Prévia do material em texto
� PAGE \* MERGEFORMAT �4� SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA – 6º SEMESTRE LARISSA MARIA DE FARIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – EDUCAÇÃO INFANTIL RELATÓRIO FINAL Passa Quatro 2017 LARISSA MARIA DE FARIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório de Estágio apresentado ao curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório – Educação Infantil - 6º semestre. Orientador: prof. Melina Klaus Tutor eletrônico: Gislaine Moro Tutor de sala: Jonas César Guedes Passa Quatro 2017 � sumário 1 INTRODUÇÃO 03 2 ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II: ORGANIZAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO 2.1 A Importância do Estágio para a Formação Profissional 04 3 CAMPO DE OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO 3.1 Caracterização do Campo de Estágio 06 3.2 A Rotina................. 06 4 PROJETO DE INTERVENÇÃO 4.1 Introdução 11 4.2 Dados Gerais do Projeto 11 4.3 Referencial Teórico 13 4.4 Planos de Aula da Intervenção 13 4.5 Relato da Aplicação da Intervenção 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 27 MOSTRA DE ESTÁGIO 27 REFERÊNCIAS 32 � 1 INTRODUÇÃO Para compreendermos o estágio como via fundamental na formação do professor, é essencial considerar que o mesmo possibilita a relação teoria-prática, conhecimentos do campo de trabalho, conhecimentos pedagógicos, administrativos, como também conhecimentos da organização do ambiente escolar, entre outros fatores. Dessa forma, o objetivo central do estágio é a aproximação da realidade escolar, para que o aluno possa perceber os desafios que a carreira lhe oferecerá, refletindo sobre a profissão que exercerá, integrando - o saber fazer – obtendo (in) formações e trocas de experiências. O presente trabalho, portanto, tem como objetivo de estudo abordar a importância do “estágio”, seja o estágio supervisionado ou estágio sob forma de atividades práticas, e a importância da “relação teoria e prática” na formação do professor. Nesse sentido, percebe-se que os acadêmicos ficam angustiados, mais com os estágios supervisionados, do que com as atividades práticas desenvolvidas durante curso. Ou seja, reportando-se ao comportamento dos alunos na realização do estágio supervisionado, nota-se uma preocupação, além da reflexão sobre a importância do mesmo na formação docente. Vê-se que muitos acadêmicos desenvolvem as atividades do estágio supervisionado com uma facilidade extrema, sem precipitações. Já, outros o encaram como “algo de outro mundo”, “desconhecido”. Considera-se que, além do estágio supervisionado, as atividades práticas também contribuem muito no aprendizado dos alunos/acadêmicos e em sua formação, pois através de uma observação orientada consegue-se obter várias informações do trabalho escolar. Porém, o estágio não deve (deveria) “ser constituído de forma burocrática, com preenchimentos de fichas e valorização de atividades que envolvem observação, participação e regência, desprovidas de uma meta investigativa” (BARREIRO; GEBRAN, 2006, p. 26). 2. ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II: ORGANIZAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO O estagio curricular obrigatorio II – Educação Infantil foi realizado na Escola municipal Joaquim Alfredo da Mota, Bairro Pinheirinhos. Sob a Coordenação da pedagoga Adriana de Oliveira Bonifacio. A escola conta com 12 professores nos turnos matutino e vespertino. Com sede própria, a escola faz parte da rede municipal de ensino mantido pela Prefeitura Municipal de Passa Quatro. Em seu quadro de funcionários existe também: 04 auxiliares de serviços gerais (sendo duas merendeiras), 01 supervisora, 01 nutricionista, 01 psicóloga, 01 fonoaudióloga e também atendimento odontológico. O transporte dos alunos é custeado pelo município. Para que os alunos tenham além da melhor educação uma melhor alimentação, a escola se preocupa com a merenda, seguindo um cardápio montado pela nutricionista, servindo para as crianças a melhor e mais saborosa merenda. O espaço físico da escola é muito bom, em suas dependências existem 06 salas de aulas com ótimas carteiras e cadeiras, todas as salas possuem TV 20 polegadas e Dvds. 01 ampla biblioteca com acervo didático composto de 400 livros. O pátio externo (metade gramado e outra acimentada) com playground. 06 banheiros (02 masculinos, 02 femininos), 01 para funcionários e 01 adaptado para crianças menores (pré de 04 anos). Um espaçoso refeitório e uma excelente cozinha montada de acordo com as necessidades. O estagio Curricular Obrigatorio II – Educação Infnatil foi pautado na reflexão a respeito das dificuldades encontradas na sala de aula e nas possíveis soluções a encontrar, por isso é importante o olhar de um professor que não deve se acomodar com as diversas dificuldades encontradas, porém, perceber nestas, o caminho para mudanças significativas, facilitando em todo o período de estágio. O período de observação, foi realizado nos dias 15 de agosto de 2013 a 19 de setembro de 2013 onde foram levantados dados a respeito dos aspectos físicos, pedagógicos e administrativos da escola. 2.1 A Importância do Estágio para a Formação Profissional Possibilitar ao estagiário o acesso ao processo de esino aprendizagem que ocorre no dia a dia na sala de aula; Proporcionar ao estagiario a oportunidade do saber agir e como ponderar mediante os conflitos dentro da sala de aula; Demonstar o quanto o fazer pedagogico é importante para o desenvolviemnto da educação, incentivando o aprimoramento pessoal e profissional, refletindo, sistematizando, e testando conhecimentos teóricos e instrumentando conhecimentos em sala de aula; Desenvolver a habilidade que o estagiario desenvolveu durante o curso de pedagogia. Vivenciar a prática pedagógica. 