
 7.1 Introdução 
 7.2 Ponto de Equilíbrio 
 7.3 Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro 
 7.3.1 Ponto de Equilíbrio Contábil (Pec) 
 7.3.2 Ponto de Equilíbrio Econômico ( Pee ) 
 7.3.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro ( Pef) 
 7.4 Margem de Segurança 
 
1.3 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
DUTRA, R. G. Custos: Uma abordagem prática. 4ª ed. São Paulo. Atlas, 2002. 
 
IUDICIBUS, Sérgio de. Análise de custos. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1993. 
 
 LEONE, George S. G. Custos: planejamento, implantação e controle. 3ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
 
MAHER, Michael. Contabilidade de Custos: criando valor para a administração. São 
Paulo: Atlas, 2001. 
 
MARTINS, Eliseu, Contabilidade de Custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Conceito 
 
Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e 
informar os custos dos produtos e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações 
precisas e rápidas para a administração, para a tomada de decisões. 
 
 1.2 O Aparecimento da Contabilidade de Custos 
 Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade 
Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para 
servir as empresas comerciais. 
 A Contabilidade de Custos surgiu da Contabilidade Geral, justamente pela 
necessidade de se ter um controle maior sobre os valores a serem atribuídos aos estoques de 
produtos na indústria e, também , pela necessidade de tomar decisões quanto ao que, como 
e quando produzir. 
 A Contabilidade de Custos faz parte da contabilidade gerencial ou 
administrativa e dispõe de técnicas que são aplicadas não somente às empresas industriais, 
mas também a outras atividades, inclusive empresas públicas e entidades sem fins 
lucrativos, não estando restrita às formalidades legais da contabilidade geral. Ela auxilia na 
determinação dos custos dos fatores de produção, dos custos de determinado setor da 
empresa; no controle e observação dos desperdícios, horas ociosas de trabalho, 
equipamentos mal utilizados; na quantificação exata da matéria prima utilizada, entre 
outros. 
 A contabilidade de Custos desenvolveu-se com a Revolução Industrial, e teve 
que se adaptar à nova realidade econômica, com o surgimento das máquinas e a 
conseqüente produção em grande escala. 
 Até então, as empresas compravam e revendiam mercadorias, ou seja, apenas 
dedicavam-se ao comércio. Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o 
levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos 
físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador 
verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. 
Fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques 
iniciais, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, 
apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas, na clássica disposição: 
 
Estoques Iniciais 
( + ) Compras 
( - ) Estoques Finais 
( = ) Custo das Mercadorias Vendidas 
Contabilidade de Custos 
 
 
 5 
 
Confrontando esse montante com as receitas líquidas obtidas na venda desses 
bens, chegava-se ao lucro bruto, do qual bastava deduzir as despesas necessárias à 
manutenção da entidade durante o período, à venda dos bens e ao financiamento de suas 
atividades. Daí o aparecimento da também clássica Demonstração de Resultados da 
empresa comercial: 
 
 
Vendas Líquidas xxxxx 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas 
 Estoques Iniciais xxxxx 
 ( + ) Compras xxxxx 
 ( - ) Estoques Finais (xxxxx) (xxxxx) 
( = ) Lucro Bruto xxxxx 
( - ) Despesas 
 Comerciais (Vendas) xxxxx 
 Administrativas xxxxx 
 Financeiras xxxxx (xxxxx) 
Resultado Antes do Imposto de Renda XXXXX 
 ====== 
 
Os bens eram produzidos por pessoas ou grupos de pessoas que poucas vezes 
constituíam entidades jurídicas. As empresas propriamente ditas viviam basicamente do 
comércio, e não da fabricação (fora é lógico as financeiras). Dessa forma era fácil o 
conhecimento e a verificação do valor de compra dos bens existentes, bastando a simples 
consulta aos documentos existentes. 
Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexa a função do contador que, 
para levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora tão facilmente 
de dados para poder atribuir valor aos estoques; seu valor de “Compras” na empresa 
comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de 
produção utilizados.Nada mais razoável, para a solução desse problema do que o contador tentar 
adaptar à empresa industrial os mesmos critérios utilizados na comercial. Nesta, no balanço 
final, permaneciam como estoques no Ativo apenas os valores sacrificados pela compra dos 
bens. Nenhum outro valor relativo a juros e outros encargos financeiros, a honorários dos 
proprietários e administradores, a salários e comissões de vendedores etc. era ativado. 
Todos estes gastos eram automaticamente apropriados como despesas do período, 
independentemente da venda ou não de mercadorias. 
 
 
 Como as empresas industriais passaram a produzir em grande quantidade, por 
meio do uso de máquinas, a apuração do Custo do Produto Vendido deveria 
incluir todos os elementos empregados na fabricação do produto. 
 
 
 
 6 
Começou-se então a adaptação, dentro do mesmo raciocínio, com a formação dos 
critérios de avaliação de estoques no caso industrial. 
 
1.3 Princípios Básicos da Contabilidade de Custos Industrial 
O valor do estoque dos produtos existentes na empresa, fabricados por ela, deveria 
então corresponder ao montante que seria o equivalente ao valor de “Compras” na empresa 
comercial. Portanto, passaram a compor o custo do produto os valores dos fatores de 
produção utilizados para sua obtenção, deixando-se de atribuir aqueles outros que na 
empresa comercial já eram considerados como despesas no período de sua incorrência: 
despesas administrativas, de vendas e financeiras. 
 
Essa forma de avaliação continua em vigor por duas razões: 
 
Primeira – Com o desenvolvimento do Mercado de Capitais nos EUA e em 
alguns países europeus, fazendo com que milhões de pessoas se tornassem acionistas de 
grandes empresas, interessadas agora na análise de seus balanços e resultados, e também 
com o aumento da complexidade do sistema bancário e distanciamento do banqueiro com 
relação à pessoa do proprietário ou administrador da companhia necessitada do crédito, 
surgiu a figura da Auditoria Independente. E essa, acabou por firmar e às vezes criar 
princípios básicos de Contabilidade, de modo que houvesse critérios homogêneos para 
comparar as demonstrações contábeis de empresas diferentes. Ao deparar a Auditoria 
Independente (ou Externa) com essa forma de avaliação de estoques, em que o valor de 
compra é substituído pelo valor de fabricação, acabou por consagrá-la, já que atendia a 
diversos outros princípios mais genéricos como: Custo como Base de Valor, 
Conservadorismo (ou Prudência), Realização etc. 
Essa consagração por parte dos Auditores Externos foi a responsável, então, pela 
manutenção dos princípios básicos da Contabilidade de Custos até hoje, no que diz respeito 
a sua finalidade de avaliação de estoques. 
 
Segunda – Com o advento do Imposto de Renda, provavelmente em função da 
influência dos próprios princípios de Contabilidade já então disseminados, houve a adoção 
do mesmo critério fundamental para a medida do lucro tributável; no cálculo do resultado 
de cada período, os estoques industrializados deveriam ser avaliados sob aquelas regras. 
 
1.4 - Natureza, Importância e Finalidade 
 
A Contabilidade de Custos faz parte da Contabilidade Gerencial. A tarefa dos 
registros dos fatos está ligada à Contabilidade Geral ou Financeira. O controle das 
operações e dos custos e a solução de problemas específicos estão ligados à Contabilidade 
Gerencial, que é um ponto de apoio fundamental para o administrador da empresa. 
Por fazer parte da Contabilidade Gerencial, a Contabilidade de Custos não está 
presa aos requisitos legais ou fiscais, nem a convenções padronizadas. 
A primeira preocupação dos Contadores, Auditores e Fiscais foi a de fazer da 
Contabilidade de Custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária 
dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento de administração. 
 
 7 
Com o crescimento das empresas, e o aumento da distância entre administrador, 
ativos e pessoas administradas, a Contabilidade de Custos passou a ser encarada como uma 
eficiente forma de auxílio no desempenho dessa nova missão gerencial. 
Nesse seu novo campo, a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o 
auxílio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua 
mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e 
outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o 
efetivamente acontecido para a comparação com os valores anteriores definidos. 
No que tange à Decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste 
na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às 
conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, 
administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc. 
O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é 
rentável; ou, se é possível reduzi-los (os custos). 
Assim, a Contabilidade mais moderna vem criando sistemas de informações que 
permitam melhor gerenciamento de Custos, com base nesse enfoque. 
Obviamente, estas suas novas missões não compreendem o todo da Contabilidade 
Gerencial; esta é mais ampla, porém suas bases são esse aspecto comentado da 
Contabilidade de Custos. 
 
1. 5 A Contabilidade de Custos em Empresas não Industriais 
 
Com o advento de nova forma de se usar Contabilidade de Custos, ocorreu seu 
maior aproveitamento em outros campos que não o industrial. No caso de instituição não 
tipicamente daquela natureza, tais como instituições financeiras, empresas comerciais, 
firmas de prestação de serviços etc., onde seu uso para efeito de Balanço era quase 
irrelevante (pela ausência de estoques), passou-se a explorar seu potencial para o controle e 
até para as tomadas de decisões. Mesmo nas empresas prestadoras de serviços que faziam 
uso de Custos para avaliação dos “Estoques de Serviços em Andamentos”, ou seja, para a 
avaliação dos custos incorridos em projetos ainda não acabados, seu campo alargou-se de 
maneira formidável. Passando então a explorar o potencial da Contabilidade de Custos para 
o controle e até para as tomadas de decisões. 
 É hoje relativamente comum encontrarmos Bancos, Financeiras, Lojas 
Comerciais, Escritórios de Planejamento, de Auditoria, de Consultoria etc., a explorar o 
potencial da Contabilidade de Custos para o controle e até para as tomadas de decisões. 
 
