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Aula 8 Penal Parte Geral - Ênfase

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Direito Penal – Parte Geral 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Extinção da Punibilidade ........................................................................................ 2 
1.1 Morte do Agente ............................................................................................... 2 
1.2 Anistia, graça ou indulto ................................................................................... 4 
1.3 Abolitio criminis ................................................................................................ 5 
1.4 Decadência ........................................................................................................ 6 
1.5 Perempção ........................................................................................................ 6 
1.6 Renúncia ........................................................................................................... 8 
1.7 Perdão ............................................................................................................. 10 
1.8 Retratação ....................................................................................................... 11 
1.9 Perdão judicial ................................................................................................ 12 
1.9.1 Hipóteses de incidência ............................................................................. 13 
1.9.1.1 Desnecessidade da sanção penal ....................................................... 13 
 
 
Direito Penal – Parte Geral 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Extinção da Punibilidade 
O rol do artigo 107 do Código Penal é exemplificativo. 
 
1.1 Morte do Agente 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente; 
 
A extinção da punibilidade pela morte é decorrência lógica do princípio da 
intranscendência da pena (art. 5º, XLV, CRFB). 
Com efeito, antes de declarar extinta a punibilidade, o magistrado remeterá os autos 
ao Ministério Público, para que este se manifeste. De se ressaltar que, como se trata de estado 
de pessoa, deverão ser observadas as restrições da lei civil. Por isso, necessário constar do 
caderno processual a certidão de óbito. 
CPP, Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e 
depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. 
c/c 
CPP, Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não 
repetíveis e antecipadas. 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. 
 
E quanto à morte presumida e à declaração da ausência? Pode-se, com base em 
alguma delas, declarar a extinção da punibilidade? No âmbito do direito penal, tal situação é 
delicada, porquanto o indivíduo pode, simplesmente, desaparecer, com vistas a furta-se da 
responsabilidade penal. Assim, caso ele não seja localizado, deverá ser citado por edital, após 
cujo prazo para manifestação, se transcorrido in albis, o processo será suspenso, juntamente 
com o prazo prescricional. 
CPP, Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar 
a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão 
preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
 
Direito Penal – Parte Geral 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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De acordo com o posicionamento do STF, essa suspensão é ad eternum, ou seja, 
perdurará enquanto o acusado não comparecer. Isso, contudo, não torna imprescritíveis os 
delitos em geral. Cuida-se, apenas, de causa suspensiva da prescrição. Diferentemente, o STJ 
aplica o enunciado nº 415 de sua súmula, segundo o qual o prazo de suspensão será 
determinado pelo máximo da pena cominada em abstrato, após o qual se designa um 
defensor dativo para o acusado e o processo retorna a seu curso. 
Verbete nº 415 – Súmula do STJ 
O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. 
 
E se o acusado desaparecer após a citação? Vejamos o artigo 93 do CPP: 
CPP, Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão 
sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se 
neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa 
questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, 
suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realização das outras 
provas de natureza urgente. 
 
Cumpre esclarecer que a morte não influi na materialidade/autoria delitivas. Somente, 
na punibilidade. Conforme o artigo 93 do CPP, ainda que se discuta a ausência do réu no 
âmbito cível, não há se falar em suspensão do processo, que ocorrerá, tão-só, na hipótese do 
artigo 366 do CPP. É que a declaração da ausência não se materializa em causa de suspensão 
do processo. 
Na opinião do professor Marcelo Uzeda, mesmo que a sentença do juízo cível declare 
a ausência do indivíduo, o magistrado do processo penal não deve declarar extinta a 
punibilidade. 
Em relação à morte presumida, na qual se comprove que o indivíduo, por exemplo, 
estava no avião que explodiu e cujos destroços caíram mar adentro, pode-se falar em extinção 
da punibilidade pela morte. 
Imagine-se que após o trânsito em julgado da decisão que declarou extinta a 
punibilidade, haja vista constar dos autos certidão de óbito, o acusado seja encontrado em 
nova dinâmica delitiva, porquanto não morrera. Antes, fraudara sua morte. Como se resolve 
tal situação? Primeira corrente, sustentada por parte da doutrina, afirma que inexiste revisão 
em favor da sociedade. Revisões de processos criminais findos, apenas em benefício do réu, 
consoante artigos 601 e seguintes do CPP. Segunda corrente (tribunais superiores) pontifica 
que se revoga a decisão que extinguiu a punibilidade, porquanto não faz ela coisa julgada 
material, tendo em conta que estava ausente a condição da punibilidade pelo fato de a morte 
Direito Penal – Parte Geral 
 
