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ALUNO ATUALIDADES AULA 4

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ATUALIADES PARA CONCURSO – POLÍCIA 
MILITAR/2016. 
PROFª.: Márcia Freitas 
Câncer: A era das novas drogas e tratamentos 
inteligentes. 
O câncer é considerado a doença mais mortal e 
temida dos nossos tempos. Existem mais de 100 
tipos da doença. Os mais comuns são de pele, 
intestino, bexiga, leucemia, pulmão, próstata, 
mama, útero e estômago. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta 
que os casos de câncer aumentarão 50% até 
2030, ano em que o instituto estima que quase 22 
milhões de pessoas no mundo sejam 
diagnosticadas. Esse cenário se deve ao 
envelhecimento da população, ao aumento do 
número de casos em países em desenvolvimento 
(a mudança brusca de estilo de vida) e a adoção 
de hábitos de risco, como a falta de exercícios 
físicos e um maior consumo de álcool, tabaco e 
alimentos processados. 
No Brasil, em menos de uma década, 30 milhões 
de pessoas morreram pela doença no país, 
segundo dados do Instituto Nacional do Câncer 
(Inca). Só em 2015, serão 500 mil novos casos. O 
Inca estima ainda que em 2016 e 2017, quase 1,2 
milhão de brasileiros receberão o diagnóstico de 
câncer. 
Recentemente uma substância criou polêmica no 
país por ter sido anunciada como uma cura 
promissora para o câncer. A fosfoetanolamina 
sintética é uma molécula fosforilada artificialmente, 
com propriedades anti-inflamatórias e pró-
apoptóticas (induz a morte de células) e foi 
desenvolvida e patenteada por pesquisadores do 
Instituto de Química da USP em São Carlos (SP). 
Ao ser ingerida, a fosfoetanolamina é sintetizada 
naturalmente em algumas células do corpo. 
Estudos indicam que ela reativa a morte celular 
programada e estimula o sistema imune a eliminar 
o tumor maligno. A substância vinha sendo 
distribuída gratuitamente para pacientes 
interessados em um tratamento alternativo e ficou 
conhecida como “pílula do câncer”. 
No entanto, cientistas ainda não comprovaram sua 
eficácia, mas existem indícios de que a droga 
estimule o combate às células malignas pelo 
sistema de defesa do organismo. 
Em 2014, a USP assinou uma portaria proibindo a 
produção de substâncias sem registro pela Anvisa. 
Centenas de pacientes entraram com ações na 
Justiça para ter direito ao uso da pílula e forçar a 
universidade a produzir a substância em larga 
escala. A universidade contestou, alegando que a 
substância não é um medicamento e sua eficácia 
não foi comprovada cientificamente. 
O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o 
fornecimento da substância porque ela ainda não 
foi aprovada pela Anvisa e não existem pesquisas 
que comprovem a segurança ou eficácia da 
substância para o tratamento do câncer em seres 
humanos. Dias depois, o Supremo Tribunal de 
Justiça de São Paulo decidiu em favor de um 
pedido feito por pacientes. 
Finalmente, em novembro, o Ministério da Ciência, 
Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou que vai 
investir R$ 10 milhões em pesquisas para avaliar 
se a fosfoetanolamina sintética tem potencial para 
tratar o câncer. 
Como o câncer começa 
O termo “tumor” ou câncer é usado para definir 
doenças em que células defeituosas do corpo se 
multiplicam sem controle e invadem outras células, 
 
 
causando tumores malignos e sérios problemas de 
saúde. 
 
