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Aula 01 - constitucional - resumo - curso enfase

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Direito Eleitoral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
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Sumário 
1. Bibliografia .................................................................................................................. 2 
2. Introdução ................................................................................................................... 2 
2.1 Fontes .................................................................................................................... 2 
2.2 Conceito ................................................................................................................ 3 
2.3 Competência Legislativa ....................................................................................... 4 
3. Direitos Políticos ......................................................................................................... 6 
3.1 Conceito ................................................................................................................ 6 
3.2 Sufrágio, Voto e Escrutínio .................................................................................... 7 
3.2.1 Sufrágio ........................................................................................................... 7 
3.2.2 Voto ................................................................................................................ 8 
3.2.3 Escrutínio ...................................................................................................... 11 
3.3 Perda e Suspensão dos Direitos Políticos ........................................................... 11 
4. Elegibilidade .............................................................................................................. 14 
4.1 Condições de Elegibilidade ................................................................................. 14 
 
 
Direito Eleitoral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Bibliografia 
 José Jairo Gomes - Direito Eleitoral - Ed. Atlas; 
 Joel José Cândido - Direito Eleitoral Brasileiro - Ed. Edipro; 
 Thales Tácito Cerqueira e Camila Albuquerque Cerqueira - Direito Eleitoral 
Esquematizado - Ed. Saraiva. 
 
2. Introdução 
2.1 Fontes 
a) Material 
São os diversos fatores que influenciam o legislador no seu trabalho de criar as 
normas jurídicas (ex.: ambiente social, religião, movimentos sociais, cultura etc). 
b) Formal 
São as diversas normas jurídicas que, direta ou indiretamente, disciplinam o Direito 
Eleitoral. 
b.1) Diretas/Principais 
São as normas que se propõem a regulamentar o Direito Eleitoral. Exemplos: 
 Constituição Federal (arts. 14 a 17 e 118 a 121); 
 Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65); 
 Lei das Inelegibilidades (LC nº 64/90 - alterada, em 2010, pela LC nº 135, Lei 
da Ficha Limpa); 
 Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97); 
 Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95); 
 Lei do Transporte de Eleitores (Lei nº 6.091/74); 
 Resoluções do TSE (o TSE reconhece que algumas de suas Resoluções têm 
força de lei ordinária). 
Observação1: Como o Código Eleitoral (CE) é anterior à Constituição, deve-se ter 
cuidado pois algumas normas nele previstas não foram recepcionadas por esta. 
Exemplo: O CE prevê que os analfabetos são inalistáveis. Mas, na verdade, o 
alistamento e o voto para os analfabetos são facultativos. Eles são, sim, inelegíveis. 
Observação2: A LC nº 135/2010 trouxe duas grandes inovações: (i) essa Lei torna 
inelegíveis aqueles que sofreram condenação por órgão colegiado (antes, o que gerava a 
inelegibilidade era a condenação transitada em julgado); (ii) o prazo de inelegibilidade foi 
aumentado para oito anos (antes, o tempo de inelegibilidade era de três anos, que, em 
muitos casos, retroagiam à data da eleição. Então, se o candidato conseguisse protelar o 
Direito Eleitoral 
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processo para que a decisão condenatória transitasse em julgado após três anos da data de 
eleição, a inelegibilidade não produziria nenhum efeito). 
b.2) Indiretas/Subsidiárias - o Direito Eleitoral não é regulado diretamente por essas 
normas, mas, de uma maneira reflexa, elas acabam tratando dele. Elas têm aplicação 
subsidiária. Exemplos: 
 Código Civil; 
 Código de Processo Civil; 
 Código Penal; 
 Código de Processo Penal; 
 Consultas respondidas pelo TSE e TRE (ex.: a consulta feita ao TSE, pelos 
partidos políticos, sobre se a Lei da Ficha Limpa seria aplicada nas eleições de 
2010); 
 Doutrina e jurisprudência. 
Observação: Essa função consultiva, prevista pelo CE, é peculiar da Justiça Eleitoral, 
em nenhum órgão do Poder Judiciário essa função é encontrada. 
 
