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Portifólio Homem, Ciências e Sociedade Nutrição

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Cabo Frio 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADRIANA SANTIAGO MENDONÇA 
ANGELO ANTONIO FERNANDES DA CRUZ 
DOMINIQUE PUJOL PEREIRA DE MOURA FERREIRA 
GABRIELY SOARES MACEDO 
MAIK NATANAEL DA SILVA 
MARIANA DE SOUZA MENDES FRAUCHES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
CURSO BACHARELADO DE NUTRIÇÃO 
 
DESAFIO DA SAÚDE NO BRASIL: 
Uma visão sob o aspecto social e cultural. 
 
 
Cabo Frio 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESAFIO DA SAÚDE NO BRASIL: 
Uma visão sob o aspecto social e cultural. 
 
Atividade Interdisciplinar apresentado à Universidade 
Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a 
obtenção de média nas disciplinas: Homem, Cultura e 
Sociedade; Ética, Política e Sociedade; 
Empreendedorismo; Seminário Interdisciplinar I do Curso 
Bacharelado em Nutrição. 
 
 
Orientadores: Profºs. Indiara Beltrame Brancher, Márcio 
Gutuzo Saviani, Maria Luiza Silva Mariano. 
ADRIANA SANTIAGO MENDONÇA 
ANGELO ANTONIO FERNANDES DA CRUZ 
DOMINIQUE PUJOL PEREIRA DE MOURA FERREIRA 
GABRIELY SOARES MACEDO 
MAIK NATANAEL DA SILVA 
MARIANA DE SOUZA MENDES FRAUCHES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 04 
 
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 05 
2.1 DESAFIO 1: TRANSIÇÃO IDADE MÉDIA - IDADE MODERNA ......................... 05 
2.1.1 Economia ................................................................................................. 06 
2.1.2 Política ..................................................................................................... 07 
2.1.3 Religião .................................................................................................... 07 
 
2.2 DESAFIO 2: QUESTÃO ATENDENTE ............................................................... 08 
2.2.1 Defesa ..................................................................................................... 08 
2.2.2 Acusação contra a atendente .................................................................. 09 
2.2.3 Resultado julgamento, segundo juiz ........................................................ 10 
 
2.3 DESAFIO 3: INTRAEMPREENDEDORISMO ..................................................... 11 
2.3.1 Conceito ................................................................................................... 11 
2.3.2 Ações Intraempreendedoras na área da saúde ....................................... 12 
2.3.3 Melhoramento de práticas organizacionais pelos funcionários de saúde 13 
 
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14 
 
4 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 15 
 
 
4 
1 INTRODUÇÃO 
O mundo tem sofrido por diversas mudanças, onde inovações revolucionaram 
a maneira de viver da humanidade. Essas inovações ocorrem de uma nova forma de 
observar coisas antes nunca imaginadas e, que são próprias de pessoas visionárias, 
especiais, que interrogam, arriscam, fazem acontecer e empreendem (DORNELAS, 
2005). 
A finalidade deste trabalho é propor uma discussão sobre o homem enquanto 
pessoa e construtor de uma sociedade, e os caminhos usados por ele, e raciocinar 
acerca da discussão preliminar a respeito dos conceitos de Homem, Cultura e 
Sociedade; Ética, Política e Sociedade e Empreendedorismo. 
O impacto do sistema capitalista presente no mundo atual vem gerando 
inúmeros atrasos no modelo de saúde. Quando se pensa em saúde, pensa-se em 
bem-estar e qualidade de vida. Tais impactos do sistema capitalista no aspecto da 
saúde são de grandes proporções à sociedade, impactando especialmente os que 
mais precisam. 
A visão de obtenção de lucro alcança um sistema que é de grande 
importância para os seres humanos, em que o tratamento que deveria ser 
humanizado é substituído pela cultura capitalista, na qual tratar a doença é um 
negócio, e não prevenir a doença. 
Será abordado um tema relacionado e atualizado, referente à transição da 
Idade Média para Idade Moderna e a evolução do capitalismo até os dias atuais, 
citando os desafios, as características e as considerações que deveriam ser 
tomados pelos profissionais de saúde. 
Serão observadas tais situações problemas, onde as mesmas são situações 
que surgem no nosso cotidiano. Desse modo, o presente trabalho é de grande 
relevância, pois colocam na discussão os problemas enfrentados na saúde, 
mostrando assim a realidade que nós cidadãos vivenciamos. 
Com estas ideias, o empreendedorismo coorporativo vem ganhando cada vez 
mais admiradores e a empregabilidade nesse assunto surge com o intra-
empreendedorismo, se mostrando como um caminho próspero para o futuro 
econômico dos variados tipos de organizações. 
Acredita-se que a procura por profissionais que preencham cargos de 
gerência nas organizações está transformando ao longo dos anos, e, já não basta 
5 
compreender da prática profissional, é preciso mostrar um perfil inovador, ser 
persistente, mostrar capacidade de trabalho em equipe, saber tecnologias 
modernas, desenvolver solução rápida e correta para problemas, aperfeiçoar rotinas 
que proporcionam melhorias, enfim, pessoas que tenham força de vontade para 
melhorar sempre. 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 DESAFIO 1: TRANSIÇÃO IDADE MÉDIA – IDADE MODERNA 
 