A doença nasce a partir da divisão celular (mitose), 
um mecanismo natural do nosso corpo. As células 
do corpo humano precisam se dividir para repor 
células que morreram. A maioria dos tecidos (que 
constituirão nossos órgãos) sofre um constante 
processo de renovação celular graças ao equilíbrio 
entre proliferação e morte das células. 
Toda célula está programada para se multiplicar e 
também morrer. O processo de crescimento celular 
é controlado pelo DNA (moléculas localizadas nos 
cromossomos da célula e que carregam o código 
genético). O problema é que o DNA pode sofrer 
uma “falha” e então a célula passa por um 
processo de mutação anormal e se multiplica 
desordenadamente, até formar uma massa de 
tumor. 
O crescimento do tumor é motivado pela criação 
de vasos sanguíneos que o nutrem com oxigênio e 
nutrientes. Quando não evolui, o tumor é 
considerado benigno. Ele se torna perigoso 
quando cresce e as células começam a invadir 
órgãos vizinhos e a produzir novas células 
defeituosas. Esse processo de disseminação para 
outras partes do corpo é chamado de metástase. 
Estima-se que nove em cada dez mortes por 
câncer no mundo sejam causadas por tumores que 
tiveram metástase. 
O câncer tem o poder de “enganar” o corpo. As 
células cancerosas, apesar de possuírem 
alterações, têm semelhanças com as saudáveis, e 
isso faz com que o sistema imunológico não as 
veja como ameaça e não induza ao “suicídio” da 
célula. 
O que provoca o câncer? 
Qualquer pessoa pode ter câncer e seu surgimento 
pode ser simplesmente uma questão de azar. Mas 
alguns fatores aumentam os ricos de 
desenvolvimento da doença, como anomalias 
genéticas hereditárias (doença passa de pai para 
filho), exposição a alguns vírus, exposição a 
agentes tóxicos (radiação, sol e agentes químicos) 
e hábitos não saudáveis como a má alimentação 
(consumo elevado de sal, alimentos embutidos), o 
fumo e o consumo de bebidas alcoólicas. 
Se não houver tratamento, o câncer leva à morte. 
Por décadas, a ciência buscou armas para 
expulsar o tumor e governos de países investiram 
bilhões de dólares em pesquisas. Por ser uma 
doença de células que mudam a todo instante, a 
medicina ainda não encontrou a cura definitiva. 
Mas hoje é possível vencer o câncer com 
tratamentos eficazes como a quimioterapia e a 
radioterapia, que buscam eliminar o tumor ou 
controlar o seu desenvolvimento em estágios 
iniciais. Quanto mais cedo um câncer for 
identificado, maiores as chances de cura. 
Atualmente, até 70% das pessoas diagnosticadas 
com câncer conseguem sobreviver à doença. 
Existem três tipos de tratamento: cirurgia para 
remover o tumor (em parte ou em sua totalidade), 
a radioterapia, que expõe o tumor à radiação, que 
evita que as células se multipliquem, e a 
quimioterapia, que consiste na administração de 
substâncias que buscam destruir ou diminuir os 
tumores. Por agir nas células e ter o risco de 
atacar células saudáveis, ambas possuem fortes 
efeitos colaterais e podem prejudicar o sistema de 
defesa do organismo. A pessoa que teve câncer 
pode voltar a sofrer com a doença. Mas se após 
cinco anos sem diagnóstico de tumores, o paciente 
é considerado curado. 
 
 
As novas drogas inteligentes 
A ciência tem avançado bastante no tratamento do 
câncer e nos últimos anos, a tendência é a 
pesquisas de novas drogas “inteligentes”, que 
buscam combater os tumores sem destruir células 
saudáveis. 
Fruto dos avanços na área de biologia molecular, 
as novas formas de tratamento conseguem atuar 
em alvos certeiros e perceber as diferenças dos 
tumores para bloquear as células malignas. Existe 
ainda o desenvolvimento de “vacinas” que podem 
estimular o sistema imunológico a atacar as células 
do câncer. 
Existem três possibilidades de novas drogas que 
podem atuar em momentos críticos da formação 
de um tumor – na multiplicação celular (entender o 
fator de crescimento e impedir o fenômeno), na 
formação de vasos sanguíneos (impedir a criação 
de vasos sanguíneos em torno das células 
malignas) e na mutação genética (entender as 
alterações do DNA). As novas pesquisas atuam a 
partir dessas abordagens e a promessa é que 
centenas de novos tratamentos contra o câncer 
sejam testados nos próximos anos. 
Em novembro, a FDA, agência americana que 
regula o setorde alimentos e remédios, aprovou 
pela primeira vez um tratamento que pode atacar 
células cancerígenas sem destruir as células 
saudáveis, ao mesmo tempo em que estimula o 
sistema imunológico a lutar contra a doença. 
Batizado comercialmente de Imlygic, o tratamento 
usa um gene modificado do vírus da herpes para 
caçar células defeituosas que provocam o câncer 
de pele. O vírus modificado é injetado diretamente 
no tumor. O corpo identifica o vírus e o sistema 
imunológico é acionado, combatendo as células do 
câncer. 
Apesar disso, nenhum remédio ou tratamento deve 
conseguir combater o câncer sozinho, já que o 
câncer possui uma série de alterações celulares. O 
caminho é criar coquetéis de drogas, combinações 
de diversos medicamentos que serão alteradas de 
forma estratégica de acordo com cada tipo de 
câncer e com o progresso do tratamento. A boa 
notícia é que pesquisadores estimam que, nas 
próximas décadas, o câncer será considerado uma 
doença crônica e não mortal, ou seja, é possível 
ser mantida em controle.http://vestibular.uol.com.br/resumo-
das-disciplinas/atualidades/cancer-a-era-das-novas-drogas-e-
tratamentos-inteligentes.htm 
BRICS: Mecanismo formado por países 
chamados “emergentes”, o BRICS possui um 
grande peso econômico e político e pode 
desafiar as grandes potências mundiais. 
O BRICS é um agrupamento econômico 
atualmente composto por cinco países: Brasil, 
Rússia, Índia, China e África do Sul. Não se trata 
de um bloco econômico ou uma instituição 
internacional, mas de um mecanismo internacional 
na forma de um agrupamento informal, ou seja, 
não registrado burocraticamente com estatuto e 
carta de princípios. 
Em 2001, o economista Jim O´Neil formulou a 
expressão BRICs (com “s” minúsculo no final para 
designar o plural de BRIC), utilizando as iniciais 
dos quatro países considerados emergentes, que 
possuíam potencial econômico para superar as 
grandes potências mundiais em um período de, no 
máximo, cinquenta anos. 
O que era, no início, apenas uma classificação 
utilizada por economistas e cientistas políticos para 
designar um grupo de países com características 
econômicas em comum, passou, a partir de 2006, 
a ser um mecanismo internacional. Isso porque 
Brasil, Rússia, Índia e China decidiram dar um 
 