 
 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 Terminologia em Custos Industriais 
 
Gastos, Custos e Despesas são palavras sinônimas? Desembolso confunde-se com 
elas? E Investimento? E Perda pode se confundir com algum desses grupos? No meio de 
tantos nomes e idéias, passamos a utilizar a seguinte nomenclatura: 
 
Gasto – Compra de um produto ou serviço qualquer que gera sacrifício financeiro 
para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de 
entrega de ativos (normalmente dinheiro). Ex: Gastos com a compra de matérias-primas, 
Gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, Gastos com honorários 
da diretoria, Gastos na compra de um imobilizado etc. Só existe gasto no momento em que 
existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em 
pagamento. 
Note que o gasto implica desembolso, mas são conceitos distintos. 
 
Desembolso – Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto 
defasada ou não do momento do gasto. 
 
Investimento – Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s). 
Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são 
“estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de suavenda, de seu 
consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados 
investimentos. 
 
Custo – Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou 
serviços. 
O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no 
momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um 
produto ou execução de um serviço. Exemplo: a matéria-prima foi um gasto em sua 
aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua 
Estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da 
matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um 
investimento, já que fica ativado até sua venda. 
 
Despesa – bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de 
receitas, ou seja, gasto relativo a bem ou serviço consumido na empresa mas não 
relacionado com o processo de produção. 
Terminologia em Custos 
 
 9 
A comissão de um vendedor, por exemplo, é um gasto que se torna imediatamente 
uma despesa. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa 
característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. 
Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesas. 
Costumamos chamá-lo Custo do Produto Vendido. Na mercadoria adquirida a despesa é 
reconhecida no momento da receita trazida pela venda, sem passar pela fase de custo. Logo 
o nome Custo das Mercadorias Vendidas. 
 Logo, todas as despesas são ou foram gastas. Porém, alguns gastos muitas vezes 
não se transformam em despesas (ex: terrenos, que não são depreciados) ou só se 
transformam quando de sua venda. 
Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da 
entrega dos bens ou serviços a que se referem. Muitos gastos são automaticamente 
transformados em despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda 
fazem a via-sacra completa, passando por investimento, custo e despesa. 
 
Perda – Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Ex: perdas 
com incêndios, obsoletismo de estoques, gasto com mão-de-obra durante um período de 
greve etc. 
São itens que vão diretamente para a conta de resultados, assim como as despesas. 
Cabe ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor são, na prática, comumente 
consideradas dentro dos custos ou das despesas, sem sua separação; e isso é permitido 
devido à irrelevância do valor envolvido. No caso de montantes apreciáveis, esse 
tratamento não é correto. 
 
2.2 A Terminologia em Entidades não Industriais 
 
As empresas de serviços têm utilizado os princípios e as técnicas de maneira 
apropriada em função da absoluta similaridade de situação, principalmente nas entidades 
em que se trabalha por projeto (empresas de engenharia, escritórios de auditoria, de 
planejamento etc.). Nessas empresas os custos são imediatamente transformados em 
despesas, sem que haja a fase de Estocagem, como no caso da indústria de bens. 
A palavra custo também significa o preço original de aquisição de qualquer bem 
ou serviço, inclusive leigamente; daí se falar em “custo de uma obra”, “custo de um 
automóvel adquirido” etc. 
Contudo, quando se fala em “Contabilidade de Custos”, estamos nos referindo 
apenas aos bens ou serviços utilizados na produção de outros bens e serviços. 
 
2.3 A Terminologia 
 
Usaremos a palavra Custo para o gasto relativo a consumo na produção. Gastos 
que se destinam às fases de administração, esforço de vendas e financiamento serão 
chamados de Despesas. 
 
Caso haja alguma mudança na modificação da terminologia utilizada, esta estará 
devidamente alertada. 
 
2.4 Principais Classificações de Custos 
 
 10 
 
Custos Diretos: São os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos 
produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mão-de-obra ou de 
máquina, quantidade de força consumida, etc.). De maneira geral, associam-se a produtos e 
variam proporcionalmente à quantidade produzida. 
 
Custos Indiretos: São os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam 
da utilização de algum critério de rateio. Exemplos: aluguel, iluminação, depreciação, 
salário de supervisores, etc. 
Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos, além de sua natureza, leva 
em conta a relevância e o grau de dificuldade de medição. Por exemplo, o gasto com 
energia elétrica é, por sua natureza, um custo direto, porém, devido às dificuldades de 
medição do consumo por produto e ao fato de que o valor obtido por meio de rateio, em 
geral, pouco difere que seria obtido com uma medição rigorosa, quase sempre é 
considerado como custo indireto de fabricação. 
 
Custos Fixos: Custos fixos são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao 
volume produzido. Por exemplo: Aluguel, seguro de fábrica etc. Um aspecto importante a 
ressaltar é que os custos são fixos dentro de determinada faixa de produção e, em geral, não 
são sempre fixos, podendo variar em função de grandes oscilações no volume de produção. 
 
Custos Variáveis: São os que variam proporcionalmente ao volume produzido. 
Exemplo matéria-prima, embalagem. 
 
Custo de Transformação: Representam o esforço empregado pela empresa no 
processo de fabricação de determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, hora de 
máquina etc.). Não incluem matéria-prima nem outros produtos adquiridos prontos para 
consumo. 
 
Custos Primários: São a soma simples de matéria-prima e mão-de-obra direta. 
Não são a mesma coisa que custo direto, que é mais amplo, incluindo, por exemplo: 
materiais auxiliares, energia elétrica, etc. 
 
Materiais Diretos: São os materiais que se incorporam (se identificam) 
diretamente aos produtos. Exemplo: matéria-prima, embalagem, materiais auxiliares, tais 
como cola, tinta, parafuso, prego, etc. 
 
Mão-de-Obra Direta: Representa custos relacionados com pessoal que trabalha 
diretamente na elaboração dos produtos, por exemplo, o empregado que opera um torno 
mecânico. A mão-de-obra direta não deve ser confundida com a de um operário que 
supervisiona um grupo de torneiros mecânicos. 
 
Como regra prática, podemos adotar o seguinte critério: sempre que for possível 
medir a quantidade de mão-de-obra aplicada a determinado produto, é mão-de-obra direta; 
caso contrário, havendo necessidade de rateio, é mão-de-obra indireta. 
Há que se lembrar, ainda, que o cálculo do custo da hora de mão-de-obra (quer 
direta, quer indireta) deve levar em conta todos os tributos e encargos sociais, como INSS, 
 
 11 
FGTS, 13º Salário, etc.., e também dever ser feito um ajuste para considerar as horas 
efetivamente trabalhadas e o tempo improdutivo decorrente de férias, fim de semana 
remunerado, feriados, etc. 
 
Rateio: Representa a alocação de custos indiretos aos produtos em fabricação, 
seguindo critérios racionais. Exemplo: depreciação de máquinas rateada segundo o tempo 
de utilização (HM) por produto etc. Contudo, dada a dificuldade de fixação de critérios de 
rateio, tais alocações carregam consigo certo grau de arbitrariedade 
A importância do critério de rateio está intimamente ligada à manutenção ou 
uniformidade em sua aplicação. Devemos lembrar que a simples mudança de um critério de 
rateio afeta o custo de produção e, consequentemente, afetará o resultado da empresa. 
 
 
 
 
 12 
 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS 
 
CAPÍTULOS 01 e 02. 
 
 
1 – Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V): 
(F) A Contabilidade de Custos é mais ampla do que a Contabilidade Gerencial. mais ampla 
(V) O conhecimento do custo é vital para se saber, dado o preço, se um produto é lucrativo 
ou não, e quanto. 
(V) A Controladoria e a Tecnologia de Informação vêm criando sistemas de informaçãoque permitem um melhor e mais ágil gerenciamento de custos. 
(F) O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a decisões, é fazer a alimentação do 
sistema sobre valores relevantes apenas no curto prazo. e longo prazo 
(V) O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a decisões, é fazer a alimentação do 
sistema sobre valores relevantes tanto no curto quanto no longo prazo. 
 
2 - Assinalar a alternativa correta: 
a – Quanto à função Gerencial de controle, pode-se afirmar que a Contabilidade de Custos é 
importante para: 
a) apenas auxiliar na avaliação dos estoques físicos. 
b) fornecer dados para fixar padrões de comparação. 
c) apenas auxiliar na avaliação dos lucros globais. 
d) auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais. 
e) auxiliar na preparação de demonstrações contábeis. 
 
b – Não é informação gerada pelo Sistema de Custos: 
a) valor dos estoques. 
b) custo das perdas. 
c) custo por departamento. 
d) duplicatas a receber. 
e) custo por etapa do processo. 
 