2.2 Conceito 
Direito Eleitoral, para o professor Joel Cândido, é o ramo do Direito Público que trata 
de institutos relacionados aos direitos políticos e às eleições, em todas as suas fases, como 
forma de escolha dos titulares de mandato eletivo. 
Neste conceito são identificados dois temas que compõem o núcleo do Direito 
Eleitoral: direitos políticos e eleições (em todas as suas fases). 
Fases do processo eleitoral 
 Fases principais: 
 - Alistamento (Resolução nº 21.538/2003 do TSE) - é o momento em que a 
pessoa se qualifica e é inscrita no cadastro de eleitores; 
 - Votação; 
 - Apuração; 
 - Diplomação (diploma é o certificado que a Justiça Eleitoral concede àquele 
que foi eleito). 
Dentro dessas fases principais, existem outras fases, que são as intermediárias. 
 Fases intermediárias: 
Direito Eleitoral 
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 - Convenções partidárias (ocorrem do dia 10 a 30 de junho do ano eleitoral - 
art. 8º da Lei das Eleições. Nelas há uma eleição interna, dentro do partido, para escolha 
daqueles que vão disputar os cargos eletivos); 
 Art. 8o A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações 
deverão ser feitas no período de 12 a 30 de junho do ano em que se realizarem as 
eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, 
publicada em 24 (vinte e quatro) horas em qualquer meio de comunicação. 
 - Registo dos candidatos (pode ser feito até o dia 5 de julho do ano eleitoral); 
 - Propaganda (começa no dia 06 de julho - art. 36 da Lei das Eleições); 
Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 5 de julho do ano da 
eleição. 
 - Prestação de contas. 
Observação: É comum se afirmar que a competência da Justiça Eleitoral se encerra 
com a diplomação dos eleitos, mas não é bem assim. A Justiça Eleitoral julga, por exemplo, 
as ações de impugnação ao mandato eletivo, que podem ser propostas em até 15 dias após 
a diplomação. Ou seja, a competência não se esgota com a diplomação. O que se quer dizer 
com aquela afirmação é que após a diplomação vem a posse e exercício dos eleitos, e não 
cabe a Justiça Eleitoral dar posse, nem exercício aos eleitos(o Presidente da República, por 
exemplo, toma posse no Congresso Nacional, no dia 1º de janeiro; os parlamentares tomam 
posse nas respectivas casas, no dia 1º de fevereiro). 
 
2.3 Competência Legislativa 
Sobre o tema, a Constituição traz os seguintes artigos: 
 Art. 22, I - a competência é privativa da União. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; 
 Art. 121 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, 
dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
Note-se que a organização e competência da Justiça Eleitoral já era disciplinada pelo 
Código Eleitoral de 1.965 (nos arts. 12 a 41). Contudo, dentre esses artigos, alguns não estão 
em harmonia com a Constituição de 1988; portanto, não foram recepcionados. Além disso, 
deve-se observar que o CE, na origem, é lei ordinária, e como a Constituição exigiu que o 
Direito Eleitoral 
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tema fosse tratado por lei complementar, aqueles artigos citados, compatíveis com a CF/88, 
foram recepcionados com status de lei complementar. 
Observação: Não se pode dizer que o Código Eleitoral foi recepcionado com status de 
lei complementar. Isso só ocorreu com os arts. 12 a 41, compatíveis com a nova 
Constituição. 
 Art. 14, § 9º - lei complementar definirá outros casos de inelegibilidade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, 
cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
Assim, tem-se que inelegibilidade só pode ser regulada por lei complementar. 
Hoje, essa LC já existe (Lei das Inelegibilidades - LC nº 64/90 -, alterada pela Lei da 
Ficha Limpa - LC nº 135/2010). 
Observação: A doutrina discute se o §9º do art. 14 da CF é autoaplicável ou se 
depende da edição de LC para produzir efeitos. Para os que entendem ser autoaplicável, o 
juiz poderia negar registro de candidatura considerando que a vida pregressa do indivíduo o 
torna inelegível. Para outros, a norma não é autoaplicável, dependendo de LC prevendo 
outros casos de inelegibilidade. Nesse sentido, o TSE editou a Súmula nº 13. 
TSE Súmula nº 13 - DJ 28, 29 e 30/10/96. 
Casos de Inelegibilidade e Prazos de Cessação 
Não é auto-aplicável o § 9º, Art. 14, da Constituição, com a redação da Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4-94. 
 Art. 62, § 1º, I, a, da CRFB 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
 