 
caráter diplomático a essa expressão na 61º 
Assembleia Geral das Nações Unidas, o que 
propiciou a realização de ações econômicas 
coletivas por parte desses países, bem como uma 
maior comunicação entre eles. 
A partir do ano de 2011, a África do Sul também foi 
oficialmente incorporada ao BRIC, que passou 
então a se chamar BRICS, com o “S” maiúsculo no 
final para designar o ingresso do novo membro (o 
“S” vem do nome do país em Inglês: South Africa). 
Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 
21% do PIB mundial, formando o grupo de países 
que mais crescem no planeta. Além disso, 
representam 42% da população mundial, 45% da 
força de trabalho e o maior poder de consumo do 
mundo. Destacam-se também pela abundância de 
suas riquezas nacionais e as condições favoráveis 
que atualmente apresentam para explorá-las. 
BRICS desafiam a ordem econômica internacional 
Durante a V Cúpula do BRICS, em 27 de Março de 
2013, os países do eixo decidiram pela criação de 
um Banco Internacional do grupo, o que 
desagradou profundamente os Estados Unidos e a 
Inglaterra, países responsáveis pelo FMI e Banco 
Mundial, respectivamente. A decisão sobre o 
banco do BRICS ainda não foi oficializada, mas 
deve se concretizar nos próximos anos. A ideia é 
fomentar e garantir o desenvolvimento da 
economia dos países-membros do BRICS e de 
demais nações subdesenvolvidas ou em 
desenvolvimento. 
Outra medida que também não agradou aos EUA e 
Reino Unido foi a criação de um contingente de 
reserva no valor de 100 bilhões de dólares. Tal 
medida foi tomada com o objetivo de garantir a 
estabilidade econômica dos 5 países que fazem 
parte do grupo. 
 
