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DOAÇAO DE ÓRGAOS BIOÉTICA

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BIOÉTICA
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Eliel Padovini
Gabriel Rosamilia
Mateus Babato
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Transplantes de órgãos
Os transplantes estão entre os procedimentos mais complexos da medicina. O Brasil tem o maior programa público do gênero do mundo, que paga 92% das 70 cirurgias realizadas todos os dias. Em outubro de 2009, o governo federal apresentou o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes – definindo novas regras para os procedimentos. Entenda como são feitos os transplantes e as novidades sobre o assunto no Brasil.
1.Quando foi realizado o primeiro transplante?
O primeiro transplante de órgão bem-sucedido ocorreu em Boston, nos Estados Unidos, em 1954, quando um rim foi transferido do corpo de um homem para seu irmão gêmeo. À época, o volume de sangue perdido pelos pacientes devido ao procedimento impressionava até o mais frio dos cirurgiões. Atualmente, praticamente não há perda de sangue durante a cirurgia. Para se ter uma ideia, os primeiros transplantes de fígado duravam até 24 horas – prazo reduzido para cinco horas agora. Além disso, era preciso usar uma bomba de infusão rápida que injetava quase 20 litros de sangue no paciente no decorrer da cirurgia.
2.Quais órgãos ou tecidos já podem ser transplantados?
Coração, rim, fígado, pulmão, pâncreas, intestino, córnea, medula óssea, pele, valva cardíaca, ossos e esclera ocular. Estima-se que um único doador seja capaz de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas – caso todos os seus órgão sejam doados.
3.Qualquer pessoa pode ser doadora?
Sim, desde que ela não possua em seu histórico doenças que prejudiquem o funcionamento do órgão doado ou provoquem contaminação. Não há limite de idade para a doação. O Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes introduziu uma novidade no assunto: agora, portadores de doenças que antes impediam a doação agora podem doar órgãos para pessoas que sofrem da mesma enfermidade.
4.Quais doações podem ser feitas em vida?
É possível doar em vida órgãos como fígado, medula óssea, pâncreas, rim e pulmão – em outros casos, é necessário que o doador tenha sido diagnosticado com morte encefálica. A lei autoriza a doação em vida ao cônjuge, aos familiares até o quarto grau ou mesmo a pessoas sem nenhum parentesco. Neste último caso, para evitar a venda de órgãos, é preciso autorização judicial, com base em um relatório médico e análise, pelo juiz, da motivação pessoal de quem se oferece como doador. Segundo o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, o caso deverá passar também pelo crivo de uma comissão de ética formada por funcionários do hospital onde será realizado o procedimento, antes de seguir para análise judicial. Em qualquer hipótese, há avaliações clínicas da compatibilidade imunológica e de eventuais riscos. Normalmente, o candidato a doador tem de ser maior de idade, mas há exceções nos casos de doações a parentes autorizadas pelo responsável legal.
5.Como proceder para se tornar um doador depois da morte?
Para que os órgãos de uma pessoa falecida sejam doados, é preciso que a família autorize a doação. Por isso, é importante deixar claro aos familiares o desejo de se tornar um doador, embora não seja necessário deixar nada por escrito. A decisão da família pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à Central de Transplante mais próxima.
6. De que forma é escolhido o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Ele será sempre indicado pela Central de Transplantes, a não ser no caso de doação em vida.
7. Como funciona a fila de espera para transplantes?
Mais de 70.000 pessoas no país esperam por um órgão. As listas são estipuladas por ordem cronológica ou em alguns casos, como o do fígado, pela gravidade da doença. Uma das principais mudanças no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes é a prioridade que os pacientes menores de 18 anos passam a ter. A partir de agora, crianças e adolescentes ficam no topo da fila para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária, e ganham o direito de se inscrever na lista para um transplante de rim antes de entrar na fase terminal da doença renal crônica e de ter indicação para diálise.