3 CAMPO DE OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO 3.1 Caracterização do Campo de Estágio 1. Dados de Identificação Nome da instituição: Caixa Escolar José Sarmento Órgão mantenedor: Federal ( ) Estadual ( X ) Municipal ( ) Particular ( ) Horário de funcionamento: Manhã ( X ) Tarde ( X ) Noite ( ) Séries e modalidades de ensino ofertadas: Pré, Ensino fundamental I Número de alunos: 159 Estrutura Física e Material da INSTITUIÇÃO Ambientes Físicos: Salas de aula ou monitoria (quantas) : 06 Secretaria ( 1 ) Pátio interno ( 1 ) Pátio externo ( X ) Quadra coberta( X ) quadra aberta( X ) Refeitório ( 1 ) Cozinha ( 1 ) Sanitário feminino ( 3 ) Sanitário masculino ( 3 ) Sanitário para professores ( 1 ) Biblioteca ( 1 ) Sala de video e tv ( X ) Sala de leitura ( X ) Laboratório ( X ) especificar: Outros (quais): Materiais: Mobiliário: tipo e quantidade de carteiras e cadeiras: 200 carteiras individuais de fórmica com estrutura de ferro com 01 cadeira cada do mesmo material, 06 mesas de fórmica com estrutura de ferro com 01 cadeira cada estofada. Quadro negro ( 7 ) Bebedouros ( 2 ) Mimeógrafo ( 3 ) Copiadora (xerox) ( 1 ) Televisão quantas: 5 Vídeo quantos: 1 Dvd quantos: 5 Aparelho de som quantos: 4 Computador com acesso para os alunos ( X ) quantos: Acesso a internet: ( ) sim ( X ) não Possui biblioteca do professor: ( X ) sim ( ) não Acervo bibliográfico adequado ao público atendido – quantidade: 400 ( X ) sim ( ) não Outros especificar: didáticos Videoteca adequada ao público atendido - quantidade de vídeos ou dvd: 30 dvds Outros videos ou dvds - especificar (romances, de pesquisa, didáticos, paradidáticos, tv escola, outros): Tv escola Materiais didáticos (especificar): livros, jogos, materiais para aula de educação fisica, casas de fantoche, fantoches, carimbos didáticos. Outros (quais): Profissionais - Número de diretores:1 Tempo de atuação do diretor nesta instituição: 04 meses Atribições do diretor: Compete ao diretor, além da observância do Termo de Compromisso, ser o articulador politico-pedagogico e administrativo da Escola. - Número de Pedagogos: 2 Funções que atuam: Supervisão e coordenação. Tempo de atuação nesta instituição: 5 anos Atividades desenvolvidas pelos pedagogos na instituição: Supervisionar e Coordenar a atuação dos professores em sala de aula, bem como os funcionários de serviços gerais e administrar os problemas que surgirem. Secretário (a): ( ) sim ( X ) não - Tempo de atuação nesta instituição: Formação: Número de funcionários administrativos: Atribuições dos de funcionários administrativos: Número de funcionários de serviços gerais: 4 Atribuições dos funcionários de serviços gerais: manter a limpeza e zelar pelos materiais da escola, cumprir horário, manter a ordem e harmonia, preparar e distribuir alimentos, cuidar da portaria e colaborar com a execução de uma politica e concepção da Escola como agência comunitária em seu sentido amplo. Outros funcionários e atribuições: Associação de Pais Mestres e funcionários - APMF: ( X ) sim ( ) não Atribuições: refletir e opnar sobre os aspectos pedagogicos e administrativos da escola, ser um intercâmbio entre a direção da escola e os pais, acompanhar mais de perto o PDE, avaliando-o junto a direção propondo modificações. Conselho escolar: ( ) sim ( X ) não Atribuições: Grêmio Estudantil: ( ) sim ( X ) não Atribuições: Outras: ( ) sim ( X ) não. Especificar: Atribuições: Corpo Docente – números de professores: 12 Formação: Pedagogia Profissionais de Apoio (Nutricionista, Psicologo, Dentista, Fonoaudiologo, Enfermeiro, Assistente Social ou outro): número: 4 Especificar: Nutricionista, Psicologo, Dentista e Fonoaudiólogo Função: Nutricionista: elaboração do cardápio; Psicólogo: auxilio no baixo rendimento escolar e dificuldade no convivio social; Dentista: prevenção e cuidados na higiene bucal; Fonoaudióloga: assistência aos alunos com dificuldades na pronúncia da fala, leitura e escrita. 3. 2 A Rotina Observada Durante o estágio realizado na Caixa Escolar José Sarmento/Escola Municipal Joaquim Afredo da Mota, foi possivel perceber que a rotina é parte importante e fundamental no cotidiano da escola. As crianças do turno matutino tem inicio com as aulas às 8:00, organizando-se em fila no pátio para receber o professor, após entram em fila para suas respectivas salas. As crianças do turno vespertino iniciam suas atividades escolares à 12:00 horas. A organização da entrada é a mesma do turno matutino. Ao entrar na sala as crianças do pré de 04 anos, sala onde relaizei meu estágio, iniciam a aula com musica de entrada na sala, seguido por conversa informal sobre o dia de cada criança, para então dar inicio às atividades. O recreio é monitorado pela ajudante de serviços gerais. Após o termino do recreio as crianças retornam às atividades em sala. A saída é organizada pela professora, as crianças saem em fila, com seus pais à espera. 4 PROJETO DE INTERVENÇÃO 4.1 Introdução Neste projeto de intervenção destacarei o papel da higiene pessoal como fator preponderante para a saúde física e bem estar geral, em especial das crianças. A infância é uma fase na vida muito importante, porque o espírito está em uma fase em que estamos nos preparando para a vida, recebendo a educação e o encaminhamento proporcionado pelos pais. Com uma preparação adequada teremos melhores condições para lidar com as situações programadas por Deus para nós. A higiene é a melhor arma para a manutenção da saúde, por isso, devemos manter nosso corpo e o lugar onde vivemos sempre limpo. É necessário contribuir com medidas praticas para que as crianças possam ter autonomia no cuidado com o corpo, como: lavar as mãos antes das refeições e após as necessidades fisiológicas, higiene bucal, limpeza de cabelos e unha e o banho diário. 