Direito Eleitoral 
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3. Direitos Políticos 
3.1 Conceito 
O professor José Afonso da Silva define direitos políticos como os direitos de 
participação na vida política do Estado. Essa participação pode se dar duas formas, 
compreendendo dos direitos fundamentais: (i) direito de votar e (ii) direito de ser votado. 
Observação1: O direito de votar pode ser chamado de jus suffragii, capacidade 
eleitoral ativa ou, ainda, cidadania ativa ou franquia eleitoral. Já o direito de ser votado 
também pode ser chamado de jus honorum, capacidade eleitoral passiva ou cidadania 
passiva. 
Observação2: Não é correto dizer que cidadão é o nacional que está no gozo dos seus 
direitos políticos. A cidadania não pode ser sempre atrelada à nacionalidade, porque há 
casos de cidadania sem nacionalidade e de nacionalidade sem cidadania. 
Nacionalidade é o vínculo jurídico que une o indivíduo ao Estado. Cidadania, por sua 
vez, é uma qualificação dada aos integrantes da vida política do Estado. Em outras palavras, 
cidadão é aquele que pode participar da vida política do Estado, ou seja, aquele que está no 
gozo dos seus direitos políticos, não necessariamente um nacional. 
Entretanto, como regra, o cidadão é um nacional. Exceções: 
- Nacionalidade sem cidadania 
Exemplo1: Os brasileiros menores de 16 anos, que, por não participarem da vida 
política do Estado, não estão no gozo dos direitos políticos; por isso não são cidadãos. 
Exemplo2: Nacionais que perderam ou tiveram suspensos os direitos políticos (art. 
15, CF). 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
- Cidadania sem nacionalidade 
Só existe um caso, que é o dos portugueses equiparados. Não se trata de caso de 
naturalização, mas, ainda assim, os equiparados podem exercer todos os direitos políticos, 
podendo votar e ser votado, inclusive (art. 12, § 1º, CF). 
Direito Eleitoral 
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§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. 
Observação: A “residência permanente” deve ser de no mínimo três anos (art. 17 do 
Estatuto da Igualdade - incorporado pelo Decreto nº 3.927/2001). 
Artigo 17 
1. O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil só 
será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de 
requerimento à autoridade competente. 
2. A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange as pessoas que, no Estado da 
nacionalidade, houverem sido privadas de direitos equivalentes. 
3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do exercício 
dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade. 
 
3.2 Sufrágio, Voto e Escrutínio 
3.2.1 Sufrágio 
É a essência do direito político, ou seja, é o direito de todo indivíduo participar da 
vida política do Estado, votando ou sendo votado. 
Assim, a definição de sufrágio pode ser equiparada a de direito político. São 
expressões que se confundem. 
Característica: O sufrágio é universal (arts. 14 e 60, § 4º, II, CF). 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
(...) 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a propostade emenda tendente a abolir: 
(...) 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
Observação1: O art. 14 define que o nosso regime político é a democracia semidireta, 
que tem como regra a participação indireta do povo, exercida por meio de seus 
representantes, mas há previsão de participação direta. 
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Observação2: Apesar de o art. 60, § 4º, II, CRFB dizer que o voto é universal, na 
verdade, tecnicamente falando, ser universal não é uma característica do voto, mas sim do 
sufrágio. Logo, o sufrágio universal é cláusula pétrea. 
Dizer que o sufrágio é universal significa que é assegurado o direito de voto ao maior 
número possível de indivíduos, sem se falar em restrições de natureza econômica, 
intelectual ou de gênero. 
Em contraposição ao sufrágio universal tem-se o sufrágio restrito, que não é adotado 
pelo nosso ordenamento, mas existe, até hoje, em alguns ordenamentos. Este sufrágio é 
aquele que comporta restrições ao exercício do voto. Estas podem ser de três naturezas: 
- Econômica (sufrágio censitário); 
- Intelectual (sufrágio capacitário); 
- Quanto ao gênero (sufrágio masculino). 
Observação3: Alguns autores ponderam a ideia de que o sufrágio é universal, pois, 
como nem todas as pessoas estão habilitadas a votar (menores de 16 anos, estrangeiros, 
conscritos e pessoas que perderam ou tiveram seus direitos políticos suspensos), não se 
poderia falar em sufrágio puramente universal, já que existem algumas restrições ao 
exercício do voto. Entretanto, a doutrina, majoritariamente, combate essa tese afirmando 
que essas limitações são apenas pressupostos ao exercício do sufrágio, que é universal. 
 