O sistema feudal ou feudalismo foi um sistema político, econômico e social 
que vigorou durante praticamente toda a Idade Média. Era baseado na 
descentralização do poder, na economia de subsistência, caracterizada pela 
agricultura, pelo comércio na base de trocas e pela mão de obra servil. Surgiu com a 
desintegração do Império Romano e a instalação dos povos bárbaros na Europa 
Ocidental. Com as invasões bárbaras houve um deslocamento das populações das 
cidades para o campo, onde buscavam proteção e segurança. Houve uma 
verdadeira ruralização da sociedade, castelos e vilas fortificadas foram construídos, 
os mais pobres buscando proteção e condições para sobreviver próximos aos mais 
ricos. Assim, criaram-se relações de dependência entre camponeses (servos) e 
senhores de terras (nobres), relações que intermediaram toda a vida social do 
feudalismo (BUSCA ESCOLAR, 2018). 
A passagem do Feudalismo para o Capitalismo é marcada por diversos fatos. 
O sistema feudal estava passando por alguns problemas e o sistema capitalista se 
aproximava cada vez mais, isso aconteceu no período da passagem do período 
Medieval para o Contemporâneo (COLÉGIO WEB, 2018). 
Os burgueses eram ex-servos que viviam nos campos e passaram a fazer 
parte da vida nas cidades e do mercado. Nesse momento a burguesia queria se 
desvincular do clero o que ocorria em toda a Europa ocidental, pois os burgueses 
estavam cada vez mais independentes e com o comércio crescendo cada vez mais. 
6 
Algumas cidades se beneficiaram com o fim das Cruzadas1 que reabriu o mar 
Mediterrâneo, as principais Gênova e Veneza se fortaleceram no comércio por 
serem cidades portuárias. A chamada “Crise de Retração” foi ocasionada pela peste 
negra e pela fome que complicou o comércio mediterrâneo e a economia feudal. 
Porém ocorreu um período de crise no comércio europeu, e para resolvê-lo ocorreu 
uma expansão marítima que ocasionou o comércio e a exploração de fontes de 
minériorecém-descobertas (COLÉGIO WEB, 2018). 
Nessa passagem do Feudalismo para o Capitalismo, ocorreram diversas 
mudanças na economia, na igreja, nas cidades etc, e principalmente no homem, 
tornando-o mais crítico e menos teocentrista onde as pessoas se tornaram 
individualistas nas relações de produção, as novas formas de organização da vida 
social, o trabalho assalariado, o crescimento das cidades de forma desordenada e, 
portanto, acrescido de vários problemas sociais e urbanos, a renúncia das 
explicações sobre o mundo, somente por fontes sobrenaturais, e a busca por um 
conhecimento sobre o mundo por meio da razão (CIZOTO et al, 2016). 
 