4.2 Dados Gerais do Projeto Identificação da instituição: Escola Municipal Joaquim Alfredo da Mota Carga horária: 24 horas Quem se torna responsável em aplicar o Projeto: A professora Conteúdo: Higiene e Saúde Objetivo geral: Desenvolver na criança hábitos de higiene, conscientizando-as de que a higiene é fundamental para a vida. Objetivos específicos: Favorecer a criança o correto procedimento de higiene; Conscientizar a criança a importancia da higiene para a saúde; trabalhar hábitos de higiene. Metodologia: Informações variadas, enfocando sempre a prática da higiene corporal. Orientando os alunos que a higiene é fundamental para a saúde. O professor pode: - utilizar cartazes ou murais para mostrar hábitos de higiene; - mostre a importância do sol na higiene das roupas utilizando gravuras de revista ou outro recursos que melhor convir; - destaque a necessidade de se usarem roupas sempre limpas, e de ter um lugar para guardar roupas sujas; - explique a importância de se andar calçado, os pés descalços são portas abertas às verminoses (amarelão, lombriga, solitária) e outras doenças, como o tétano (pode-se utilizar como recurso a histórinha do Jeca Tatu) Recursos: Cavalete, Dvds, data show, espelho, papel sulfite, pen drive, gravuras, fantoches, toalha de rosto, aparelho de som, cds, livros infantis sobre higiene e saude, giz de cera, sacolinha matemática, palestra com a dentista. Avaliação: Observar se a criança está interessada nas atividades, anotando eventuais problemas para reparos. 4.3 Referencial Teórico No espaço escolar, o saber teórico e prático sobre saúde e doença foi sendo construído de acordo com o cenário ideológico da época e as questões sobre saúde abordadas com base no referencial teórico de cada momento. Segundo a Organização Pan-americana de Saúde - OPS (1995), a promoção da saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e multidisciplinar do ser humano, que considera as pessoas em seu contexto familiar, comunitário, social e ambiental. Assim, as ações de promoção de saúde visam desenvolver conhecimentos, habilidades e destrezas para o autocuidado da saúde e a prevenção das condutas de risco em todas as oportunidades educativas; bem como fomentar uma análise sobre os valores, as condutas, condições sociais e os estilos de vida dos próprios sujeitos envolvidos (Pelicioni & Torres, 1999). Porém, nem sempre essa visão esteve presente nas práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas. Durante algum tempo, a educação em saúde na escola centrou sua ação nas individualidades, tentando mudar comportamentos e atitudes sem, muitas vezes, considerar as inúmeras influências provenientes da realidade em que as crianças estavam inseridas. Era comum acontecerem ações isoladas voltadas ao trabalho para saúde, partindo de uma visão assistencialista de educação e sem discutir a conscientização acerca do tema saúde e suas inter-relações para o equilíbrio dinâmico da vida (Pelicioni & Torres, 1999). Neste contexto, em 1954, a Comissão de Especialistas em Educação em Saúde da Organização Mundial da Saúde - OMS colocou a necessidade de serem realizadas, dentro do espaço escolar, diversas atividades que favorecessem a promoção da saúde, e não somente o trabalho de transmissão de conhecimentos sobre aspectos relacionados à saúde. Nesse sentido, foi apresentada uma abordagem inicial ao conceito de Escola Promotora de Saúde (OMS, 1954). Também na XIV Conferência Mundial em Educação em Saúde elaborou-se um documento no qual se colocava que todos os locais onde a educação fosse desenvolvida seriam espaços ideais para as aplicações das sugestões básicas da Declaração de Alma Ata e da Carta de Ottawa (Brasil, 2001). Portanto, essas discussões já preconizavam a ideia de que a promoção da saúde consiste em proporcionar à população ascondições necessárias para melhorar e exercer o controle sobre sua saúde, envolvendo: paz, educação, moradia, alimentação, renda, ecossistema estável, justiça social e equidade. Após a 4ª Conferência, em Jacarta, elaborou-se um documento denominado Declaração das Escolas Promotoras de Saúde, o qual preconizava que toda criança tem o direito e deve ter a oportunidade de ser educada em uma Escola Promotora de Saúde (Brasil, 2001). A Declaração de Bogotá propõe, entre outros, a criação de condições adequadas para a construção do conhecimento que, apoiado pela participação da comunidade educativa, poderá favorecer a adoção de estilos de vida saudáveis e condutas de proteção ao meio ambiente (Brasil, 2001). Em meio a esses diversos encontros internacionais sobre o tema, onde se refletiu e se explicitou claramente a sua importância, o processo de valorização da promoção da saúde no âmbito escolar também começou a ser percebido no Brasil. Até 1996, por resolução da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 5692, o tema saúde era abordado dentro do referencial curricular escolar, utilizando como designação a referência Programas de Saúde, sem ser incorporado como disciplina curricular, e sim como um trabalho a ser desenvolvido de modo pragmático e contínuo (Brasil, 1996a). O objetivo desse trabalho, segundo o parecer CFE nº 2.264/74, era levar "a criança e o adolescente ao desenvolvimento de hábitos saudáveis quanto à higiene pessoal, à alimentação, à prática esportiva, ao trabalho e ao lazer, permitindo-lhes a sua utilização imediata no sentido de preservar a saúde pessoal e a dos outros" (Brasil, 1996a, p. 43). Já com a nova LDBEN 9394 e a construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a saúde no campo da educação passou a ser considerada como um tema transversal, expondo a necessidade de se assegurar uma ação integrada e intencional entre os campos da educação e saúde, uma vez que ambos se pautam, fundamentalmente, nos princípios de formação da consciência crítica e no protagonismo social (Brasil, 1997a, 1996b). Os Parâmetros Curriculares Nacionais, dentro do capítulo relacionado ao tema transversal saúde, sugerem que toda escola deve incorporar os princípios de promoção da saúde indicados pela OMS, com os objetivos de fomentar a saúde e o aprendizado em todos os momentos; integrar profissionais de saúde, educação, pais, alunos e membros da comunidade, no esforço de transformar a escola em um ambiente saudável; programar