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e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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não ter ocorrido. Daí, se não houver ocorrido a prescrição ou outra causa de extinção da 
punibilidade, o processo retoma seu curso, sem prejuízo da apuração do falso, cujo marco 
inicial prescricional é a data em que o fato se tornou conhecido (art. 111, IV, CP). 
Observação: o CESPE tem seguido a orientação dos tribunais superiores. Comunga 
desse entendimento do professor Marcelo. 
 
1.2 Anistia, graça ou indulto 
CP,Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
 
Em sua essência, anistia não é semelhante à graça ou ao indulto. O legislador optou 
por agrupar os três expedientes porque representam atos de clemência estatal. 
 
 Anistia 
Esquecimento jurídico de crimes pelo Estado. Recai sobre fatos; não, pessoas. É 
concedida por lei do Congresso Nacional (art. 21, inciso XVII, e artigo 48, VIII, CRFB) com a 
sanção presidencial. Seus efeitos são ex tunc (retroativos) e ela, apesar da discussão sobre se 
os torturadores do regime militar deveriam ser beneficiados por ela, é irrevogável. 
Cinde-se em anistia própria (antes do trânsito em julgado) e imprópria (após o trânsito 
em julgado). Neste último caso, não alcança os efeitos civis (obrigação de reparar o dano, etc.). 
Em ambas as situações, abarca os efeitos penais, inclusive o pressuposto da reincidência. 
Divide-se, ainda, em anistia geral (atinge todas as pessoas que praticaram determinado 
fato indistintamente) e anistia parcial (beneficia apenas dadas pessoas, por exemplo, réus 
primários). 
Fala-se também em anistia restrita/limitada (alcança só determinados fatos. Exemplo: 
PMs que, durante manifestação, praticaram crimes própria e impropriamente militares. A 
anistia é concedida só aos crimes propriamente militares) e anistia irrestrita (engloba todos 
os fatos). 
Dica: na prática, normalmente, a anistia recai sobre os crimes militares, políticos, etc. 
Crimes hediondos e equiparados são insuscetíveis de anistia, consoante artigo 5º, XLIV, 
CRFB. É a Lei 8.072/1990 que define os crimes considerados como hediondos e equiparados. 
 
 
Direito Penal – Parte Geral 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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 Graça & Indulto 
É ato de indulgência, de clemência estatal. Graça e indulto são concedidos por decreto 
presidencial, não, por lei (art. 84, XII, CRFB), ato administrado que, inclusive, por ser delegado 
(art. 84, parágrafo único, CRFB). 
Na visão do STF, graça é gênero; indulto, espécie. Graça é pessoal; indulto, coletivo. O 
indulto, portanto, seria uma espécie de graça coletiva. Diferentemente, a LEP fala em indulto 
individual, ao passo que o STF menciona graça coletiva. Posiciona-se dessa forma a Corte, 
porquanto a Constituição pontua a impossibilidade de anistia e graça para os crimes 
hediondos, enquanto a Lei de Crimes Hediondos pontifica que os crimes hediondos são 
insuscetíveis de anistia, graça e indulto. Ou seja, em tese o Constituinte não teria vedado a 
concessão de indulto, e o legislador teria criado óbice não positivado na Carta Magna. Nada 
obstante, apreciando a questão, o STF entendeu que não há excesso do legislador ordinário 
porque o indulto é espécie de graça. 
Na LEP, o tema é tratado a partir do artigo 187. O indulto parte da iniciativa estatal. A 
graça pode ser provocada por petição do condenado. 
 
 Comutação 
Na visão da doutrina, equivale a um indulto parcial. Consiste num desconto da pena 
calculado da maneira mais benevolente ao apenado (tempo cumprido ou tempo a cumprir). 
Exemplo: Malfoy foi condenado a 10 anos. Cumpriu 8, restam 2. Ganhou comutação na fração 
de ¼. Logo, como o cálculo é feito da maneira mais benéfica, será ¼ de 8 anos, o equivale a 2 
anos. Sua pena, in casu, estará extinta. 
Saliente-se que a comutação sempre será residual em relação ao indulto e não há óbice 
a que o apenado seja beneficiado por sucessivas comutações. 
Apesar de resistência da doutrina, a vedação de indulto imposta aos crimes hediondos 
e equiparados também alcança a comutação. Na visão do professor Marcelo, parece ser o 
entendimento tecnicamente mais correto, pois, se se proíbe o maior, também deve restar 
proibido o menor. 
 