No caso de o primeiro da fila ser incompatível com o doador, a prioridade passa para o segundo, e assim sucessivamente. Dependendo do órgão e do estado onde está o receptor, a espera pode durar mais de três anos, o que em muitos casos é sinônimo de morte. Há vinte anos, até 70% das pessoas à espera de um transplante de fígado, em todo o mundo, morriam antes ser atendidas. Hoje, esse índice fica em torno de 15%. Mesmo com o crescimento dos doadores, a demanda ainda é muito maior do que a oferta.
8. Por quanto tempo sobrevivem os órgãos e tecidos a serem transplantados?
É necessário que haja rapidez para que o transplante tenha sucesso. O coração, o pâncreas e o pulmão, por exemplo, só sobrevivem por quatro horas entre a retirada e a doação. Por isso, o aconselhável é que as duas cirurgias ocorram simultaneamente. O fígado resiste até 24 horas fora do organismo. O rim pode esperar de 24 a 48 horas. Já a córnea pode permanecer até seis dias fora do organismo, desde que mantida em condições apropriadas de conservação.
9. Órgãos podem ser vendidos?
Não. O comércio de órgãos é ilegal, e a punição pode chegar a oito anos de prisão.
10. Quais são as particularidades do transplante de medula óssea?
Transplantes de medula óssea exigem altíssima compatibilidade imunológica entre doador e receptor. No caso de irmãos, a chance de sucesso é de uma em três. Quando é preciso encontrar um doador na população em geral, a probabilidade de compatibilidade é de uma em 100.000. Para o transplante, retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10%, o que não causa qualquer comprometimento à saúde. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros. Hoje, já existem mais de 5 milhões de doadores. Para se cadastrar, clique aqui.
11. Quem paga os procedimentos de doação?
De cada 100 cirurgias do gênero, 92 são pagas pelo governo. A maioria dos planos privados de saúde não cobre esse tipo de tratamento, cujo custo pode variar entre menos de mil reais (transplante de córnea) a quase 60.000 reais (medula óssea). Com a nova regulamentação, o valor investido pelo governo deve aumentar, cobrindo outros procedimentos e incorporando novas ações.
12. Que riscos correm o receptor e o doador vivo?
A rejeição continua a ser o grande desafio da medicina dos transplantes. A descoberta de imunossupressores mais precisos e potentes, nos anos 80, significou uma revolução, ao aumentar drasticamente a sobrevida dos operados. O índice de pacientes vivos um ano depois de um transplante de rim, por exemplo, saltou de 70% para quase 100%. Mas ainda se está longe do ideal. Tais remédios devem ser tomados por toda a vida e oferecem reações adversas severas. A solução pode vir dos estudos sobre imunorregulação. Os especialistas buscam um composto capaz de evitar a rejeição sem que seja necessário deprimir o sistema imune do paciente. Há também a aposta nas terapias com células-tronco, que colocaria fim ao problema da rejeição, uma vez que órgãos e tecidos criados em laboratório poderiam ser programados com a genética do paciente
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A história do transplante
Os primeiros experimentos sobre transplante foram relatados em 1907. O primeiro transplante do mundo foi realizado em 1933 por cirurgião ucraniano em um homem para tratar uma insuficiência renal aguda, já em 1963 foi realizado o primeiro transplante de fígado e em 1967 o primeiro cardíaco. No Brasil o primeiro transplante realizado foi em 1968. Apesar do avanço das técnicas cirúrgicas, tais cirurgiões se deparavam com problemas relacionados à rejeição. Em 1978, a introdução da ciclosporina – droga imunossupressora (antirrejeição) revolucionou os transplantes clínicos em todo o mundo. 
 Se por um lado trazem esperança de melhor qualidade de vida para milharesde pessoas, por outro, se apresentam como grande problema pelas dificuldades enfrentadas por aqueles que, dramaticamente, necessitam de órgãos para continuar a viver
http://www.pompeia.org.br/pages/historico/
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LEI Nº 9.434, DE 4 DE FEVEREIRO DE 1997
	Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências.
CAPÍTULO I
 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo.
Art. 2º A realização de transplante ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser realizada por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde.