2.1.1. Economia 
 
Na Idade Média a economia era fundamentada no sistema feudal (quanto 
mais porções de terra se tinham, mais poder adquiri-la). Estas terras eram 
desmembradas em três partes: 
 Terras coletivas onde se recolhiam madeira, frutos e realizava-se a 
caça; 
 Propriedade particular do senhor para uso coletivo do senhor feudal; 
 Utilizadas para servos, que serviam para manter o sustento destes e o 
cumprimento das obrigações feudais (MUNDO EDUCAÇÃO, 2018). 
Eles não usavam moedas, a base de troca era natural. O Capitalismo era 
monetário, ou melhor, eles utilizavam moedas e seu valor era comercializado 
conforme o metal que constituía. Com isso os Europeus se lançaram ao mar para 
procurar mais, já que acreditavam que suas reservas estavam chegando ao fim e 
com o início da navegação eles descobrem o Novo Mundo, que incide nas Américas, 
e a partir disso inicia-se a Expansão Marítima Comercial (MUNDO EDUCAÇÃO, 
 
1
 Expedições militares patrocinadas pela Igreja Católica e organizadas pela cristandade medieval. 
7 
2018). 
 
2.1.2. Política 
 
A política no Feudalismo eram as relações entre os vassalos e os suseranos; 
o suserano era quem dava a porção de terra ao vassalo, e este deveria prestar 
fidelidade e a ajuda ao seu suserano. O vassalo dava ao senhor fidelidade e serviço 
em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem 
se espalhavam por várias regiões, e o suserano se destacava como o mais 
poderoso (MUNDO EDUCAÇÃO, 2018). 
Todos os poderes jurídico, econômico e político centralizavam-se nas mãos 
de senhores feudais, onde o Rei possuía o poder político e econômico entre eles, 
usavam um mesmo peso, medida, moeda, volume e fronteiras determinadas, 
formando assim, uma monarquia (MUNDO EDUCAÇÃO, 2018). 
A relação de suserania e vassalagem correspondiam a algumas solenidades, 
a saber: 
 A homenagem, que era uma declaração de fidelidade do vassalo ao 
suserano; 
 A investidura, transmissão do feudo ao vassalo pelo suserano, 
simbolizado por um ramo de árvore ou um punhado de terra. 
O tempo ia se passando e as estruturas do sistema feudal modificaram-se e, 
a por volta do século XI, novos modos de vida se mostraram menos ligados ao 
campo e com aspectos mais urbanos e comerciais (BUSCA ESCOLAR, 2018). 
 
 
2.1.3. Religião 
 
A Idade Moderna se configurou por realizar amplas mudanças na maneira 
como as pessoas enxergavam a igreja e como os estados começaram a respeitar, 
ou não, a autoridade do papa. Houve um afastamento do poder da igreja. 
Se na Idade Média a igreja gozava de amplas riquezas, poder sobre governos 
e sobre os cidadãos de modo comum, na Idade Moderna essa fase sofreu um forte 
golpe: a reforma religiosa. Essa reforma foi liderada por Martinho Lutero e era um 
movimento contra igreja católica. Ela questionava a santidade papal, não apoiava o 
8 
uso das indulgências pregadas pela igreja e outros princípios que, até então, não 
eram questionados. Ao ver de Lutero, essas práticas serviam para a opressão do 
povo em vez de trazer o crescimento espiritual. A reforma fez grande sucesso na 
Europa por ser uma forma com que muitos governos, muitas vezes, demonstrarem 
descontentamento em relação aos interesses religiosos (IDADE MODERNA, 2018). 
Contrários a isso, veio a Contrarreforma. Um movimento da igreja católica 
para conter o avanço da reforma religiosa. A Contrarreforma começou com o 
Concílio de Trento, convocada pelo Papa Paulo III. O Concílio conseguiu resgatar a 
hegemonia católica na Europa, mas não conseguiu apagar a influência da reforma, 
que fez com que, até hoje, existam diversas correntes religiosas, sendo semelhantes 
no fato de seguirem o cristianismo (IDADE MODERNA, 2018). 
A Idade Moderna foi e será sempre lembrada por ser uma fase de grandes 
transformações, grandes revoluções e mudanças na forma como o mundo é 
visualizado. 
Para sintetizar o contexto acima, as relações comerciais já existiam há muito 
tempo e com base nas mudanças do comportamento da sociedade, o ocidente 
passou a valorizou a prática do lucro. O grande exemplo foi com a mudança trazida 
pela Primeira Revolução Industrial, que possibilitou o surgimento da produção em 
larga escala pelas indústrias. Este fenômeno contribui para a geração de mais 
empregos e, consequentemente, o aumento da circulação de produtos no mercado 
(conexão entre compradores e vendedores). 
A busca pelo acúmulo de capital, investimentos em técnicas de produção, 
organização e ampliação dos negócios aumentaram o espírito empreendedor e a 
visibilidade gananciosa pelo lucro. O Feudalismo não acompanhou todas essas 
mudanças sociais, políticas e econômicas, mas marcaram a passagem da Idade 
Média para a Moderna. 
 