3 – Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V): 
(F) As funções do Contador tornaram-se mais simples, com o advento da indústria de 
manufatura. 
(V) Até o século XVIII as empresas viviam basicamente do comércio. 
(V) O Lucro bruto é o resultado do confronto das receitas com o custo de aquisição das 
mercadorias ou produtos vendidos. 
(F) O uso da Contabilidade de Custos como instrumento gerencial sempre foi a principal 
preocupação dos Contadores, Auditores e Fiscais. Resolver problemas de mensuração dos 
estoques e do resultado 
(F) Somente indústrias manufatureiras devem-se utilizar da Contabilidade de Custos. 
(V) Nas empresas prestadoras de serviços, geralmente, os custos transformam-se em 
despesas imediatamente, ou seja, sem passar pelo estoque. 
 
 13 
 
4 – Classifique os eventos descritos a seguir em Investimentos (I), Custos (C), Despesas 
(D) ou Perdas (P): Obs: Alguns eventos poderão ter mais de uma classificação. 
( I ) Compra de matéria-prima 
( CD ) Consumo de energia elétrica 
( CD ) Utilização de mão-de-obra 
( CD ) Consumo de combustível 
( D ) Gasto com pessoal do faturamento (salário) 
( I ) Aquisição de máquinas 
( CD ) Depreciação de máquinas 
( D ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário) 
( D ) Pagamento de honorários da administração 
( CD ) Depreciação do prédio da empresa 
( C ) Utilização de matéria-prima (transformação) 
( I ) Aquisição de embalagens 
( P ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente 
( P ) Remuneração do tempo do pessoal de greve 
( C ) Geração de sucata no processo produtivo 
( P ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
( D ) Gasto com desenvolvimento de novos produtos e processos 
( D ) Comissão proporcional às vendas 
 
5 – Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V) à luz da terminologia contábil: 
(F) Ao comprar matéria-prima, há uma despesa. investimento 
(F) Custo é incorrido em função da vida útil ou de benefícios atribuídos a futuros períodos 
aos bens e aos serviços produzidos. investimento 
(V) O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou transformação dos fatores 
de produção. 
(V) Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária. 
(F) Cada componente do processo de produção é uma despesa que, no momento da venda, 
transforma-se em perda. Custo - despesa 
(F) Só existem custos em empresas industriais de manufatura; nas demais, só há perdas. Há 
custos em todos os tipos de empresas 
(F) Gastos com folha de salários da mão-de-obra, durante um período de greve prolongada 
e legalizada, são custos de produção do período contábil em questão Perda 
(V) Não se confunde perda com despesa, uma vez que a primeira envolve os conceitos de 
imprevisibilidade e involuntariedade. 
(V) Perdas são itens debitados diretamente ao resultado do período contábil em que 
ocorrem. 
 
 
7 - Os dados a seguir são referentes a uma empresa industrial em dado período: 
 
Material Direto= $ 200.000 
Mão de Obra Direta = $ 300.000 
Custo Indireto de Fabricação = $ 400.000 
 
 14 
 
Pede-se: 
a. Custo primário; 
b. Custo de transformação; 
c. Custo total. 
Custo Primário Custo de Transformação Custo Total 
CP = MD + MOD 
CP = 200.000 + 300.000 
CP = 500.000 
CTr = MOD + CIF 
CTr = 300.000 + 400.000 
CTr = 700.000 
CT = MD + MOD + CIF 
CT = 200.000 + 300.000 + 400.000 
CT = 900.000 
 
8 - Classifique os itens a seguir em Ativo, Passivo, Custo e Despesas (no caso de custo, 
classifique em diretos ou indiretos): 
( P ) Fornecedores 
( A ) Depreciação acumulada de máquinas industriais 
( CIF ) Materiais de escritórios consumidos na fábrica 
( A ) Matéria-prima em estoque 
( CD ) Salário das costureiras (em uma fábrica de roupas) 
( D ) Comissão dos vendedores 
( D ) Honorários do Diretor Administrativo 
( CIF ) Honorários do Diretor Industrial 
( D ) Despesas com veículos da administração 
( CIF ) Despesa de depreciação das máquinas industriais 
( CIF ) Consumo de energia elétrica na fábrica 
( CIF ) Linhas utilizadas na fabricação de roupas (não há controle do consumo) 
( CIF ) Despesa de depreciação das máquinas de escritório utilizadas pela fábrica 
( CIF ) Aluguel da área ocupada pela fábrica 
( D ) Despesa de depreciação das máquinas de escritório da administração 
( CIF ) Salários dos supervisores da fábrica 
( CD ) Matéria-prima consumida na produção 
( CIF ) Salários dos supervisores da fábrica 
( CD ) Embalagem usada no produto acabado 
( D ) Custo dos produtos vendidos 
( A ) IPI a recuperar. 
 
09 - São bens intangíveis de uma empresa industrial: 
a ( ) Marcas comerciais, móveis e patentes de invenção; 
b. ( X ) Marcas de fábrica, patentes de invenção e concessões; 
c. ( ) Concessões, marcas e patentes e utensílios; 
d. ( ) Gastos pré - operacionais, patentes de invenção e veículos 
 
10 - No balancete final, de 31-12-X7, a indústria de Máquinas Simões apresentou: 
 
Laminadora $ 87.000 
Depreciação Acumulada $ 50.025 
 
 
 15 
 Sabe-se que a referida laminadora sempre foi utilizada em apenas um período diário 
de trabalho de oito horas, e que o encargo da depreciação foi registrado em todo o período 
num percentual anual de 10%. Em quanto tempo a Laminadora irá depreciar 
completamente se for mantida a mesma taxa de depreciação? 
 
a ( ) 4 anos e 9 meses; 
b. ( X ) 4 anos e 3 meses; 
c. ( ) 4 anos e 1 mês; 
d. ( ) 5 anos e 3 meses; 
e. ( ) 575 dias. 
 
$87.000 / 10 anos = $8.700 a 
$8.700 / 12 meses = $725 m 
 
 
$87.000 – $50.025 = $36.975 
 
$36.975 / $725 m = 51 meses 
 
51m = 4 anos 3 meses 
 
11 - Preencha as lacunas e assinale a opção que completa as alternativas: 
 
a - Custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado para a produção de outros bens e 
serviços. 
b - Despesa é o gasto produzido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. 
 
a. ( ) Despesa – Custo; 
b. ( ) Perda – Despesa; 
c. ( X ) Custo – Despesa; 
d. ( ) Custo – Perda. 
 
12 - São despesas (pós - fabricação) de uma empresa industrial: 
a. ( ) Somente as despesas com fretes e seguros para transportes das mercadorias. 
b.( ) Única e exclusivamente os honorários da diretoria e do contador de custos, as 
gratificações a empregados e os gastos com aluguel da fábrica. 
c. ( X ) As despesas administrativas, com vendas e financeiras. 
d. ( ) As despesas com fretes, seguros e impostos sobre as vendas dos produtos. 
 
 16 
 
 
 
 
 
3.1 Custos Diretos - definição 
 
Custos Diretos são os custos que podemos apropriar diretamente aos produtos, e variam 
com a quantidade produzida. Exemplo: Material Direto (MD) e Mão-de-Obra Direta 
(MOD). 
 
3.1.1 Material Direto 
 
Material Direto é o custo de qualquer material diretamente identificávelcom o produto e 
que se torne parte integrante dele. Exemplo: matéria-prima, material secundário, 
embalagens. 
 
Tipos de material direto 
 
Matéria-Prima é o principal material que entra na composição do produto final. Ela sofre 
transformação no processo de fabricação. É o material que, do ponto de vista da 
quantidade, é o mais empregado na produção. As matérias-primas em estoque serão 
aplicadas diretamente no produto e, ao serem transferidas do estoque para o processo 
produtivo, transformam-se em custos de produção. Exemplo: o tecido na fabricação de 
roupas e a madeira na fabricação de mesas de madeira. 
 
Material Secundário é o material direto, de caráter secundário; não é o componente básico 
na composição do produto, mas é perfeitamente identificável ao produto. Exemplo: 
parafusos ( se houver controle de consumo; se não houver, eles podem ser tratados como 
Custos Indiretos) na mesa de madeira, botão nas roupas etc. 
 
Embalagens são materiais utilizados para embalagem do produto ou seu acondicionamento 
para remessa. São materiais diretos devido à fácil identificação com o produto. Exemplo: 
papelão onde é acondicionada a mesa, saco plástico onde é colocada a roupa. 
 
3.1.2 Custo do material direto adquirido 
 
Todos os gastos incorridos para tornar o material direto disponível para o uso na 
produção fazem parte de seu custo. Por exemplo: se o comprador tem que retirar o material 
no fornecedor e arcar com os gastos com transporte e seguro, esses gastos devem ser 
incorporados ao custo do material. Assim, como os gastos com armazenagem, recepção, 
vigilância, também devem ser incorporados aos custos dos materiais. 
Quando a empresa adquire um material direto, a ser usado na fabricação de 
produtos, se os impostos (IPI e ICMS) forem recuperáveis, na escrita fiscal, eles serão 
 Custos Diretos / Indiretos 
 
 
 17 
deduzidos do valor total da nota fiscal de compra. Se não forem recuperáveis, passarão a 
fazer parte do custo do material. 
 
