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PROCESSO DE ENF NO APARELHO DIGESTORIO

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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
Sistematização Do Cuidar III
Conteúdo desta aula
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
Nesta aula, veremos a aplicação do processo de enfermagem (PE) direcionados ao sistema digestivo. Portanto, nossos objetivos serão:
Reconhecer a importância do conhecimento técnico do profissional realizador do exame;
Descrever o passo a passo do planejamento e a execução da prática do exame físico abdominal.
CONTEXTUALIZAÇÃO
APARELHO GASTRINTESTINAL
1. Contextualização aparelho gastrintestinal
1.1 Breve revisão sobre a fisiologia e anatomia
O trato gastrintestinal (TGI) possui importante função vital, uma vez que possibilita a aquisição energética e eletrolítica;
Um bom aparelho digestório é capaz de executar os eventos de ingestão, absorção e excreção;
A digestão inicia-se na boca por meio da ação da saliva (ptialina) sobre os carboidratos;
No estômago, as células oxínticas liberam o conteúdo ácido (HCl) que se misturam ao bolo alimentar;
No duodeno, a vesícula libera seu conteúdo (bile), possibilitando a emulsificação das gorduras;
O processo de absorção se dá no intestino delgado pelas villi e, no intestino grosso, há absorção de líquidos;
A excreção é possível através da progressão do bolo alimentar através do tubo digestivo até a sua chegada ao reto.
(AKTINSON; MURRAY, 2008).
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
1. Contextualização aparelho gastrintestinal
1.2 O processo patológico e a ação de enfermagem
O processo patológico no TGI são decorrentes das alterações em seu segmento, estrutura ou fisiologia. Sinais e sintomas são indícios importantes no equacionamento de patologias, bem como a realização de exames complementares (exames sanguíneos, ultrassom abdominal total, ressonância, raios X);
Portanto, o enfermeiro, sob ação de sua práxis, deve estar habilitado a reconhecer cotidianamente as pistas (sinais e sintomas) necessárias à identificação prévia desses quadros patológicos, tais como dor abdominal, pirose, disfagia, eructos, flatulência, perda de peso, melena, hematoquezia. Evitando, assim, efeitos deletérios à saúde dos clientes;
Nesse sentido, o exame físico demonstra-se uma ferramenta crucial em ações diagnósticas que antecedem o uso de exames de imagem. Não podemos descartar, mediante a contínuas padronizações estéticas, a comunicação efetiva e educação em saúde, como elemento de mudanças e orientação de condutas individuais, visando a manutenção da saúde e vida.
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
2. Planejamento do exame físico
2.1. Preparo do ambiente
É de extrema importância o preparo do ambiente para a realização do exame. Alguns fatores devem ser considerados:
O ambiente em si (o local, a iluminação, a privacidade do cliente, o som ambiente, a temperatura, o conforto);
A condução da entrevista (a prática do acolhimento, a criação do vínculo, o processo de escuta ativa).
Barros e cols. (2009) citam como fatores pertinentes:
O preparo do ambiente (quarto e sala de consultório com mobiliários básicos, com boa iluminação, privacidade e sem correntes de ar);
O preparo do material (refere-se aos materiais para tomada de medidas antropométricas);
O preparo do paciente (o posicionamento mais adequado aos procedimentos).
Lembre-se: Compete ao enfermeiro o dialogar com o paciente proporcionando conforto para a exposição de questões relacionadas a sua saúde, sejam elas gerais ou de campo íntimo.
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
3. Entrevista
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
3. Entrevista
3.2 Inquirindo sobre sintomatologias de dor
A dor pode denotar importante sintoma. No inquérito sobre a dor, torna-se relevante perguntar:
Duração;
Frequência;
Localização;
Distribuição;
Se existem fatores desencadeantes e metodologias alternativas de alívio (chás, massagens, bolsas aquecidas).
A dor é uma sensação única e individual, de difícil quantificação, uma escala facial pode auxiliar na classificação desta realidade tão subjetiva.