 
2.2 DESAFIO 2: QUESTÃO ATENDENTE 
 
2.2.1 Defesa 
 
No caso presente a atendente é inocente, livre de qualquer culpa, pois a mãe 
da menina na qual foi atendida pela mesma, lhe informou que o médico pediatra 
9 
estava de viagem. 
A atendente não tem culpa se o médico viajou e muito menos se a 
administração não o tenha substituído, a mesma estava presente nas duas vezes 
em que a mãe compareceu, cumprindo com sua obrigação; porém isso não era 
suficiente para o socorro da criança. 
Houve negligência, entretanto por parte da mãe, já que esta demorou a agir 
perante a enfermidade da filha. Ao tomar conhecimento da viagem do médico, 
deveria ter tido sensatez em buscar outros meios para salvar a menina, por exemplo, 
buscando ajuda imediatamente em outro hospital, onde houvesse um médico capaz 
de realizar o atendimento, até mesmo em um profissional da rede privada. No 
entanto, a responsável preferiu seguir os conselhos de outra senhora que estava no 
local, voltando para casa sem nenhum atendimento. 
A mãe alega que a atendente foi ignorante, mas não se pode afirmar que 
esta tenha sido cordial com a ré, que estava no exercício da função. É possível 
afirmar que outras mães já passaram por lá na mesma situação e a atendente, por 
estar presente todas as vezes e não poder ajudar, encontrava-se frustrada, pois 
nada era capaz de fazer, não sendo responsável pela pediatria e, no entanto, 
atendente ficou restrita da responsabilidade a qual foi atribuída pela administração 
da UBS (Unidade Básica de Saúde). 
 
