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ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Profa. Ms. Vanessa Dias Objetivos da aula • Identificar as prioridades de atendimento em situações de emergência; • Realizar o atendimento inicial. INTRODUÇÃO Trauma Doença do século - 3º causa de óbito EUA - 60 milhões/ano ( 145.000 mortes/ano) - custo: U$ 400 bilhões/ano ATLS 2004 Brasil: - 2° causa de morte - 130000 mortes/ano ; 15 mortes/hora SIMÕES et al., 2001 Por que atender rapidamente o politraumatizado? A oferta inadequada de sangue oxigenado ao cérebro é o fator que mais rapidamente pode causar a morte do paciente vítima de trauma. ATENDIMENTO INICIAL • Objetivos: – Visa checar os sinais vitais da vitima e tratar as condições que o colocam em risco iminente de morte. Para melhor avaliação adota-se o processo mnemônico da sequencia alfabética (A-B-C-D-E). ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA A – Abrir Via Aérea com controle cervical B – Boa Respiração C - Circulação D – Déficit Neurológico E – Expor o paciente ALERTA: a vítima responde? Observar se paciente respira e se tem pulso. AJUDA: ambulância e pessoal Se pulso e respiração, iniciar atendimento inicial (ABCDE). Se ausência de pulso e respiração; iniciar manobras de reanimação (CABD). ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ABCDE: A – Via Aéreas com Controle de Coluna Cervical Tipos de trauma que mais comumente comprometem as vias aéreas são: T.C.E. Traumatismo de face Lesões no pescoço Lesões torácicas em geral ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Fatores que contribuem para obstrução das vias aéreas: Uso abusivo de álcool e/ou drogas Traumatismo de face Coma Atraso no atendimento inicial pré-hospitalar Inexperiência dos profissionais no atendimento ao politraumatizado Realização de técnicas indesejáveis Lesões no pescoço com formação de hematoma Lesões na região do tórax: Ex.: Pneumotórax hipertensivo Falta de material adequado ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA A – Vias Aéreas com Controle da Coluna Cervical - Condutas Avaliar nível de consciência: Paciente consciente: seguir a avaliação verificando o B (respiração) Paciente inconsciente: iniciar condutas para desobstrução das vias aéreas (se vítima de trauma manter a coluna cervical em posição neutra). Imobilizando a coluna cervical A Vias aéreas com controle da coluna cervical Considerar inicialmente lesão de coluna cervical em todo politrauma Retirar o colar -conscientes -após palpação -dúvida: Rx Coluna cervical EFF2008 Manobras de abertura de VA Desobstruir as vias aéreas. Inspecionar cavidade oral Mobilização cervical Proceder as manobras de elevação da mandíbula ou do queixo: jaw thrust ou chin-lift (se vítima de trauma) ou hiperextensão da cabeça: Ruben (se não houver suspeita de trauma cervical). Ouvir passagem de ar pelas cordas vocais. Remover prótese dentária. Remover corpos estranhos das vias aéreas, sangue, vômitos Realizar aspiração de secreções Observar agitação, sonolência e sons anormais ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA RUBEN JAW THRUST CHIN-LIFT VARREDURA DIGITAL Se paciente Inconsciente... POSICIONAMENTO CÂNULA DE GUEDEL Preparar material para VA definitiva MATERIAIS PARA VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO Indicações: Apnéia Problemas graves de oxigenação Fratura de placa cribiforme Paciente com Glasgow <8. Contra-indicações Fratura de ossos da face Lesão da cavidade oral Edema de glote Sinais sugestivos de lesão de coluna Intubação Orotraqueal Intubação orotraqueal Intubação orotraqueal Intubação nasotraqueal 1. Indicação: fratura de coluna cervical Impossibilidade de Rx coluna cervical 2. Contra-indicação: Apnéia Traumatismo de face Suspeita de fratura de base de crânio Intubação nasotraqueal • Indicações – Impossibilidade na intubação orotraqueal • edema de glote • fratura de laringe • hemorragia copiosa • lesões faciais extensas • Tipos - Cricotireoidosmia por punção - Cricotiroidostomia cirúrgica - Traqueostomia VIA AÉREA CIRÚRGICA Indicações Falha na ENT/EOT Fratura de coluna cervical Edema de glote Lesões grave de face Cricotireoidostomia CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO • Cânula plástica calibrosa • Conector em “Y” - 1 / 4 segundos • 30 a 45 minutos • 15 l/min O2 ATLS 2004 Cirúrgica CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA • Técnica: abertura da membrana cricotireoídea + cânula traqueostomia (5- 7mm) • Acima dos 12 anos/ cartilagem cricóide SAWIN 1996 Após as Vias Aéreas estarem pérvias, prosseguir para a avaliação da respiração. B – Respiração: Ventilação e Oxigenação a) Expor o tórax inspecionando a presença de escoriações, hematoma e ferimento. b) Detectar a freqüência dos movimentos respiratórios. c) Palpação do tórax d) Percutir o tórax e) Colocar máscara de O2 15L/Min se paciente não estiver com VA artificial. Quais os principais problemas que podem comprometer o padrão respiratório? ATENDIMENTO INICIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Principais problemas que podem comprometer o padrão respiratório: TRAUMA DE TÓRAX Está entre as quatro primeira causas de morte nos traumatizados. a) Pneumotórax hipertensivo b) Pneumotórax aberto c) Tórax instável d) Hemotórax maciço. C – Circulação e Controle de Hemorragia 1 Avaliar a) Identificar fontes de hemorragia externa b) Pulso e PA (se pulso presente) c) Cor da pele d) Sempre procurar por sinais indicativos de hipovolemia. 2 Conduta: a) Tentar controlar a hemorragia através das técnicas: compressão direta do local, elevação do membro, fazer ponto de pressão em artéria. b) Puncionar 2 acesso venoso calibroso com jelco 14 ou 16 para infusão de RL ou SF. c) Coletar amostra de sangue na hora da punção e enviar ao laboratório para tipagem sanguínea, eletrólitos e os exames necessários. d) Instalar monitor cardíaco C Locais de pressão D – Déficit Neurológico 1. Detectar o nível abreviado de consciência usando o método AVDN A – Alerta V – Atende somente a estímulos verbais D – Atende somente a estímulos dolorosos N – Não reage a nenhum estímulo Obs: quanto menos reagente estiver a vítima aos estímulos maior a complexidade do caso. ESCALA DE COMA DE GLASGOW Escala de coma de GlasgowMOTOR Como se faz estímulo doloroso? ANISOCORIA MIOSE MIDRÍASE Avaliar o tamanho e a reação das pupilas E – EXPOSIÇÃO / AMBIENTE: Despir completamente, mas prevenir a hipotermia. Procurar por lesões não percebidas na avaliação inicial. Referência • FRAME, S. B.; MCWAIN, N. E. PHTLS: atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Rio de Janeiro: Elsevier. 7ª Ed. 2011.
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