práticas que respeitem o bem-estar e a dignidade individuais e implementar políticas que garantam o bem-estar individual e coletivo, oferecendo oportunidades de crescimento e desenvolvimento em um ambiente saudável, com a participação dos setores da saúde e educação, família e comunidade. Assim, o desenvolvimento do trabalho com as Escolas Promotoras de Saúde, que já era um movimento internacional, começa a ter força também no Brasil (Brasil, 1997a). Colaborando com essa ideia, em 1998, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Políticas de Saúde, instituiu o Projeto Promoção da Saúde, objetivando elaborar e desenvolver uma política nacional de promoção da saúde. Para o desenvolvimento do seu plano de ação, foram previstas as seguintes linhas de atuação: Promoção da Saúde da Família e da Comunidade, Promoção de Ações contra a violência, Capacitação de Recursos Humanos para a promoção e Escola Promotora de Saúde, Espaços Saudáveis e Comunicação e Mobilização Social (Brasil, 1998). Com essa dupla preocupação ministerial, o tema da promoção da saúde na escola torna-se um eixo de importante trabalho em nível nacional, deixando clara a visão de que a escola é um espaço de ensino-aprendizagem, convivência e crescimento importante, no qual se adquirem valores fundamentais. A escola é o lugar ideal para se desenvolverem programas da Promoção e Educação em Saúde de amplo alcance e repercussão, já que exerce uma grande influência sobre seus alunos nas etapas formativas e mais importantes de suas vidas. Ademais, com a LDBEN 9394, as creches e pré-escolas, que atendem crianças de até seis anos, se vincularam ao sistema educacional, abrindo espaço para uma preocupação mais formal com esse nível de ensino, preocupação esta que pode ser identificada também por meio da criação dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (Brasil, 1997b). Este material, mesmo sem explicitar claramente a necessidade do trabalho com a promoção da saúde, expõe a importância do trabalho com a formação integral das crianças. Centra-se nos eixos de Formação Pessoal e Social (incorporando a preocupação com o cuidado infantil dentro do eixo de Identidade e Autonomia) e Conhecimento de Mundo (incorporando o trabalho com conteúdos informativos sobre o tema saúde dentro do eixo de Natureza e Sociedade). Também a UNICEF e a UNESCO, juntamente com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e o Ministério de Saúde, publicaram algumas considerações identificando a importância da realização de um trabalho interligado entre os âmbitos da saúde e da educação na primeira infância, como estratégia essencial para a melhoria da qualidade de vida das crianças (UNESCO, 2002; UNICEF, 2001). Este trabalho apoia-se em pressupostos teóricos que se fundamentam em concepções e visões de mundo sustentadas por diversos saberes, cujas bases repousam nos princípios humanísticos e sociais. Dessa forma, a saúde no espaço escolar é concebida como um ambiente de vida da comunidade em que está inserida a escola, cujo referencial para ação deve ser o desenvolvimento do educando, como expressão de saúde, com base em uma prática pedagógica participativa, tendo como abordagem metodológica a educação em saúde transformadora (Catrib et al., 2003). Assim, postulamos o argumento de que as práticas sociais de educação e saúde no contexto escolar devem observar: o reforço do sujeito social para capacitá-lo a cuidar de si e agir em grupo e em defesa da promoção da saúde; a valorização da subjetividade e intersubjetividade no processo de conhecimento da realidade, privilegiando o diálogo como expressão da comunicação; o estímulo à participação como algo inerente ao viver coletivo; a utilização de estratégias que permitam a coexistência da interface de várias áreas do conhecimento; o reconhecimento da dimensão afetiva no processo de transformação e tomada de decisão, e o incentivo e fomento de parcerias por meio de redes sociais de apoio (Catrib et al., 2003). Esses princípios advogam a adoção de práticas educativas no espaço escolar, criando um clima prazeroso para aprendizagem e vivência de valores humanos. 4.4 PLANOS DE AULA DA INTERVENÇÃO PLANO DE AULA 1 CONTEÚDO: oralidade, coordenação motora, maior e menor, música. OBJETIVOS: - desenvolver a oralidade das crianças por meio da roda de conversa e da música. - trabalhar a coordenação motora ao rasgar papéis e fazer bolinhas na modelagem e folhear revistas - despertar a atenção através da roda de conversa DURAÇÃO: 4 horas METODOLOGIA: 1° Momento: Roda de conversa. Conversa informal sobre a atividade (saude e higiene). Lançar perguntas sobre o tema. 2º Momento: Explicação da atividade a ser dada: Pintura a dedo do dente (folha xerocada do dente em tamanho grande). 3º Momento: Separação dos materiais a serem usados. (tinta guache, aventais pláticos, pratinhos de plásticos). 4º Momento: A atividade será individual . A professora orientará a criança em mesa separada. Os outros alunos deverão brincar de jogos de encaixe. 5º Momento: inicio e término da atividade. (os trabalhinhos serão afixados no varal disponivel na sala) 6º Momento: Recreio Monitorado. 7º Momento: Educação Fisica. Brincadeira com bolas na quadra. 8º Momento: Assistir video sobre saúde e higiene Dvd Colgate. 9º Momento: Preparação para a saída. RECURSOS METODOLÓGICOS: Tinta guache, aventais plásticos, pratinhos pláticos, folha sulfite xerocada, dvd, televisão, aparelho de dvd, jogos deencaixe, toalha de rosto, jornais, sabonete. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Observar o interesse da criança pela atividade desenvolvida e a atenção no video sobre os dentes. PLANO DE AULA 2 CONTEÚDO: oralidade,coordenação motora, matemática, musica, artes. OBJETIVOS: -Desenvolver a oralidade das crianças por meio da contação de história. - Proporcionar a atividade de uma maneira divertida e prazerosa. - Trabalhar a coordenação motora. DURAÇÃO: 4 horas METODOLOGIA: 1º Momento: roda de conversa. Aprentação da historinha da Coleção Cuidando do corpo da autora Gina Borges, atentando para a capa e contracapa, mostrando as ilustrações da história “Cheré, o jacaré de chulé”. 