2.2.2 Acusação contra a atendente 
 
O Direito está intimamente ligado a estas situações e entra em cena para 
garantir que se faça um mínimo de justiça para as pessoas que são vítimas do crime 
de omissão de socorro. 
O crime de omissão de socorro está definido da seguinte forma no Código 
Penal Brasileiro: 
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco 
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou 
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses 
casos, o socorro da autoridade pública: Pena — detenção, de 1 (um) a 6 
(seis) meses, ou multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, 
seda omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se 
resulta a morte. (BRASIL, Decreto lei 2848, de 07 de dezembro de 1940, 
1940) 
Importante destacar, com base no entendimento acima, que as pessoas 
10 
feridas e as que se encontrem em grave e iminente perigo podem ser vítimas do 
delito durante a busca pela assistência médica e hospitalar, caso este na qual a 
menina Valentina entrou em óbito por falta de socorro devido ao primeiro episódio 
ocorrido em não ter encaminhado a paciente para outro médico qualificado na 
Unidade Básica de Saúde. 
Porém, se a gestão da Unidade Básica de Saúde (UBS) tivesse atendida a 
paciente de modo coeso, encaminhando para um outro profissional já que o médico 
pediatra não se encontrava por motivos de viagem, fato esse negligenciado pela 
atendente da Instituição e, por esse motivo ter feito a paciente enfrentar uma longa 
espera de atendimento uma vez que a responsável pela paciente teve que ir à 
cidade vizinha (100km de distância) para tal, provavelmente não a teria levado ao 
óbito, fosse feito os procedimentos iniciais necessários. Sendo assim, se a 
instituição tivesse equipada a sua equipe médica especializada para conter o 
agravamento da paciente, a mesma nem precisaria ter sido encaminhada para outra 
instituição, resolvendo o problema na própria Unidade Básica de Saúde. 
A atendente não cumpriu com seu dever de salvar vidas e descumpriu 
também o código de ética profissional que é ser prudente e cautelosa respeitando o 
sofrimento da paciente dando todo o suporte necessário para o bem estar da 
mesma, o que não houve, uma vez que esta ignorou o pedido de socorro da mãe e 
foi mal educada ao pedir para procurar outra instituição de saúde, mesmo vendo a 
situação fragilizada em que ambas de encontravam. 
É por essa razão que não raro as pessoas se deparam com péssimos 
profissionais capitalistas, que rotineiramente cometem atos de negligência contra os 
pacientes e quando são chamados a responderem por seus atos atribuem as culpas 
nas estatais de serviço. 
 
2.2.3. Resultado do julgamento, segundo o Juiz 
 
As condenações na esfera penal se fundamentaram no artigo 135 do CP 
(Código Penal). Tal situação foi observada mesmo nos casos em que houve a morte 
da paciente. Entretanto, foi verificada tal situação nos casos em que o médico de 
plantão ao ser acionado não compareceu por estar viajando e, portanto, há 
comprovada omissão de socorro quando a atendente fez pouco caso da situação de 
eminente perigo e, desde já, não solicitou a presença de outro profissional da saúde 
11 
para atender a criança ou, até mesmo encaminhá-la para alguma unidade de pronto 
atendimento para que se fosse realizado procedimentos pertinentes ao caso 
emergencial. 
Neste caso específico, julgo procedente conforme nos altos indicados no 
processo contra a atendente na unidade de saúde apresentada pela família que 
alega que a paciente não teve o atendimento no período adequado que poderia ter 
salvado a sua vida, passando pela análise de que as deficiências administrativas 
como a falta de vagas em estabelecimentos hospitalares não justificam a ousadia no 
dever de prestação de auxílio da pessoa em grave eminente perigo de vida. 
Questões administrativas não servem como garantia e desculpa para exonerar a 
responsabilidade profissional nos casos de omissão de socorro tendo em vista esses 
fundamentos e provas apresentadas pela defesa e acusação. 
Não tiro as responsabilidades da ré, tendo em vista que a mesma também faz 
parte da instituição de saúde, portanto responde por responsabilidade administrativa 
com sanções administrativas, pois não cumpriu com suas atribuições quando lhe foi 
confiada, e pela responsabilidade ética quando o dever de atender e proteger a vida 
dos indivíduos não foi seguido pelo código de conduta de sua profissão e, ainda, 
abro um inquérito para investigar a conduta dos médicos e profissionais de saúde, 
sabendo que eles vão responder judicialmente sob a responsabilidade ética, civil e 
penal pelo não atendimento a paciente que veio a falecer. 
 
