Buscar

Classificação_dos_Tributos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Classificação dos Tributos
Prof. Dra. Helga Klug Doin Vieira
PUC 
2014
*
Tributo
CTN – art. 3º
 “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa vinculada.”
*
Classificação dos Tributos
1. As classificações podem ser mais ou menos úteis (Agustín Gordillo).
2. O estudioso do Direito irá adotar a classificação que embase a sua tese.
3. A Constituição Federal arrola três espécies tributárias.
4. Há autores, no entanto que vislumbram duas, quatro e até cinco espécies tributárias. (Becker, Gandra e outros. 
*
Observações
1.O conceito de tributo é um conceito constitucional.
2.A Constituição Federal delimita as bases econômicas e os sujeitos passivos e ativos das relações jurídicas.
3.A Constituição Federal estabelece as competência tributárias de cada uma das pessoas políticas.
4.A Constituição Federal prevê exercício de competência residual (Lei) para criação de novos tributos (impostos e contribuições sociais de seguridade social), desde que seja atendido o preceito do art. 154,I da CF.( Lei Complementar, base não discriminada na CF e não cumulatividade).
5. Somente a União tem o poder de exercer competência residual, devendo, nestes casos, respeitar o preceito da repartição tributária.
*
Legalidade em Matéria Tributária
Art. 150, CF: “ Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aos contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;”
 Lei como produto de Processo Legislativo.
Pontes de Miranda:
 “Lei é o povo tributando a si próprio, uma vez que o Poder legislativo é o representante do povo.”
Carré de Malberg:
 “Lei expressa a vontade geral”. 
*
Estrita Legalidade
1.Em matéria tributária deve imperar a estrita legalidade;
2. Cabe à lei delimitar o fato, o momento da relevância jurídica, o espaço onde ela irá irradiar os seus efeitos,
 as pessoas que serão parte na relação jurídica, a base econômica e o quantum (alíquota) da incidência.
3. O Poder executivo é mero executor da lei, não lhe restando margem decisória sobre o conteúdo legal.
*
Espécies Tributárias
As Espécies tributárias são:
Impostos
Taxas
Contribuições
*
Classificação de Geraldo Ataliba
Os tributos podem ser:
Tributos vinculados:
 Taxas 
Contribuições
Tributos não vinculados
Impostos
*
Tributos não vinculados
IMPOSTOS
Impostos:
São da competência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 145,CF)
Cada Pessoa Política tem as suas competências definidas, em matéria de impostos, no texto constitucional, bem como a base econômica da incidência do tributo.
A instituição do imposto não vincula a Pessoa Política a uma atividade específica.
A materialidade da norma do imposto é sempre indicativo de um signo de riqueza, isto é, a norma vai em busca dos signos de riqueza.
*
Competência Tributária
Conceito
Trata-se de uma competência atribuída às Pessoas Políticas de criarem, através de Lei, tributos.
Competência tributária é o poder atribuído à Pessoa Política de legislar sobre determinada matéria tributária, nos termos da Constituição Federal. 
A competência tributária vem rigidamente delimitada pela Constituição Federal.(Princípio da Federação).
A titularidade do exercício da competência tributária vem definida na Carta Maior. Cada Pessoa Política têm suas competências tributárias expressas na CF. 
A competência tributária é indelegável. 
*
Capacidade Tributária Ativa
 A capacidade tributária ativa refere-se à pessoa que está legalmente credenciada para cobrar o tributo, ou melhor dizendo,
 a pessoa apta, nos termos da lei, a figurar no polo ativo da relação jurídica tributária.
 
*
Competência para Instituir Impostos
Todas as pessoas políticas estão autorizadas constitucionalmente a instituir impostos. 
As competências vem definidas nos art.:
União: art. 153,CF ( II, IE, IR, IPI, IOF, ITR< IGF)
Estados e Distrito Federal: art. 155, CF (ITCMD, ICMS, IPVA)
Municípios: art. 156, CF( ISS, ITIV, IPTU)
*
Tributos Vinculados
Taxas e Contribuições
Taxas : art. 145, CF:
São tributos que tem por materialidade uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte.
Decorrem da prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Também geram taxas as atuações estatais relativas ao exercício regular de poder de polícia.
Taxas são de competência de todas as Pessoas Políticas.
*
Contribuições
Tributos vinculados. 
São tributos que tem por materialidade uma atuação estatal indireta e mediata.
Contribuições de Melhoria são de competência de todas as pessoas políticas. (art. 145, CF)
Contribuições Sociais, Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico e Contribuição de Interesse das Categorias Profissionais são de competência exclusiva da União. (art. 149,CF).
 Exceção: art. 149, §1º, CF: Autoriza E, DF, M a instituir contribuição social para manutenção de Regimes Próprios de Previdência. 
*
 Parafiscalidade
 É a transferência legal da sujeição ativa (cobrança e da administração dos recurso decorrentes da relação tributária) à outra pessoa que não aquela que detém constitucionalmente a competência tributária.
 Parafiscalidade é comum nas contribuições.
 Exceção: CSSS : parafiscalidade orçamentária 
*
Contribuições de Competência exclusiva da União 
Art. 149, CF: “Compete exclusivamente à União instituir 1.contribuições sociais, de 
2. intervenção no domínio econômico e de 3. interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas , observado o disposto nos art. 146,III, 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195,§6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo”. 
*
Contribuições
CIDE 
Contribuições de Intervenção no domínio Econômico.
Competência exclusiva da União.
Caracteriza-se por instrumentar a intervenção no domínio econômico. Realizada pelo poder público, visa corrigir distorções em setores da atividade econômica, servindo como instrumento próprio de intervenção ( intervenção indireta) -, ou como meio de custeio ( intervenção direta).
Exemplo:
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível, Sebrae, entre outras. 
*
Contribuições
Interesse das Categorias Profissionais
Visa interesse de categoria profissional. Se destina a propiciar a organização da categoria, inclusive imprimir segurança jurídica à sociedade que utiliza os serviços da categoria específica. Ex:
Contribuição para OAB
Contribuição para o CREA
Contribuição para CRM
*
Contribuições Sociais
Previstas genericamente no art. 149, da CF.
De competência exclusiva da União. 
 As contribuições sociais podem ser assim identificadas:
1.Contribuições Sociais Gerais:
1.1. FGTS art. 7º,III;
1.2. Salário-educação, art. 212,§ 5º;
1.3. Contribuições para formação Profissional e serviço social pela iniciativa privada (Sistema S), art. 240, CF.
 
*
Contribuições Sociais 
2. Custeio da Seguridade Social:
2.1. Art. 195, CF:
 I .“do empregador, da empresa da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre:
a) folha de salários e demais rendimentos, pagos ou creditados , a qualquer título, à pessoa física que lhe presta serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou faturamento;
c) o lucro
II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedida pelo RGPS de que trata o art. 201;
III. sobre receitas
de concursos de prognósticos;
IV. Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
*
Contribuições Sociais 
2.2.Outras de Custeio da Seguridade Social:
PIS/PASEP, art. 239, CF
(seguro desemprego e abono anual).
2.3. Outras possíveis de Seguridade Social:
Art 195, §4º, CF.
“ A lei poderá instituir outras fontes de custeio destinadas a garantir a manutenção ou a expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154,I”
Obs: nova fonte deverá obedecer ao princípio da contrapartida, processo legislativo de Lei complementar, critério da materialidade ou base de cálculo não previstas na CF, além de cumprir a exigência da não cumulatividade.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando