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Conceitos Fundamentais do Direito

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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO 
CURSO DE DIREITO 
 
 Direito Natural:O direito natural é um direito espontâneo, que se origina 
da natureza social do homem e que é revelado pela conjugação da 
experiência e razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não 
de regras, de caráter universal, eterno e imutável. O direito natural 
revela ao legislador os princípios fundamentais de proteção ao homem, 
que forçosamente deverão ser consagrados pela legislação, a fim de 
que se obtenha um ordenamento jurídico substancialmente justo. O 
direito natural não é escrito, não é criado pela sociedade e nem é 
formulado pelo Estado. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito) 
 Direito Positivo: É o direito institucionalizado pelo Estado. É a ordem 
jurídica obrigatória em determinado lugar e tempo, positivado de forma 
efetiva. A maior divisão do direito positivo, e também a mais antiga, é 
representada pelas classes do Direito Público e Privado. (Paulo Nader – 
Introdução ao Estudo do Direito). 
 Direito Objetivo: É o complexo de normas que o Estado mantém em 
vigor e impostas indivíduos nas suas relações externas, com caráter de 
universalidade, emanadas dos órgãos competentes segundo a 
Constituição e tornadas obrigatórias mediante coação. O direito positivo 
é constituído essencialmente pelo direito escrito, mas admitem ainda 
como fontes do direito objetivo a analogia, os costumes e os princípios 
gerais do direito (art. 4° da LICC). (J.M Leoni Lopes de Oliveira – 
Introdução ao Direito). (direito escrito e não escrito) 
 Direito Subjetivo :É uma vontade juridicamente protegida pelo 
ordenamento jurídico, ou seja, é o poder de querer que, entre outras, 
assume a forma de poder de querer segundo regras de direito, para a 
realização de fins próprios numa convivência ordenada, em que as 
pessoas têm de fazer valer seus direitos individuais. (J.M Leoni Lopes 
de Oliveira – Introdução ao Direito). 
 Dever subjetivo: dever subjetivo é imanente ao conjunto de normas 
jurídicas objetivas. Em outros termos, o dever subjetivo tem sua gênese 
na norma a qual expõe os limites ao exercício do direito subjetivo. 
Destarte o dever subjetivo é um dever imposto pela norma e tem o 
intuito de não tornar o uso do direito subjetivo de forma abusiva, 
limitando-o desta maneira. 
 Pessoa Física: São os homens considerados individualmente. Deste 
modo pessoa física é o homem, enquanto sujeito de direitos e 
obrigações, ou seja, é o homem como sujeito ativo ou passivo de 
qualquer direito. (André Franco Montoro – Introdução à Ciência do 
Direito) 
 Pessoa Jurídica: As pessoas jurídicas são todas as entidades ou 
instituições a que ordem jurídica atribui capacidade para ser titular de 
direitos e obrigações. (Franco Montoro – Introdução à Ciência do 
Direito). Destarte Jefferson Daibert define pessoa jurídica como 
“conjunto de pessoas ou bens destinados à realização de um fim a quem 
o direito reconhece aptidão para ser titular de direitos e obrigações na 
ordem civil’”. Fundamentando-se no código Civil, nas disposições do 
artigo 13, podemos dividir as pessoas jurídicas em duas grandes 
categorias: pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de 
direito privado. 
 Entes despersonalizados: Os entes "despersonalizados": Embora 
capazes de adquirir direitos e contrair obrigações, não preenchem as 
condições legais para serem consideradas Pessoas Jurídicas. Estão 
entre eles encontram-se: 
 A Pessoa Jurídica "de fato": Qualquer pessoa que exerça alguma 
atividade econômica e que não tenha constituído adequada e 
legalmente o seu negócio. 
 A Massa Falida: Que surge a partir da declaração judicial de falência de 
alguma sociedade. É constituída do patrimônio arrecadado pelo juízo 
falimentar. 
 Espólio: Composto do patrimônio oriundo da arrecadação dos bens, 
direitos e obrigações de pessoa falecida. 
 Personalidade civil: A personalidade civil da pessoa física é uma 
criação do Direito para que o indivíduo seja considerado pessoa, e, 
portanto, tenha direitos e obrigações Tal atributo tem inicio diante do 
nascimento com a vida, fato que pode ser comprovado por meio da 
respiração. A personalidade civil perdura por toda a vida e somente se 
extingue com a morte. 
 Personalidade jurídica: Personalidade jurídica, atributo essencial ao 
ser humano, é a aptidão para possuir direitos e deveres, que a ordem 
jurídica reconhece a todas as pessoas. Em nosso Direito, esse 
reconhecimento é feito pelo artigo 1° do Código Civil: “Toda pessoa é 
capaz de direitos e deveres na ordem civil”. 
 Relação Jurídica: Vínculo entre pessoas, em virtude do qual uma delas 
pode pretender algo a que a outra esta obrigada, afirmando que toda 
relação jurídica apresenta um elemento material, constituído pela 
relação social, e outro formal, a determinação jurídica o fato, mediante 
normas. São as relações jurídicas que dão movimentam o Direito. É a 
relação social regularizada pelo Direito. (Franco Montoro – Introdução à 
Ciência do Direito). Para Reale “quando uma relação de homem para 
homem se subsume ao modelo normativo instaurado pelo legislador, 
essa realidade concreta é concreta é reconhecida como sendo relação 
jurídica”. 
 Sujeito ativo: É a pessoa que na relação, ocupa a situação jurídica 
ativa; é o portador do direito subjetivo que tem o poder de exigir do 
sujeito passivo o cumprimento do dever jurídico. O sujeito ativo é o 
credor da prestação principal. Sujeito ativo ou titular do direito é a 
pessoa natural ou jurídica. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do 
Direito). 
 Sujeito passivo: É o elemento que integra a relação jurídica com a 
obrigação de uma conduta ou prestação em favor do sujeito ativo. O 
sujeito passivo é o responsável pela obrigação principal. Sujeitos ativos 
e passivos apresentam-se sempre em conjunto nas relações jurídicas. 
(Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito). 
 Objeto imediato: O vínculo existente na relação jurídica esta sempre 
em função de um objeto. O objeto imediato é a coisa em que recai o 
poder do sujeito ativo, enquanto conteúdo. (Paulo Nader – Introdução ao 
Estudo do Direito). 
 Objeto mediato: É o fim que o direito garante. (Paulo Nader – 
Introdução ao Estudo do Direito). Bens jurídicos, coisas ou pessoas. 
 Vínculo de atributividade: É o vínculo que confere a cada um dos 
participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo determinado 
ou determinável. O vínculo de atributividade pode ter por origem o 
contrato ou a lei. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito). 
 Bens jurídicos: Paulo Dourado Gusmão afirma que “bem 
jurídico é tudo aquilo que pode ser objeto de tutela jurídica, suscetível ou 
não de valorização econômica”. O conceito de bens jurídicos abrange, 
conforme os ensinamentos de Gaio três realidades: coisas, pessoas e 
ações. O Código Civil atual classifica os bens em três grandes grupos: 
a) Bens considerados em si mesmos; b) bens reciprocamente 
considerados; c) Bens públicos e particulares. 
I. Bens considerados em si mesmos - a) Bens imóveis e móveis; b) 
Bens fungíveis e infungíveis; c) bens consumíveis e inconsumíveis; 
d) bens singulares e coletivos; e) divisíveis e indivisíveis. 
São bens moveis os Bens suscetíveis de movimento próprio 
(semoventes) ou de remoção por força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico-social (art. 82). 
São bens imóveis os bens que não podem ser transportados sem 
alteração de sua substância, com destruição total ou parcial. 
São bens fungíveis os bens que podem substituir-se por outros da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. (art. 85) 
São bens não fungíveis Insubstituíveis, ainda que haja similares. 
São bens materiais os bensque existem fisicamente no mundo. 
São bens imateriais as coisas perceptíveis apenas pela inteligência. 
São bens públicos os bens de domínio nacional, pertencentes à 
União, aos Estados ou aos municípios. 
São bens particularestodos os outros, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. 
 Ato jurídico: O ato jurídico lato sensu manifesta-se como uma das 
divisões do fato jurídico (Fato jurídico stricto sensu e ato jurídico lato 
sensu)e refere-se a todos os acontecimentos decorrentes da vontade 
humana, com repercussão no mundo dos direitos. Divide-se em ato 
jurídico lícito e ilícito, conforme admitido ou não pelas regras jurídicas. 
 Fato natural/ordinário: Os fatos jurídicos observados m sentido amplo 
manifestam-se como “todo e qualquer que, na vida social, venha a 
corresponder ao modelo de comportamento ou de organização 
configurado por uma ou mais normas de direito”, divergindo do fato 
jurídico stricto sensu que pondera que é apenas o acontecimento 
provocado por agentes da natureza, independentemente da vontade 
humana e que, repercutindo na vida jurídica, cria, modifica ou extingue 
relação jurídica. Os fatos jurídicos stricto sensu dividem-se em duas 
espécies: acontecimentos naturais ordinários e acontecimentos naturais 
extraordinários. Os fatos naturais ordinários são fenômenos previsíveis, 
normais, regulares, como o nascimento, a morte e o decurso do tempo. 
(Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito) 
 Fato natural/extraordinário:Os fatos jurídicos, como a própria 
denominação indica, são fatos que não se apresentam com 
regularidade, são contingentes, escampam à previsão e ao controle. 
(Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito) 
 Fato jurídico: Fato jurídico é acontecimento do mundo fático a que o 
Direito determina efeitos jurídicos: nascimento, roubo, testamento, 
emancipação, etc. Necessariamente reúne dois elementos: suporte 
fático e regra de Direito. Suporte fático é o fenômeno definido na 
hipótese ou suposto da norma jurídica. É o fato que, ocorrido, provoca a 
aplicação da disposição ou consequência da regra jurídica. Destarte os 
fatos jurídicos são as fontes que geram, modificam ou extinguem 
relações jurídicas. Mas não todos os acontecimentos do mundo fático 
que se projetam para o mundo dos direitos, apenas os que se revelam 
importantes para o equilíbrio social. (Paulo Nader – Introdução ao 
Estudo do Direito) 
 Ato jurídico perfeito: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Ex: nomeação e 
posse em cargo de juiz de direito antes da EC n. 45/04. 
 Ato jurídico lícito: É todo ato decorrente da vontade humana, cujos 
efeitos são apontados e permitidos em lei, ou seja, são corretos e 
válidos. Os atos lícitosse subdividem em ato jurídico stricto sensu e 
negócio jurídico. (Paulo Nader - Introdução ao Estudo do Direito. 
 Ato jurídico ilícito: É a conduta humana violadora da ordem jurídica. Só 
pratica ato ilícito quem possui dever jurídico. A ilicitude sempre implica a 
lesão a um direito pela quebra do dever jurídico. Excetuado o ilícito 
contratual, a prática gera uma relação jurídica, em que o autor assume 
um dever jurídico de reparar a infração. Para a configuração dos atos 
ilícitos concorrem os elementos: conduta, antijuridicidade, 
imputabilidade e culpa. O ilícito é sempre uma conduta humana, ainda 
que instrumentalmente a lesão ao direito se faça pela força de um ser 
irracional ou por qualquer outro meio. A antijuridicidade significa que a 
ação praticada é proibida pelas normas jurídicas. A imputabilidade é a 
responsabilidade do agente pela autoria do ilícito. A culpa é o elemento 
subjetivo referente ao animus do agente ao praticar o ato. É o elemento 
de ordem moral, que indica o nível de participação da consciência na 
relação do evento. O ato ilícito doloso é o praticado com determinação 
de vontade, intencionalmente. No ato culposo não se verifica o propósito 
deliberado de realização do ilícito. A responsabilidade deriva de uma 
conduta imprópria do agente que, podendo evitar a ocorrência do fato, 
que é previsível não o faz. A culpa pode decorrer por negligência, 
imperícia ou imprudência. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do 
Direito) 
 Direito adquirido: É o direito que já se incorporou ao patrimônio jurídico 
da pessoa. É o direito aperfeiçoado, ou seja, que preencheu todos os 
requisitos necessários à sua aquisição. O direito foi adquirido, todavia, 
ainda não foi exercido.Ex: o direito à aposentadoria; direito à licença 
prêmio. Para que se considere um direito como adquirido é preciso que 
sejam observados dois requisitos: a) que o fato jurídico, de que se 
originou o direito, nos termos da lei antiga, tenha sido totalmente 
integrado no patrimônio jurídico durante a vigência da lei anterior; b) seja 
resultante de ato idôneo. O direito adquirido não se confunde com a 
expectativa de direito, que significa o direito em formação, ainda não 
consumado, que eventualmente poderá fazer parte do patrimônio 
jurídico futuro da pessoa. (Franco Montoro – Introdução à Ciência do 
Direito). O fato jurídico perfeito e a coisa julgada são exemplos de direito 
adquirido. 
 Coisa Julgada:Os princípios do Direito Aplicado referem-se às decisões 
judiciais, que deixaram de ser apenas norma geral e abstrata, para 
transformar-se em norma jurídica individualizada. Dentre as principais 
encontramos decisão de casos pendentes e sua execução, prévia 
calculabilidade da sentença, uniformidade e continuidade de 
jurisprudência e coisa julgada. Dá-se a coisa julgada quando a decisão 
judicial é irrecorrível, não admitindo qualquer modificação. A presunção 
de verdade que a coisa julgada estabelece constitui princípio de 
segurança jurídica. A respeito à coisa julgada é princípio indeclinável de 
segurança. É a imutabilidade dos efeitos da sentença, que não mais se 
sujeita a recursos. É a sentença transitada em julgado. (Paulo Nader – 
Introdução ao Estudo do Direito). 
 Definitividade: A Definitividade, juntamente com o caráter substitutivo, 
escopo de atuação do direito, presença da lide, inércia, imparcialidade, 
consumam-se como as características da jurisdição. Destarte a 
Definitividade, apresenta-se são suscetíveis de se tornar imutáveis 
(coisa julgada) não podendo ser revisto ou modificados, uma lide se 
considerada solucionada para sempre, sem que possa voltar a discutir-
la, depois que tiver sido apreciada e julgada pelos órgãos jurisdicionais, 
cabendo sempre à última decisão ao judiciário. 
 Abuso do direito: O abuso de direito consiste na atuação do sujeito fora 
dos interesses protegidos pelo ordenamento jurídico, ainda que 
aparentemente exercite um direito. Destarte o abuso de direito 
manifesta-se como todo ato ou omissão que pela intenção de seu autor, 
pelo seu objeto ou pelas circunstâncias em que se realize, ultrapasse 
manifestamente os limites normais do exercício de um direito, com dano 
para terceiros, dará lugar à correspondente indenização e à adoção de 
medidas judiciais ou administrativas que impeçam a persistência no 
abuso. (J.M Leoni Lopes de Oliveira – Introdução ao Direito). 
 Direito público:É o complexo de normas que regulam a organização e a 
atividade do Estado e dos outros agregados políticos menores, ou que 
disciplinam as relações entre os cidadãos e essas organizações 
políticas, divergindo do direito privado pelo predomínio do interesse 
público, participação direta do Estado, predomínio da relação de 
subordinação e predomínio de normas cogentes (obrigatórias). (J.M 
Leoni Lopes de Oliveira – Introdução ao Direito). 
 Direito privado: É apontado como o complexo de normas que regulam 
as relações dos particulares entre si ou as relaçõesentre eles, o Estado 
e os agregados referidos, desde que estes não figurem nessa relação 
como exercendo funções do poder público ou soberano, distinguindo-se 
do direito público pelo predomínio do interesse privado, participação 
indireta do Estado, predomínio das relações de subordinação e 
predomínio de normas permissivas. 
 Direito difuso:constituem direitos transindividuais, ou seja, que 
ultrapassam a esfera de um único indivíduo, caracterizados 
principalmente por sua indivisibilidade, onde a satisfação do direito deve 
atingir a uma coletividade indeterminada, porém, ligada por uma 
circunstância de fato. Por exemplo, o direito a respirar um ar puro, a um 
meio ambiente equilibrado, qualidade de vida, entre outros que 
pertençam à massa de indivíduos e cujos prejuízos de uma eventual 
reparação de dano não podem ser individualmente calculados. (art. 81, 
são unidos pela circunstancia, não são indenticaveis e não são 
divisiveis) 
 Direito coletivo: constituem direitos transindividuais de pessoas ligadas 
por uma relação jurídica base entre si ou com a parte contrária, sendo 
seus sujeitos indeterminados, porém determináveis. Há também a 
indivisibilidade do direito, pois não é possível conceber tratamento 
diferenciado aos diversos interessados coletivamente, desde que ligados 
pela mesma relação jurídica. Como exemplo, citem-se os direitos de 
determinadas categorias sindicais que podem, inclusive, agir por meio 
de seus sindicatos. (não são divisiveis, identifica-se a categoria) 
 Direito individual homogêneo: são aqueles que dizem respeito a 
pessoas que, ainda que indeterminadas num primeiro momento, 
poderão ser determinadas no futuro, e cujos direitos são ligados por um 
evento de origem comum. Tais direitos podem ser tutelados 
coletivamente muito mais por uma opção de política do que pela 
natureza de seus direitos, que são individuais, unidos os seus sujeitos 
pela homogeneidade de tais direitos num dado caso. A defesa dos 
direitos individuais homogêneos teve início nos Estados Unidos em 
1966, através das chamadas "Class actions". (são divisiveis e 
indetificaveis) 
 Espécies normativas:As espécies normativas são estabelecidas pela 
nossa Constituição Federal em seu artigo 59°e são: 
Artigo 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
 
I. Emendas à Constituição; 
 
II. Leis complementares; 
 
III. Leis ordinárias; 
 
IV. Leis delegadas; 
 
V. Medidas provisórias; 
 
VI. Decretos legislativos; 
 
VII. Resoluções. 
 Fontes do direito: Reale nos afirma que "fonte do direito" são os 
processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se 
positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia 
no contexto de uma estrutura normativa, ou seja, os modos de formação 
e revelação das normas jurídicas, mas o quase consenso existente 
quanto ao conceito de fonte de fonte não se estende a classificação das 
fontes do direito, permanecendo grandes divergências na doutrina, a 
primeira classificação tradicional das fontes do direito dividem as fontes 
em materiais e formais. 
I. Fontes materiais –são aquelas que determinam as causas que 
determinaram a formulação da norma jurídica, os seus motivos 
sociais, éticos ou econômicos (poder social); 
II. Fontes formais – são aquelas que determinam o modo de 
formação e revelação das normas jurídicas, almejando encontrar 
destarte as fontes técnico-jurídicas por meio das quais se 
manifesta o direito positivo. 
Já Rizzatto Nunes afirma que as fontes do direito são o local de 
origem do direito e continua falando que o direito positivo – as 
normas jurídicas escritas – fruto de at do estado, é para nós maro 
divisório importante e precede a classificação das fontes do 
direito em estatais e não estatais. 