3.1.3 Avaliação de estoques (de materiais utilizados) 
 
Como a empresa compra várias unidades em períodos diferentes com preços 
diferentes, e não os consome na mesma proporção, elas acabam misturando-se no 
almoxarifado. Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos critérios 
utilizados pela Contabilidade Financeira, o sistema de Inventário Permanente e Periódico e 
os Métodos de Avaliação de Estoques: Peps (Primeiro a Entrar e Primeiro a Sair), Preço 
Médio e Ueps (Último a Entrar e Primeiro a Sair). 
 
3.1.3.1 Preço Médio 
 
É o critério mais utilizado no Brasil. Podendo ser fixado em pelo menos dois tipos 
de preço médio: Móvel e fixo. 
O preço médio ponderado móvel é aquele mantido por empresas com controle 
constante de seus estoques e que por isso atualiza seu preço médio após cada aquisição. 
Nesse caso, a matéria prima utilizada nos dias 17 e 29 seria avaliada: 
 
 Compras Utilização 
 Quantidade Preço unitário Total Quantidade 
Dia kg $ $ kg 
3 1.000 $ 10,00 $ 10.000 
15 2.000 $ 11,65 $ 23.300 
17 2.200 
23 1.200 $ 13,00 $ 15.600 
29 1.000 
 
 
Ficha de estoque do produto “n” 
 
S Dia 17: Preço médio do estoque = $33.300 = $11,10/kg 
 3.000kg 
 
Quantidade utilizada x Preço médio= Custo da Matéria – Prima usada= 
 
 2.200 kg x $ 11,10/kg = $24.420 
 
 
S Dia 29: Preço médio do estoque= 
 
800 kg x $11,10 = $8.800 (remanescentes dos 3.000 kg) 
 
1.200 kg x $ 13,00 = $15.600 
 
 
 18 
2.000 kg x ? = $24.480 
 
$24.480/ 2.000 kg = $ 12,24/ kg 
 
Matéria-prima usada= 1.000 kg x $ 12,24/kg = $12.240 
 
Matéria-prima total aplicada no mês = $36.660 
 
3.1.3.2 PEPS 
 
Neste critério, o material é custeado pelos preços mais antigos, permanecendo o 
mais recentes em estoque. O primeiro a entrar é o primeiro a sair. 
Exemplo: (usando os mesmos dados do quadro anterior) 
 
S Dia 17: Matéria-prima utilizada = 
 
 1.000kg x $10,00/kg = $10.000 
 + 1.200kg x $11.65/kg = $13.980 
 $23.980 
 
S Dia 29: Matéria-prima utilizada= 
 800kg x $11,65/kg = $9.320 
 + 200kg x $13,00/kg = $2.600 
 $11.920 
Material-prima total utilizada no mês = $35.900 
 
3.1.3.3 UEPS 
 
O método de último a entrar primeiro a sair provoca efeitos contrários ao PEPS. 
Vejamos ainda com base no exemplo anterior e supondo que a empresa aproprie os custos 
DURANTE O PERÍODO, como ficaria: 
 
S Dia 17: Matéria-prima utilizada = 
 
 2.000kg x $11,65 = $23.300 
 200kg x $ 10,00 = $2.000 
 $25.300 
 
S Dia 29: Matéria-prima utilizada = 
 
 1.000kg x $13,00 = $13.000 
 
Matéria-prima total utilizada= $38.300 
 
O estoque final estará formado de 800 kg a $10,00 mais 200 kg a $13,00. 
 
 
 
 19 
3.1.4 Sistema e Métodos de Custeio 
 
Custeio significa Método de Apropriação de Custos. Assim, existe Custeio por 
Absorção, Custeio Direto, custeio Padrão, ABC, RKW, etc. 
Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de 
contabilidade geralmente aceitos, variando apenas o grau de absorção. De acordo com esse 
sistema, o custo dos produtos fabricados pelas empresas é formado de três componentes 
básicos: 
 
a) Matérias-primas; 
b) Mão-de-obra direta; 
c) Gastos gerais de fabricação ou custos indiretos de fabricação, sendo estes últimos 
alocados aos diversos produtos por meio de diferentes critérios de rateio. 
 
Quando tratamos da forma de apuração do custo dos produtos, estamos tratando de 
sistemas e métodos de custeio. Existem dois sistemas de custeio: o real e o padrão 
(Standard); os métodos de custeio podem ser o custeio direto ou variável e o custeio por 
absorção ou integral. 
 
3.1.5 Mão-de-Obra Direta 
 
Mão-de-Obra direta é o custo de qualquer trabalho humano diretamente 
identificável e mensurável com o produto. Exemplo: Salários, inclusive os encargos sociais 
(13º, férias, FGTS, INSS), dos empregados que trabalham diretamente na produção. 
É a mão-de-obra empregada na transformação do material direto em produto 
acabado. 
 
3.1.6 Diferença entre mão-de-obra direta e indireta 
 
Se um operário opera uma máquina, na qual é produzido um tipo de produto de 
cada vez, esse operário será considerado Mão-de-obra Direta - MOD. 
Se um operário opera uma máquina, na qual são fabricados vários produtos e 
conseguirmos medir o tempo de produção de cada produto por meio de controles, então a 
mão-de-obra é direta, se não conseguirmos e tivermos que nos utilizar de qualquer critério 
de rateio para apropriar a mão-de-obra aos produtos, então ela será Mão-de-Obra Indireta 
- MOI. 
No caso de ociosidade normal, devemos considerá-la como MOI. 
 
Exemplo: 
 
Se um empregado é contratado por um salário de $ 8.10 por hora, pela legislação 
brasileira ele tem que receber, embora seja horista, um salário mensal equivalente a 220 
horas. Suponhamos que ele trabalhe na produção 190 horas por mês e fique 30 horas parado 
por defeito no equipamento ou que nessas 30 horas tenha ajudado na manutenção elétrica 
da fábrica. A folha de pagamento discriminará um salário mensal para ele de $ 1.782.000 
(220 h x 8.10), mas para a Contabilidade de Custos esses $ 1.782.000 estão divididos em $ 
1.539.000 de MOD ( 190 h x 8.10) e $ 243.000 de MOI ( 30h x 8.10). 
 
 20 
 
3.2 Custos Indiretos - definição 
 
Custos Indiretos são os que não podemos identificar diretamente com os produtos 
e necessitamos de rateios para fazer a apropriação. 
 
 
Exemplos: 
 
• Aluguel da área ocupada pela fábrica (setor produtivo); 
• Depreciação das máquinas e ferramentas industriais; 
• Energia elétricaconsumida pela fábrica; 
• Mão-de-obra indireta (demais funcionários da fábrica); 
• Materiais indiretos (lubrificantes, lixas, colas, etc ); 
• Demais custos fabris. 
 
A soma dos Custos Indiretos é chamada de Custos Indiretos de Fabricação 
(CIF), usaremos esta terminologia que é a mais comum. 
Quando a empresa fábrica apenas um único produto, todos os custos são 
considerados diretos em relação a esse produto, não havendo, portanto, custos indiretos. 
 
3.2.1 Rateio do CIF - Custo Indireto de Fabricação 
 
Rateio é um artifício empregado para distribuição dos custos, ou seja, é o fator 
pelo qual vamos dividir os CIF’s. 
 
Exemplos de bases utilizadas: 
 
• Unidades produzidas; 
• Horas de MOD; 
• Horas de uso direto das máquinas 
• Valor (custo) da MOD; 
• Matéria-prima consumida; 
• Horas diretas de serviços prestados; 
 
A escolha da base utilizada deve ser feita em função do recurso mais utilizado na 
produção. 
 
Exemplo: 
Para uma distribuição no valor de $ 5.000(CIF) para dois produtos, numa empresa 
altamente mecanizada, o critério mais adequado é horas/máquinas; se a MOD fosse o fator 
mais importante, o critério usado poderia ser horas de MOD ou custo da MOD. Voltando 
ao nosso exemplo, vamos supor que o produto A consome 1.800 h/máquina e o produto B 
700 h/máquina. O rateio ficaria assim: 
 
 
 
 21 
 
Taxa de Absorção dos CIFs = Valor_ dos_ CIFs = $ 5.000 = $ 2 por hora 
 Critério de Rateio 1.800 + 700 h 
 
Produto A = $ 2 x 1.800 h = $ 3.600 de CIF 
Produto B = $ 2 x 700 h = $ 1.400 de CIF 
 
Nem sempre o rateio é tão simples; existem empresas que fabricam vários 
produtos, os quais sofrem várias fases de processamento, sendo necessário que passem por 
departamentos diferentes. Nesse caso, é necessário fazer o rateio aos departamentos e 
depois, aos produtos. 
 
