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Histologia do Rim

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Histologia II
Aula 1 – 06/09/2018
Sistema Urinário: Rim
O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois ureteres, a bexiga e a uretra. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao exterior pela uretra. Esse aparelho contribui para a manutenção da homeostase, produzindo a urina, por meio da qual são eliminados diversos resíduos do metabolismo e água, eletrólitos e não eletrólitos em excesso no meio interno. Essas funções se realizam nos túbulos uriníferos por meio de um processo complexo que envolve filtração, absorção ativa, absorção passiva e secreção. Além da função reguladora da composição do meio interno, os rins secretam hormônios, como a renina, que participa da regulação da pressão sanguínea, e a eritropoetina que estimula a produção de eritrócitos (hemácias). Os rins também participam, junto com outros órgãos (fígado, pele), da ativação da vitamina 0 3, um pró-hormônio esteroide, no hormônio ativo. Os dois rins formam, por minuto, cerca de 125 mi de filtrado, dos quais 124 mi são absorvidos nos túbulos renais e apenas 1 mi será lançado nos cálices como urina. A cada 24 h formam-se cerca de 1.500 mi de urina. 
RIM: apresenta uma borda convexa e outra côncava; é composto por:
Hilo: contém tecido adiposo e dois ou três cálices, que se reúnem para formar a pélvis renal, parte superior, dilatada, do ureter.
Cápsula: constituída por tecido conjuntivo denso. 
Zona cortical.
Zona medular: formada por:
De 10 a 18 pirâmides medulares/de Malpighi:
Papilas: junção do vértice da pirâmide com o cálice renal. Essas papilas possuem nas suas extremidades áreas crivosas que tem de 10 a 15 orifícios.
Raios medulares: estão na base da pirâmide e invadem a região cortical.
Dividido em:
Lobo: é formado por uma pirâmide inteira e pelo tecido cortical que o reveste.
Lóbulo: é constituído por um raio medular e tecido cortical que o reveste, delimitado pelas artérias interlobulares. 
A unidade funcional do rim é o tubo urinífero que é formado por duas porções funcionais:
Néfron: composto por corpúsculo renal ou de Malpighi, o túbulo contorcido proximal, a alça de Henle e o túbulo contorcido distal.
Túbulo coletor: composto pelo próprio túbulo coletor que depois se transforma em ducto coletor.
Néfron: 
Corpúsculo renal: encontrado na porção cortical do rim. É formado por:
Glomérulo: é um aglomerado de capilares derivados da arteríola aferente.
-Capilares glomerulares: são fenestrados.
-Membrana basal: reveste o capilar (células endoteliais). Ela é formada pela membrana basal que reveste as células epiteliais e a que reveste os podócitos, por isso ela é mais espessa funcionando como barreira de filtração glomerular. Essa membrana é formada por lâmina rara interna (contato com os capilares glomerulares), lâmina densa e lâmina rara externa (contato com os prolongamentos dos podócitos).
Lâmina rara interna e externa: composta por fibronectina que tem função de ligar uma célula a outra.
Lâmina densa: formada por fibras de colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanos com carga negativa. Os proteoglicanos impedem que cargas positivas adentrem a lâmina basal. As fibras colágenas e a laminina barram macromoléculas, impedindo sua passagem.
-Células mesangiais: normalmente encontrada entre 2 capilares compartilhando a mesma membrana basal. Elas possuem receptores para a angiotensina II que faz que o fluxo sanguíneo nos capilares seja diminuído. Também possuem receptores para o hormônio natriurético. Ela tem função de produção da matriz mesangial e também de sustentação para os glomérulos. Corpúsculo renal
Cápsula de Bowman: envolve o glomérulo. É formada por folhetos, o folheto visceral que o reveste e o folheto parietal que delimita o corpúsculo renal e entre esses folhetos tem o espaço capsular.
-Folheto parietal: formado por epitélio simples pavimentoso, abaixo dele tem a lâmina basal e junto a ela tem fibras reticulares, a associação das duas formam a membrana basal.
-Folheto visceral: formado por podócitos que possuem um corpo celular por onde partem prolongamentos 1° e as ramificações dos primários originam os prolongamentos 2°. Também são sustentados por uma membrana basal e os prolongamentos 2° estão em contato direto com ela. Entre os prolongamentos secundários, existem aberturas denominadas fendas de filtração, elas são revestidas por uma membrana composta pela proteína nefrina. 
