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DOLO X CULPA

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
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DOLO X CULPA 
 
DOLO 
Em Direito Penal, segundo a Teoria Finalista da Ação, dolo é um dos elementos da conduta que compõem o 
fato típico. Caracteriza-se pela vontade livre e consciente de querer praticar uma conduta descrita em uma 
norma penal incriminadora. 
Uma ação dolosa, por si só, não pressupõe a existência de um crime, pois se faz necessária a configuração 
do injusto penal, que é a constatação, no caso concreto, da presença do fato típico com a ilicitude (não estar 
amparada em nenhuma excludente de ilicitude/antijuridicidade), bem como, se o agente era culpável 
(inexistir qualquer eximente de culpabilidade). 
Não existirá a conduta dolosa, quando o agente incorrer em erro de tipo, ou seja, quando este pratica a 
conduta descrita no tipo penal sem ter vontade ou consciência daquilo que leva a efeito. Quando o erro for 
escusável, isenta de pena, quando inescusável, o agente será punido a título de culpa, se existir previsão 
desta conduta (culposa) na lei penal. Portanto aquele que incorrer em erro de tipo sempre terá o dolo 
afastado no estudo analítico do crime. 
Segundo a redação do Código Penal do Brasil (artigo 18, inciso I), é dolosa uma ação quando o agente quis 
o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. A doutrina jurídica observa que o Código Penal Brasileiro 
adotou as Teorias da Vontade e do Assentimento, respectivamente, para caracterizar uma ação dolosa, e, 
portanto, este subdivide-se em duas modalidades - dolo direto e dolo eventual: 
· O primeiro é o dolo propriamente dito, ou seja, quando o agente quer cometer a conduta descrita no 
preceito primário da norma supramencionada, alguns doutrinadores chegam a classificar o dolo direto em 
primeiro grau e segundo grau, aquele diz respeito ao fim de agir e aos meios empregados; e este, aos efeitos 
concomitantes (colaterais) de uma ação. 
· Já o dolo eventual é aquele em que o indivíduo, em seu agir, assume o risco de produzir determinado 
resultado, anuindo com sua realização. 
A diferenciação de dolo eventual e culpa consciente é sutil, sendo comum a confusão dos conceitos, haja 
vista que em ambos há a previsibilidade como elemento comum. A diferenciação se faz por critério 
psicológico: na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas acredita sinceramente em sua não 
ocorrência, enquanto, no dolo eventual, o agente, além de prever o resultado, não se importa com sua 
ocorrência. 
 
CULPA 
Culpa se refere à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou 
espiritual a si mesma ou a outrem. O processo de identificação e atribuição de culpa pode se dar no plano 
subjetivo, intersubjetivo e objetivo. 
No sentido subjetivo, a culpa é um sentimento que se apresenta à consciência quando o sujeito avalia seus 
atos de forma negativa, sentindo-se responsável por falhas, erros e imperfeições. O processo pelo qual se dá 
essa avaliação é estudado pela ética e pela psicologia. 
No sentido objetivo, ou intersubjetivo, a culpa é um atributo que um grupo aplica a um indivíduo, ao avaliar 
os seus atos, quando esses atos resultaram em prejuízo a outros ou a todos. O processo pelo qual se atribui a 
culpa a um indivíduo é discutido pela Ética, pela sociologia e pelo direito. 
Sentido objetivo 
Em direito, assim como o dolo a culpa é um dos elementos da conduta humana que compõem o fato típico. 
Caracteriza-se pela violação ou inobservância de uma regra, que produz dano aos direitos de outros, por 
negligência, imprudência ou imperícia, ou seja, em razão da falta de cuidado objetivo, sendo, portanto, um 
erro não proposital. 
Diferencia-se do dolo porque, neste, o agente tem a intenção de praticar o fato e produzir determinado 
resultado: existe a má-fé. Na culpa, o agente não possui a intenção de prejudicar o outro, ou produzir o 
resultado. Não há má-fé.

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