1.3 Abolitio criminis 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
 
Remete-se à leitura da aula sobre o tema. 
Direito Penal – Parte Geral 
 
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1.4 Decadência 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
 
Decadência é a perda do direito potestativo de exercício do jus persequendi (ação pena 
privada), ou de autorizar o Estado a fazê-lo (ação pública condicionada à representação). 
O prazo genérico é de 06 meses, a contar da data em que se toma conhecimento do 
autor do fato pelo ofendido/representante legal. Como se trata de prazo penal, o dia do 
conhecimento é incluído na contagem. 
CPP, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, 
decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis 
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 
29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
 
Com efeito, há ainda prazos decadenciais especiais. Vejamos o artigo 529 do CPP, o 
qual estabelece o prazo de 30 dias, contados da homologação do laudo, para o oferecimento 
da queixa-crime nos delitos contra a propriedade imaterial: 
CPP, Art. 529. Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida queixa com 
fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 30 dias, após a 
homologação do laudo. 
 
Lembre-se de que prazos decadenciais não se suspendem, não se interrompem e nem 
se prorrogam. Se o último dia do prazo for não útil (ex. domingo), deve-se protocolizar a 
queixa-crime no plantão judiciário, sob pena de decadência. 
Caso o MP não ofereça a denúncia, ao ofendido será permitido ofertar a queixa-crime 
subsidiária da ação penal pública, também, no prazo de 6 meses, a contar do dia em que se 
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Aclare-se, contudo, que a decadência do 
ofendido, nesse caso, por se tratar de ação penal pública, não tem o condão de operar a 
extinção da punibilidade. 
 
1.5 Perempção 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
 
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Sanção pela desídia que implica a extinção do processo e da punibilidade, pela falta de 
interesse do querelante em prosseguir na ação penal privada. Aplica-se, tão-somente, na ação 
penal privada exclusiva da vítima. Não incide na ação penal privada subsidiária da pública, a 
qual, se houver desídia do ofendido, poderá ser retomada pelo MP, que voltará a ser parte 
principal. 
Vejamos as hipóteses de perempção: 
CPP, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á 
perempta a ação penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo 
durante 30 dias seguidos [o querelante não poderá ser punido, contudo, se a marcha 
processual restar inerte por desleixo do Judiciário]; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em 
juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das 
pessoas a quem couber fazê-lo [cônjuge/companheiro,ascendente, descendente, 
irmão], ressalvado o disposto no art. 36; 
c/c 
CP, Art. 236. [...] 
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode 
ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou 
impedimento, anule o casamento. 
 
Há uma hipótese em que não há sucessão na queixa-crime, a saber: o crime do artigo 
236 do Código Penal, o qual carreia o único caso de ação privada personalíssima no 
ordenamento brasileiro. Falecido o querelante, não mais prossegue a ação penal. 
CPP, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á 
perempta a ação penal: 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do 
processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas 
alegações finais; 
c/c 
CPP, Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, 
ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer 
agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. 
O não comparecimento a ato cuja presença seja facultativa (ex. audiência de oitiva de 
testemunhas de defesa) não enseja a perempção. A contrario sensu, se injustificadamente 
deixar de comparecer a ato de presença obrigatória (acareação, reconhecimento de 
objetos/pessoas, oitiva do ofendido, etc.), perempta estará a ação penal. 
Direito Penal – Parte Geral 
 
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Porque a ação penal pública é regida pelo princípio da indisponibilidade, ainda que o 
MP peça a absolvição, o magistrado pode prolatar sentença condenatória. Entretanto, como 
na ação penal privada vigora o princípio da disponibilidade, se o querelante não formular a 
pedido de condenação nas alegações finais, será vedado ao magistrado prolatar sentença 
condenatória. 
 Se em sede de alegações finais o querelante pleitear a absolvição, o magistrado 
declarará a extinção da punibilidade com base na perempção ou exarará sentença 
absolutória? 
R. O tema é polêmico. Com efeito, na ótica do professor Marcelo, se as teses do 
autor e do réu são de cunho meritório e na mesma direção, deve-se absolver. Isso porque uma 
sentença absolutória, que opera a coisa julgada material, é mais interessante ao querelado. 
Sem embargo, numa visão de extremo formalismo processual, diz-se que a perempção 
prejudica o exame do mérito. Logo, não pedida a condenação, não se deve adentrar ao mérito. 
Antes, declara-se a extinção da punibilidade ante a evidente falta de interesse. Vide o 
enunciado nº 241 da Súmula do extinto TFR. 
Enunciado nº 241 do TRF 
A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva prejudica o exame do 
mérito da apelação criminal. 
 