Com essas decisões, é possível perceber a 
importância econômica e política desse grupo, 
assim como também é possível vislumbrar a 
emergência de uma rivalidade entre o BRICS, os 
EUA e a União Europeia. 
Brics: Quatro conquistas e um fracasso do 
grupo dos emergentes 
O sétimo encontro de líderes dos Brics (Brasil, 
Rússia, Índia, China e África do Sul) que tem início 
nesta quarta-feira na cidade russa de Ufá, ocorre 
em um momento econômico particularmente difícil 
para parte do clube dos emergentes. 
Rússia e Brasil devem ter recessão este ano. A 
China está desaquecendo e a economia sul-
africana deve crescer cerca de 2%. Dos cinco 
Brics, o único que ainda empolga investidores é a 
Índia, com um crescimento esperado de quase 8% 
para 2015. 
Até o criador do termo Bric, o ex-economista-chefe 
do Goldman Sachs Jim O'Neill, disse recentemente 
que se sentiria tentado a reduzi-lo para "IC" - 
iniciais de Índia e China - se os outros países não 
retomarem sua trajetória de crescimento até o fim 
da década. 
Chama atenção, porém, que mesmo nesse cenário 
econômico desanimador parece haver menos 
ceticismo sobre a solidez do grupo do que há 
alguns anos, segundo analistas consultados pela 
BBC Brasil. 
"Os Brics parecem ter conseguido, em um espaço 
curto de tempo, criar uma dinâmica para assegurar 
sua existência mesmo em um ciclo econômico 
desfavorável", opina Oliver Stuenkel, especialista 
em Brics da Fundação Getúlio Vargas. 
Leia mais: Entre ricos e Brics, Brasil 'teve maior 
aumento em produtividade agrícola' 
 
 
"De um lado, temos a institucionalização do grupo 
com a criação do banco dos Brics e de uma 
reserva emergencial para ajudar países em apuros 
financeiros. Do outro, há um fortalecimento dos 
canais de diálogo entre os líderes dessas nações 
emergentes, além de uma maior cooperação em 
áreas técnicas, científicas, acadêmicas e até 
culturais." 
Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da 
Universidade Columbia, concorda: "Basta 
comparar os Brics com o G7 (Grupo dos 7 países 
mais industrializados e desenvolvidos do mundo), 
por exemplo. O que foi que eles fizeram em termos 
de construção institucional? Nada. Até hoje se 
encontram apenas para trocar opiniões". 
Agenda comum 
O acrônimo Bric (que em um primeiro momento 
não incluía o "s", de África do Sul) foi criado por 
O'Neill como instrumento de análise financeira em 
2001. Originalmente, se referia às nações 
emergentes que, em 2040, teriam o mesmo peso 
econômico dos países desenvolvidos. 
Por volta de 2007, autoridades desses países 
perceberam a possibilidade de explorar 
politicamente a ideia de que suas nações teriam 
uma "agenda" comum. 
Como resultado, a primeira reunião de cúpula dos 
Brics ocorreu em 2009, na Rússia, tendo como 
bandeira a luta pela reforma do sistema político e 
econômico internacional. 
A África do Sul foi "incorporada" ao grupo em 
2010. 
É verdade que sempre houve questionamentos 
sobre o potencial de cooperação dos Brics em 
função de suas diferenças políticas e econômicas, 
de valores e interesses. 
Mas apesar dessas diferenças, analistas 
consultados pela BBC apontam quatro avanços 
que teriam marcado esses sete primeiros anos dos 
Brics, juntamente com os problemas econômicos 
de alguns de seus integrantes - considerados por 
eles seu grande "fracasso". Confira: 
Avanços 
1) Banco dos Brics 
Os Brics já assinaram um acordo para a criação de 
um banco que financiará obras de infraestrutura 
em países pobres e em desenvolvimento, embora 
o projeto ainda precise ser ratificado pelo 
Legislativo de algunspaíses. 
O chamado Novo Banco de Desenvolvimento 
(NBD), uma espécie de Banco Mundial dos 
emergentes, terá sede em Xangai, na China, e um 
capital inicial de US$ 50 bilhões, dividido 
igualmente entre os Brics. 
Do ponto de vista financeiro, o banco é 
interessante porque pode receber uma 
classificação de risco melhor que as economias do 
grupo, captando recursos no mercado a um custo 
mais baixo. 
Mas analistas também veem sua criação como 
parte de uma ação política que teria como objetivo 
criar alternativas à hegemonia americana e 
europeia no sistema financeiro internacional. 
Espera-se que, em Ufá, sejam anunciados 
detalhes sobre quem fará parte da cúpula do novo 
banco e quais suas regras de funcionamento. 
"Ainda sabemos pouco sobre como esse banco 
deve atuar. Ele poderá financiar uma empresa 
brasileira e uma chinesa em uma obra na Namíbia, 
por exemplo? Quem poderá pegar empréstimos e 
em que condições? Como ele se relacionará com 
outros bancos da Ásia, bancos de desenvolvimento 
 