Parágrafo único. A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos e partes do corpo humano só poderá ser autorizada após a realização, no doador, de todos os testes de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidos em normas regulamentares expedidas pelo Ministério da Saúde.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9434.htm
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CAPÍTULO II
DA DISPOSIÇÃO POST MORTEM DE TECIDOS, ÓRGÃOS E PARTES DO CORPO HUMANO PARA FINS DE TRANSPLANTE.
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
§ 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica.
Art. 4o A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.
 Art. 6º É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9434.htm
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CAPÍTULO III
DA DISPOSIÇÃO DE TECIDOS, ÓRGÃOS E PARTES DO CORPO HUMANO VIVO PARA FINS DE TRANSPLANTE OU TRATAMENTO
Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.§ 3º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.
§ 4º O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão ou parte do corpo objeto da retirada.
§ 5º A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos responsáveis legais a qualquer momento antes de sua concretização.
§ 6º O indivíduo juridicamente incapaz, com compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos de transplante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e autorização judicial e o ato não oferecer risco para a sua saúde.
§ 7º É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de tecido para ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer risco à sua saúde ou ao feto.
§ 8º O auto-transplante depende apenas do consentimento do próprio indivíduo, registrado em seu prontuário médico ou, se ele for juridicamente incapaz, de um de seus pais ou responsáveis legais.
Art. 9o-A  É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefícios da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário durante o período de consultas pré-natais e no momento da realização do parto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9434.htm
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RESOLUÇÃO CFM nº 1.480/97
CONSIDERANDO que a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte, conforme critérios já bem estabelecidos pela comunidade científica mundial; CONSIDERANDO o ônus psicológico e material causado pelo prolongamento do uso de recursos extraordinários para o suporte de funções vegetativas em pacientes com parada total e irreversível da atividade encefálica; CONSIDERANDO a necessidade de judiciosa indicação para interrupção do emprego desses recursos; CONSIDERANDO a necessidade da adoção de critérios para constatar, de modo indiscutível, a ocorrência de morte; CONSIDERANDO que ainda não há consenso sobre a aplicabilidade desses critérios em crianças menores de 7 dias e prematuros, 
RESOLVE: 
Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. Art. 2º. Os dados clínicos e complementares observados quando da caracterização da morte encefálica deverão ser registrados no "termo de declaração de morte encefálica" anexo a esta Resolução. Parágrafo único. As instituições hospitalares poderão fazer acréscimos ao presente termo, que deverão ser aprovados pelos Conselhos Regionais de Medicina da sua jurisdição, sendo vedada a supressão de qualquer de seus itens. Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa conhecida. Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia. Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado: a) de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas b) de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas c) de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas d) acima de 2 anos - 6 horas Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca: a) ausência de atividade elétrica cerebral ou, b) ausência de atividade metabólica cerebral ou, c) ausência de perfusão sangüínea cerebral.
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1997/1480_1997.htm
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A morte é assunto polêmico no âmbito da medicina, mais ainda ante a evolução que a terapêutica neurológica alcançou nos últimos anos. Contudo, por mais que se pesquise, sempre é difícil precisar o exato momento de sua ocorrência por não constituir fato instantâneo, mas uma sequência de fenômenos gradativamente processados nos vários órgãos e sistemas de manutenção da vida. O advento de meios artificiais de manutenção e suporte de vida dificultou ainda mais a definição precisa da morte. A fixação de critérios na determinação da morte encefálica, por sua vez, ganhou gradativamente maior importância à luz das normas editadas para a realização dos transplantes. Tudo isso ensejou os mais variados debates sobre o assunto, na busca de uniformização de conceitos.
Vários exames de extrema importância para o diagnóstico de morte encefálica avaliam a atividade elétrica cerebral,a atividade metabólica e a perfusão sanguínea cerebral, tais como: a tomografia computadorizada, a monitorização da pressão intracraniana, marcadores químicos do líquido cefalorraquidiano, o eletroencefalograma, a angiografia cerebral, o doppler transcraniano, a cintilografia e potenciais evocados auditivos do tronco cerebral 
http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/572/544
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ESCALA DE GLASGOW
A escala compreende três testes: respostas de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.