2º Momento: Lançar perguntas sobre: o que acharam da historinha? O jacaré tinha o que? O que ele fez pra resolver seu problema? Quais animais fizeram parte da historinha? 3º Momento: Deixar as crianças manipularem o livrinho. Orientando-as a contagem das páginas (10 páginas), e a cuidarem do mesmo. 4 Momento: Explicação da atividade a ser dada: Desenho do jacaré com sapato em folha xerocada para as crianças colarem com bolinhas de papel crepom na cor verde. 5º Momento:Fazer bolinhas com papel crepom verde. 6 Momento: Recreio Monitorado 7º Momento: Musica do Cd da Xuxa Membros (cabeça, ombro, joelho e pé) as crianças devem conhecer seu corpo. 8º Momento: Preparação para a saída. RECURSOS METODOLÓGICOS: Livrinho Cuidando do Corpo, papel crepom verde, tesoura, Cd da Xuxa, aparelho de som, toalha de rosto, sabonete. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Avaliar o que a criança aprendeu com a historinha “Cheré, o jacaré de chulé” observando a atenção e participação durante a contação da história. PLANO DE AULA 3 CONTEÚDO: coordenação motora, oralidade, percepção do próprio corpo, socialização e autonomia, matemática. OBJETIVOS: - Reconhecer à importância dos hábitos de higiene para a saúde. - Reconhecer os produtos de higiene. - Ensinar as crianças a identificar as partes do corpo. - Identificar e promover a utilização dos objetos de higiene pessoal. DURAÇÃO: 4 horas METODOLOGIA: 1º Momento: Roda de conversa, contação da historinha, “Cheré, o jacaré de chulé” para a atividade a ser trabalhada. 2º Momento: Preparação para a atividade comentada com as crianças na aula anterior: Desenho do Jacaré de sapato, para colagem com bolinhas de papel crepom na cor verde. 3º Momento: Distribuição dos jogos de encaixe para as crianças que não estarão fazendo a atividade, pois é individual com orientação do professor. 4º Momento: Inicio da atividade, ajudando as crianças a cumprirem o desejado. 5º Momento: Término da atividade, fixação no varal da sala, organização da sala. 6º Momento: Recreio monitorado. 7º Momento: Brincadeiras livre no parque. 8º Momento: Preparação para a saída. RECURSOS METODOLÓGICOS: Folha xerocada, Livro de historinha, bolinhas de papel crepom verde, cola, tesoura, jogos de encaixe. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Observar a atenção, participação e coordenação motora das crianças ao realizarem a atividade proposta. PLANO DE AULA 4 CONTEÚDO: oralidade,coordenação motora, matemática, música, arte, expressão corporal. OBJETIVOS: - Desenvolver a linguagem oral e ampliar o vocabulário infantil; - Identificar e nomear partes básicas do corpo; - Ter cuidados com a limpeza do corpo (lavar a cabecinha sem chorar, para evitar piolhos); - Compartilhar informações; - Fortalecer a musculatura. DURAÇÃO: 4 horas METODOLOGIA: 1º Momento: Roda de conversa. Chamadinha oral com fichas. Conversa informal sobre a atividade do dia: Os cuidados com o cabelo, eliminando os piolhos. Contacão da história do livro Cuidando do corpo de Gina Borges “ Os Piolhos de Lourão, o Leão”. Apresentação do livro. Conversa sobre o livro: O que o Leão Lourão tinha na juba? O que ele fazia? A juba do Leão estava limpa ou suja? O que o Leão fez para acabar com os piolhos? Comentar sobre os hábitos de higiene que devemos ter: Tomar banho. Lavar os cabelos. Escovar dentes. Cortar as unhas. 2º Momento: Explicação da atividade: Antes e depois. Colagem com serragem na cor marrom na juba do Leão. (com piolhos) Colagem com serragem na cor amarela na juba do Leão (sem piolhos). Atividade individual. As demais crianças: jogos de encaixe. 3º Momento: Afixar a atividade pronta no varal da sala, para apreciação da sala convidada pela professora. Explicando o motivo da atividade (cuidar dos cabelos, evitando assim a contaminação por piolhos. 4º Momento: Contagem oral dos numerais 0 a 20. Sacolinha matemática, separação e contagem 0 a 20. 5º Momento: Recreio monitorado. 6º Momento: Música do cd da Xuxa. “Godofredo, o piolho”. Dança livre. 7º Momento: Tarefa: recorte da letra P, e palavrinhas começada com a letra. Preparação da saída. RECURSOS METODOLÓGICOS: Livro Cuidando do corpo “Os piolhos de Lourão, o Leão”, serragem na cor marrom e amarela, cola, folha xerocada com o desenho do Leão, cd da Xuxa, aparelho de som, jogos de encaixe. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Avaliar através da observação e registro, verificando se os alunos participaram e interagiram no decorrer das atividades. PLANO DE AULA 5 CONTEÚDO: Oralidade, coordenação motora, matemática, arte, música, expressão corporal. OBJETIVOS: - Desenvolver a oralidade das crianças por meio da contação de história; - Proporcionar a atividade de uma maneira divertida e prazerosa; - Estimular a criança a adquirir autonomia quanto ao hábito de escovação; - Trabalhar a coordenação motora. DURAÇÃO: 4 horas METODOLOGIA: 1º Momento: Receber os alunos, roda de conversa, chamadinha oral com fichas, organizar os materiais, enquanto isso as crianças que já chegaram já começam a fazer atividades ex: folheando livrinhos. 2º Momento: Apresentação de cartazes. Cuidando dos dentes, confeccionado pela professora. Aproveitando a visita da dentista. 3º Momento: explicação da atividade, desenho do dente ( para colagem com algodão), historinha do dente com fantoches. 4º Momento: Aplicação da atividade que será individual, as demais crianças massinha de modelar (livre). Afixação da atividade pronta no mural da escola. 