Buscar

Questões para responder sobre desenhos de pesquisa PESQUISA III RAFAEL L. DA FONSECA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rafael Lima da Fonseca da Silva FMB – 2018.2 FURACÃO 253 
Formação em Pesquisa III 
Questões para responder sobre desenhos de pesquisa 
 
1. Estabeleça diferenças entre estudos experimentais e observacionais: 
A pesquisa observacional tem como característica o fato de o pesquisador não intervir ou 
modificar qualquer aspecto do que está estudando, nesse caso, ele apenas observa o 
paciente, transtorno ou doença em foco. 
Ela pode ser descritiva ou analítica, a descritiva objetiva colher dados sobre determinado 
evento, sem necessariamente buscar explica-los. Já a analítica tenta explicar o evento 
estudado. 
A pesquisa experimental, ao contrário da observacional, tem como característica a 
intervenção do pesquisador. Ela tem como característica estudos que envolvem modelos 
experimentais, podendo esses serem com animais, cadáver e cultura de células e tecidos 
a depender dos objetivos do estudo. 
 
2. Descreva sumariamente os desenhos de estudo caso-controle, coorte, 
transversal e o estudo de caso: 
• Estudos tipo caso-controle (estudo caso-referência, case-control study): 
São modelos de estudo analíticos, longitudinais e retrospectivos. Tem como parâmetro a 
ser estudado a exposição ou não a um fator. Possuem como vantagens o fato de serem 
pouco onerosos e rápidos, além de serem úteis para gerar novas hipóteses. 
Nesse modelo, após o pesquisador distribuir as pessoas como doentes ou portadoras de 
uma situação clínica e não doentes ou não portadoras da situação clínica, verifica, 
retrospectivamente, se houve exposição prévia a um fator entre os doentes e os não 
doentes. As pessoas doentes ou portadoras são denominadas “casos”, e as não doentes ou 
não portadoras de “controle. 
Opta-se pelo estudo caso-controle em relação ao de coorte prospectivo, em doenças 
menos comuns, pois este último acarretaria num tempo longo de pesquisa e seria oneroso. 
Às vezes representam a única opção possível de estudo em doenças mais raras. 
Também se utiliza esse modelo em casos que, por motivos éticos, a permanência da 
exposição seria maléfica ao paciente no seguimento da coorte, uma vez que no estudo 
caso-controle a exposição já teria ocorrido. 
 
 
• Coorte: 
Esse modelo de estudos é do tipo analítico e longitudinal, e pode ser prospectivo ou 
retrospectivo. 
O pesquisador, após distribuir os indivíduos como expostos e não expostos a um fator em 
estudo, segue-os durante um determinado período de tempo para verificar a incidência de 
uma doença ou situação clínica entre os expostos e não expostos. Portanto, o parâmetro a 
ser estudado é a presença ou não da doença. Compara-se a proporção dos que ficaram 
doentes dentre os expostos, e a proporção dos que ficaram doentes entre os não expostos. 
• Transversal: 
Estudo em que a exposição e a doença são determinadas simultaneamente. Os estudos 
transversais descrevem uma situação ou fenômeno em um momento não definido, apenas 
representado pela presença de uma doença ou transtorno. Não é possível distinguir a 
temporalidade dos eventos e são é útil para sugerir a presença de associação (pode gerar 
hipótese, e não testar essa hipótese). 
Tem como vantagens ser barato, simples e rápido, pois não requer seguimento. Além de 
que ninguém é exposto a agente causal devido ao estudo, ou negado uma terapia de 
benefício potencial. 
Tem como desvantagem o fato de que em geral é impossível determinar causalidade. E 
de que é impossível assegurar que os fatores de confusão vão estar igualmente 
distribuídos entre os grupos. Ademais, os grupos podem terminar tendo tamanhos 
amostrais muito diferentes, resultando em perda da eficiência estatística. 
• Estudo de caso: 
Trata-se das pesquisas clínicas onde se registra os dados relativos à observação clínica, 
assim como laboratorial, de grupos de indivíduos portadores de uma doença, sem utilizar 
um grupo controle ou placebo. 
Incluem-se nesta categoria os relatos de caso. As doenças pouco conhecidas também 
podem, em fases incipientes, ser pesquisadas por meio de investigações não controladas. 
Em alguns tipos de pesquisas, onde o critério de avaliação for subjetivo, como melhora 
da dor após algum tipo de tratamento, pode-se utilizar o próprio paciente como controle 
de si mesmo, podendo-se utilizar questionários específicos e validados para essa 
finalidade. 
 
REFERÊNCIAS: 
Hochman B, Nahas FX, Oliveira Filho RS, Ferreira LM. Desenhos de pesquisa. Acta Cir 
Bras [serial online] 2005;20 Suppl. 2:02-9. Disponível em URL: http://www.scielo.br/acb 
Trabalho desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Cirurgia Plástica da 
Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP - EPM).

Continue navegando