 
nacionais e o Banco Mundial? Tudo isso ainda 
precisa ser esclarecido", diz Troyjo. 
Leia mais: OCDE põe Brasil e Rússia na lanterna 
de ranking de crescimento para 2015 
2) Arranjo de Contingente de Reservas (ACR) 
Além da abertura do banco, os líderes também já 
acertaram a criação de uma espécie de fundo para 
socorrer membros dos Brics que tenham graves 
desequilíbrios em suas balanças de pagamentos 
ou estejam à beira de um calote. 
O esquema, batizado de Arranjo de Contingente de 
Reservas (ACR), contará com um total de US$ 100 
bilhões para essas operações de resgate 
financeiro. 
A China se comprometeu com US$ 41 bilhões; 
Brasil, Rússia e Índia, com U$ 18 bilhões cada; e a 
África do Sul, com US$ 5 bilhões. 
"Trata-se de uma espécie de Fundo Monetário 
Internacional (FMI) dos emergentes, que não 
impõe tantas condicionalidades para a liberação 
dos recursos", diz Troyjo. 
"Pode ser um instrumento importante 
principalmente para dissipar especulações com 
relação ao impacto negativo de crises financeiras 
internacionais nos Brics". 
3) Abertura de canais de diálogo 
Segundo Stuenkel, os líderes do Brics também 
perceberam ao longo desses sete anos que podem 
conseguir "benefícios mútuos" com uma maior 
coordenação e a abertura de mais canais de 
diálogos. 
"A Rússia, por exemplo, procurou o apoio do grupo 
quando tentava evitar o isolamento internacional 
em meio a crise na Ucrânia", diz ele. 
"Além disso, é claro que dificilmente alguém do 
Itamaraty vai admitir isso, mas um presidente 
brasileiro provavelmente não teria tantas 
oportunidades para se encontrar e falar com um 
líder chinês não fossem esses encontros de 
emergentes." 
Marcus Vinicius de Freitas professor de Relações 
Internacionais da Fundação Armando Alvares 
Penteado (FAAP) concorda: 
"Esses países perceberam que têm interesses 
comuns principalmente no que diz respeito às 
mudanças do sistema financeiro internacional - e 
que há muito espaço para uma coordenação nessa 
área." 
"Independentemente da capacidade financeira e 
impacto econômico do banco dos Brics, por 
exemplo, sua simples existência já institucionaliza 
um canal de diálogo constante entre esses cinco 
países e suas instituições financeiras, algo que não 
existiria não fosse esse projeto dos Brics", diz. 
4) Cooperação em áreas diversas 
Além do banco e do ACR, integrantes do bloco 
também têm feito avanços na cooperação em 
outras áreas, como educação, políticas de 
inovação, turismo e desenvolvimento de 
infraestrutura, como enfatiza Paulo Wrobel, 
pesquisador do BRICS Policy Center, centro de 
pesquisas ligado à PUC do Rio de Janeiro. 
Em março por exemplo, ministros dos cinco países 
se reuniram em Brasília para assinar um 
memorando de entendimento para facilitar a 
cooperação nas áreas de ciência, tecnologia e 
inovação. 
Em fevereiro, os cinco ministros de educação se 
encontraram para discutir a criação de uma rede 
universitária dos Brics, a cooperação na área de 
educação técnica e profissional e a elaboração de 
metodologias de avaliação do ensino. Na área de 
comércio, um dos projetos sobre a mesa é o uso 
 