5º Momento: Recreio monitorado 6º Momento: Contação da historinha do dentinho com fantoches (disponivel na escola). “Era uma vez um dentinho feito de corda e raiz, ele nasceu, cresceu e era feliz. Até que um dia ficou doente. Seu dono não gostava de escovar os dentes. Ele comia doces, balas, chocolates, sorvetes e cachorro quente. Que são inimigos dos dentes. O dono do dentinho com dor começou a chorar e foi o dentista procurar. O dentinho estava cariado e precisando de cuidado. Depois de cuidar do dentinho machucado, o dentista que é legal ensinou a ele que são amigos dos dentes a pasta, a escova e o fio dental. O dentinho ficou novamente feliz e limpinho. Seu dono aprendeu a lição e para frutas, verduras e legumes mudou sua alimentação”. 7º Momento: Visitação da dentista, para escovação e aplicação de fluor. 8º Momento: Diálogo sobre a historinha do dentinho com fantoche: O que vocês acharam da historinha? Escovam os dentes todos os dias? Doce é bom para os dentes? O que aconteceu com o dentinho da história? O que o dentinho teve que fazer? O que a dentista fez no dentinho? Qual a alimentação para o dentinho ficar saudável? 9º Momento: Tarefa: Responder as perguntas: O que devemos fazer para ter dentes sadios? Podemos comer doces todos os dias? Quantas vezes vocês escovam os dentes? Como é sua alimentação?. Preparação para a saída. RECURSOS METODOLÓGICOS: Fantoches de dentinho, escovas de dente, pasta de dente, fluor, jogos de encaixe, mural. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Observar se as crianças tiveram atenção e participaram da aula. O que aprenderam com a aula. PLANO DE AULA 6 CONTEÚDO: alimentação saudável, identificação das cores, socialização, compartilhamento. OBJETIVOS: - Identificar e investigar o valor nutritivo das frutas. - Identificar ascores. - Trabalhar quantidade. - Identificar os cuidados com a higiene na preparação da salada de frutas. DURAÇÃO: 4 horas METODOLOGIA: 1º Momento: Roda de conversa. Chamadinha oral com fichas. Conversa informal sobre a atividade a ser dada. Organizar o material, enquanto isso as crianças estarão com jogos de encaixe 2º Momento: apresentação de cartazes sobre alimentação. 3º Momento: Explorar os cartazes. Lançar perguntas.: como é uma alimentação saudável? Devemos comer frutas, verduras e legumes? Como devemos mastigar os alimentos?. 4º Momento: a professora irá recolher as frutas que as crianças trouxeram de casa, e irá: - contar quantas frutas foram trazidas pelos alunos - separar as frutas iguais - quais são da mesma cor 5º Momento: A professora irá preparar com as crianças uma salada de frutas 6º Momento: Recreio monitorado. 7º Momento: parque 8º Momento: Hora da música. Cd da Xuxa “Batatinha Quente” 9º Momento: atividade: ligar as frutas a sua sombra 10º Momento: historinha. Coleção frutolândia 11º Momento: massinha de modelar, para criar os alimentos 12º Momento: organizar a sala 13º Momento: saída RECURSOS METODOLÓGICOS: Frutas variadas, folha , giz de cera, livrinhos de história, massinha, Cd da Xuxa, aprelho de som. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Avaliar a participação e atenção nas atividades. 4.5 RELATO DA APLICAÇÃO DA INTERVENÇÃO O estágio foi pra mim de grande aprendizado, recebi todos os treinamentos e acompanhamentos necessários, além da interatividade com os professores, que me tiraram algumas dúvidas neste período de estágio. Pude observar que para a escola Municipal Joaquim Alfredo da Mota é muito importante o planejamento da rotina, também o acolhimento de boas vindas, as atividades dirigidas, as datas comemorativas, etc. Quanto à relação com as crianças, é impressionante como elas admiram o que para elas é novidade, foi satisfatório pra mim a participação e a atenção que elas deram a minha aula, a própria professora ficou surpresa, sendo que isso não é muito comum, pois é difícil ter a atenção das crianças em sala de aula. São crianças muito espertas e curiosas, prestaram atenção e até fizeram perguntas e comentários. Como é gratificante ver os pequenos interessados. 1 dia: “Cuidado com os Dentes”: Proposta de grande receptividade das crianças. 2 dia: Contação de História: “Cheré, o Jacaré de Chulé”: As crianças adoraram a história. 3º dia: Continuação da atividade anterior: atividades utilizando a hist´ria “Cheré, o Jacaré de Chulé” novamente, as crianças adoraram. 4º dia: Os cuidados com os cabelos: Prevenção do piolho. Contação da hist´ria “Os Piolhos do Leão, o Lourão”. Participação ativa, novidade aceita. 5º dia: Cuidado com os dentes: alimentação e higiene. Escovação: A visita da dentista provocou euforia nas crianças. 6 dia: Alimentação: Preparação de salada de frutas. As crianças adoraram a novidade: fazer e comer a salada de frutas. Aspectos positivos: Aprendizagem. Prática. Carinho. Comunicação. Interação professor/aluno. Satisfação. Companheirismo. Respeito. Aspectos negativos. Insegurança. Indisponibilidade de materiais. Relação tempo/trabalho. Na mostra de estágio, trocamos muitas experiências, contamos nossas intervenções, repassamos experiências, e trocamos ideias. Essa interação me fez amadurecer e ter mais conhecimento, não só teórico mas também prático. Com certeza aplicarei os palnejamentos que minhas colegas dispuseram a nos ensinar; os temas foram muito interessantes e bem elaborados: Profissões. Meios de Transportes. Animais. Os Sentidos (tato, olfato e paladar). Histórias Infantis. Saúde e Higiene. Considerações finais É na prática que se aprende a teoria. Pensando realizei meu estágio com grande interesse e dedicação. O grande desafio na abordagem do tema higiene e saúde é levar em conta a realidade do aluno, buscando as condições críticas e viáveis. A higiene em geral é tratada como condição de vida e para ter uma vida saudável. Os hábitos de higiene devem ser ensinado para as crianças desde cedo, a fim de desenvolver sua conscientização e para que sejam capazes de cuidar do próprio corpo de forma a promover sua saúde e sua auto estima. Este trabalho proporciona aos alunos, boas praticas de higiene desenvolvendo um trabalho interdisciplinar, abrangendo, educação física, artes, português, ciências. O professor exerce um papel fundamental no saber cuidar, pois muitas vezes é ele quem vai levar aos alunos estes conhecimentos, para