Fontes estatais e não estatais 
Fontes estatais – as leis e a jurisprudência 
Fontes não estatais – o costume jurídico e a doutrina. 
As fontes estatais 
 A legislação – conjunto de normas jurídicas emanadas do Estado, 
através de seus vários órgãos, dentre os quais se realça, com relevo, 
nesse tema o poder legislativo. 
O conjunto da legislação se dá pela junção de todas as normas jurídicas 
escritas, publicadas oficialmente pelo Estado através de seus órgãos. 
 Os tratados internacionais – os tratados internacionais passam por 
diversas faces de celebração para ter vigência internacional, bem como 
no território brasileiro, tais como: negociação, assinatura, ratificação, 
promulgação e publicação. 
 A jurisprudência – Define-se a jurisprudência como o conjunto de 
decisões dos tribunais a respeito do mesmo assunto, ou seja, conjunto 
de decisões. 
As fontes não estatais: 
 O costume Jurídico- é norma jurídica obrigatória, imposta ao setor da 
realidade que regula possível de imposição pela autoridade pública e em 
especial pelo Poder Jurídico. 
 É uma norma não escrita, que surge da prática longa, diuturna e 
reiterada da sociedade. 
 O costume jurídico possui outra característica importante a “convicção 
de obrigatoriedade”, ou seja, a prática reiterada, para ter característica 
de costume jurídico, deve ser aceita pela comunidade como de cunho 
obrigatório. 
 O costume jurídico emana o próprio seio da sociedade e apesar da 
obrigatoriedade do seu cumprimento, não se sabe qual sanção pelo seu 
não cumprimento. 
 Costume jurídico vai se modificando e se adaptando as necessidade 
sociais, dentro da dinâmica de transformações de mudanças rápidas e 
contínuas, seus hábitos e comportamentos. 
Doutrina- é resultado do estudo que pensadores afazem a respeito do 
Direito, destarte os ensinamentos de jurisconsultos remotos assim como 
Caio e Papiniano são usados na aplicação do direito abstrato em um 
caso concreto. 
 Legislação - conjunto de normas jurídicas emanadas do Estado, através 
de seus vários órgãos, dentre os quais se realça, com relevo, nesse 
tema o poder legislativo.O conjunto da legislação se dá pela junção de 
todas as normas jurídicas escritas, publicadas oficialmente pelo Estado 
através de seus órgãos. 
 Jurisprudência: A jurisprudência manifesta-se como a revelação do 
direito que se processa através do exercício da jurisdição, em virtude de 
uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais. É a razão pela qual 
o Direito jurisprudencial não se forma através de uma ou três sentenças, 
mas exige uma série de julgados que guardem, entre si, uma linha 
essencial de continuidade e coerência. Para que se possa falar em 
jurisprudência de um Tribunal, é necessário certo número de decisões 
que coincidam quanto à substância das questões objeto de seu 
pronunciamento. A jurisprudência inova em matéria jurídica, 
estabelecendo normas que não se contêm estritamente na lei, mas 
resultam de uma construção obtida graças à conexão de dispositivos, 
até então considerados separadamente, ou, ao contrário, mediante a 
separação de preceitos por largo tempo unidos entre si. Destarte o juiz 
compõe, para o caso concreto, uma norma que vem aperfeiçoar o 
sistema objetivo do Direito. (são emanadas do tribunal de primeira 
instancia e segunda, colegiados). 
 Doutrina jurídica: A doutrina ou Direito Cientifico, compõe-se de 
estudos e teorias, desenvolvidos pelos juristas, com o objetivo de 
interpretar e sistematizar as normas vigentes e de conceber novos 
institutos jurídicos, reclamados pelo momento histórico. Em alguns 
setores da cultura, a doutrina, é considerada fator de conservação da 
organização social, por fornecer suporte cientifico ao Direito que 
estrutura e informa às instituições e aos órgãos da sociedade. A doutrina 
possui três funções: na formação de leis, no processo de interpretação 
doDireito Positivo e na crítica aos institutos vigentes. 
 Costume social:É a reiteração de conduta de maneirauniforme e 
constante com a convicção de sua obrigatoriedade. Ocostume social é 
uma prática gerada espontaneamente pelas forças sociais e ainda de 
forma inconsciente. É uma norma efetiva que aspira a validade e ocorre 
de forma lenta e decorre da necessidade social de fórmulas práticas 
para resolverem em jogo. 
 Costume Jurídico:“é o conjunto de normas de conduta social, criadas 
espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado, uniforme e que 
gera a certeza de obrigatoriedade, reconhecidas e impostas pelo 
Estado”. 
 Princípios gerais do direito: É o terceiro instrumento de integração da 
norma. São compostos de regras que se encontram na consciência dos 
povos. Podemos apontar: a boa-fé se presume, ninguém pode transmitir 
mais direitos do que tem; ninguém pode valer-se da própria torpeza, 
etc.Destarte os princípios gerais do direito são regras de conduta que 
norteiam o juiz na interpretação da norma, do ato jurídico ou negócio 
jurídico. Preceitos romanos manifestam-se como os primórdios dos 
princípios gerais, enumerando viver honestamente, não causar dano a 
outrem e dar a cada o que é seu. (direito natural). 
 Princípios Constitucionais:São os pontos mais importantes do sistema 
normativo, pois, dão estrutura e coesão ao edifício jurídico. Assim, 
devem ser estritamente obedecidos, sob pena de todo o ordenamento 
jurídico se corromper, porque violar um princípio é muito mais grava que 
transgredir uma norma qualquer. Os princípios constitucionais são 
aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. É o 
alicerce para qualquer indivíduo. É indispensável tomar nota dos 
assuntos que rodeiam os seus direitos e deveres. Enumerando entre 
estes o principio da legalidade (só a lei pode majorar e instituir tributo), 
princípio da isonomia (tratamento jurídico igual), princípio da 
irretroatividade (a lei não atingir fato gerador de tributos antes de sua 
vigência), princípio da anterioridade, princípio do não confisco, princípio 
da liberdade de tráfego, princípio da uniformidade geográfica, Princípio 
da Isonomia dos Títulos da Renda Pública da Pessoa Política e da 
Tributação dos Rendimentos dos seus Servidores, Princípio da Vedação 
às Isenções Heterônomas, Princípio da Não-Discriminação Tributária, 
Princípio da Capacidade Contributiva, Exigência de Lei Específica para 
Concessão de Incentivos Fiscais, Substituição Tributária Para Frente/ 
FG Presumido. 
 Normas éticas: As normas éticas determinam o agir social e a sua 
vivencia já constitui um fim.(Paulo Nader – Introdução ao Estudo do 
Direito). Leis éticas são regras que dirigem o comportamento humano. E 
estabelecem deveres e direitos de ordem moral. São regras éticas: o 
respeito à dignidade das pessoas, o dever de não mentir, a exigência da 
solidariedade, a prática da justiça. (Franco Montoro – Introdução à 
Ciência do Direito). Regras de conduta. 
 Normas sociais:São normas impostas pela sociedade à qual eu tenho 
que me submeter mesmo que no íntimo eu não concorde com 
determinada regra, mas tenho que obedecer porque posso sofrer a 
sanção da própria sociedade que convivo. São regras de conduta social 
como afirma Franco Montoro em seu livro Introdução à Ciência do 
Direito. 
 Normas religiosas:São as normas que se baseiam na fé revelada por 
uma religião. (Franco Montoro – Introdução à Ciência do Direito). 
 Normas jurídicas: Normas jurídicas são as condutas exigidas ou os 
modelos de organização social impostos pelo Estado para que seja 
possível a justa e pacífica convivência dos homens em sociedade. 
São comandos, imperativos dirigidos às ações (dos indivíduos, das 
pessoas jurídicas e dos demais entes), mesmo quando não ordenam 
nem proíbem explicitamente determinadas condutas (como as normas 
que permitem às partes uma escolha). 
 Ordenamento jurídico: O ordenamento jurídico é um conjunto de 
normas que disciplina direitos e obrigações individuais, coletivos e 
recíprocos.As normas jurídicas nunca existem isoladamente, mas 
sempre em um contexto de normas com relações particulares entre si, 
que formam o ordenamento jurídico. No ordenamento jurídico 
encontramos dois tipos de normas: as de conduta (que prescrevem 
como a conduta deve ser) e as normas de estrutura (que estabelecem 
as condições e os procedimentos através dos quais emanam as normas 
de conduta válidas. 
 Sistema jurídico: conjunto de normas jurídicas que se relacionam, 
formando uma estrutura hierárquica; normas que vigem em interação, 
constituindo um todo que deve ser harmônico e coerente. Enumeram-se 
como elementos do sistema jurídico as normas jurídicas escritas e não 
escritas e estrutura-se segundo os critérios da hierarquia, coesão e 
unidade de todas as normas jurídicas de um Estado. 
