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Trabalho Boa-fé objetiva

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https://jus.com.br/artigos/34613/o-principio-da-boa-fe-objetiva-e-seus-reflexos-na-execucao-dos-contratos
Boa-fé objetiva
A boa-fé objetiva se trata de uma cláusula geral obrigatória no Direito Civil de caráter ético nos negócios jurídicos, que se baseiam em um modelo de conduta baseado na honestidade, lealdade e cooperação. Entretanto se o agente sabe que está agindo de forma desonesta, desleal e má intencionada denomina-se má-fé objetiva tornando o negócio jurídico anulável ou nulo, além de indenização. 
De acordo com Assis Neto, o princípio da boa-fé engloba alguns deveres a fim de dar proteção para ambos sobre o ato em proposta. São eles:
Dever de cuidado;
Dever de respeito;
Dever de informação;
Dever de agir conforme a confiança depositada;
Dever de lealdade;
Dever de cooperação;
Dever de agir conforme a razoabilidade, a equidade e a boa razão.
A boa-fé possui funções também, são elas:
Função interpretativa: De acordo ao Artigo 113 do Código Civil, o princípio da boa-fé objetiva varia de acordo com os usos e costumes do lugar onde houve a celebração do negócio jurídico.
Função de Controle: Baseado no Artigo 187 do Código Civil, essa função faz o equilíbrio do negócio jurídico, quando houver um abuso de direito de uma das partes.
Função de integração de contrato: Prevê o Artigo 422 do Código Civil que os princípios da boa-fé objetiva devem ser estabelecidos tanto na execução quanto na conclusão do negócio jurídico, vale dizer que cabe também entrar na fase pré-negociável.
O princípio da boa-fé objetiva se presume em todos os negócios jurídicos, para que se alegue a má-fé deve-se provar de fato onde está o dolo, caso não prove será presumido que o negócio jurídico foi executado pela boa-fé.
Vemos um exemplo no seguinte caso:
João havia feito um seguro de vida, e passado algum tempo ele comete suicídio. No entanto a seguradora não quer pagar a indenização do seguro de vida à família de João, alegando que ele contratou o seguro de vida querendo se suicidar, para deixar a indenização para família dele.
Mas, em razão do princípio da boa-fé objetiva dos contratos onde se presume que o negócio jurídico foi executado seguindo seus deveres e suas funções prevalecerá, e se a seguradora não provar que João premeditou o suicídio, deverá pagar a indenização à família de João.

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