que os mesmos se conheçam de maneira global, não somente vivenciando situações reais, mas interagindo como modificador do meio, questionador de mudanças, e conhecedor de seu próprio corpo e das influências para com ele. O cuidar e educar na minha experiência de estágio foram indissolúveis. Todos os dias uni esse pensamento para que fosse possível a experiência sem que, durante o mesmo eu me dispersasse. Dizendo isso, termino com um Provérbio que diz tudo da minha experiência: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele" Provérbios 22.6. MOSTRA DE ESTÁGIO O estagio de observação foi realizado na Escola municipal Joaquim Alfredo da Mota, Bairro Pinheirinhos. Sob a Coordenação da pedagoga Adriana de Oliveira Bonifacio. A escola conta com 12 professores nos turnos matutino e vespertino. Com sede própria, a escola faz parte da rede municipal de ensino mantido pela Prefeitura Municipal de Passa Quatro. Em seu quadro de funcionários existe também: 04 auxiliares de serviços gerais (sendo duas merendeiras), 01 supervisora, 01 nutricionista, 01 psicóloga, 01 fonoaudióloga e também atendimento odontológico. O transporte dos alunos é custeado pelo município. Para que os alunos tenham além da melhor educação uma melhor alimentação, a escola se preocupa com a merenda, seguindo um cardápio montado pela nutricionista, servindo para as crianças a melhor e mais saborosa merenda. O espaço físico da escola é muito bom, em suas dependências existem 06 salas de aulas com ótimas carteiras e cadeiras, todas as salas possuem TV 20 polegadas e Dvds. Secretaria com computador com acesso a internet disponível para todos os professores. 01 ampla biblioteca com acervo didático composto de 400 livros. O pátio externo (metade gramado e outra acimentada) com playground. 06 banheiros (02 masculinos, 02 femininos), 01 para funcionários e 01 adaptado para crianças menores (pré de 04 anos). Um espaçoso refeitório e uma excelente cozinha montada de acordo com as necessidades. A Secretária Municipal de Educação e também Diretora da escola: Claudia é responsável por todas as escolas municipais. A semana de observação em sala de aula pré 04 anos foi pautada na reflexão a respeito das dificuldades encontradas pelas crianças nas atividades diárias e nas possíveis soluções a encontrar, por isso é importante o olhar de um professor que não deve se acomodar com as diversas dificuldades encontradas, porém, perceber nestas, o caminho para mudanças significativas, facilitando em todo o período de estágio. O período de observação, foi realizado nos dias 14/08/2013 a 19/09/2013 onde foram levantados dados a respeito dos aspectos físicos, pedagógicos e administrativos da escola. Entende-se que o Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional e o resultado de um trabalho coletivo, que busca metas comuns que intervenham na realidade escolar. Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes avaliativos, demonstrando a capacidade de evolução positiva crescente. É possível lançar desafios estratégicos, como:diminuir a repetência, introduzir índices crescentes de melhoria qualitativa, experimentar didáticas alternativas, atingir posição de excelência. Esse estágio foi instrumento de aquisição de um modo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor. A ação durante esse tempo possibilitou-me refletir sobre a realidade da nossa sociedade, da educação e do sistema escolar. O Projeto de intervenção – Saúde e Higiene foram bem aceito pela professora do Pré 04 anos Andréia Maria Ribeiro de Oliveira Monteiro. Segundo ela as crianças aceitam bem o tema, pois proporcionam a elas momento de reflexão e lazer (elas adoram escovar os dentinhos), e as atividades estão bem elaboradas, ou seja, aplicado trará com certeza ótimos resultados. Minha participação foi em todas as atividades aplicadas pela professora, aproveitei o máximo os momentos de estagio em sala de aula para praticar a teoria aprendida. Podemos conceituar Estágio Supervisionado, portanto, como qualquer atividade que propicie ao aluno adquirir experiência profissional específica e que contribua de forma eficaz, para sua absorção pelo mercado de trabalho. “Educação é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.” No espaço escolar, o saber teórico e prático sobre saúde e doença foi sendo construído de acordo com o cenário ideológico da época e as questões sobre saúde abordadas com base no referencial teórico de cada momento. Segundo a Organização Pan-americana de Saúde - OPS (1995), a promoção da saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e multidisciplinar do ser humano, que considera as pessoas em seu contexto familiar, comunitário, social e ambiental. Assim, as ações de promoção de saúde visam desenvolver conhecimentos, habilidades e destrezas para o autocuidado da saúde e a prevenção das condutas de risco em todas as oportunidades educativas; bem como fomentar uma análise sobre os valores, as condutas, condições sociais e os estilos de vida dos próprios sujeitos envolvidos (Pelicioni & Torres, 1999). Porém, nem sempre essa visão esteve presente nas práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas. Durante algum tempo, a educação em saúde na escola centrou sua ação nas individualidades, tentando mudar comportamentos e atitudes sem, muitas vezes, considerar as inúmeras influências provenientes da realidade em que as crianças estavam inseridas. Era comum acontecerem ações isoladas voltadas ao trabalho para saúde, partindo de uma visão assistencialista de educação e sem discutir a conscientização acerca do tema saúde e suas inter-relações para o equilíbrio dinâmico da vida (Pelicioni & Torres, 1999). Já com a nova LDBEN 9394 e a construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a saúde no campo da educação passou a ser considerada como um tema transversal, expondo a necessidade de se assegurar uma ação integrada e intencional entre os campos da educação e saúde, uma vez que