 Princípio da territorialidade: Assim como podem existir conflitos com a 
lei no tempo, também podem existir conflitos da lei no espaço, diante 
das infindáveis ordens jurídicas existentes (uma vez que cada Estado 
tem sua própria ordem jurídica e os seus cidadãos estão, em princípio, 
sujeitos a ela), que normalmente regulam o mesmo assunto de forma 
totalmente diferente. Destarte os principais critérios para a solução dos 
conflitos no espaço regem-se pelos princípios da territorialidade e 
extraterritorialidade. Assim o princípio de territorialidade significa que a 
lei a ser aplicada é a do território, vedada, pois, a efetividade do Direito 
estrangeiro. Desta forma as normas jurídicas têm seu campo de 
abrangência limitado por espaços territoriais, em nível nacional, pelas 
fronteiras do Estado, o que incluiu sua extensão de águas territoriais e 
ilhas alara localizadas, os aviões, os navios e as embarcações 
nacionais, as áreas de embaixadas e consulados, etc., bem como o 
subsolo e a atmosfera. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito) 
 Princípio da territorialidade moderada:O Brasil aplica o princípio da 
territorialidade moderada, que diz que no território brasileiro são 
aplicadas as leis brasileiras, admitindo o abrandamento do p r i nc íp i o 
da te r r i to r i a l i dade para aqui te r a ap l i cação es t range i ra , 
e m s i tuações especiais autorizadas pela lei brasileira. (Paulo Nader 
– Introdução ao Estudo do Direito) 
 Princípio da extraterritorialidade – Já o princípio da 
extraterritorialidade (personalidade de lei corresponde à admissão da 
vigência da lei forânea, em um Estado, sobre determinada matéria. 
Assim sendo o princípio da extraterritorialidade dita que é possível a 
aplicação da lei em território de outro Estado, de conformidade com o 
estabelecido em princípios e convenções internacionais. Com este 
princípio a norma tem autorização de ultrapassar suas fronteiras para 
atender os interesses de vários países. Contabiliza-se dois critérios para 
a adoção deste princípio: o Estado pode adotar a lei da nacionalidade do 
estrangeiro ou a de seu domicílio. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo 
do Direito). 
 Teoria monista - Acerca do ingresso dos tratados internacionais ao 
ordenamento jurídico interno encontramos duas correntes doutrinárias 
que apresentam vertentes bem distintas, a monista e a dualista. 
Segundo a corrente monista, defendida principalmente por Hans Kelsen, 
existe uma única ordem jurídica composta pela ordem interna e 
internacional qual seja, o conteúdo normativo do tratado tem validade e 
executividade no território nacional. Destarte os monistas sustentam que 
os tratados não precisam passar por um processo de internalização para 
terem vigência na ordem interna. Sua incorporação seria de forma 
direta, já que não haveria divisão entre as normas oriundas do próprio 
Estado e aquelas provenientes de tratados e acordos internacionais.(Rizzatto Nunes). 
 Teoria dualista – Já a corrente dualista sustentada por Heinrich Triepel, 
defende que o Direito Internacional e o Direito Interno de cada Estado 
possuem objetivos próprios, havendo um sistema distinto para cada um 
desses ordenamentos, fundamentados em fontes jurídicas próprias. 
Desta forma, por serem ordenamentos jurídicos diferentes, não haveria, 
inicialmente, conflito entre as normas de Direito Internacional, que 
disciplinariam as relações entre os Estados, e de Direito Interno, que 
regulariam as relações entres sujeitos privados e entre estes e o próprio 
Estado. Deste modo para que um tratado passasse a produzir efeitos na 
ordem do Estado signatário, seria necessária a criação de uma lei 
específica que determinasse sua incorporação. A norma internacional 
adquiriria status de norma estatal e, havendo divergência entre normas, 
a mais recente derrogaria a mais antiga. (Rizzato Nunes). 
 Revogação: A revogação propriamente ocorre quando a lei perde sua 
eficácia em decorrência de outra lei posterior, observando os requisitos 
exigidos para a revogação de uma lei por outra lei: que a lei revogadora 
seja de superior ou igual hierarquia que a revogada e que a lei 
revogadora seja posterior à lei revogada. É a supressão da força 
obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia. (J.M Leoni Lopes de Oliveira – 
Introdução ao Direito).é feita somente pelo poder legislativo, o judiciário 
só faz cessar seus efeitos 
 Ab-rogação – quanto a sua extensão a revogação pode ser total (ab-
rogação) ou parcial (derrogação). Destarte a revogação total ou ab-
rogação é aquela que retira a eficácia total da lei anterior, sendo esta 
totalmente abolida. Sendo por meio da interpretação que se decidirá a 
extensão da incompatibilidade entre a lei antiga e a lei nova. (J.M Leoni 
Lopes de Oliveira – Introdução ao Direito). 
 Derrogação – Já a derrogação ou revogação parcial ocorre quando a lei 
nova revoga dispositivos da lei antiga, mas deixa subsistir a existência 
de algumas normas da lei anterior por não serem com ela incompatíveis. 
Assim se a lei nova permite sua compatibilidade om as normas contidas 
na lei anterior, devem elas ser compatibilizadas. (J.M Leoni Lopes de 
Oliveira – Introdução ao Direito). 
 Revogação expressa: A revogação expressa ainda se divide em 
revogação expressa concretamente determinada e indeterminada. A 
revogação é expressa e concretamente determinada nos casos em que 
a lei posterior indica as normas da lei anterior que estão revogadas. Já 
na revogação expressa indeterminada, a lei nova se limita a informar 
que se revogam as disposições em contrário. (J.M Leoni Lopes de 
Oliveira – Introdução ao Direito). 
 Revogação tácita:Na revogação tácita, a norma revogadora não indica 
nem diretamente, nem indiretamente, quais as normas revogadas. 
Portanto, essa revogação decorre da incompatibilidade da convivência 
da norma anterior com a norma posterior. A revogação tácita pode dar 
se de duas maneiras: a) quando as normas da lei posterior contradizem 
as normas anteriorese, portanto, as tornam incompatíveis, devendo 
prevalecer as da lei posterior; ou b) quando a nova lei regula totalmente 
a matéria tratada na lei anterior. (J.M Leoni Lopes de Oliveira – 
Introdução ao Direito). 
 Sanção:O direito subjetivo ou relação jurídica são tutelados pelo Estado, 
através de uma proteção especial, representada, de forma geral, pelo 
ordenamento jurídico e, particularmente, pela, sanção, que manifesta-se 
como a “consequência jurídica que atinge o sujeito passivo pelo não 
cumprimento de sua prestação. A sanção é uma consequência que 
pressupõe um dever não cumprido. É a consequência jurídica imputada 
à não prestação. Quanto ao ramo do direito a que correspondem, as 
sanções podem ser: civis, penais, administrativa, processuais.Quanto a 
natureza as sanções podem ser coativas e não coativas. (Franco 
Montoro – Introdução à Ciência do Direito). 
 Coerção:O Estado possui a posse legal da capacidade de coerção, ou 
seja, a autorização para usar a violência, a força pública, seja ela moral 
ou física para obrigar os indivíduos a fazer ou não fazer alguma coisa, e 
seu objetivo deve ser o bem público. Coerção é a possibilidade lógica da 
interferência da força no cumprimento de uma regra de direito. Destarte 
a coerção manifesta-se como um fenômeno psicossocial decorrente da 
antecipação, pelo indivíduo, dos efeitos aflitivos da sanção, a influência 
psicológica da sanção, que leva as partes a cumprir a obrigação para 
evitar os aspectos aflitivos da execução forçada. (Franco Montoro – 
Introdução à Ciência do Direito). 
 Coação:Coação, portanto, significa duas coisas: de maneira genérica, 
tal como aquela configurada no art. 98 do Código Civil, corresponde à 
violência, à força que, interferindo, vicia o ato jurídico; em sua segunda 
acepção, não é o contraposto do Direito, mas é, ao contrário, o próprio 
Direito enquanto se arma da força para garantir o seu cumprimento. 
Nader postula que a coação é ato de ameaça, de intimidação, pela qual 
se obriga a alguém a praticar determinado ato jurídico. Esse efeito pode 
manifestar-se pela violência ou pelo simples constrangimento 
psicológico. 
 Legitimidade–Manifestar-se como uma característica da norma jurídica, 
a legitimidade consisteno fundamento do poder numadeterminada 
sociedade, a regra em virtude da qual se julga que umpoder deve ou 
não ser obedecido. Deste modo a legitimidade pode ser entendida como 
aquilo que normalmente se coloca para alguns como justiça, isto é, a 
compatibilidade de uma ação ou prática com a configuração de valores 
prevalecentes numa dada comunidade. Na legitimidade notamos a 
legalidade acrescida de sua valoração, presidindo manifestações 
deconsentimento e obediência. Legitimidade é aquela constituída pelos 
representantes escolhidos pelo povo ou então por este próprio, no 
exercício da chamada democracia direta. (Paulo Nader – Introdução ao 
Estudo do Direito) 
 Validade - significa sua identificação como compatível ao sistema 
jurídico que integra. O descumprimento das regras de validade importará 
ao reconhecimento da inconstitucionalidade ou ilegalidade da norma 
estabelecida, considerando-a não pertinente ao sistema. A validade 
pode ser:formal, quando ocorre observação das normas referentes a 
seu processo de criação; material, se houver observância da matéria 
possível de normatização por parte das entidades federativas. A 
validade refere-se ao ato administrativo que provier de autoridade 
competente para pratica-lo e contiver os requisitos indispensáveis a sua 
eficácia. Para ter validade os atos administrativos devem atender a cinco 
requisitos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Pode ser 
utilizado, sentido técnico formal. 
 Invalidade: A invalidade consiste na produção de um ato jurídico em 
desconformidade com a ordem legal, devendo, pois ser anulado. A 
invalidade é um pressuposto catalizador da reação sancionadora do 
ordenamento contra os potenciais erros dos atos administrativos não 
ajustados a norma. Destarte os atos inválidos podem ser nulos (os atos 
que a lei os assim declare e de impossível convalidação) e atos 
anuláveis (os atos que a lei assim os declare, podendo ser praticados 
sem vicio, podendo ser convalidáveis). 