3.3 Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos 
 
Suponhamos que os seguintes Custos de Produção de determinado Período 
precisem ser alocados aos quatro diferentes produtos elaborados pela empresa: 
 
 
 Matéria-Prima 
Embalagens 
Materiais de Consumo 
Mão-de-Obra 
Salários da Supervisão 
Depreciação das Máquinas 
Energia Elétrica 
Aluguel do Prédio 
Total 
 $.2.500.000 
 $ 600.000 
 $ 100.000 
 $1.000.000 
 $ 400.000 
 $ 300.000 
 $500.000 
 $200.000 
 $5.600.000 
 
O responsável por Custos faz os levantamentos e as análises necessárias e verifica 
o seguinte: 
 
Matéria prima e Embalagens: podem ser apropriadas perfeita e diretamente aos quatro 
produtos, já que foi possível identificar quanto cada um consumiu. 
 
Materiais de Consumo: alguns são lubrificantes de máquinas, e não há como associá-los a 
cada produto diretamente, e outros são de tão pequeno valor que ninguém se preocupou em 
associá-los a cada produto. 
 
Mão-de-Obra: é possível associar parte dela diretamente com cada produto, poi houve 
uma medição de quanto cada operário trabalhou em cada um e quanto custa cada operário 
para a empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipes de produção, e não há 
possibilidade de se verificar quando atribuir diretamente aos produtos ($ 200.000 dos $ 
1.000.000). 
 
Salários da Supervisão: muito mais difícil ainda de se alocar por meio de uma verificação 
direta e objetiva do que a mão-de-obra dos chefes de equipes de produção, já que essa 
 
 22 
supervisão é a geral da fábrica. Representa esse custo o gasto da supervisão dos chefes de 
equipes e, por isso mesmo, muito mais difícil é a alocação aos produtos. 
 
Depreciação das máquinas: a empresa deprecia linearmente em valores iguais por período 
e não por produto. Haveria possibilidade de apropriar diretamente a cada produto se a 
depreciação fosse contabilizada de outra forma. 
 
Energia Elétrica: parte dela é possível alocar a três dos quatro produtos, já que a máquina 
que mais consome força possui um medidor próprio, e a empresa faz verificações de quanto 
consome para cada item elaborado. Porém, o resto da energia só é medido globalmente, e 
não há forma direta de alocação ( $ 350.000 são alocáveis e $ 150.000 não). 
 
Aluguel do Prédio: impossível de se medir diretamente quanto pertence a cada produto. 
 
Após essas análises, podemos verificar que alguns custos podem ser diretamente 
apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilograma de 
materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra utilizadas e até 
quantidade de força consumida ). São os Custos Diretos com relação aos produtos. 
Outros realmente não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer 
tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como 
aluguel, a supervisão, as chefias, etc.). São os Custos Indiretos com relação aos produtos. 
Portanto, a classificação de Diretos e Indiretos que estamos fazendo, é com relação 
ao produto feito, e não à produção no sentido geral ou aos departamentos dentro da fábrica. 
Alguns custos têm características especiais. Por exemplo, vimos que parte dos 
Materiais de Consumo poderia ser apropriada, diretamente, mas, dada sua irrelevância, 
verificou-se não valer a pena esse trabalho; muitas vezes a relação "Custo-benefício" é 
desfavorável para itens de pequena importância. 
Outros, como a Depreciação, poderiam também ser apropriados de maneira mais 
direta, porém, pela própria natureza do custo, não é na maior parte das vezes considerado 
útil tal procedimento. O próprio valor da depreciação como um todo é tão estimado e 
arbitrariamente fixado que chega a ser pouco útil a alocação direta. 
Finalmente, certos custos, como a Energia Elétrica, são relevantes, mas não 
tratados como diretos, já que para tanto seria necessária a existência de um sistema de 
mensuração do quanto é aplicado a cada produto. Por ser caro esse sistema ou de difícil 
aplicação, ou ainda por não ser muito diferente o valor assim obtido daquele que se 
calcularia com base na potência de cada máquina e no volume de sua utilização, prefere-se 
fazer a apropriação de forma indireta. 
Cada vez que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou 
cada vez que há o uso de estimativas e não de medição direta, fica o custo incluído como 
indireto. 
Com respeito especificamente à mão-de-obra, entendemos então o que seja Direta 
e Indireta; aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente 
sobre o produto que está sendo elaborado; a outra, a Indireta, é a relativa ao pessoal de 
chefia, supervisão ou ainda atividades que, apesar de vinculadas à produção, nada têm de 
aplicação direta sobre o produto: manutenção, prevenção de acidente, contabilidade de 
Custos, programação e controle da produção, etc. 
 
 
 23 
3.4 Outra classificação dos Custos: Fixos e Variáveis 
 
Além de seu agrupamento em Diretos e Indiretos, os custos podem ser 
classificados de outras formas diferentes. 
Outra classificação usual (e mais importante que todas as demais) é a que leva em 
consideração a relação entre os custos e o volume de atividade numa unidade de tempo. 
Divide basicamente os Custos em Fixos e Variáveis. 
Por exemplo, o valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende 
diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior seu 
consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, nesse exemplo), o valor do 
custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos 
são Custos Variáveis. 
Por outro lado, o aluguel da fábrica emcerto mês é de determinado valor, 
independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume elaborado de 
produtos. Por isso, o aluguel é um Custo Fixo. 
É de grande importância notar que a classificação em Fixos e Variáveis leva em 
consideração a unidade de tempo, o valor total de custos com um item nessa unidade de 
tempo e o volume de atividade. Não se trata, como no caso da classificação de Diretos e 
Indiretos, de um relacionamento com a unidade produzida. Por exemplo, a matéria-prima é 
um Custo Variável, já que, por mês, seu valor total consumido depende da quantidade de 
bens fabricados. Entretanto, por unidade elaborada a quantidade de matéria-prima é 
provavelmente a mesma; mas isso não lhe tira a característica de Variável; pelo contrário, 
reforça-a. 
Outros exemplos: mão-de-obra indireta, normalmente, é um gasto que, apesar de 
poder variar de período para período, é um Custo Fixo, pois, por mês, tem seu montante 
definido não em função do volume de produção; conta dos telefones da fábrica pode Ter 
seu valor diferente em cada mês, mas não é um Custo Variável, pois seu montante não está 
variando em função do volume de produtos feitos. 
Alguns tipos de custos têm componentes das duas naturezas. A Energia Elétrica é 
um exemplo, já que possui uma parcela que é fixa e outra variável; aquela independe de 
volume de produção, e é definida em função do potencial de consumo instalado, e esta 
depende diretamente do consumo efetivo. Custos dessa natureza são chamados, às vezes, 
semivariáveis ou semifixos (outras acepções existem para essas expressões), mas 
preferiremos, neste trabalho, dizer sempre que são Custos com parte Fixa e parte Variável. 
Todos os custos podem ser classificados em Fixos e Variáveis ou em Diretos e 
Indiretos ao mesmo tempo. Assim, a matéria-prima é um Custo Direto e Variável, os 
materiais de consumo são normalmente Custos Indiretos e Variáveis, os seguros das 
fábricas são Custos Indiretos e Fixos, etc. Os Custos Diretos são Variáveis, quase sem 
exceção, mas os Indiretos são tanto Fixos como Variáveis, apesar da geral predominância 
dos primeiros. 
 
3.5 Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) 
 
Vamos exemplificar o esquema básico da Contabilidade de Custos, lembrando ser 
esta parte relativa à utilização de Custos para Avaliação de Estoques para fins legais (fiscais 
e societários); por essa razão estaremos trabalhando com o Custeio por Absorção. 
 
 
 24 
3.5.1 1º PASSO: A SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS 
 
A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Teremos então a seguinte 
distribuição dos gastos: Custos de Produção, Despesas Administrativas, Despesas de 
Vendas e Despesas Financeiras. 
As despesas, que não entrarem no custo de produção, vão ser descarregadas 
diretamente no Resultado do período, sem serem alocadas aos produtos. 
 
3.5.2 2º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS 
 
Digamos que essa empresa elabore três produtos diferentes, chamados A, B e C. O 
passo seguinte é o de se distribuírem os custos diretos de produção aos três itens. 
Suponhamos ainda que nessa empresa, além da Matéria-prima, sejam também custos 
diretos parte da Mão-de-obra e parte da Energia Elétrica. 
O problema agora é saber quanto da Matéria-prima total utilizada, quanto de Mão-
de-obra direta e quanto da Energia Elétrica direta foi aplicado em A, em B, e em C. 
Para o consumo de Matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisições 
de tal forma, a saber, sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do 
Almoxarifado. 
Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário 
verificar quanto diz respeito à Mão-de-obra Direta e quanto é a parte pertencente à Mão-de-
obra Indireta. A empresa para poder conhecer bem esse detalhe, deve manter um 
apontamento (verificação) de quais foram os operários que trabalharam em cada produto no 
mês e por quanto tempo. Conhecidos tais detalhes e calculados os valores, chega-se a uma 
conclusão. 
A verificação da Energia Elétrica evidencia que, após anotado o consumo na 
fabricação dos produtos durante o mês, uma parte do valor é diretamente atribuível e a 
outra parte será alocado por critério de rateio, já que pode existir medidores apenas em 
algumas máquinas. 
 