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Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) - 2014
A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) divulga as informações do REGISTRO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES (RBT) de 2014, com dados mais atuais da situação da doação de órgãos e transplantes no Brasil.  Apesar do crescimento de 7,6% na taxa de doação de órgãos em 2014 (14,2 por milhão de população (pmp)), ficamos em torno de 5% abaixo da taxa prevista (15,0 pmp), o que nos distanciou da meta de alcançar 20 doadores pmp em 2017. Entre as causas da não efetivação da doação, a taxa de não autorização familiar ainda é elevada (46%), e uma meta plausível é diminuir 2% por ano, até atingir 30%. A taxa de parada cardíaca de 14,5% é difícil de analisar, pois pode estar relacionada a várias condições, como dificuldades na manutenção e/ou demora na notificação ou no diagnóstico da morte encefálica.  O transplante renal, que cresce continuamente desde 2007, aumentou 3,5% neste ano, às custas do transplante com doador falecido, que cresceu 4,7%, enquanto o transplante com doador vivo, que diminuiu de 2008 a 2013, estabilizou-se neste ano.  O transplante hepático, com crescimento anual desde 2008, aumentou apenas 1,9% em 2014, sendo o incremento de 1,1% com doador falecido e de 10,3% com doador vivo. Apenas CE e DF apresentaram taxa de transplante superior a 20 pmp. O transplante de córneas vem caindo desde 2012 (80,1 pmp), tendo a queda sido de 5,2%, em 2014 (68,3 pmp). Entretanto, a lista de espera continua caindo, o que poderia ter algumas explicações, como por exemplo, a necessidade real ser menor que a estimada (90 pmp) ou os pacientes não estarem tendo acesso aos serviços de transplante.  Destacamos também que na região norte, a menos assistida, houve nos últimos sete anos, um crescimento maior na taxa de doadores efetivos (cresceu 6,6 vezes) que as outras regiões (crescimento de 1,9 a 2,9 vezes) e de transplante renal com doador falecido (5,4 vezes versus 2,0 a 2,7 vezes) e, também, foram iniciados os transplantes hepáticos
http://www.abto.org.br/abtov03/default.aspx?c=1076
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http://www.abto.org.br/abtov03/default.aspx?mn=481&c=922&s=0&friendly=etica-em-transplantes
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Rejeição
ISTEMA IMUNE O sistema imunológico reconhece, defende e protege o organismo contra infecções, e rejeita tudo o que é estranho. O órgão transplantado é visto pelo sistema imune como algo estranho, que não pertencente ao organismo do receptor. Para tanto, é condição sine qua non, sem a qual não pode deixar de existir, o uso dos imunossupressores, que irão adequar o sistema imunológico e evitar a rejeição do órgão. TRATAMENTO CONTÍNUO Para o sucesso do transplante é necessário que as medicações sejam tomadas da forma prescrita, seguindo os horários, as orientações e cuidados, em uso contínuo, ou seja,diariamente.  INDIVIDUALIZAÇÃO e ADESÃO A dosagem deve ser exata, por isso é ajustada individualmente, conforme a necessidade de cada paciente. Ao ingerir uma quantidade maior, o seu organismo pode ficar mais susceptível às infecções e o medicamento poderá tornar-se tóxico, e ao ingerir uma quantidade menor, ou seja, abaixo do indicado, o seu organismo poderá rejeitar o órgão, acarretando na perda do transplante. No decorrer do tempo com o transplante, podem ser necessários ajustes nas doses. Fique atento se houver alteração nas doses e siga as orientações para evitar problemas e intercorrências. Comunique ao seu médico caso a marca do medicamento fornecido pela Secretaria de Saúde mude, pois pode ser necessário acompanhamento mais rigoroso da dosagem e ajustes poderão ser necessários. APAC  As autorizações para procedimentos de alto custo são chamadas de APAC, são os impressos para aquisição dos imunossupressores, preenchidos pelo médico. Os medicamentos são retirados em locais específicos, que são as farmácias de especialidades do sistema único de saúde - SUS, conhecidas como farmácia de alto custo. A equipe ambulatorial que realiza o