3.2.2 Voto 
Voto é o instrumento utilizado para o exercício do direito do sufrágio. 
Características: 
 Direto 
Não há possibilidade de se votar por intermediários. 
Observação1: Há um único caso de voto indireto admitido no sistema brasileiro. 
Quando há dupla vacância presidencial (o Presidente de República e o Vice, falecem, por 
exemplo), o Presidente da Câmara assume o cargo temporariamente e convoca novas 
eleições, no prazo de noventa dias, para que o povo eleja um novo Presidente e Vice (desde 
que essa dupla vacância ocorra nos dois primeiros anos de mandato). Contudo, se a dupla 
vacância ocorrer nos dois últimos anos do mandato, o Presidente da Câmara assume o cargo 
temporariamente e convoca novas eleições, no prazo de trinta dias, para que o Congresso 
Nacional eleja, dentre os seus membros, um novo Presidente e Vice (eleições indiretas). 
Art. 81 (da CRFB). Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-
se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. 
Direito Eleitoral 
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§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para 
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, 
na forma da lei. 
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus 
antecessores. 
Observação2: Não confundir sucessão com substituição do chefe do Poder Executivo. 
A sucessão é sempre definitiva - quem sucede passa a ser o titular do mandato - e decorre 
de vacância (falecimento, renúncia ou perda do mandato). Quem sucede o chefe do Poder 
Executivo é o Vice, único sucessor, tanto que se, após suceder, este falecer, por exemplo, 
não haverá nova sucessão. Já a substituição é sempre temporária e decorre de impedimento 
do titular do Poder. É aqui que se fala na lista de substituição presidencial: Vice, Presidente 
da Câmara, Presidente do Senado e Presidente do STF. 
 Obrigatório 
Essa é a regra, mas há exceções. O voto é facultativo para os: (i) maiores de 16 e 
menores de 18 anos, (ii) analfabetos e (iii) maiores de 70 anos. 
Art. 14, §1º (da CRFB) - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
Observação: A obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea. 
 Secreto (art. 103 do CE) 
Art. 103. O sigilo do voto é assegurado mediante as seguintes providências: 
I - uso de cédulas oficiais em todas as eleições, de acôrdo com modêlo aprovado pelo 
Tribunal Superior; 
II - isolamento do eleitor em cabine indevassável para o só efeito de assinalar na cédula 
o candidato de sua escolha e, em seguida, fechá-la; 
III - verificação da autenticidade da cédula oficial à vista das rubricas; 
IV - emprego de urna que assegure a inviolabilidade do sufrágio e seja suficientemente 
ampla para que não se acumulem as cédulas na ordem que forem introduzidas. 
Observação1: A Lei nº 12.034/2009 (que trouxe profundas modificações na Lei das 
Eleições - Lei nº 9.504/97) previu, em seu art. 5º, o chamado voto impresso, de modo que a 
urna imprimiria um número único de identificação de voto, que é associado à assinatura 
digital do eleitor. Como isso permitiria a identificação do voto, o STF declarou este artigo 
inconstitucional (ADI 4543/DF - Informativo nº 727). 
Direito Eleitoral 
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Art. 5o Fica criado, a partir das eleições de 2014, inclusive, o voto impresso conferido 
pelo eleitor, garantido o total sigilo do voto e observadas as seguintes regras: 
§ 1o A máquina de votar exibirá para o eleitor, primeiramente, as telas referentes às 
eleições proporcionais; em seguida, as referentes às eleições majoritárias; finalmente, o 
voto completo para conferência visual do eleitor e confirmação final do voto. 
§ 2o Após a confirmação final do voto pelo eleitor, a urna eletrônica imprimirá um 
número único de identificação do voto associado à sua própria assinatura digital. 
§ 3o O voto deverá ser depositado de forma automática, sem contato manual do eleitor, 
em local previamente lacrado. 
§ 4o Após o fim da votação, a Justiça Eleitoral realizará, em audiência pública, auditoria 
independente do software mediante o sorteio de 2% (dois por cento) das urnas 
eletrônicas de cada Zona Eleitoral, respeitado o limite mínimo de 3 (três) máquinas por 
município, que deverão ter seus votos em papel contados e comparados com os 
resultados apresentados pelo respectivo boletim de urna. 
§ 5o É permitido o uso de identificação do eleitor por sua biometria ou pela digitação do 
seu nome ou número de eleitor, desde que a máquina de identificar não tenha nenhuma 
conexão com a urna eletrônica. 
 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ELEITORAL. ART. 5º DA LEI N. 12.034/2009: IMPRESSÃO DE 
VOTO. SIGILO DO VOTO: DIREITO FUNDAMENTAL DO CIDADÃO. VULNERAÇÃO POSSÍVEL 
DA URNA COM O SISTEMA DE IMPRESSÃO DO VOTO: INCONSISTÊNCIAS PROVOCADAS 
NO SISTEMA E NAS GARANTIAS DOS CIDADÃOS. INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA. 
AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A exigência legal do voto impresso no processo de 
votação, contendo número de identificação associado à assinatura digital do eleitor, 
vulnera o segredo do voto, garantia constitucionalexpressa. 2. A garantia da 
inviolabilidade do voto impõe a necessidade de se assegurar ser impessoal o voto para 
garantia da liberdade de manifestação, evitando-se coação sobre o eleitor. 3. A 
manutenção da urna em aberto põe em risco a segurança do sistema, possibilitando 
fraudes, o que não se harmoniza com as normas constitucionais de garantia do eleitor. 
4. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do art. 5º da Lei n. 
12.034/2009. 
(ADI 4543, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 06/11/2013, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-199 DIVULG 10-10-2014 PUBLIC 13-10-2014) 
Observação2: Em relação aos portadores de necessidades especiais, que precisam de 
auxílio para votar, não há na legislação eleitoral regulamentação autorizando o seu 
acompanhamento. Por isso, o TSE disciplinou o tema, por Resolução, autorizando que o 
portador de necessidades especiais vote acompanhado de pessoa de sua confiança (desde 
que não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou candidato) podendo o 
acompanhante, inclusive, digitar os números na urna. 
 Igual 
Isso significa que o voto tem o mesmo valor para todos, sem qualquer distinção. 
Direito Eleitoral 
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 Periódico 
Porque as eleições se realizam de tempos em tempos. De dois em dois anos, 
alternadamente, tem-se as eleições gerais e municipais. 
Observação: O DF não pode se dividir em municípios (art. 32, CF). Logo, não há 
eleições municipais, só havendo eleições de quatro em quatro anos. 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei 
orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição. 
 