3.5.3 3º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS 
 
Vamos agora analisar a forma ou as formas de alocar os custos indiretos. Uma 
alternativa simplista seria a alocação aos produtos A, B e C proporcionalmente ao que cada 
um já recebeu de custos diretos. Essa forma é relativamente usada quando os custos diretos 
são a grande porção dos custos totais, e não há outra maneira mais objetiva de visualização 
de quanto dos indiretos poderia, de forma menos arbitrária, ser alocado a A, B e C. 
Suponhamos, entretanto que a empresa resolva fazer outro tipo de alocação. 
Conhecendo o tempo de produção de cada um, pretende fazer a distribuição dos custos 
indiretos proporcionalmente a eles, e faz uso dos próprios valores em reais da Mão-de-obra, 
por ter sido esta calculada com base nesse mesmo tempo. 
Desta forma serão encontrados valores de custos indiretos diferentes e 
conseqüentes custos totais também diferentes para cada produto, provocando análises 
distorcidas e diminuindo o grau de credibilidade com relação às informações de Custos. 
Não há uma forma perfeita de distribuição, o que podemos procurar entre as alternativas é a 
que trará consigo o menor grau de arbitrariedade. 
 
 
 25 
 
3.6 ESQUEMA BÁSICO 
 
Por enquanto, o esquema básico é: 
 
a) Separação entre Custos e Despesas; 
b) Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos ou serviços; 
c) Rateio dos Custos Indiretos. 
 
 
3.7 CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS 
 
A forma de contabilização desse procedimento pode ser variada. Existem desde os 
critérios mais simples até os mais complexos. 
 
Critério Simples: Contabilização dos custos pela Contabilidade Financeira em contas 
apropriadas e transferência direta para os estoques à medida que os produtos são acabados 
ou então só no fim do período, sem registro das fases de rateio. As Contas de Despesas, não 
nos interessam, ficando, portanto de fora. 
 
Critério Complexo: A forma mais complexa para contabilização dos Custos representa o 
mesmo grau de detalhamento dos mapas e arquivos de custos. Esta forma de contabilização 
segue de perto cada passo do próprio sistema de apuração e distribuição dos Custos e na 
prática deve ser aconselhada apenas quando da necessidade desses registros contábeis 
analíticos. Havendo possibilidade da manutenção de arquivos, essa maneira mais complexa 
de contabilização deve ser evitada, pois emperra a Contabilidade Financeira e é de pouca 
utilidade prática. 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
 
 
4.1 ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO – CUSTOS COMUNS 
 
Todos os Custos Indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de 
forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de 
comportamento de custos etc. Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou 
maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas 
alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras 
oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. 
Verificamos nos capítulos anteriores que a primeira medida a ser tomada é a 
separação entre Custos e Despesas, e já aqui começam a surgir esses aspectos subjetivos 
inerentes a todo processo de rateio. Suponhamos que a empresa tenha seus prédios e 
instalações todos alugados sob um único contrato e que se veja ela agora obrigada a separar 
a parte que cabe à produção (custo) e aos setores administrativos e de vendas (despesa). O 
critério de rateio que vai ser primeiramente lembrado será o de área ocupadapor cada um. 
Entretanto, um problema poderá ocorrer caso haja, por exemplo, um silo vertical na 
produção; será necessário trabalhar com outro critério se esse silo for de grande volume e 
funcionar como fator importante no próprio preço do aluguel. Talvez haja necessidade de 
fazer a distribuição com base então em volume (m3), e não em área (m2), para se obter um 
número considerado mais justo para cada parte. 
Ainda com relação ao aluguel, outro problema pode ser levantado: suponhamos 
que o imóvel todo compreenda um quarteirão e que a frente da empresa dê para uma via de 
grande importância e alto valor comercial locativo e os fundos para uma via secundária de 
mínimo valor comercial. Na frente, com certeza, estarão colocadas a exposição de vendas, a 
diretoria etc., e nos fundos talvez estejam as instalações fabris. Em função dessas vias, o 
valor locativo da frente pode ser várias vezes o valor locativo da outra via; se dividirmos o 
aluguel inteiro com base em área ocupada, estaremos atribuindo o mesmo montante por 
metro quadrado à fabrica e à exposição de vendas. Talvez houvesse necessidade então de se 
fazer uma ponderação baseada num valor estimado de locação de cada setor para se 
proceder a uma distribuição “menos injusta”. 
 
4.2 RATEIO DOS CUSTOS DOS DEPARTAMENTOS 
 
Já vimos também que os Custos Comuns a vários departamentos são rateados em 
função de sua natureza (pelo menos os mais importantes), como o próprio aluguel, a 
depreciação dos edifícios, a energia consumida, o seguro apropriado etc. Mas, depois que 
os Custos Indiretos já estiverem totalmente atribuídos aos Departamentos e precisarmos 
então passar a ratear os existentes nos de Serviços, já não poderemos normalmente atribuir 
custo por custo. Não seria muito praticável pegarmos os vários itens que compõem o Custo 
Indireto total do Almoxarifado e começarmos a ratear um por um: supervisão, materiais 
 Critérios de Rateio dos Custos Indiretos 
 
 27 
indiretos, depreciações, seguros etc. Quando atribuímos Custos de um Departamento para 
outros, baseamo-nos em algum critério e fazemos a alocação a partir do bolo todo. 
Para esse rateio, é necessário verificar então quais são as bases mais adequadas. O 
mesmo vai acontecer quando da apropriação dos Custos dos Departamentos de Produção 
para os produtos. 
O rateio pode ser feito com base em horas-máquina, com base na Mão-de-obra 
Direta, na Matéria-prima Aplicada, no Custo Direto Total. Para cada uma dessas bases 
chegaremos a um resultado. A solução ou pelo menos minimização de erros será necessário 
analisarmos os itens que compõem o total dos CIP. Por exemplo, se o fator mais relevante 
dos Custos Indiretos de Produção for a existência e utilização de máquinas, então o rateio 
seria com base no número de horas-máquina como o mais adequado. O CIP poderia ter 
mais de um fator de influência, e por isso poderiam ser aceitos critérios com base também 
em mais de uma referência (Matéria-prima mais Mão-de-obra Direta, por exemplo). 
Assim vemos que para a alocação dos Custos Indiretos de Produção é necessário 
proceder a uma análise de seus componentes e a uma verificação de quais critérios melhor 
relacionam esses Custos com os produtos. 
Vemos como é necessário também que o profissional que decide normalmente 
sobre a forma de apropriação de Custos (Contador de Custos, Controller, Diretor Financeiro 
etc.) conheça detalhadamente o sistema de produção. 
 
4.3 INFLUÊNCIA DOS CUSTOS FIXOS E DOS CUSTOS VARIÁVEIS 
 
Suponhamos que no rateio de custos de um departamento de serviços exista uma 
situação como esta: a Casa de Força tem um custo de funcionamento muito mais em função 
do potencial de utilização do que do efetivo consumo de energia em cada período. A 
alocação com base no consumo de cada mês pode ficar desconcertante se seus custos são 
predominantemente fixos. 
É fácil então de se verificar que uma regra simples deve ser utilizada: 
departamentos cujos custos sejam predominantemente fixos devem ser rateados à base de 
potencial de uso, e departamentos cujos custos sejam predominantemente variáveis devem 
ser rateados à base do serviço realmente prestado. Se não houver predominância de um ou 
outro e se o valor em reais do Custo total for grande, pode haver um rateio misto. 
 
4.4 IMPORTÂNCIA DA CONSISTÊNCIA NOS CRITÉRIOS 
 
É fácil percebermos que a alteração de um critério poderá provocar mudanças no 
valor apontado como custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra modificação 
tenha ocorrido no processo de produção. 
 
Se todos os produtos feitos fossem vendidos no mesmo período, o efeito dessas 
alterações não seria sensível na avaliação do resultado global da empresa. Mas se parte da 
produção ficar estocada, na forma de produtos acabados ou ainda em elaboração, poderão 
existir alterações artificiais no resultado. Por isso, é comum encontrarmos Auditores 
Independentes muito mais preocupados com a Consistência na aplicação dos critérios de 
alocação de Custos Indiretos do que com os fatores levados em conta para sua escolha. 
 
 
 
 28 
4.5 CONCILIAÇÃO ENTRE CUSTOS E CONTABILIDADE FINANCEIRA 
 
Quaisquer que sejam as formas de apropriação dos custos, é fundamental lembrar 
sempre que a Contabilidade Financeira “entrega” à de Custos certo montante de Custos de 
Produção do Período, e a Contabilidade de Custos “devolve” à Financeira Produtos 
Acabados. 
Essa conciliação entre Custos e Contabilidade Financeira é de fundamental 
importância para se evitarem distorções nas avaliações dos resultados de cada período e nas 
medidas dos estoques. Já está mais do que evidenciado até aqui que, para efeito de 
contabilização, Custos funcionam como o setor de distribuição de uma série de gastos 
fabris para os produtos feitos. Esta integração é também essencial para a aceitação dos 
valores atribuídos aos estoques para fins fiscais. 
A falta de conciliação entre Contabilidade de Custos e Contabilidade Geral na 
empresa só redunda em distorções que nem sempre são percebidas, e, conseqüentemente, 
podem ser bastante danosas. O Imposto de Renda no Brasil está começando a tornar-se 
severo na fiscalização dessa conciliação. 
Os lançamentos efetuados na Contabilidade de Custos são lançados 
automaticamente na Financeira. 
 