Morete e Minson (2010) descrevem em seu artigo uma revisão sobre os possíveis métodos de medição da dor. Saiba mais: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-562434
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
3. Entrevista
3.3. Principais focos de dor em região abdominal
Fig.1 – Focos de dor (SMELTZER, 2005. p.1000)
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
4. Fases e técnicas de exame
4.1 Divisões semiológicas
O abdome pode ser dividido sob duas formas: 
Através da repartição e referência do local em quadrantes (Figura 2);
Através da identificação das nove regiões semiológicas (Figura 3).
Fig. 2 e 3 (BARROS E COLS. 2009)
Fig.2- Referência em quadrantes
Fig.3- Referência em 9 regiões
Sistematização Do Cuidar III
AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
4. Fases e técnicas de exame
(BARROS E COLS., 2009; USP, 2012)
4.2 Técnicas de exame
Segue o seguinte ordenamento:
a) Inspeção: estática (observação dos contornos) e dinâmica (visualização perceptível da atividade gastrintestinal);
b) Ausculta;
c) Percussão;
d) Palpação.
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4. Fases e técnicas de exame
(BARROS E COLS., 2009; USP, 2012)
Inspeção:
Observação dos sinais e indício visíveis, classificação quanto ao contorno:
Plano: pessoas com bom tônus muscular e peso regular;
Arredondado: musculatura flácida ou excesso de gordura;
Protuberante: gestação, ascite, distensão abdominal;
Em avental: em casos de obesidade grave.
No idoso, o enfraquecimento muscular abdominal pode resultar em acúmulo de gordura na região dos quadris.
Sistematização Do Cuidar III
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4. Fases e técnicas de exame
b) Ausculta:
A avaliação dos ruídos intestinais que ocorrem em consequência dos movimentos peristálticos, do deslocamento de ar e de líquidos ao longo do trajeto intestinal.
Utilizando o estetoscópio com o diafragma previamente aquecido, objetivando auscultar a presença de ruídos hidroaéreos e ritmo.
Auscultar 15-20 seg. (cada quadrante). 
Os ruídos são classificados em normais/presentes, diminuídos (hipoatividade - 1 a 2 sons em 2 minutos), aumentados (hiperatividade - 5 a 6 sons em 30 segundos), normoativos (sons ouvidos a cada 5-20 segundos), ausentes (nenhum som em 3 a 5 minutos). 
Frequência ampla variação: 05 a 34 ruídos/min. (USP, 2012; SMELTZER, 2005, p.1000).
Sinais de alerta: 
Sons hipoativos, correlacionar com: distúrbios hidroeletrolíticos, pós-operatórios, íleo paralítico, peritonite, isquemia do colo, obstrução intestinal;
Sons hiperativos, correlacionar com: Diarreias, uso de laxantes, fase inicial de obstrução intestinal.
(BARROS e cols. 2009).
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4. Fases e técnicas de exame
b) Ausculta de ruídos vasculares:
Fig. 4. Ângulos de ausculta vascular (SEMIOLOGIA, 2006).
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4. Fases e técnicas de exame
c) Percussão:
Percussão direta ou indireta no abdome auxilia delimitação do tamanho e localização das vísceras sólidas.
Percussão direta: Estímulo realizado diretamente com mãos e dedos na parede abdominal (Piparote);
Percussão indireta: Mão não dominante sobre abdome, dedo médio utilizado como martelo (Técnica do plexímetro e plexor);
Notas: O dedo plexor é o que golpeia. O dedo plexímetro é o dedo a ser golpeado (Fig.4).
Percussão contusa ou punho percussão. 
Fig. 5 . Técnica de percussão indireta (BARROS E COLS, 2009).
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AULA 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO DIGESTÓRIO
4. Fases e técnicas de exame
Sons podem ser evidenciados no processo de percussão abdominal:
Quadro. 1 – Contextualizado (BARROS E COLS, 2009, p.245; SEMIOLOGIA, 2006).