Polo vascular: é o local onde adentra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente.
Polo urinário: é o local que dá continuidade ao néfron, ou seja, é contínuo ao túbulo contorcido proximal. 
Túbulo contorcido proximal: formado por um epitélio simples cúbico, mas poucas vezes pode ser considerado colunar baixo. 
Seu epitélio produz muitas mitocôndrias e seu citoplasma é acidófilo se corando de rosa. 
Suas células são grandes com poucos núcleos. 
Na porção apical existe muitos microvilos formando uma orla em escova. 
Na base do microvilos tem canalículos, esses canalículos existem muitas vesículas de pinocitose e esses canalículos aumentam a superfície de contato. 
Existem prolongamentos laterais entre uma célula e outra. 
Alça de Henle: é formada por um segmento delgado entreposto a dois segmentos espessos. 
Sua parte delgada é formada por um epitélio simples pavimentoso.
Devido a presença dessa alça, os néfrons podem ser classificados em néfrons corticais e néfrons justamedulares. A alça de Henle dos néfrons justamedulares são maiores e somente quem tem essa alça consegue produzir uma urina hipertônica. Todos os humanos têm os 2 tipos, mas tem mais néfrons corticais. DC = Ducto coletor
AH = Alça de Henle
Túbulo contorcido distal: formado por epitélio simples cúbico.
Diferença entre distal e proximal: no distal as células são menores, conseguindo observar vários núcleos; não apresenta orla em escova (sem microvilos), deixando sua luz mais visível/clara; o seu citoplasma é menos acidófilo, pois tem menos mitocôndria, sendo corado de rosa mais claro. 
Quando tem um túbulo distal próximo a um corpúsculo renal, o epitélio do túbulo distal se modifica, tornando-se colunar, só nessa região em que eles estão em contato. Essa região em que esse epitélio se torna colunar recebe o nome de mácula densa. 
Túbulo coletor:
Túbulos e ductos coletores: A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais calibrosos, os duetos coletores, que se dirigem para as papilas
São retilíneos, partem da cortical, atravessam toda a medular até chegar na papila.
O túbulo coletor é delgado e seu epitélio é simples cúbico. Esse túbulo aumenta seu calibre originando o ducto coletor. Esse ducto tem epitélio simples cilíndrico.
Tanto o túbulo quanto o ducto podem conter células claras (seu citoplasma é mais claro). 
Aparelho Justaglomerular: próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana elástica interna e suas células musculares apresentam-se modificadas. Essas células são chamadas justaglomerulares ou células JG e têm núcleos esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção. A secreção desses grânulos participa da regulação da pressão do sangue. A mácula densa do túbulo distal geralmente se localiza próximo às células justaglomerulares, formando com elas um conjunto conhecido como aparelho justaglomerular. Também fazem parte do aparelho justaglomerular células com citoplasma claro, de função pouco conhecida, denominadas células mesangiais extraglomerulares.
As células justaglomerulares produzem a enzima renina. A renina não atua diretamente. Ela aumenta a pressão arterial e a secreção de aldosterona (um hormônio da cortical da glândula adrenal), por intermédio do angiotensinogênio (globulina do plasma). Atuando sobre o angiotensinogênio, a renina libera um decapeptídio, angiotensina I. Uma enzima do plasma remove dois aminoácidos da angiotensina, formando a angiotensina II. 
Interstício renal: é o espaço entre os néfrons e os vasos sanguíneos e linfáticos. É muito escassona cortical, mas aumenta na medular.
Composto por tecido conjuntivo:
-Fibroblastos.
-Fibras de colágeno.
-Substância fundamental rica em proteoglicanos (principalmente na medula). 
No interstício da medula existem células secretoras chamadas células intersticiais, que contêm gotículas lipídicas no citoplasma e participam da produção de prostaglandinas e prostaciclínas.
Sua região medular é composta por células intersticiais que produzem prostaglandina.
Sua região cortical é composta por células intersticiais que produzem eritropoietina, um hormônio glicoproteico que estimula a medula óssea a produzir eritrócitos.
Uma lesão no rim podem levar a uma profunda anemia decorrente da deficiência de eritropoetina, pois o fígado não tem capacidade de suprir, sozinho, as necessidades do organismo, já que ele sintetiza somente 15% da eritropoetina do organismo.

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