CPP, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á 
perempta a ação penal: 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
Exemplos de querelante pessoa jurídica: basicamente, apenas o crime de dano 
(simples ou qualificado com considerável prejuízo para a vítima, os quais são de ação penal 
privada), haja vista os demais crimes patrimoniais serem de ação penal pública. Cita-se, ainda, 
o crime do artigo 345 do CP (exercício arbitrário das próprias razões). 
 Existe crime contra a honra de pessoa jurídica? 
R. Na calúnia, em se tratando a falsa imputação de crimes ambientais, há quem 
entenda que sim. Também se admite, em tese, a difamação, eis que esta cuida da honra 
objetiva. Contudo, uma vez que carente de honra subjetiva, a pessoa jurídica não pode ser 
vítima do crime de injúria. 
 
1.6 Renúncia 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
Direito Penal – Parte Geral 
 
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V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
 
A renúncia é ato pré-processual, unilateral e irretratável e relaciona-se ao princípio da 
conveniência e oportunidade. 
Operada a renúncia ao direito de queixa, ou de representação, resta obstado o início 
da persecução penal. A renúncia será expressa (declaração de desejo do não prosseguimento 
das investigações) ou tácita (prática de ato incompatível com o exercício do direito de queixa). 
Aclare-se que o aceite de indenização pelo dano causado não implica renúncia tácita ao direito 
de queixa, salvo se isso se der na audiência preliminar da Lei 9.099/95. 
Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa 
CP, Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou 
tacitamente. 
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato 
incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o 
ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 
c/c 
Lei 9.099/95 Art. 74, Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou 
de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a 
renúncia ao direito de queixa ou representação 
 
 Renúncia na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) 
Em verdade, em que pese o legislador ter consignado o termo “renúncia”, trata-se de 
retratação. No âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, a retratação ao 
direito de representação anteriormente oferecido será feita, apenas, perante o juiz (não, 
conciliador), após a oitiva do MP, em audiência preliminar designada para esse fim. 
Lei 11.340/2006, Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da 
ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, 
em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da 
denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
Equivocadamente, alguns magistrados, baseando-se no fato de que no âmbito dos 
Juizados Criminais, designa-se audiência preliminar, entendem que a audiência de que trata o 
artigo 16 da Lei Maria da Penha é de caráter automático. O equívoco dá-se porque, por 
disposição expressa do artigo 41 da Lei 11.340/2006, a Lei 9.099/95 não se aplica aos crimes 
cometidos nos termos do aludido diploma. Não pode, portanto, a mulher ser compelida a 
comparecer a essa audiência do artigo 16. Caso esteja sofrendo com a intransigência do 
Direito Penal – Parte Geral 
 
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magistrado, a mulher que esteja sendo obrigada a comparecer pode impetrar um mandado 
de segurança, com vistas a livrar-se dessa situação de ilegalidade. 
Observação: STJ e STF destacam que, implicitamente, a Lei Maria da Penha visou a 
proteger a mulher em situação de vulnerabilidade e hipossuficiência. 
 
1.7 Perdão 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
 
Ato bilateral e processual. Bilateral porque somente produz o efeito de extinção da 
punibilidade quando aceito pelo querelado. 
CP, Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediantequeixa, obsta ao prosseguimento da ação. 
CP, Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: 
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; 
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; 
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. 
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de 
prosseguir na ação. 
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. 
 
O perdão será expresso (declaração expressa nos autos) ou tácito (prática de ato 
incompatível com o exercício do direito de queixa). De igual modo, a aceitação do perdão será 
expressa ou tácita (em caso de silêncio do querelado). 
CPP, Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado 
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser 
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. 
 
