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1 Coordenadas esféricas Para problemas envolvendo simetria esférica é natural usarmos coordenadas esféricas. Nesta postagem apresentamos uma definição dessas coordenadas com ilustrações detalhadas. Também definiremos o conjunto de versores ortogonais que são calculados em cada ponto do espaço, cada um indicando a direção e o sentido de crescimento de cada uma das três respectivas coordenadas esféricas. Suponhamos um ponto P no espaço tridimensional. Seja O o ponto onde escolhemos a origem de nosso sistema de referência. Com esses dois pontos podemos definir o vetor posição r com sentido que aponta de O a P e, portanto, com a direção que é paralela à reta que passa por esses dois pontos. O módulo desse vetor, r ≡ |r| , é escolhido como a distância entre P e O. Essa distância é a coordenada esférica radial, como indica figura abaixo. Agora podemos escolher três eixos cartesianos, x, y e z, e a coordenada esférica polar, θ, é definida como o ângulo compreendido entre o eixo z e o vetor posição r, como na figura abaixo. Note que, em analogia com astronomia, o eixo z, no polo norte, aponta para o zênite. Veja que podemos desenhar uma superfície esférica de raio r centrada na origem O e que, portanto, contém o ponto P. A curva de menor comprimento que vai do polo norte até o ponto P, sobre essa superfície esférica, mede rθ, como ilustra a figura a seguir. Essa curva é um arco de circunferência centrada em O, com raio r. 2 Podemos agora projetar o ponto P sobre o plano xy e obter o ponto P ′, como na figura que segue. Veja que a distância da origem O até o ponto P ′ é dada por rsenθ. A coordenada azimutal, ϕ, é o ângulo compreendido entre o eixo x e o segmento de reta OP ′, como na próxima figura. Podemos definir três versores mutuamente ortogonais, cada um com a di- reção e o sentido de crescimento de cada uma das coordenadas esféricas. A figura abaixo mostra o versor radial rˆ, ao longo da direção e do sentido do ve- tor posição r. Veja que, para qualquer ponto P, o ângulo θ sempre cresce na direção ortogonal ao versor radial. A figura a seguir também mostra o versor θˆ apontando na direção e no sentido de crescimento do ângulo θ. 3 O versor com direção e sentido de crescimento do ângulo azimutal ϕ é par- alelo ao plano xy e é ortogonal ao plano que é paralelo ao vetor posição r e ao eixo z, como ilustrado na próxima figura. Como esse versor, ϕˆ, é uma função do ponto P, a figura também mostra uma instância de ϕˆ transladada até o ponto P. Veja que vetores não são setas, mas sim classes de equivalência de setas. Uma seta desenhada a partir de um ponto apenas representa um vetor. Logo, qualquer seta desenhada a partir de qualquer ponto, se tiver a mesma direção e o mesmo sentido que um dado vetor, então essa seta representa o vetor, que é um conjunto todo de setas equivalentes. Duas setas são equivalentes quando têm a mesma direção e o mesmo sentido. Veja que o versor rˆ é normal à superfície esférica no ponto P, enquando que os versores θˆ e ϕˆ são tangentes à superfície esférica no ponto P, como mostra a figura abaixo.
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