 Eficácia: O atributo eficácia significa que a norma jurídica produz, 
realmente, os efeitos sociais planejados. Para que a eficácia se 
manifeste, indispensável é que seja observada socialmente. Eficácia 
pressupõe, destarte, efetividade. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo 
do Direito). A eficácia pode ser: 
a) Social: produção concreta de efeitos, porque presentes as condições 
fáticas exigíveis paraseu cumprimento. 
b)Técnica: produção de efeitos, porque presentes as condições técnico-
normativas exigíveis para sua aplicação. 
 Vigência: É a validade formal que se mostra como indispensável para a 
norma jurídica. Esta significa que a norma social preenche os requisitos 
técnico-formais e imperativamente se impõe aos destinatários. A sua 
condução não se resume a vocatio legis, ou seja, ao decurso de tempo 
após a publicação, em se tratando de Jus Scriptum, pois não basta a 
existência da norma emanada de um poder, pois énecessário que 
satisfaça a determinados pressupostos extrínsecos de validez. (Paulo 
Nader – Introdução ao Estudo do Direito). É igual a obrigatoriedade, 
pode ser exigida de todas. 
 Repristinação–É o instituto jurídico da técnica legislativa pela qual se 
reestabelece expressamente a vigência de uma norma revogada, pela 
revogação da norma que a tinha revogado, é uma restauração, ou seja, 
uma forma de se voltar a dar vigência para uma situação do passado, 
que não estava mais sendo utilizada por ter sido anteriormente 
revogada. 
 Retroatividade–A lei nova é retroativa quando se aplica a fatos ou atos 
jurídicos realizados sob o império da lei anterior. Também se diz 
retroativa a lei que atine situações jurídicas criadas quando da vigência 
da lei velha. Uma norma retroage quando ela vigora não somente a 
partir de sua publicação, mas ainda regula certas situações jurídicas do 
passado. Produz efeito ex tunc. 
 Retroatividade benéfica: Em situações de direito público que envolvem 
o Estado e o cidadão, caso haja conflito entre as normas jurídicas de 
mesma hierarquia e grau de generalidade aplica-se a aquela que 
conferir melhor tratamento ao cidadão. Um exemplo se encontra no 
direito penal, quando duas normas conflitem e sejam perfeitamente 
válidas, aplica-se a de menor pena ao cidadão. Não precisa ser 
expressa. 
 Processo de recepção: os tratados internacionais, entendidos no seu 
sentido amplo, entram no ordenamento jurídico brasileiro por um 
processo de transformação denominado por internação, internalização, 
incorporação ou recepção dos tratados internacionais.são duas as fases 
que compõem o iter procedimental na elaboração dos tratados 
internacionais [4]: o processo simples, pela negociação, assinatura e 
publicação, e o processo solene, pela negociação, assinatura, 
ratificação, promulgação, publicação e registro. 
 Negociação - Os termos do conteúdo do tratado internacional são 
discutidos entre os signatários. No Brasil, é função típica do Ministério 
das Relações Exteriores desenvolver a agenda das relações 
internacionais brasileiras, compreendida no grande bojo da política 
externa brasileira. As missões diplomáticas, destinadas à tarefa de 
preparar o texto do tratado internacional, são compostas de diplomatas 
de carreira e de especialistas sobre a matéria a ser tratada; também não 
é rara a presença de políticos nestas missões. Nesta fase da 
negociação os tratados internacionais sofrem o primeiro controle prévio 
de sua constitucionalidade. São apreciados os pressupostos de 
constitucionalidade atinentes à matéria objeto do tratado para que, 
então, o texto final possa ser assinado. É um tipo de controle prévio 
saneador, preparatório do instrumento para sua ulterior assinatura. 
 Assinatura -Após a redação ser meticulosamente avaliada pela equipe 
negociadora, o texto final deve ser assinado. Pela leitura do art. 84, VIII 
da CRFB, compete privativamente ao Presidente da República celebrar 
todos os tratados, convenções e atos internacionais; neste dispositivo, a 
CRFB designa quem detém a competência reservada para assinar 
tratados internacionais em nome da República Federativa do Brasil. 
 Referendum - Nesta fase, inicia-se o fenômeno propriamente dito da 
internalização ou recepção dos tratados internacionais. De acordo com o 
art. 49, I da CRFB, cabe ao Congresso Nacional resolver definitivamente 
sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretam encargos 
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. A deliberação do 
Parlamento resulta na aprovação do tratado, instrumentalizada no texto 
de um Decreto de Legislativo. Este Decreto dispensa a sanção ou 
promulgação por parte do Presidente da República e contém um duplo 
teor: a aprovação e, simultaneamente, a autorização para o Presidente 
da República ratificá-lo. Este Decreto é promulgado pelo Presidente do 
Senado Federal e publicado posteriormente em Diário Oficial 
 Ratificação e promulgação - O Decreto do Legislativo chega ao 
Presidente da República para a ratificação e promulgação, que ocorrem 
em um único ato, pela edição do Decreto do Executivo. Após a 
promulgação e posterior publicação do Decreto do Executivo pelo 
Presidente da República, este adquire vigência no ordenamento jurídico 
interno brasileiro com hierarquia de lei federal ordinária .As normas 
previstas nos tratados internacionais, devidamente aprovadas pelo 
Poder Legislativo e promulgadas pelo Presidente da República, 
ingressam no ordenamento jurídico brasileiro como atos normativos 
infraconstitucionais [11]. De acordo com o texto constitucional, depois que 
o tratado internacional internaliza-se por meio do Decreto, este alcança 
o status de lei lato sensu, pois não há disposição que mencione o lugar 
de sua hierarquia no ordenamento jurídico; ou seja, se estes tratados 
estariam abaixo das leis ou a elas se sobreporiam em caso de conflito, 
se as revogariam ou se seriam por elas revogados . 
 Processo legislativo:O processo legislativo é estabelecido pela 
Constituição Federal e se desdobra nas seguintes etapas: apresentação 
de projeto, exame das comissões, discussão e aprovação, revisão, 
sanção, promulgação e publicação. 
 Inciativa da lei – a das leis complementares e ordinárias compete a 
qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos. A inciativa pelo Presidente da 
República sob duas modalidades distintas. O Chefe do Executivo pode 
encaminhar projeto em regime normal ou poderá o Presidente da 
República solicita urgência na apreciação de projetos de sua inciativa, 
hipótese em que a matéria deverá ser examinada pela Câmara dos 
Deputados em quarenta e cinco dias e, sucessivamente, pelo Senado 
Federal em igual prazo. 
 Exame pelas comissões técnicas, discussões e aprovação –Depois 
de encaminhado o projeto tramita por diversas comissões 
parlamentares, às quais se vincula pelo seu objeto. Passado pelo crivo 
das comissões competentes deverá ir ao plenário para discussão e 
votação. No regime bicameral e necessário a aprovação pelas duas 
casas. 
 Revisão do projeto – O projeto pode ser apresentado na Câmara ou no 
Senado Federal. Iniciado na Câmara, o Senado funcionará como Casa 
revisora e vice-versa, com a circunstância de que os projetos 
encaminhados pelo Presidente da República, Supremo Tribunal Federal 
e Tribunais Federais serão apreciados primeiramente pela Câmara do 
Deputados. Se a casa revisora aprova-lo, deverá ser encaminhado à 
Presidência da República para sanção, promulgação e publicação; se o 
rejeitar, será arquivado; se apresentar ementa volverá a casa de origem 
para nova apreciação. 
 Sanção – Consiste na aquiescência, na concordância do Chefe do 
Executivo com o projeto aprovado pelo legislativo. É ao da alçada 
exclusiva do poder legislativo: do Presidente da República, 
Governadores estaduais e prefeitos municipais. Na esfera federal, 
dispõe o presidente de quinze dias para sancionar ou vetar o projeto. A 
sanção é tácitaquando o Presidente deixa escoar o prazo sem 
manifestar-se, e sanção expressa quando declara a concordância em 
tempo oportuno. 
 Promulgação - a lei passa a existir com a promulgação, que 
ordinariamente é ato do Chefe do Executivo. Consiste na declaração 
formal da existência da lei. Rejeitado o veto presidencial, será o projeto 
encaminhado à presidência, para efeito de promulgação no prazo de 
quarenta dias e oito horas. Esta não ocorrendo, o ato competirá ao 
presidente do Senado Federal, que disporá de igual prazo. Se este não 
promulgar a lei, o ato deverá ser praticado pelo vice-presidente daquela 
casa. 
 Publicação - A publicação é indispensável para que a lei entre em vigor 
e deverá ser feita por órgão oficial. O início da vigência pode dar-se com 
publicação ou decorrida a vocatio legis, que é o tempo me medeia entre 
a publicação e o início da vigência. 
 Técnica legislativa: A denominação técnica legislativa envolve duas 
ordens de estudos: a)processo legislativo, que é uma parte 
administrativa da elaboração do ato legislativo, disciplinada pela 
Constituição Federal e que dispõe sobre as diversas faces que 
envolvem a formação do ato, desde a sua proposição, até a aprovação 
final; b)apresentação formal e material do ato legislativo, que é uma 
analítica da distribuição dos assuntos e da redação dos atos legislativos. 
 Hermenêutica:é a Teoria Científica da Interpretação, que busca 
construir um sistema que propicie a fixação do sentido e alcance das 
normas jurídicas. O objeto da Hermenêutica é, então, o próprio ato 
interpretativo, a interpretação em si.A hermenêutica é teórica e visa 
estabelecer os princípios, critérios, métodos, orientação geral para a 
interpretação das normas jurídicas. 