O perdão concedido pelo querelante, tal como a renúncia, também se estende a todos 
os querelados. Entretanto, não produz efeitos em relação àquele que não o aceitar. Ademais, 
o perdão de um querelante não prejudica os demais no prosseguimento na ação penal. 
O perdão é admitido até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Após o 
trânsito, não é mais cabível. 
 
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1.8 Retratação 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
 
Retratar-se significa “desdizer-se”. Admite-se nos crimes contra a honra (artigo 143 do 
CP). Pontualmente, incide somente nos crimes de calúnia (imputação falsa de fato definido 
como crime) e difamação (imputação de fato ofensivo à reputação). Ou seja, não engloba a 
injúria (imputação de qualidade negativa). A retratação, nessas hipóteses, deve ser cabal, 
plena, inequívoca e feita até a sentença (decisão que encerra o primeiro grau de jurisdição). 
CP, Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da 
difamação, fica isento de pena. 
 
Também se admite a retração no crime de falso testemunho ou falsa perícia. 
Falso testemunho ou falsa perícia 
CP, Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, 
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, 
ou em juízo arbitral: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.850, 
de 2013) 
§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante 
suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo 
penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou 
indireta. 
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, 
o agente se retrata ou declara a verdade. 
 
Em princípio, aviva-se que a recente Lei 12.850/2013 aumentou a pena cominada a 
esse crime. Como consequência da modificação, tem-se, agora, a impossibilidade de 
oferecimento de suspensão condicional do processo. 
O limite para a retração é o momento anterior à sentença no processo em que ocorreu 
o crime de falso testemunho ou falsa perícia; não, antes da sentença que apura a própria 
prática do crime do artigo 342 do CP. 
Observação: hodiernamente, porque a teoria do domínio final do fato admite a divisão 
de tarefas, sustenta-se a possibilidade de coautoria e participação nos crimes de falso 
testemunho e falsa perícia. É a posição tranquila da doutrina e da jurisprudência. Diante disso, 
indaga-se: a retratação de um réu alcança o corréu? Posição minoritária não admite a 
extensão do benefício do corréu, porquanto entende que se cuida de circunstância pessoa 
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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incomunicável na inteligência do artigo 30 do CP. Em lado oposto, posição majoritária, com 
base na expressão “o fato deixa de ser punível”, aventa que a retratação de um réu se estende 
ao corréu, haja vista o CP não declinar, no §2º, do artigo 342, ser o “réu isento de pena” (como 
prevê o artigo 143 do CP, caso em que não há comunicação ao corréu), mas, sim, positivar que 
“o fato deixa de ser punível”. A razão de ser é que, quando a testemunha se retrata, opera-se 
um afastamento da potencialidade lesiva do falso. Logo, a intenção do legislador, com essa 
medida, foi incentivar essa conduta. 
 
 Denunciação caluniosa (art. 339 do CP) admite a retratação? 
R. O crime de denunciação caluniosa absorve o de calúnia. Ante isso, poder-se-ia 
construir raciocínio segundo o qual, uma vez que a calúnia admite retratação, logo, a 
denunciação caluniosa, por tê-la absorvido, também admitiria. Esse raciocínio está errado, 
haja vista a denunciação ser crime mais grave e contra a administração da justiça. Em 
ocorrendo retratação na denunciação caluniosa antes do oferecimento da denúncia, não há 
se falar em arrependimento posterior, pois não houve qualquer reparação do dano. Restará à 
luz do artigo 65, inciso III, ‘b’, do CP, uma circunstância atenuante por ter o agente procurado 
minorar as consequências do ato. Ou, ainda, isso pode consubstanciar-se numa confissão 
(outra circunstância atenuante). 
Observação: mesmo raciocínio é aplicado aos delitos de comunicação falsa de crime 
(artigo 340 do CP) e autoacusação falsa (artigo 341 do CP). 
 
1.9 Perdão judicial 
CP, Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
O perdão judicial ocorre nos casos em que o magistrado deixa de aplicar a pena por 
reputa-la, ante as circunstâncias do caso concreto, desnecessária. Ou por questões de política 
criminal, colaboração premiada. 
 Perdão judicial é faculdade ou poder-dever do juiz? 
R. Melhor orientação assenta que se trata de poder-dever do juiz, pois, 
preenchidos os requisitos legais, o juiz irá aplica-lo. 
 