 
2.3 DESAFIO 3: INTRAEMPREENDEDORISMO 
 
2.3.1. Conceito 
 
Antes mesmo de se falar em intraempreendedorismo, temos que entender o 
conceito de empreendedorismo que significa empreender, ou seja, resolver um 
problema ou situação complicada. Empreender também agrega valor, identificar 
oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo (SIGNIFICADOS, 2018). 
O empreendedorismo pode ser explicado como a capacidade de um indivíduo 
fazer algo de forma criativa e inovadora, buscando aproveitar as oportunidades de 
negócio. É um movimento que introduz novos produtos ou serviços e cria novas 
formas de organização, explorando novos recursos e materiais. 
12 
Segundo Dornelas (2008), “Empreendedorismo corporativo é o processo pelo 
qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização 
existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação ou inovação dentro 
da organização existente” e, como se vê, o empreendedorismo praticado dentro das 
organizações já estabelecidas recebe o nome de empreendedorismo corporativo, a 
inovação pode ser desenvolvida e os conceitos de empreendedorismo são aplicados 
internamente. 
Dornelas (2005) e Dolabela (2003) citam algumas características dos 
empreendedores, entre elas inovação, liderança, capacidade de analisar riscos, 
independência, criatividade, autoconfiança, orientação para resultados, 
originalidade, iniciativa, otimismo, flexibilidade, habilidade para conduzir situações 
adversas, necessidade de realização, envolvimento de longo prazo, capacidade de 
aprendizagem, agressividade, comprometimento, planejamento aguçado, 
desenvolvimento de redes de contato, criação de valor para a sociedade e 
necessidade de controle. 
Dessa forma, o intraempreendedorismo segundo Dornelas (2015) “é o 
processo pelo qual um indivíduo, ou um grupo de indivíduos associados a uma 
organização existente, cria uma nova organização ou instiga a renovação ou 
inovação dentro da organização existente”. Em outras palavras, o 
intraempreendedorismo é a prática do empreendedorismo dentro de uma empresa, 
ou seja, o exercício dos comportamentos empreendedores para a criação de valor e 
de diferenciais competitivos para a organização. 
 
2.3.2. Ações Intraempreendedoras na área da saúde 
 
O empreendedorismo corporativo debate os conceitos do empreendedorismo 
e da inovação por meio de programas voltados ao desenvolvimento do perfil 
empreendedor de funcionários e executivos, nas implementações de projetos e 
negócios corporativos. Aplicam-se às organizações de médio e grande porte, através 
de treinamentos, palestras, seminários, workshops e consultorias. Para Amâncio 
(2008) este tipo de empreendedor pode existir em maior ou menor grau e cada vez 
mais as organizações percebem que o diferencial competitivo é a mão-de-obra 
qualificada. Assim, estão despertando para a importância em estimular o lado 
empreendedor dos funcionários, agregando valor para as atividades 
13 
desempenhadas dando início a novos projetos internos que incentivam a inovação. 
Esta prática está sendo cada vez mais utilizada dentro de empresas e 
instituições, onde cada profissional ali presente criam a capacidade de analisar 
panoramas, criar ideias, buscar inovação dentro de alternativas da organização afim 
de um melhor atendimento e ser funcional sempre que possível. 
Observa-se que no hospital público, falta ainda a conscientização para o 
desapego à burocracia e a centralização e mais humanização por parte dos 
funcionários que não adotam a paciência, a educação e o respeito para com os 
enfermos,contribuindo para o caos e as reclamações destes. A equipe também tem 
grande parcela para a melhoria dentro de cada setor e sua funcionalidade que, 
apesar da carência de equipamentos necessários em alguns casos, acabam muitas 
vezes por atrapalhar o desenvolvimento das tarefas e funções, inibir características 
empreendedoras e que demonstram o potencial de seus servidores. Tira-se de 
conclusão então, que as organizações públicas, carecem ainda de incentivos, para 
que o intraempreendedorismo venha a ser utilizado de forma mais coexistente, 
gerando os benefícios esperados. 
O que se espera dos funcionários é primeiramente a melhoria no atendimento 
inicial ao questionar junto ao paciente as possíveis causas do problema/doença e, 
de acordo com cada protocolo, encaminhá-lo aos setores de maiores urgências ou 
de riscos; para depois, junto a enfermeiros e profissionais técnicos, acolher da 
melhor forma possível o paciente, demonstrando carinho, paciência e 
humanização/empatia. 
 
