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03 Administrativo -Aras - OAB - 1ªfase

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www.cursocejus.com.br 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1ª Fase 2013.3 
3ª Aula 
Prof. José Aras 
 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
 
1. Generalidades: 
- É um ramo do direito público, que regulamenta, que rege as relações jurídicas travadas 
entre a Administração Pública X Individuo e Administração Pública x Administração 
Pública; 
- A expressão Administração Pública corresponde, ao exercício da denominada FUNÇÃO 
ADMINISTRATIVA; expressão de uma função típica; Poder Executivo; 
- Ao lado da função típica, existe também a função atípica; O Poder Legislativo e o Poder 
Judiciário também exerce essa função administrativa; ou seja, essa função aplica-se a 
qualquer poder; 
- O direito Administrativo aplica-se não apenas ao Poder Executivo, mas a qualquer poder 
que exerça função de natureza administrativa; 
- A Administração Pública nada mais é do o Estado, que é uma pessoa jurídica; 
- O Estado manifesta a sua vontade através de uma pessoa física, ou seja, através do 
agente; 
- O agente pratica ato; todo ato é uma conduta humana; 
- Razão pela qual, o ato administrativo corresponde a uma conduta HUMANA, praticada 
em NOME da Administração Pública, sob o regime jurídico público, e sujeita a controle, 
notadamente, judicial; 
- O ato administrativo NÃO é somente ou unicamente praticado por funcionário público; O 
ato administrativo, portanto, é praticado com observância da Lei; 
 
 
 
 
 
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2. Atuação Administrativa: 
- Todo ato administrativo é SEMPRE pratica com a observância da Lei; existem duas 
maneiras desse ato ser praticado; pode ser de maneira vinculada ou discricionária; 
 
2.1. Atuação Vinculada: 
- Todos os requisitos do ato estão preestabelecidos na Lei; 
- O agente terá uma única maneira de praticar o ato, ou seja, cumprindo a Lei; 
- O gestor aqui somente aplica a Lei; 
- Ex: aposentadoria compulsória; 
 
2.2. Atuação Discricionária: 
- Apenas alguns elementos do ato estão estabelecidos na Lei; 
- O ato discricionário tem uma “moldura” estabelecida pela Lei, e dentro dessa “moldura” o 
gestor pode praticar vários atos; o gestor pode escolher qual o ato que quer praticar; 
- O gestor utiliza dois critérios de avaliação do ato: conveniência e oportunidade; 
- Conveniência e oportunidade = Mérito; 
- Ex: aplicação de verba do IPTU; não é um imposto com uma destinação especifica; a 
verba pode ser gasta de acordo com a conveniência e a oportunidade; 
- A avaliação de mérito é EXCLUSIVA da Administração Pública, sob pena de violação ao 
princípio da separação dos poderes; Poder Judiciário NÃO pode analisar mérito do ato 
administrativo; 
 
3. Controle sobre a atuação Administrativa: 
- Essa atuação administrativa envolve pessoa física; Isso significa, que esse ato 
administrativo esta sujeito a um sistema de controle; 
- O sistema de controle significa que, tanto o Poder Judiciário, a própria Administração e o 
Poder Legislativo controlam essa atuação Administrativa; 
 
3.1. Controle Judicial: 
- É aquele que o Poder Judiciário exerce sobre a atuação Administrativa; 
OBS: O juiz no exercício da jurisdição declara o que está e o que não está em 
conformidade com a Lei; 
 
 
 
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- Toda vez que o ato NÃO estiver em conformidade com a Lei, será ANULADO PELO 
Poder Judiciário; 
- A anulação, portanto, corresponde a extinção do ato por motivo de ILEGALIDADE; 
- A anulação, assim, atinge tanto os atos vinculados como também os atos discricionários, 
sob o enfoque da ilegalidade; mediante provocação; princípio da inércia da jurisdição; 
 
3.2. Controle Administrativo: 
- A Administração Pública controla os seus próprios atos; 
- Assim como o judiciário, a Administração Pública também pode ANULAR os seus 
próprios atos por motivo de ILEGALIDADE; anula ato vinculado e discricionário sobre o 
aspecto da ilegalidade; 
- Além de anular, a Administração Pública pode também, REVOGAR os seus próprios 
atos por motivo de INCONVENIÊNCIA ou INOPORTUNIDADE; 
- A revogação, portanto, envolve questão de mérito; 
- A revogação SÓ pode ser feita pela própria Administração Pública; 
- Revogação envolve atuação de natureza Administrativa; 
- O poder judiciário e o Poder Legislativo, também podem revogar seus próprios atos, por 
motivo de conveniência e oportunidade (mérito); 
- O ato vinculado NÃO pode ser revogado!!! 
 
ESPÉCIE DE 
EXTINÇÃO 
O QUE CAUSA COMPETÊNCIA ESPÉCIE DE 
ATO 
EFEITOS 
ANULAÇÃO ou 
Invalidação 
(i)legalidade Poder judiciário 
e/ou própria 
Administração 
Pública 
Ato vinculado e 
ato discricionário 
Ex tunc 
(retroativo) 
REVOGAÇÃO (in)conveniência 
e/ou 
(in)oportunidade 
Administração 
Pública (função 
administrativa) 
Ato discricionário 
(questões de 
mérito) 
Ex nunc (não 
retroativo / para o 
futuro) 
 
 
 
 
 
 
 
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- Anulação = ato ilegal = não gera efeito jurídico válido = por isso retroage quando se 
anula o ato = ex tunc; 
- Revogação = ato é legal = mas se mostra inconveniente e inoportuno = por isso não 
retroage = efeitos ex nunc; 
- A revogação, que opera efeitos ex nunc, para o futuro, tem dois contextos, o ato 
consumado e o direito adquirido; 
- A revogação NÃO atinge o ato consumado e NÃO atinge o direito adquirido 
 
3.3. Notas de Aprofundamento à Tabela: 
- Anulação = invalidação; a invalidação é para o ato ilegal; 
- Autotutela = corresponde ao controle, que a Administração Pública faz dos seus próprios 
atos, anulando os atos ilegais, e revogando os atos inconvenientes ou inoportunos; 
- A autotutela está sedimentada nas súmulas 346 e 473 do STF; 
 
STF Súmula nº 346 - 13/12/1963 - Súmula da Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal - 
Anexo ao Regimento Interno. Edição: Imprensa Nacional, 1964, p. 151. 
Administração Pública - Declaração da Nulidade dos Seus Próprios Atos 
A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
 
STF Súmula nº 473 - 03/12/1969 - DJ de 10/12/1969, p. 5929; DJ de 11/12/1969, p. 5945; DJ de 
12/12/1969, p. 5993. Republicação: DJ de 11/6/1970, p. 2381; DJ de 12/6/1970, p. 2405; DJ de 15/6/1970, 
p. 2437. 
Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque 
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
- Trata-se de um DEVE de anular os atos ILEGAIS; então a Administração Pública DEVE 
anular os atos ilegais; 
- Art. 53 da Lei Federal nº 9784/99; 
- NÃO confundir autotutela com a tutela; tutela = é o controle que a Administração Pública 
Direta realiza sobre as pessoas da Administração Pública Indireta; autotutela = é controle 
que a Administração Pública faz dos seus próprios atos;

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