3.2.3 Escrutínio 
É o modo pelo qual o voto se exterioriza. Embora a palavra escrutínio não apareça na 
CF, a característica do escrutínio aparece como uma característica do voto, qual seja, ser 
secreto. Aqui também é necessário fazer uma correção técnica, pois secreto é característica 
do escrutínio e não do voto. 
Observação: Atenção com o Código Eleitoral, porque nele a palavra escrutínio 
também pode ter o significado de urna. Além disso, traz a figura dos escrutinadores, que são 
aqueles auxiliam na contagem dos votos por cédula. 
 
3.3 Perda e Suspensão dos Direitos Políticos 
A perda ou suspensão dos direitos políticos alcança o direito de votar e de ser 
votado. 
A Constituição trata desse assunto no art. 15: 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Cassação de direitos políticos 
A cassação, que é vedada, é a privação dos direitos políticos por ato exclusivo do 
chefe do Executivo, sem ampla defesa e contraditório. 
Direito Eleitoral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Observação: Todas as hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos são 
precedidas de ampla defesa e contraditório. Note-se, ainda, que quase todas essas hipóteses 
(exceto a prevista no inciso IV) decorrem de decisão do Poder Judiciário. 
 Perda dos direitos políticos 
É a privação definitiva dos direitos políticos. No entanto, estes poderão ser 
readquiridos no futuro, mediante provocação do interessado. 
a) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado 
Observação: Note-se que o brasileiro nato que voluntariamente opta por outra 
nacionalidade, em regra, perde a brasileira (art. 12, § 4º, II, CF) e consequentemente perde 
os direitos políticos. 
Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
(...) 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; 
b) Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII; 
Há uma grande discussão acerca dessa hipótese. A doutrina se divide quanto ao 
entendimento de que se trata de perda ou suspensão dos direitos políticos. 
Observação1: A CESPE entende se tratar de hipótese de perda. 
A Constituição estabelece que: 
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
Exemplo: O serviço militar obrigatório é uma obrigação legal a todos imposta. Se o 
indivíduo alegar que não prestará o serviço militar por razões de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política (escusa de consciência), não pode ser privado de seus 
direitos. Mas, ao alegar a escusa de consciência, o indivíduo se obriga a cumprir uma 
obrigação alternativa e não a cumprindo, aí sim, ele poderá ser privado de direitos, o que 
acarretará na perda dos direitos políticos, nos termos do art. 15, IV, CF. 
Observação2: A melhor redação do art. 15, IV, CF seria “recusa de cumprir obrigação 
a todos imposta e prestação alternativa”. 
 