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1.9.1 Hipóteses de incidência 
1.9.1.1 Desnecessidade da sanção penal 
CP, Art. 121, § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a 
pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que 
a sanção penal se torne desnecessária. 
c/c 
CP, Art. 129, § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. 
 
In casu, a aplicação da pena, cuja finalidade são prevenção e retribuição, resta 
esvaziada pelas consequências do caso concreto. 
Exemplo: pai que, por negligência, deixa de vigiar o filho pequeno, o qual entra na 
piscina e morre afogado. Instalada tragédia familiar dessa monta, qual seria o viés preventivo 
ou retributivo da pena nessa hipótese? Nenhum. Por isso, não será aplicada. 
Insta salientar que a aplicação do perdão judicial não está adstrita a vínculo sanguíneo 
entre agente e vítima. Tanto assim que o legislador não fez qualquer restriçãosobre isso. 
Erigiu como requisito mor o grave atingimento do autor do fato pelas consequências. 
Intencionou-se incluir o perdão judicial nos crimes praticados na direção de veículo 
automotor. Porém, o dispositivo foi vetado. 
Lei 9.503/97, Art. 300 
"Art. 300. Nas hipóteses de homicídio culposo e lesão corporal culposa, o juiz poderá 
deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem, exclusivamente, o 
cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente, irmão ou afim em linha reta, do 
condutor do veiculo." 
 
Razões do veto: 
"O artigo trata do perdão judicial, já consagrado pelo Direito Penal. Deve ser vetado, 
porém, porque as hipóteses previstas pelo § 5° do art. 121 e § 8° do artigo 129 do Código 
Penal disciplinam o instituto de forma mais abrangente." 
 
Posição minoritária assenta ser incabível o perdão judicial no crime de trânsito em 
razão da ausência de previsão legal, haja vista o artigo 300 ter sido vetado. Prevalece a 
especialidade do Código de Trânsito Brasileiro sobre a generalidade do Código Penal. Ao 
debruçar-se sobre o artigo 291 do CTB, rechaça o cabimento do instituto em virtude de e 
dispositivo prever a incidência das normas gerais do CP, ao passo que o perdão judicial aloca-
se na parte especial do Codex; mais um motivo por que não seria aplicável. 
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Corrente majoritária sustenta o cabimento do perdão judicial. O primeiro 
fundamento, mais fraco, diga-se, aludiu às razões do veto, nas quais se fez remissão aos 
artigos 121, §5º, e 129, §8º, ambos do CP, e se disse que porque esses dispositivos cuidavam 
do tema de forma mais abrangente não haveria necessidade de uma norma específica no 
corpo do CTB (na opinião do professor, o presidente FHC foi mal assessorado nessa exposição 
de razões). Ademais, o artigo 302 da Lei 9.503/97 não redefiniu o conceito de homicídio. Ao 
revés, o legislador confeccionou uma ponte entre o artigo 302 e o artigo 121, §5º, CP. O crime, 
em si, permaneceu o mesmo. Logo, aplicam-se, por analogia, as disposições do homicídio 
culposo (CP) ao homicídio culposo na direção de veículo automotor (CTB). 
Observação: recentemente, a Lei 12.971/20141 alterou os artigos 302 e 308 da Lei 
9.503/97. 
 
 Exemplos de perdão judicial 
1. Artigo 140, §1º, CP; 
2. Artigo 176, parágrafo único, CP; 
3. Artigo 180, §5º, CP; 
4. Artigo 242, parágrafo único, CP; 
5. Artigo 249, §2º, CP; 
6. Artigo 1º, §5º, Lei 9.613/98; 
7. Artigo 13 da Lei 9.807/992; 
8. Artigo 4º da Lei 12.850/2013. 
 
 
 
 
1 Nota do monitor: recomenda-se a leitura do belíssimo artigo, da lavra do professor Marcio André 
Lopes Cavalcante, sobre as alterações processadas pela Lei 12.971/14 no CTB. Nele, o douto magistrado trata 
das repercussões práticas do novel diploma e, tal qual o professor Marcelo Uzeda, afirma que o legislador perdeu 
ingente oportunidade de consignar alterações, de fato, relevantes. Mormente, no que toca ao artigo 302. 
Disponível em: <http://www.dizerodireito.com.br/2014/05/comentarios-lei-129712014-que-alterou-o.html> 
2 Considerada pelo STJ como norma geral para efeitos de delação premiada.

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