 
 
 
 29 
 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS 
 
CAPÍTULO 3 e 4 
 
1 - A CIA. CONFIANÇA LTDA, tem os seguintes dados de sua produção do mês de 
março de 20x6 : 
 
Custo Direto: 
Produto A .............................................................................................................. 10.000,00 
Produto B ............................................................................................................. 30.000,00 
 
Custo Indireto 
Depreciação dos Equipamentos ........................................................................... 20.000,00 
Energia Elétrica ................................................................................................... 15.000,00 
Mão-de-obra Indireta.......................................................................................... 15.000,00 
 
Tempo de hora-máquina: 
Produto A .......................................................................................................... 300 h/m 
Produto B .......................................................................................................... 200 h/m 
 
 
Pede-se: Calcular o custo total por produto, sabendo-se que o critério de rateio adotado é 
hora - máquina. 
 
 Produto A Produto B Total 
Custos Diretos 
 
10.000 30.000 40.000 
Depreciação 12.000 8.000 20.000 
Energia Elétrica 9.000 6.000 15.000 
Mão-de-Obra 
Indireta 
 
9.000 6.000 15.000 
Total 
 
40.000 50.000 90.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
2 - A Cia. Mestre S/A, produz dois tipos de produtos "Verde"e " Azul", e tem os seguintes 
dados de sua produção no mês de Agosto/X6. 
Foram fabricados neste mês: 3.000 unidades do produto Verde e 4.000 unidades produto 
Azul. 
Os custos Diretos referentes a esses produtos, em Agosto/X6, foram: 
 
Custos diretos Verde Azul Total 
Material 
Mão-de-obra 
10.000 
18.000 
15.000 
23.000 
25.000 
41.000 
Total 28.000 38.000 66.000 
 
Os custos Indiretos por sua vez foram: 
 Aluguel ............................................................................................. 6.000,00 
 Energia Elétrica ............................................................................... 8.500,00 
 Depreciação ..................................................................................... 5.000,00 
 Mão-de-Obra Indireta....................................................................... 11.000,00 
 Total ................................................................................................. 30.500,00 
 
O rateio dos custos indiretos é feito com base no custo de Mão-de-obra direta. 
A empresa possui despesas fixas de $ 20.000 no mês e paga comissão de 5% sobre o preço 
de venda 
Pede-se: 
 
a) Calcule o custo total por produto; 
b) Calcule o custo unitário de cada produto; 
c) Apure o resultado desta empresa no mês de Agosto/X1, sabendo que a mesma vendeu 
1.500 un. Produto Verde (preço de Venda $ 35,00) e 2.000 un. Produto Azul (preço de 
Venda $ 40,00) 
 
Distribuição dos CIF: 
 
Verde: 30.500 x 43,90% = 13.389,50 
 
Azul: 30.500 x 56,10% = 17.110,50 
 
a) Custo Total de cada produto. 
C I F’s Produto Verde Produto azul Total 
Diretos 28.000,00 38.000,00 66.000,00 
Indiretos 13.389,50 17.110,50 30.500,00 
Total 41.389,50 55.110,50 96.500,00 
 
b) Custo Unitário de cada Produto. 
 
 
 31 
Verde: $ 41.389,50 / 3.000 un. = $13,80/un. 
 
Azul: $ 55.110,50 / 4.000 un. = $13,78/un. 
 
 
Apuração do Resultado - DRE. 
 
 Verde Azul Total 
Receitas 52.500 80.000 132.500 
(-) Custos Diretos/Indiretos (20.700) (27.560) (48.260) 
= Lucro Bruto 31.800 52.440 84.240 
(-) Despesas (20.000) 
(-) Comissões (6.625) 
Resultado Operacional 57.615 
 
 
3 - A Empresa Maravilha produz dois produtos, “Marte” e "Vênus”, cujo volume de 
produção e de vendas é de cerca de 15.000 unidades do Produto Marte e 8.000 unidades 
do Vênus, por período. Os Custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam $ 600.000. O 
Preço de Venda do produto é Marte $ 80,00 e do Vênus $ 100,00. As despesas 
administrativas no mês são de $ 50.000. 
 
Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em 
$): 
 Marte Vênus 
Material-direto 20 25 
Mão-de-obra direta 10 6 
 
Pede-se: 
 
a) Calcule o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto, utilizando o 
custo de material direto como base de rateio. 
b) Calcule o Custo total por produto e custo unitário. 
c) Demonstre a DRE. Custeio por Absorção 
 
a) Custos Indiretos de Produção: 
Marte – $600.000 x 60% = 360.000 
Vênus – $600.000 x 40% = 240.000 
 
b) Custos Totais de Produção: 
 
Custos Marte Vênus TOTAL 
Material Direto 300.000 200.000 500.000 
Mão-de-obra Direta 150.000 48.000 198.000 
CIF 360.000 240.000 600.000 
TOTAL 810.000 488.000 1.298.000 
 
 32 
 
c) Apuração do Resultado – DRE 
 
 Marte Vênus Total 
Receitas 1.200.000 800.000 2.000.000 
(-) Custos Diretos/Indiretos (810.000) (488.000) (1.298.000) 
= Lucro Bruto 390.000 312.000 702.000 
(-) Desp. Administrativas (50.000) 
= Resultado 652.000 
 
 
4 – A indústria Aniel produz sabão em pó e sabão líquido, ambos específicos para lavagem 
de roupa à margem dos rios do nordeste brasileiro. 
Em determinado período, produziu 20.000 caixas do sabão em pó e 16.000 frascos do 
líquido, incorrendo nos seguintes custos: 
 
 Quantidade e horas 
 Preço Pó Líquido 
Matéria-prima $ 2 / Kg 12.000 Kg 8.000 Kg 
Mão-de-obra Direta $ 5 / hora 6.000 h 3.000 h 
 
Custos Indiretos de Produção (CIP) (em $): 
 
Supervisão da produção............................................................................................... $ 3.600 
Depreciação de equipamentos de produção ................................................................$12.000 
Aluguel do galpão industrial ........................................................................................$4.500 
Seguro dos equipamentos da produção ........................................................................$1.500 
Energia elétrica consumida na produção ......................................................................$2.400 
Total.............................................................................................................................$24.000 
 
Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e os Custos Indiretos de Produção são 
comuns aos dois produtos. 
 
A Aniel possui contrato de demanda da energia elétrica com a concessionária, pelo qual 
paga apenas uma quantia fixa por mês, e não mede o consumo por tipo de produto. 
 
Os CIP são apropriados aos produtos de acordo com o tempo de MOD empregado na 
produção de um e outro, sabendo-se que são necessários 18 minutos para produzir uma 
caixa de sabão em pó e 11,25 minutos para produzir um frasco de sabão líquido. 
 
A indústria utiliza em sua produção uma máquina que, devido à corrosão, tem sua vida útil 
física e econômica limitada pela quantidade de matéria-prima processada (a vida útil é 
estimada pelo fabricante do equipamento em 400.000 Kg de processamento de matéria-
prima). Foi adquirida por $320.000 e seu custo ainda não está incluído na relação acima. 
 
Pede-se: 
 
 33 
 
a) Elabore um quadro de apropriação de custos aos produtos. 
b) Calcule o custo unitário de cada produto. 
 
Cálculo matéria Prima: 
Produto Volume Produzido. Custo Unitário Total 
Sabão em pó 12.000 Kg $2,00 $24.000 
Sabão Líquido 8.000 Kg $2,00 $16.000 
Total 20.000 Kg $40.000 
Cálculo Mão-obra-direta: 
Produto Volume Produzido. Custo Unitário. Total 
Sabão em pó 6.000 h $5,00 $30.000 
Sabão Líquido 3.000 h $5,00 $15.000 
Total 9.000 h $45.000 
 
 
Cálculo Depreciação: 
Produto Volume Produzido Custo Unitário. Total 
Sabão em pó 12.000 $0,80 $9.600 
Sabão Líquido 8.000 $0,80 $6.400 
Total 20.000 $16.000 
 
Critério de rateio dos CIP – MOD trabalhada: 
Produto MOD - Total em $ % rateio Valor $ (CIP) 
Sabão em pó 20.000 x 18,00 min = 6.000 h 66,67% $16.000 
Sabão Líquido 16.000 x 11,25 min = 3.000 h 33,33% $8.000 
Total 9.000 h 100% $24.000 
 
 
b) Custo total 
 
 Sabão em Pó Sabão Líquido Total 
Custos Diretos 
 Matéria-Prima $ 24.000 $ 16.000 $ 40.000 
 Mão-de-Obra Direta $ 30.000 $ 15.000 $ 45.000 
 Depreciação $ 9.600 $ 6.400 $ 16.000 
CIP $ 16.000 $ 8.000 $ 24.000 
Custo Total $ 79.600 $ 45.400 $ 125.000 
 
c) Custo Unitário por produto 
 
 Sabão em pó Sabão líquido 
Custo Total $ 79.000 $ 45.400 
Volume produção 20.000 cx 16.000 frascos 
Custo Unitário $ 3,98 / cx $ 12,84 / frasco 
 
 
 34 
 
5- Marque as alternativas corretas: 
 
A - Uma empresa restringiu sua linha de produção a um único produto. Assim, a energia 
elétrica gasta em sua fábrica será considerada ( em relação à produção total): 
a. ( ) custo indireto variável; 
b. ( ) custo indireto fixo; 
c. ( ) custo direto fixo; 
d. (X) custo direto variável; 
e. ( ) despesa operacional. 
 