ambos se pautam, fundamentalmente, nos princípios de formação da consciência crítica e no protagonismo social (Brasil, 1997a, 1996b). Os Parâmetros Curriculares Nacionais, dentro do capítulo relacionado ao tema transversal saúde, sugerem que toda escola deve incorporar os princípios de promoção da saúde indicados pela OMS, com os objetivos de fomentar a saúde e o aprendizado em todos os momentos; integrar profissionais de saúde, educação, pais, alunos e membros da comunidade, no esforço de transformar a escola em um ambiente saudável; programar práticas que respeitem o bem-estar e a dignidade individuais e implementar políticas que garantam o bem-estar individual e coletivo, oferecendo oportunidades de crescimento e desenvolvimento em um ambiente saudável, com a participação dos setores da saúde e educação, família e comunidade. Assim, o desenvolvimento do trabalho com as Escolas Promotoras de Saúde, que já era um movimento internacional, começa a ter força também no Brasil (Brasil, 1997a). Com essa dupla preocupação ministerial, o tema da promoção da saúde na escola torna-se um eixo de importante trabalho em nível nacional, deixando clara a visão de que a escola é um espaço de ensino-aprendizagem, convivência e crescimento importante, no qual se adquirem valores fundamentais. A escola é o lugar ideal para se desenvolverem programas da Promoção e Educação em Saúde de amplo alcance e repercussão, já que exerce uma grande influência sobre seus alunos nas etapas formativas e mais importantes de suas vidas. Ademais, com a LDBEN 9394, as creches e pré-escolas, que atendem crianças de até seis anos, se vincularam ao sistema educacional, abrindo espaço para uma preocupação mais formal com esse nível de ensino, preocupação esta que pode ser identificada também por meio da criação dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (Brasil, 1997b). Este material, mesmo sem explicitar claramente a necessidade do trabalho com a promoção da saúde, expõe a importância do trabalho com a formação integral das crianças. Centra-se nos eixos de Formação Pessoal e Social (incorporando a preocupação com o cuidado infantil dentro do eixo de Identidade e Autonomia) e Conhecimento de Mundo (incorporando o trabalho com conteúdos informativos sobre o tema saúde dentro do eixo de Natureza e Sociedade). Também a UNICEF e a UNESCO, juntamente com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e o Ministério de Saúde, publicaram algumas considerações identificando a importância da realização de um trabalho interligado entre os âmbitos da saúde e da educação na primeira infância, como estratégia essencial para a melhoria da qualidade de vida das crianças (UNESCO, 2002; UNICEF, 2001). Este trabalho apoia-se em pressupostos teóricos que se fundamentam em concepções e visões de mundo sustentadas por diversos saberes, cujas bases repousam nos princípios humanísticos e sociais. Dessa forma, a saúde no espaço escolar é concebida como um ambiente de vida da comunidade em que está inserida a escola, cujo referencial para ação deve ser o desenvolvimento do educando, como expressão de saúde, com base em uma prática pedagógica participativa, tendo como abordagem metodológica a educação em saúde transformadora (Catrib et al., 2003). Assim, postulamos o argumento de que as práticas sociais de educação e saúde no contexto escolar devem observar: o reforço do sujeito social para capacitá-lo a cuidar de si e agir em grupo e em defesa da promoção da saúde; a valorização da subjetividade e intersubjetividade no processo de conhecimento da realidade, privilegiando o diálogo como expressão da comunicação; o estímulo à participação como algo inerente ao viver coletivo; a utilização de estratégias que permitam a coexistência da interface de várias áreas do conhecimento; o reconhecimento da dimensão afetiva no processo de transformação e tomada de decisão, e o incentivo e fomento de parcerias por meio de redes sociais de apoio (Catrib et al., 2003). Esses princípios advogam a adoção de práticas educativas no espaço escolar, criando um clima prazeroso para aprendizagem e vivência de valores humanos. REFERÊNCIAS Saúde Bucal infantil. Disponível em: http://www.colgate.com.br/app/Colgate/BR/OC/Information/OralHealthAtAnyAge/InfantsAndChildren.cvsp?cid=BR_GoogleOC_art_infantil. Aprender Brincando. Disponível em: http://professorajuce.blogspot.com/2009/03/higiene-i.html. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da saúde: 1998. BRASIL. IEC/FIOCRUZ. Promoção da saúde. Declaração de Alma-Ata. Carta de Ottawa. Declaração de Adelaide. Declaração de Sundsvall. Declaração de Santafé de Bogotá. Declaração de Jacarta. Rede de Megapaíses. Declaração do México. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 1997a. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção dasaúde: 1998. CATRIB, A.M.F. et al. Saúde no espaço escolar. In: BARROSO, M.G.T.; VIEIRA, N.F.C.; VARELA, Z.M.V. (Orgs.). Educação em saúde no contexto da promoção humana. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003. OMS. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Comissão de Especialistas em Educação em Saúde da Organização Mundial da Saúde. Washington: OMS, 1954. OPS. ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Educación para la salud: un enfoque integral. Washington: OPS, 1995. (Série HSS/SILOS, n. 37). PELICIONI, C. A escola promotora de saúde. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1999. p.12. UNESCO. Organização para a cooperação econômica e o desenvolvimento. Ministério da Saúde. Educação e cuidado na primeira infância: grandes desafios. Brasília: Unicef, 2002. UNICEF. Situação da infância brasileira. Brasília: UNICEF, 2001. ______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997b. [ Links ] ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 5692. Brasília, 1996a. [ Links ] ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394. Brasília, 1996b. [ Links ] � APÊNDICE