acompanhamento indica a farmácia e é de responsabilidade do paciente/familiar a retirada dos medicamentos imunossupressores. É importante que a medicação seja bem controlada para que não acabe e falte no uso diário e devem ser retirados mensalmente juntamente com receituário médico. CUIDADO COM AS MEDICAÇÕES Para garantir a qualidade dos medicamentos e não comprometer a sua eficácia fique atendo a alguns cuidados: - Guardar todas as medicações nas embalagens originais e em lugar fresco, sem umidade, longe do sol/calor, preferencialmente separado dos medicamentos dos outros membros da família e longe do alcance das crianças.  - Para transportar não retire as cápsulas e comprimidos das cartelas (blisters), leve sempre a cartela inteira pois a embalagem contém informações importantes do medicamento e mantém sua integridade (evite o uso de comprimidários). Lembre-se de não deixar dentro do carro exposto ao sol/calor 
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DICAS PARA CONTROLE E SEGURANÇA - Procure manter um diário* com os medicamentos que faz uso e anote as doses tomadas; *É importante lembrar-se das medicações, para isto você pode criar estratégias que irão ajudá-lo a não esquecer. Alguns pacientes utilizam diário, alarme celular ou lembretes na porta da geladeira. Crie o seu próprio e, caso esqueça ou atrase alguma dose, informe sua equipe de saúde. - Carregue consigo a lista dos medicamentos que está tomando; - Tome somente as medicações prescritas e autorizadas pelo seu médico e  consulte sua equipe de saúde sempre que houver necessidade de utilizar outros medicamentos, inclusive vacinas e fitoterápicos (medicamentos a base de plantas); - Para evitar a falta de medicamentos, fique atento às reposições, principalmente nos finais de semana e antes dos feriados prolongados; - Nunca aumentar ou diminuir a dose de uma medicação por conta própria; - Tome as medicações nos mesmos horários, a fim de garantir regularidade nos intervalos e o nível adequado da imunossupressão; e - Não tome os imunossupressores antes das coletas de sangue para exames laboratoriais e lembre-se de tomá-los logo após a coleta. - Lembre-se de informar ao médico todos os sintomas que está sentido após iniciar o tratamento - Evite exposição solar direta e utilize sempre filtro solar fator 30 ou maior e chapéu  - Atenção às alergias – informe à sua equipe de saúde caso seja alérgico a algum medicamento, alimento ou material® TIPOS DE IMUNOSSUPRESSORES Estas são as medicações imunossupressoras geralmente utilizadas nos transplantes: Princípio Ativo   -   Nomes Comerciais ® Azatioprina  -  Imuram®  Tacrolimo  - Prograf® , Tarfic® e Tacrofort® Ciclosporina -  Sandimmum® e Sigmasporim® Prednisona -  Meticorten®, Artinizona®, Corticorten®, Flamacorten®, Predson®, Prednax®, Prednis, Predcort® e Precortil®. Micofenolato de Sódio  -  Myfortic® Micofenolato Mofetil  -  Cellcept® Everolimo  -  Certican® Sirolimo -  Rapamune® Em negrito os medicamentos referências. ESQUEMA TRIPLICE A combinação de medicamentos, geralmente em esquema tríplice, ou seja, com três imunossupressores, visa garantir melhor eficácia do tratamento, pois cada um deles tem mecanismos de ação diferentes e a combinação possibilita usar doses mais seguras, evitando eventos adversos. ATENÇÃO Todas as medicações, inclusive os imunossupressores podem causar eventos adversos, caso ocorra, não suspenda o uso, nem altere a dosagem, entre em contato com sua equipe de saúde para avaliação do queserá necessário fazer neste caso.
http://www.abto.org.br/abtov03/default.aspx?c=927
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http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-05/numero-de-transplantes-de-orgaos-aumenta-18-nos-tres-ultimos-anos
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http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-05/numero-de-transplantes-de-orgaos-aumenta-18-nos-tres-ultimos-anos
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http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/Biblioteca_Teses/Textos/IPEA_1317.pdf

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