B - I – O custo fixo é fixo em relação ao volume total da produção, mas é variável em 
relação à unidade produzida. 
 II – O custo variável é variável em relação ao volume total da produção, mas é fixo em 
relação à unidade produzida. 
a. ( ) nenhuma alternativa está correta; 
b. (X) as duas afirmativas estão corretas; 
c. ( ) a primeira alternativaestá correta e a segunda, falsa; 
d. ( ) a primeira afirmativa é falsa e a Segunda, verdadeira. 
 
C - A empresa Alterosa S/A industrializa apenas um tipo de produto, e a Contabilidade de 
Custos informa que cada unidade produzida é composta por: 
- Uma lâmina de alumínio cujo custo unitário é de $ 100,00 
- Uma lâmpada fluorescente, cujo custo unitário é de $ 70,00 
- Dez gramas de cola ao custo de $ 5,00 190,00 
- Cem gramas de tinta cujo custo é de $ 15,00 
- O custo fixo total da empresa no período de um mês é $ 12.000,00 
 
Sendo que essa empresa produziu no período apenas uma unidade de produto, temos: 
 
Custo variável unitário (de materiais diretos) $ 190,00 
Custo fixo unitário (custos indiretos) $ 12.000,00 
 
Sendo este exercício um exemplo para comprovar a questão anterior, se Alterosa S/A 
fabricar 50 unidades, então, o montante do custo dos materiais variáveis e do custo fixo 
unitário são, respectivamente: 
a. (X) 190,00 – 240,00 $12.000 / 50 un. = $240/un. 
b. ( ) 240,00 – 190,00 
c. ( ) 100,00 – 300,00 
d. ( ) 170,00 – 40,00. 
 
D - Nas condições da questão anterior, caso essa empresa fabrique no período 60 unidades 
de produtos, então seu custo variável unitário, relativo aos materiais diretos, e seu custo 
fixo unitário passam a ser, respectivamente: 
a. ( ) 190,00 – 240,00; 
b. (X) 190,00 – 200,00; $12.000 / 50 un. = $240/un. 
c. ( ) 70,00 – 200,00; 
 
 35 
d. ( ) 200,00 – 200,00; 
 
E - É característica dos custos fixos: 
a ( ) importância fixa dentro de uma quantia relativa de produção; 
b ( ) decréscimo do custo fixo por unidade, com o acréscimo das unidades produzidas; 
c. ( )atribuição aos produtos por decisão administrativa ou adotando-se formas de 
apropriação por rateio; 
d. (X) todas as alternativas estão corretas. 
 
F - Marque a afirmação correta: 
a. ( ) custos variáveis são aqueles que não variam mais do que proporcionalmente com as 
unidades produzidas; 
b. ( ) embora fixos por unidade, os custos fixos variáveis são aqueles que, dentro de 
determinados níveis de produção, não variam com o volume de atividade desenvolvida pela 
empresa industrial; 
c. (X) custos variáveis são aqueles que variam proporcionalmente com as unidades 
produzidas pelas empresas industriais; 
d. ( ) força e luz, combustíveis e comissões de vendas são custos fixos despesas fixas e 
variáveis. 
 
G - O demonstrativo de custos a seguir corresponde a: 
 
Produção Unidades Custo Total $ Custo por Unidade de 
Produto 
0 12.000 -0- 
1 12.000 12.000 
2 12.000 6.000 
3 12.000 4.000 
4 12.000 3.000 
 
a. ( ) custo variável; 
b. (X) custo fixo; 
c. ( ) custo marginal; 
d. ( ) custo de oportunidade. 
 
H - O custo ...variável... se apresenta de acordo com o demonstrativo sintético a seguir, em 
relação ao custo total e unitário: 
 
Produção Unidades Custo Total $ Custo por Unidade de 
Produto $ 
0 -,- -,- 
1 200,00 200,00 
2 400,00 200,00 
4 800,00 200,00 
a. ( ) fixo; 
b. (X) variável; 
 
 36 
c. ( ) total; 
d. ( ) unitário. 
 
6 – A empresa Postes Reis produz postes de cimento em três tamanhos: nº 0, nº 1 e nº 2. 
O número 0, devido ao tamanho de sua estrutura, é feito em uma máquina grande. Os 
números 1 e 2, por serem de menor porte, são produzidos em uma máquina pequena. 
 
Os custos diretos unitários, em determinado período, foram os seguintes (em $): 
Poste nº. Material Mão-de-obra 
0 350 90 x 1.000 un. = 90.000 
1 250 81 x 1.000 un. = 81.000 
2 175 54 x 1.000 un. = 54.000 
 225.000 
Os custos indiretos (supervisão, depreciação e manutenção) foram de $ 200.000 no mesmo 
período, sendo que: 
a) $ 37.500 são específicos da máquina pequena. 
b) $ 75.000 são específicos da grande. 
c) $ 87.500 referem-se a serviços auxiliares e da administração geral da produção 
(supervisão geral). = $200.000 
 
A empresa produziu 1.000 postes de cada tamanho no período e costuma ratear o valor total 
dos custos indiretos diretamente aos produtos (sem departamentalização), à base do custo 
de Mão-de-Obra Direta. 
 
Considerando-se vendida toda a produção dos postes nº 0 e 1 e nada do poste nº 2, e 
sabendo-se que não havia estoques iniciais, pede-se para calcular: 
a) O valor do custo dos produtos vendidos, segundo o critério usual da empresa. 
b) O valor de custo do estoque remanescente. 
 
Rateio do CIF $200.000 
 
$37.500 à custo específico da máquina pequena 
Produto MOD % CIF 
Poste 1 81.000 60% 22.500 
Poste 2 54.000 40% 15.000 
Total 135.000 100% 37.500 
 
$75.000 à custo específico da máquina grande 
Poste 0 à 75.000 
 
$87.500 à custo comum a todos os modelos 
Produto MOD % CIF 
Poste 0 90.000 40% 35.000 
Poste 1 81.000 36% 31.000 
Poste 2 54.000 24% 21.000 
Total 225.000 100% 87.500 
 
 
 37 
 
a) Custo do Produto Vendido à Poste 0 e 1 
550.000 + 385.000 = $935.000 
 
b) Valor do custo do estoque remanescente 
Custos Poste 0 Poste 1 Poste 2 
Custos Diretos 
 Material 350.000 250.000 175.000 
 MO 90.000 81.000 54.000 
Custos Indiretos 
 CI Maq Pequena ----- 22.500 18.000 
 CI Maq Grande 75.000 ----- ----- 
 CI Comum 35.000 31.500 21.000 
Total 550.000 385.000 265.000 
 
 
 
 
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 Análise dos Métodos e Custeio: 
Custeio Variável e Custeio por Absorção 
 
 
5.1 CUSTEIO VARIÁVEL 
 
Custeio Variável (Direto) e Custeio por Absorção 
O Custeio por Absorção resume-se no critério em que se apropriam todos os custos de 
produção, quer fixos, quer variáveis, quer diretos ou indiretos, e tão-somente os custos de produção, 
aos produtos elaborados. Mas, não há nele, normalmente, grande utilidade para fins gerenciais no 
uso de um valor em que existam custos fixos apropriados. Três grandes problemas concorrem para 
isso: 
Primeiro: Por sua própria natureza, os custos fixos existem independentemente da 
produção ou não de alguma unidade, e acabam presentes no montante da produção, mesmo que 
ocorra oscilação no volume de produção. Os custos fixos são necessários muito mais para que a 
indústria possa operar, ter instalada sua capacidade de produção do que para produzir uma unidade 
a mais de determinado produto. 
Segundo: Por não dizerem respeito a este ou àquele produto, são quase sempre 
distribuídos à base de critério de rateio, que contêm, em maior ou menor grau, arbitrariedade. A 
maior parte das apropriações é feita em função de fatores de influência que, na verdade, não 
vinculam efetivamente cada custo a cada produto. Ao adotar um determinado critério pode-se alocar 
mais custo em um produto do que em outro, e, se alterarmos o critério de rateio, talvez façamos o 
inverso. E não há lógica em se alterar o grau de rentabilidade de um produto em função de 
modificações nas formas de rateio; essa é uma maneira de se auto-enganar. (O uso do ABC ameniza 
esse problema). 
Terceiro: O valor do custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção: 
aumentando-se o volume, tem-se um custo fixo menor por unidade, e vice-versa. Se for decidir com 
base em custo, é necessário associar-se sempre ao custo global o volume que se tomou por base. Se 
a empresa estiver reduzindo um item por ser pouco lucrativo, pior ainda ficará sua posição, devido à 
diminuição do volume; ou se aumentar o preço com base em seu alto custo poderá provocar uma 
diminuição na procura, e, conseqüentemente, redução do seu volume, e assim aumentar ainda mais 
o custo de produção, num

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