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4. Fases e técnicas de exame
d) Palpação. Pode ser realizada através:
Palpação leve ou superficial (Fig. 5);
Palpação profunda ou bimanual (Fig. 6).
e) Procedimentos especiais. Palpação de órgãos:
Palpação do fígado (Fig.7);
Palpação do baço (Fig. 8).
f) Outros importantes exames:
Exame da cavidade oral;
Exame do reto e do ânus.
Fig. 6- Palpação superficial (BARROS E COLS, 2009).
Fig. 7- Palpação profunda (BARROS E COLS, 2009).
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4. Fases e técnicas de exame
Fig. 8- Palpação do fígado (BARROS E COLS, 2009).
Fig. 9- Palpação do baço (BARROS E COLS, 2009).
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4. Fases e técnicas de exame
4.3 Sinais patológicos à palpação
Sinal de MacBurney – Dor à descompressão brusca de dolorosa no quadrante inferior direito entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca direita;
 
Sinal de Murphy – Compressão em ponto cístico à incursão respiratória profunda ocasionando dor intensa e interrupção da respiração;
Sinal de Jobert - Percussão em linha axilar média sobre a área hepática produz sons timpânicos em vez de maciços (indicativo de ar livre em cavidade abdominal – pneumoperitônio);
Sinal de Rosving - Palpação contínua no quadrante inferior esquerdo produz dor no quadrante inferior direito, mais especificamente na fossa ilíaca.
(BARROS E COLS, 2009, p. 247).
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5. Possíveis NANDA e cuidados
Diarreia relacionada à oferta nutricional inadaptada/processo infeccioso/caracterizada por aumento dos movimentos peristálticos/volume de fezes presentes em fralda nas últimas 4h/odor forte;
Risco de choque relacionado à perda de líquidos (volêmica);
Nutrição desequilibrada – menos do que as necessidades corporais relacionadas à inadequação da dietoterapia ofertada caracterizada por inapetência/emagrecimento;
Dor relacionada à procedimento cirúrgico/processo patológico/doença de trato digestivo alto e/ou baixo, caracterizada por sudorese/palidez/escalas faciais;
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5. Possíveis NANDA e cuidados
Intensificar a troca de fraldas e higienizações do cliente – sempre que houver evacuações e sempre que necessário;
Instalar pausa em dieta (4/4h) durante as 24h;
Monitorar resíduo gástrico;
Acionar componente da equipe multidisciplinar – nutricionista, a fim de orientar sobre prescrição (gotejamento) de dieta;
Levantar os hábitos alimentares do cliente tentando promover adequação da dieta fornecida pela instituição;
Monitorar a dor do cliente (avaliação contínua/escalas faciais);
Orientar e preparar o cliente sobre a realização de exames de imagem;
Outros cuidados.
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6. Referências 
ALVARO-LEFREVE, Rosalinda. Aplicação do processo de enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed 2005.
ANDRIS, Debora A. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ATKINSON, L.D. e MURRAY, M.E. Fundamentos de Enfermagem. Introdução ao Processo de Enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara, 2008.
BARROS e COLS. Anamnese e exame e exame físico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed: 2009.
BRAGA, Muriele Picoli et al. Inibidores da bomba de prótons: Revisão e análise farmacoeconômica. Saúde (Santa Maria), Ahead of Print, v.37, n.2, p. 19­32, 2011. 
Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistasaude/article/viewFile/2963/2655. Acesso em Abril, 2016.
MORETE, Márcia Carla; MINSON, Fabíola Peixoto. Instrumentos para a avaliação da dor em pacientes oncológicos/Tools for pain evaluation in cancer patients. Rev. dor; 11(1) jan.-mar. 2010. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-562434 Acesso em Abril, 2016.
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6. Referências 
T. HEATHER (Org). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e Classificações 2015-2017. Porto Alegre: Artmed, 2015.
USP - Universidade de são Paulo. Roteiro aula de Avaliação da NHB Psicobiológicas: Nutrição e Eliminação Intestinal, 2012. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/55794/mod_resource/content/1/Roteiro%20Estudo%20Abdome.pdf. Acessado em abril, 2016.
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Assuntos da próxima aula:
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