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 Suspensão dos direitos políticos 
É a privação temporária dos direitos políticos, que serão readquiridos no futuro, 
cessada a causa que deu ensejo à suspensão. 
a) Incapacidade civil absoluta 
Disciplinada pelo art. 3º do Código Civil. 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
Observação: O inciso I não interessa, pois os menores de 16 anos nunca tiveram 
direitos políticos. 
Para que haja o reconhecimento jurídico da incapacidade é necessário promover um 
processo de interdição do incapaz. Sendo a interdição registrada no registro de nascimento 
da pessoa, o próprio oficial registrador envia um ofício à Justiça Eleitoral comunicando a 
incapacidade. Ou seja, para que os direitos políticos sejam suspensos, não basta a 
incapacidade civil absoluta de fato, é necessário a interdição do incapaz. 
b) Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º 
Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas emlei, sem prejuízo da ação 
penal cabível. 
Aqui se aplica o mesmo raciocínio desprendido acima. Não é o ato de improbidade 
que gera a suspensão dos direitos políticos; a improbidade precisa ser reconhecida 
judicialmente. Assim, é a condenação, por ato de improbidade, transitada em julgado que 
gera a suspensão dos direitos políticos. 
c) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos 
Aqui a Constituição foi expressa ao exigir o trânsito em julgado. 
Observação1: A inelegibilidade, que só atinge o direito de ser votado, não exige o 
trânsito em julgado, bastando a condenação por órgão colegiado. 
A jurisprudência do STF segue no sentido de que onde está escrito “condenação 
criminal” deve ser lido condenação por infração penal (crime + contravenção penal). 
Mas deve-se ter claro que nenhuma das medidas despenalizadoras da Lei nº 
9.099/95, como a composição cível e a transação penal, importam em suspensão dos 
direitos políticos. 
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Já a expressão “enquanto durarem seus efeitos”, segundo o TSE (Sumula nº 9), 
significa até a data da declaração de extinção da pena, pelo cumprimento, ou da 
punibilidade. 
TSE Súmula nº 9 - DJ 28, 29 e 30/10/92 
Suspensão de Direitos Políticos - Condenação Criminal - Extinção da Pena - Repartação 
de Dano 
A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em 
julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação 
ou de prova de reparação dos danos. 
Observação2: O livramento condicional não tem repercussão na suspensão dos 
direitos políticos. O mesmo ocorre com o sursis (suspensão condicional da pena) e com a 
prisão civil, que também não fazem com que a pessoa readquira os direitos políticos. 
 
4. Elegibilidade 
É a aptidão para o exercício da capacidade eleitoral passiva. Em outras palavras, é o 
direito público subjetivo de concorrer a cargos eletivos. 
A elegibilidade se perfaz por etapas, se iniciando aos 18 anos, quando já se pode 
concorrer ao cargo de vereador e se torna plena aos 35 anos, quando se pode disputar ao 
cargo de Presidente da República, por exemplo. 
Algumas pessoas nunca terão a elegibilidade plena (ex.: o brasileiro naturalizado e o 
português equiparado, pois nunca poderão concorrer ao cargo de Presidente da República). 
Outras pessoas sequer têm elegibilidade, são inelegíveis (ex.: estrangeiros e 
conscritos). 
 
4.1 Condições de Elegibilidade 
São pressupostos para o exercício da capacidade eleitoral passiva. 
A doutrina divide essas condições em 2 espécies: 
 Próprias ou explícitas - decorrem diretamente da CF. 
 Impróprias ou implícitas - não previstas na CF, mas na legislação ordinária. 
Exemplo1: Quitação eleitoral - art. 11, § 1º, VI, da Lei das Eleições. 
Art. 11, § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos: 
(...) 
VI - certidão de quitação eleitoral; 
Exemplo2: Escolha do candidato em convenção partidária. 
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Observação: A dispensa de escolha, por convenção partidária, do candidato já 
detentor de mandato eletivo, prevista pelo art. 8º, § 1º, da Lei das Eleições (candidatura 
nata) foi declarada inconstitucional pelo STF. 
Art. 8º, § 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou 
de Vereador, e aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura 
que estiver em curso, é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo 
partido a que estejam filiados. 
Exemplo3: Filiação partidária é uma condição de elegibilidade própria. Mas a lei traz a 
previsão de que é necessário que haja 1 ano de filiação até a data da eleição. Esta limitação 
temporal, por ser prevista em lei, é uma condição imprópria.

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