 Interpretação:A interpretação é um trabalho prático elaborado pelo 
operador do Direito, através do qual ele busca fixar o sentido e o alcance 
das normas jurídicas ou das expressões do Direito. Fixar o sentido de 
uma norma jurídica é descobrir a sua finalidade, é pôr a descoberto os 
valores consagrados pelo legislador. Fixar o alcance é demarcar o 
campo de incidência da norma jurídica. A interpretação divide-se em 
várias espécies seguindo critérios de origem, ao método e aos efeitos. 
Quanto à origem: judiciária, legal, administrativa e doutrinária. 
 Judiciária – advinda do próprio poder judiciário e realiza pelos 
juízes. 
 Autêntica – interpreta a lei como esta escrita, embasada em outra 
lei. 
 Administrativa – é realizada pelos órgãos da administração, a 
partir do Presidente da República. 
 Doutrinária - é a que os juristas realizam em suas obras e 
pareceres. 
Quanto ao método: gramatical, lógico-sistemática, histórica e sociológica. 
 Gramatical – é a que toma por base o significado das palavras da 
lei e sua função gramatical. 
 Lógico-sistemático – interpretação sistêmica, estabelecendo a 
concatenação com os demais elementos da própria lei. 
 Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes da norma. 
 Sociológica – baseia-se na adaptação do sentido da lei às 
realidades e necessidades sociais. 
Quanto ao resultado: declarativa, extensiva e restritiva. 
 Declarativa – se limita a declarar o pensamento expresso na lei, 
sem ter a necessidade de estendê-la a casos não previstos. 
 Extensiva – quando o intérprete conclui que o alcance da norma é 
mais amplo do que indicam os seus termos. 
 Restritiva – quando o legislador escreveu mais do que realmente 
devia e o intérprete restringir o sentido da lei, a fim de dar-lhe 
aplicação razoável e justa. 
 Dogmática jurídica:A dogmática jurídica também chamada de Ciência 
do Direito aborda o direito vigente em determinada sociedade e as 
questões relativas à sua interpretação e aplicação. O seu papel é revelar 
o ser do Direito, aquele que é obrigatório, que se acha posto a 
coletividade e se localiza, basicamente, nas leis e nos códigos. Não é de 
natureza crítica, isto é, não penetra no plano da discussão quanto à 
convivência social das normas jurídicas. Cumpre a dogmática jurídica, 
definir e sistematizar o conjunto de normas que o Estado impõe à 
sociedade. Destarte se restringe ao estudo sistemático das normas, 
ordenando-se segundo princípios e tendo em vista sua aplicação. (Paulo 
Nader – Introdução ao Estudo do Direito). Parte conceitual e normativa 
do direito. 
 Desconstitucionalização:Desconstitucionalização ocorre quando 
matérias tratadas pela Constituição anterior não hajam sido tratadas na 
nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja 
obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os 
artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a 
forma de lei ordinária. No Brasil, prevalece a ideia de que para haver a 
desconstitucionalização necessitaria de previsão expressa na nova 
Constituição. 
 Vacância da lei: Ainda chamada de vocatio legis manifesta-se comoo 
intervalo de tempo entre a data de publicação da lei e sua entrada em 
vigor, no território nacional o prazo instituído é de 45 dias após ser 
oficialmente publicada e nos estados estrangeiros, quando admitidos, é 
de três meses após oficialmente publicada. Ressalva-se que avacatio 
legis não se aplica aos atos administrativos, que têm obrigatoriedade a 
partir da publicação, conforme o art. 5º do Decreto n. 572/1890, que não 
está revogado pela LICC. Considera-se lei nova, tornando-se obrigatória 
apenas após o decurso da vocatio legis.A Lei Vaga designa o período 
que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela 
entra em vigor, ou seja, tem seu cumprimento obrigatório. 
 Publicidade ou publicação:Apresenta-se como uma das fases do 
processo legislativo, manifestando-se como a condição para a lei entrar 
em vigor e tornar-se eficaz. O art. 1° da LICC dispõe que, “salvo 
disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País quarenta e 
cinco dias depois de oficialmente publicada. É a publicação que oferece 
a todos a possibilidade de seu conhecimento e introduz lhe eficácia. A 
publicação das leis se faz através do Diário Oficial da União(DOU), e em 
locais onde não haja jornal oficial, considera-se publicado o ato 
governamental pelos meios que rotineiramente os veiculam no 
local(quadro próprio da Prefeitura ou Câmara Municipal). 
 Analogia: Consiste na aplicação ao caso concreto de uma norma 
jurídica que se refere à outra hipótese, mas que guarda com a primeira 
semelhança, permitindo que o intérprete considere suficiente para que a 
aplicação esteja justificada, por incorrer em uma e outra hipótese a 
mesma razão. A analogia pode ser de duas classes: a analogia da lei 
que consiste na aplicação de uma norma existente no sistema jurídico a 
uma hipótese para qual o sistema não previu a norma, mas que por suas 
semelhanças, bem como pela mesma razão de decidir a fim de praticar 
justiça, aplica-se a norma prevista a hipótese não prevista e a segunda é 
a analogia de direito que procede a uma abstração geral à base de 
várias normas particulares e depois se trata de aplicar a norma geral 
obtida ao caso particular. Ainda se apresenta os requisitos da analogia 
que são a lacuna na lei, semelhança nas hipóteses e a mesma razão de 
decidir. 
 Meios de integração do direito:A integração é um processo de 
preenchimento das lacunas, existentes na lei, por elementos que 
aprópria legislação oferece ou por princípios jurídicos, mediante 
operação lógica e juízos de valor. A integração se processa pela 
analogia, princípios gerais do direito, equidade e costumes. A analogia é 
um recurso técnico que consiste em se aplicar, a uma hipótese não 
prevista pelo legislador, a solução por ele apresentada para uma outra 
hipótese fundamentalmentesemelhante à não prevista. Os princípios 
gerais são premissas éticas que inspiram a elaboração das normas 
jurídicas. Os costumes são a reiteração de uma conduta que busca 
validade. A equidade é a justiça prudentemente aplicada ao caso 
concreto. Artigo 4 e a equidade se vier expressa, somente neste caso, 
medida do justo. 
 Teoria das lacunas:As são definidas como a ausência de lei para um 
caso concreto, pois por mais bem planejadas, não logram disciplinartoda 
a grande variedade de acontecimentos sociais. A lacuna se caracteriza 
não só quando a lei é completamente omissa em relação ao caso, mas 
igualmente quando o legislador deixa o assunto a critério do julgador. 
Registra-se cinco teorias: realismo ingênuo (a evolução social cria 
espaços vazio na lei), empirismo científico (defendem a inexistência de 
lacunas), ecletismo ( a lei apresenta lacunas e a ordem jurídica não as 
possui), pragmatismo (reconhecer a existência de lacunas, assim como 
dispõe fórmulas para regular todos os casos emergentes da vida social) 
e apriorismo filosófico ( a ordem jurídica não apresenta lacunas). 
 Direito material: É o ramo dodireito que regula diretamente os fatos 
sociais e as normas fixam critérios capazes de definir a substância do 
ato, ou seja, qual dos litigantes tem o direito ao bem da vida. (é o direito 
civil, direito penal, direito do trabalho e direitotributário). Conteúdo de 
direitos e obrigações. Materialização. 
 Direito instrumental (ou direito processual ou formal): O direito 
processual é um ramo do direito público, que reúne os princípios e 
normas reguladoras dos atos jurídicos tendentes à aplicação do Direito 
aos casos concretos. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito). 
Destarte as normas do direito processual são técnicas de solução 
imperativa de conflitos, definindo e impondo a forma como o juiz exerce 
a jurisdição, como o autor exercerá a ação, e como o réu poderá se 
defender do sujeito que o trouxe ao processo. É o complexo de normas 
e princípios reguladoras do exercício da jurisdição. O objeto de estudo 
do direito processual são a jurisdição, a ação e o processo. Como agir 
dentro de um processo. Regras do direito material. 
 Generalidade das normas jurídicas:A generalidade manifesta-se como 
uma característica da norma jurídica, este princípio revela que a norma 
jurídica é preceito de ordem geral, obrigatório a todos que se acha em 
igual situação jurídica. Da generalidade da norma jurídica deduzimos o 
princípio da isonomia da lei, segundo o qual todos são iguais perante a 
lei. 
 Bilateralidade das normas jurídicas: O direito existe sempre 
vinculando duas ou mais pessoas, atribuindo poder a uma parte e 
impondo dever à outra. Bilateralidade significa, pois, que a norma 
jurídica possui dois lados – um representado pelo direito subjetivo e 
outro pelo dever jurídico, um não podendo existe sem o outro. Em toda 
relação jurídica há sempre um sujeito ativo, portador do direito subjetivo 
e um sujeito passivo, que possui o dever jurídico. 
 Imperatividade das normas jurídicas: O direito deve representar o 
mínimo de exigências, determinações necessárias para garantir a ordem 
social, destarte o Direito se manifesta através de normas que possuem 
caráter imperativo, ou seja, pela imposição de vontade e não mero 
aconselhamento, caso não fosse assim o direito não lograria estabelecer 
segurança e muito menos justiça. 
 Universalidade das normas jurídicas:A universalidade é uma 
característicaessencial das normas jurídicas, pois é por meio destas que 
se impõe a todos com igualdade, destarte o princípio da universalidade 
corresponde o da igualde de todos perante a lei. A norma é geral, 
porque todos são iguais perante a lei e é esta a significação fundamental 
da justiça. 
 Coercitividade das normas jurídicas: A coercitividade manifesta-se 
como a possibilidade de uso da coação, possuindo dois elementos, o 
psicológico e o material. O primeiro exerce a intimidação, através das 
penalidades previstas para a hipótese de violação das normas jurídicas. 