2.3.3. Melhoramento de práticas organizacionais pelos funcionários de saúde 
 
As ações dos gestores em saúde possuem a representação social do 
conceito de “Trabalho” e “Qualidade”, que constitui a conexão do fazer com a 
percepção e com a verdade adotada pela liderança como orientadora de seus 
planos de trabalho. Essas ações, usualmente, parecem ser mais voltadas 
intuitivamente do que baseadas em um conhecimento estabelecido, alinhando a 
teoria e a prática. No entanto, torna-se primordial que os profissionais busquem 
ajuda na literatura, em benchmarking2, visando ao apoio e integração na 
 
2
 É o processo utilizado por um empreendimento para identificar e entender práticas de gestão 
efetivas no mercado que servirão de base para incrementar o seu próprio desempenho 
14 
implementação de seus projetos, ajustando-os à realidade de cada serviço, seja ele 
uma unidade de saúde, um hospital ou, ainda, uma clínica. Esse procedimento 
sistematizado e com bons fundamentos validará as práticas institucionais, 
regularizando as ações propostas (BONATO, 2011). 
Incentivar o trabalho coletivo, em especial o de grupos multidisciplinares no 
aperfeiçoamento dos processos de atendimento também é um estágio de melhorias 
dentro da organização. 
Promover palestras e cursos sobre relações humanas e treinar os 
profissionais de saúde para melhorar o atendimento dos pacientes. Destacar no 
ambiente organizacional, aquele profissional que realmente enfrenta desafios 
idealizados e colocando em prática suas ideias e decisões. 
Estabelecer seu sistema de recompensa e reconhecimento, buscar anotar 
ideias e oportunidades que para a ocasião não foram úteis, proporcionando dessa 
forma, uma cultura inovadora com o objetivo de transformar o ambiente favorável a 
geração de novas ideias e soluções criativas e sustentáveis a fim de gerar valores 
ao empreendimento, que no caso, trata-se de um hospital – Unidade Básica de 
Saúde (UBS). Para tanto, é preciso que o intraempreendedor enfrente os obstáculos 
que o evitem em realizá-las e que haja comprometimento, regras e ambientes que o 
incentivem indicando melhorias e inovações nesse sistema recentemente antiquadro 
(BONATO, 2011). 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
A conduta profissional muitas vezes pode tornar-se agressiva e 
inconveniente, e esta é uma das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase 
sempre buscam maior abrangência. Cabe sempre, quando se fala em virtudes 
profissionais, mencionarmos a existência dos códigos de ética profissional. 
Parece ser uma tendência do ser humano a de defender, em primeiro lugar, 
seus interesses próprios e a falta de humanismo e de preocupação com o próximo, 
deixa a desejar ocasionando diversos problemas. 
 
 
 
organizacional. 
15 
O profissional deve ter humildade suficiente para aceitar que não é o dono da 
verdade e que todo profissional deve realizar, em desempenho de sua atividade 
profissional, a de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de 
outros profissionais mais capazes, caso haja necessidade, e dispor-se a aprender 
coisas novas numa busca constante de aperfeiçoamento. 
A prudência contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a 
serem tomadas, fazendo com que o profissional analise situações complexas e 
difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa. Todo trabalho 
para ser executado, exige muita segurança, portanto, a prudência é indispensável 
nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as 
lutas ou discussões inúteis. 
Portanto, muita coisa deve ser feita nas instituições de saúde para melhorar 
os atendimentos nesses setores como, por exemplo, a direção pode proporcionar 
cursos de relações humanas para aprimorar os profissionais de saúde, premiações 
aos mesmos que se preocupam na melhoria nos atendimentos com a população. 
Com esses incentivos, a sociedade vai ter por garantia uma saúde igualitária e mais 
envolvida como realmente merecem. 
Por fim, é de grande benefício aos hospitalais visualizar o empreendedorismo 
coorporativo como uma grande oportunidade para ampliar diferenciais competitivos 
em relação aos demais, sendo uma maneira de aperfeiçoar o atendimento aos 
clientes, instigando a inovação e a transformação permanente da organização, e, 
sobretudo, valorizando o potencial de cada colaborador-empreendedor. 
 
 
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