O elemento material é a força propriamente, que é acionada quando o 
destinatário da regra não a cumpre espontaneamente. 
 Abstratividade das normas jurídicas:São hipóteses consideradas 
abstratamente e estabelecidas pelas normas jurídicas, almejando atingir 
o maior número de situações, regulando os casos dentro do seu 
denominador comum, ou seja, como ocorrem via de regra. 
 Competência:É consoante a doutrina clássica, medida de jurisdição. 
Competência é a distribuição da função jurisdicional nos vários órgãos 
judiciários. A competência dá-se por critérios diferentes que podem 
caracteriza-la como relativa ou absoluta. Destarte a competência que 
obedece o critério territorial é relativa; as demais formas de competência 
são absolutas. 
 Federação:Estado soberano, formada por uma pluralidade de Estados, 
no qual o poder do Estado emana dos Estados-membros, ligados numa 
unidadeestatal, destarte uma federação é quando os estados estão 
unidos por uma nação, inclusive não podendo ter nenhuma lei superior à 
Constituição Federal Nacional, ou seja, dependentes entre si, 
distinguindo-se assim da Confederação que se manifesta como vários 
estados unidos em uma nação e que cada um deles é livre para elaborar 
e aplicar suas próprias leis, independentes entre si. Federação é uma 
forma de estado caracterizada pela existência de duas ou mais ordens 
jurídicas que incidem simultaneamente sobre o mesmo território sem 
que se possa falar em hierarquia entre elas, mas em campos diferentes 
de atuação. 
 Entes federativos: A Constituição Federal de 1988 adotou a federação 
como forma de estado, destarte a organização político-
administrativacompreende a presença de um estado superior, dotado de 
poder soberano e formado por entes federativos, que são pessoas 
jurídicas de direito público, autônomos e dotados de auto-organização, 
se organizando e sendo regidos pelas leis que adotarem, mas 
observando sempre as regras estabelecidas na Constituição Federal, 
capazes de autogoverno, e autoadministração . Deste modo o Brasil é 
uma federação formada pelos seguintes entes federativos: a união, os 
estados, o Distrito Federal e os municípios. Há um pacto federativo entre 
os seus estados membros que prever a indissolubilidade destes, mas 
lhe delegam a capacidade de autonomia. 
 Segurança jurídica: Sistema de legalidade, que fornece aos indivíduos 
a certeza do Direito vigente, por meio da defesa da vida, patrimônio e 
visa dar a cada um que é seu. A segurança jurídica é de caráter objetivo 
e se manifesta concretamente através de um Direito definido que reúne 
algumas qualidades. Direito estabilizado e reconhecido gera a sensação 
de segurança. 
 Ilicitude: A ilicitude implica sempre a lesão a um direito por quebra do 
dever jurídico, consistindo num juízo de desvalor formulado pela ordem 
jurídica, juízo de desvalor esse dirigido ao agente pela prática de um 
facto contrário à ordem jurídica na sua globalidade. Na ilicitude verifica-
se a violação de um dever, que se manifesta como uma conduta exigida. 
(Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito). Ato contrário a lei. 
 Unidade do ordenamento: Por meio da norma suprema ou 
fundamental chega-se a unidade do ordenamento jurídico, pois apesar 
da diversidade de normas, esta atua como elemento unificador 
compilando o que intitulamos ordenamento jurídico. Por mais numerosas 
que sejam as fontes do direito num ordenamento complexo, tal 
ordenamento constitui uma unidade pelo fato de que, direta ou 
indiretamente todas as fontes do direito podem ser remontadas a uma 
única norma, a norma fundamental. Poder é uno, é um só. Nosso 
ordenamento éum só. 
 Escalonamento de normas: A teoria do escalonamento de normas 
elaborada por Kelsen permite-nos entende a unidade do ordenamento 
jurídico, pois as normas de um ordenamento não se encontram em um 
mesmo plano, há normas inferiores e normas superiores. Subindo das 
normas inferiores àquelas que se encontram mais acima, chega-se a 
norma suprema, que não depende de nem uma outra norma superior e é 
sobre esta que repousa a unidade do ordenamento jurídico. Cada 
ordenamento tem uma norma fundamental. E é essa norma que unidade 
a todas as outras normas, unificando estas em um só ordenamento 
jurídico.Faz das normas espalhadas e de várias proveniências um 
conjunto unitário que chamamos de ordenamento jurídico 
 Norma fundamental:é o termo unificador das normas que compõem um 
ordenamento jurídico, dando unidade a todas as outras normas, isto é, 
faz das normas espalhadas e de várias proveniências um conjunto 
unitário que chamamos de ordenamento jurídico. A norma fundamental é 
o critério supremo que permite estabelecer se uma norma pertence ou 
não a um ordenamento, sendo o fundamento de validade de todas as 
normas do sistema. (CF). 
 Consistência do ordenamento: a consistência do ordenamento jurídico 
manifesta-se como conjunto hierárquico e coerente de normas jurídicas, 
que não admite antinomias. Faz parte de um todo uniforme. 
 Antinomias: É o conflito aparente entre normas do mesmo 
ordenamento jurídico. É uma oposição existente entre normas e 
princípios no momento de sua aplicação por serem emanadas de 
autoridades competentes num mesmo âmbito normativo. Entre normas, 
princípios e normas e princípios. 
 Conflito: Os conflitos são próprios e inerentes a toda ordem judicial, 
Oposição entre interesses divergentes, nasce de uma pretensão não 
realizada. 
 Anomia: é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, 
provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social 
moderno. A partir do surgimento do Capitalismo, e da tomada da Razão, 
como forma de explicar o mundo, há um brusco rompimento com 
valorestradicionais, fortemente ligados à concepção religiosa. 
Comportamento desviante, desorganização na sociedade, gera 
antinomia. Ausência de normas, ou não sabe aplica-la. 
 Completude do ordenamento: É a propriedade pela qual um 
ordenamento jurídico tem uma norma para regular cada caso, isto é, não 
há caso que não possa ser regulado como uma norma tirada do sistema. 
O dogma da completude éo princípio de o ordenamento jurídico seja 
completo para fornecer ao juiz, em cada caso, uma solução sem recorrer 
a equidade. 
 Normas cogentes: As normas jurídicas cogentes ou taxativas 
resguardam os interesses fundamentais da sociedade, obrigando 
independentemente da vontade das partes, ressaltando a imperatividade 
da lei. (Paulo Nader – Introdução ao Estudo do Direito). É uma 
obrigatoriedade, direcionada geralmente ao direito público. 
 Tratados internacionais:É o ato jurídico firmado entre dois ou mais 
Estados mediante seus respectivos órgãos competentes, com o objetivo 
de estabelecer normas comuns de direito internacional, competentes, 
com o objetivo de estabelecer normas comuns de direito 
internacional.Portanto, pode-se afirmar que tratado é todo acordo 
internacional escrito, tendo por conteúdo um acordo de vontades formal 
entre Estados soberanos ou personalidades jurídicas de natureza 
pública, segundo as regras do direito internacional e destinado a 
produzir efeitos jurídicos entre as partes signatárias. (Rizzatto Nunes) 
 Acordos internacionais: Os acordos internacionais resultam de um 
acordo de vontade entre a UE e um país terceiro ou uma organização 
terceira. Estes acordos criam direitos e obrigações para as instituições 
europeias e os Estados-Membros. Integram-se na ordem jurídica 
europeia na data da sua entrada em vigor ou na data por eles prevista. 
Juridicamente, os acordos internacionais são atos convencionais de 
direito derivado, devendo portanto estar em conformidade com os 
tratados fundadores da UE. No entanto, sobrepõem-se aos atos de 
direito derivado, designados “unilaterais”, ou seja, adaptados 
unilateralmente pelas instituições europeias (regulamentos, diretivas). O 
tramite para o acordo internacional ébem mais livre e rápido, interesse 
satisfeito imediatamente. Tratado é criação de legislação, há todo um 
processo. 
 Instituição jurídica:Consiste no costume reiterado, de modo que uma 
geração transmite seus hábitos para os demais, as próximas gerações 
não precisam criar novos conceitos sobre esses hábitos. Toda vez que 
essa instituição é absorvida pelo mundo jurídico passa a ter uma 
sistematização e passa a ser conhecida como uma instituição jurídica. 
Complexo de normas voltadas para uma instituição social. 
 Modais deônticos: Pertencendo ao mundo da ética – daquilo que Dever 
Ser – a norma jurídica opera com três modais deônticos básicos: 
proibição (é proibido fumar neste recinto); obrigatoriedade (é 
obrigatório conceder férias anuais para os empregados); permissão 
(não obriga, nem proíbe, apenas dá prerrogativa ou faculdade ao 
destinatário para fazer ou não, como em é permitido casar). 
 Cláusula pétrea: São aqueles direitos que não podem ser alterados 
nem mesmo pela vontade do legislador constitucional, representados 
principalmente pelos direitos de liberdade de opinião política, de religião, 
de imprensa, reunião de associação. Na Constituição da República, as 
clausulas pétreas estão previstas no paragrafo 4° do art. 60. Após se 
estabelecer que a Constituição pode ser emendada mediante proposta 
dos legitimados elencados nos incisos I a III do caput do art. 60, 
ressalva-se no inciso 4° do mesmo dispositivo que não será objeto de 
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa 
de Estado; o voto; direto, secreto, universal e periódico; a separação dos 
poderes; e os direitos e garantias individuais. (Paulo Nader – Introdução 
ao Estudo do Direito). Não são objetos de modificação. 
 Normas inválidas: A norma jurídica é valida quando foi editada pela 
autoridade competente e quando foi editada conforme os procedimentos 
estabelecidos nas normas constitucionais e infraconstitucionais, destarte 
uma norma inválida é aquela que não foi editada por autoridade de sua 
competência e não atendeu a todos os procedimentos de constituição 
estabelecidos. 
 Sistematização: É a concentração das normas em textos devidamente 
organizados. Pressupõe uma organização que vai além da ordem. 
 Codificação: é o conjunto orgânico e sistemático de normas jurídicas 
escritas e relativas a um amplo ramo do direito. A codificação emerge da 
necessidade de organizar o direito, pois o direito simplesmente 
legislado, disperso em numerosas leis não atende as exigências da 
segurança jurídica, escapando ao pleno controle do legislador. Destarte 
a codificação e os códigos reúnem em um só texto, disposições relativas 
a uma ordem de interesse. Os códigos não são estáticos, mas antes 
mudam para atender as necessidades sociais. Dentre os códigos antigo 
encontramos o código de Hamurabi, Lei das Doze tábuas, Alcorão, 
código de Manu. 
 Consolidação: A consolidação é resultado da incorporação, que 
manifesta-se como uma forma de organização do direito positivo por 
meio de um trabalho de natureza prática, que objetiva apenas agrupar, 
em um só texto, as normas dispersas em diferentes fontes. Tanto o 
código quanto a consolidação são a condensação do Direito positivo 
sobre determinado ramo, mas enquanto o código introduz inovações e é 
um campo sistematizado, a consolidação limita-se a reunir normas já 
existentes e não apresenta rigor lógico. A consolidação é umaalternativa útil quando: a) é urgente a necessidade de organização do 
direito vigente, pois o seu preparo é mais rápido do que o código; b) 
como etapa preparatória à elaboração de um código. (Paulo Nader – 
Introdução ao Estudo do Direito) 
 Prestação positiva: Prestação é o ato ou abstenção a que está 
obrigado o sujeito passivo e que o sujeito ativo (pretensor) tem o direito 
de exigir. A prestação é o objeto do dever jurídico ou obrigação. Todo 
dever jurídico tem por objeto uma prestação, que pode consistir numa 
ato (fazer ou dar) ou uma abstenção (não fazer). Dividindo o dever 
jurídico em dever positivo, que possui por objeto uma prestação positiva, 
isto é, um ato (fazer ou dar) e divide-se em dever jurídico de fazer e 
dever jurídico de dar ou entregar. (Franco Montoro – Introdução à 
Ciência do Direito). 
 Prestação negativa: Já o dever jurídico negativo, tem por objeto uma 
prestação negativa, isto é, uma abstenção (não fazer). O dever jurídico 
negativo tem igualmente por objeto uma prestação, mas esta consiste 
na abstenção de um ato. (Franco Montoro – Introdução à Ciência do 
Direito). 
 Erga omnes:Os direitos subjetivos dividem-se em relativos e absolutos. 
Relativos são os que têm o sujeito passivo determinado. Absolutos ou 
erga omnes são os que têm por sujeito passivo não determinadas 
pessoas, mas qualquer pessoa, isto é, todos os membros da sociedade, 
é o caso dos direitos de propriedade e á vida. É um termo jurídico em 
latim que significa que uma norma ou decisão terá efeito vinculante. 
(Franco Montoro – Introdução à Ciência do Direito). 
 Inter partes – só se aplica aqueles que estão envolvidos diretamente no 
processo. 
 Direitos obrigacionais:São aqueles que estão necessariamente 
inseridos em uma relação jurídica. Nesses direitos as situações jurídicas 
subjetivas são sempre determinadas, isto é, temos um sujeito ativo e um 
sujeito passivo determinado ou pelo menos determináveis: “os direitos 
das obrigações se dirigem contra um ou vários sujeitos determinados e 
impõe a obrigação (correlativa ao direito do titular) de dar, fazer ou não 
fazer algo”. São os direitos sobre uma ação ou prestação de outra 
pessoa. (Franco Montoro – Introdução à Ciência do Direito). 
 Direitos reais:São aqueles que se caracterizam pelo poder imediato do 
titular sobre uma coisa. Direitos reais, de res, que significa coisa, 
significam exatamente direitos sobre as coisas. O paradigma dos direitos 
reais é a propriedade. Os direitos reais possuem um regime jurídico 
próprio para a sua aquisição, previamente previsto em lei: propriedade 
material (é o direito real obre uma coisa corpórea) e propriedade 
imaterial (é o direito sobre uma coisa incorpórea ou imaterial). (Franco 
Montoro – Introdução à Ciência do Direito). 
 Direitos da personalidade:São os direitos que tem por objeto a pessoa, 
no seu aspecto mais amplo, incluindo a pessoa física e jurídica, a do 
próprio titular ou a pessoa de outrem, em si mesma ou em qualquer de 
seus elementos constitucionais; esses direitos são: 1 - os direitos da 
personalidade em seu sentido estrito ou direitos sobre a própria pessoa 
(in persona ipsa), em seus múltiplos aspectos físicos, intelectuais e 
morais, como o direito à vida, à segurança, à liberdade; 2 – os direitos 
sobre a pessoa de outrem (in persona aliena) e referem-se ao poder 
sobre as pessoas, o pátrio poder; 3 – os direitos de instituições ou 
pessoas jurídicas, como o Estado, a universidade. (Franco Montoro – 
Introdução à Ciência do Direito). 
 Costume secundum legem: O Costume secundum legem, ou segundo 
a lei, é o que está em conformidade com o nosso Ordenamento Jurídico, 
ou seja, a prática social se amolda à própria lei. 
 Costume praeter legem: é o costume, a prática social que é criada nas 
hipóteses de lacuna na lei, ou seja, possui caráter supletivo. Conforme 
Diniz (2005, p. 311): “esse costume é invocado, quando não se puder 
empregar a argumentação analógica, nas hipóteses de silêncio da lei 
sobre determinado assunto, procurando preencher esse hiato legal pela 
observância de práticas consuetudinárias”. 
 Costume contra legem:é o costume que contraria a lei, e nessa 
classificação faz surgir um grande problema sobre a validade e 
importância dos costumes. (interessa a sociologia jurídica). 
 Subsunção: É a ação ou efeito de subsumir, isto é, incluir (alguma 
coisa) em algo maior, mais amplo. Como definição jurídica, configura-se 
a subsunção quando o caso concreto se enquadra à norma legal em 
abstrato. É a adequação de uma conduta ou fato concreto (norma-fato) à 
norma jurídica (norma-tipo). É a tipicidade, no direito penal; bem como é 
o fato gerador, no direito tributário. Compatibilizar. 
 Juízo monocrático ou singular: Juízo exercido por juiz singular ou pelo 
membro do tribunal, nos casos em que decide isoladamente. É a 
jurisdição exercida pelos órgãos que primeiro conhecem o feito 
(processo). Na justiça estadual, é perante os Juízes de Direito das 
comarcas (órgãos monocráticos, um só Juiz), que, via de regra, são 
propostas as ações; são eles que primeiro conhecem e julgam os feitos, 
exercendo a jurisdição de primeiro grau ou de primeira instância. Juiz de 
primeira instancia. 
 Juízo recursal ou de segundo grau:não se conformando a parte 
processual (autor ou réu) desfavorecida pela decisão do Juiz de Direito, 
pode ela recorrer a um órgão colegiado (Tribunal), requerendo que ele 
reveja o decidido. A jurisdição de segundo grau ou de segunda instância 
é, então, a exercida pelos Tribunais, mediante a interposição de um 
recurso pela parte processual que se sentir injustiçada (existe um prazo 
legal para recorrer e ele deve ser rigorosamente obedecido porque, 
passado o prazo, a decisão judicial se torna irrecorrível). O recurso 
interposto é apreciado na Segunda Instância (pelos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça, pelos Ministros do STF, ou do STJ, etc., 
dependendo do caso). 
 Súmulas:Conjunto de teses reveladoras da jurisprudência predominante 
no tribunal, traduzida em forma de verbetes sintéticos, ou seja, é o 
resumo do entendimento jurisprudencial, feito de forma reiterada. 
 Súmulas vinculantes: As súmulas dividem-se em dois tipos, as 
vinculantes e as não vinculantes. As súmulas são vinculantes quando 
possuem força normativa e apresenta efeitos erga omnes pressupõe o 
atendimento dos requisitos do artigo 103° da Constituição Federal, 
destacando entre estes os requisitos a exigência de ser aprovada por 
maioria de 2/3 dos votos do Supremo Tribunal Federal (oito votos), 
havendo de incidir sobre matéria constitucional que tenha sido objeto de 
decisões reiteradas do Tribunal, ou seja, que ela tenha sido objeto de 
debate e discussão no STF. 
A súmula vinculante só pode ser editada pelo STF, de ofício ou por 
provocação, e terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do 
Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. 
 Poder função judiciária:A função (especializada) do Poder Judiciário 
(função jurisdicional) é solucionar os conflitos de interesse que lhe são 
levados por meio do exercício de um direito subjetivo público (porque 
exercido perante o Estado): o direito de ação. Não há Poder Judiciário 
municipal, sendo a Justiça exclusivamente federal ou estadual. O Poder 
Judiciário, através de seus órgãos (Tribunais, Magistrados, etc.), aplica 
as leis existentes aos casos concretos que lhe são levados; decide os 
conflitos, impõe as sanções previstas. A sua organização e 
competências vêm estabelecidas na Constituição Federal, na 
Constituição dos estados-membros e na Lei de Organização Judiciária 
de cada estado-membro. O poder é uno, um só, o que existe são 
funções judiciaria,

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