 
de moedas locais para as operações de 
exportação e importação entre países dos Brics. 
Segundo os analistas consultados pela BBC, 
porém, o avanço dessa proposta dependeria da 
iniciativa da China, que mantém uma relação 
comercial expressiva com os demais países do 
grupo. 
"Os encontros dos BRICS também criaram 
oportunidades para a reunião de empresários e 
acadêmicos, e até ONGs se mobilizaram, de modo 
que a sociedade civil acabou incluída nessa 
agenda de cooperação", diz Wrobel. 
Fracasso: 
1. Crescimento econômico 
Ainda que a falta de crescimento em alguns países 
não pareça atrapalhar a institucionalização e 
consolidação dos Brics no curto prazo há certo 
consenso entre especialistas de que, no longo 
prazo, poderia ampliar desequilíbrios que ajudam a 
minar a base de coesão do grupo. 
Wrobel, do Brics Policy Center, lembra que o PIB 
da China já é maior que o de todas as outras 
economias do Brics juntas. 
E com as economias da Rússia e do Brasil se 
enfraquecendo, segundo ele, não é difícil imaginar 
que esse país possa acabar tendo uma presença 
dominante no grupo, transformando o Brics em um 
"C+4". 
"É péssimo para os Brics que o Brasil e a Rússia 
não cresçam", concorda Troyjo. 
O especialista do BRICLab opina que, apesar de o 
avanço da construção institucional do grupo ser 
uma boa notícia, "se todos estivessem crescendo 
de maneira vigorosa haveria um benefício também 
para esse processo". 
"Também é fácil imaginar que, diante da 
necessidade de promover um ajuste fiscal o Brasil 
possa ter dificuldades em financiar os mecanismos 
que lhe garantiriam uma 'voz ampliada' na agenda 
global", diz Troyjo. 
"Ou seja, não adianta o país pleitear um lugar 
privilegiado nas organizações internacionais com a 
ajuda dos Brics se não tem condições de arcar 
com os custos financeiros que essa mudança 
exige." 
Retirado de: 
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150706_avancos_brics_ru 
Banco dos Brics é inaugurado com capital de 
US$ 100 bi. Cerimônia aconteceu em Xangai. 
Segundo o grupo, criação do banco é uma 
tentativa de romper a hegemonia de 
instituições financeiras como o FMI e o Banco 
Mundial. 
O novo Banco de Desenvolvimento dos Brics foi 
inaugurado nesta terça-feira, em Xangai, com 
objetivo de financiar projetos de infraestrutura de 
seus membros (Brasil, Rússia, Índia, China e África 
do Sul). O capital inicial autorizado ao banco é de 
100 bilhões de dólares, sendo 41 bilhões de 
dólares garantidos pela China. Os cinco países do 
grupo representam 40% da população mundial e 
um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) do 
planeta. 
A criação do banco é uma tentativa de romper a 
hegemonia de instituições financeiras como o 
Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco 
Mundial, acusados de não levar em conta as 
nações emergentes. O novo banco será presidido 
por um ex-banqueiro indiano, K.V Kamath, 
nomeado em maio para um mandato de cinco 
anos. 
Os líderes do Brics, que se reuniram no Brasil em 
julho de 2014, assinaram um acordo para a criação 
do banco, que foi formalmente inaugurado no início 
deste mês. O banco vai iniciar as operações 
 
 
efetivas no final deste ano ou no início do próximo 
ano, de acordo com a agência de notícias chinesa 
Xinhua. 
O ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, o 
prefeito de Xangai, Yang Xiong, e o presidente do 
banco KV Kamathda Índia participaram da 
cerimônia de abertura. A instituição terá sua sede 
central na China, em Xangai, um diretor brasileiro e 
a autoridade da entidade na Rússia, enquanto um 
escritório regional será estabelecido na África do 
Sul. 
http://veja.abril.com.br/economia/banco-dos-brics-e-inaugurado-com-
capital-de-us-100-bi/ 
Pena de morte: Em vigor em mais de 50 países, 
medida não reduziu criminalidade. 
Em janeiro de 2015, os brasileiros ficaram 
chocados com a notícia do fuzilamento de Marco 
Archer, brasileiro que foi preso em 2004 na 
Indonésia e condenado à morte por tráfico de 
drogas depois de tentar entrar no país com 
cocaína dentro dos tubos de uma asa-delta. 
Logo após a prisão de Archer, outro brasileiro, 
Rodrigo Gularte, foi condenado à execução em 
2005 por ingressar na Indonésia com cocaína 
escondida em pranchas de surf. Hoje, o país tem 
133 prisioneiros que aguardam a execução no 
corredor da morte. 
A maioria dos países aboliu a pena de morte, mas 
de acordo com a Anistia Internacional, hoje 58 
países mantêm a punição para crimes comuns. Os 
motivos mais passíveis dessa condenação incluem 
homicídios, espionagem, falsa profecia, estupro, 
adultério, homossexualidade, corrupção, tráfico de 
drogas, não seguir a religião oficial ou desrespeitar 
algum padrão de comportamento social ou cultural. 
Cada país possui métodos de execução do 
condenado. Na lei islâmica, quem trai o marido ou 
a mulher deve ser morto por apedrejamento. Em 
países asiáticos, o fuzilamento é o mais usado, e 
nos Estados Unidos a cadeira elétrica ou a injeção 
letal são usadas em caso de homicídios 
qualificados e atos de terrorismo. 
 
A China é campeã nesse ranking. Estima-se que 
em 2013 o país realizou pelo menos 4.106 
execuções de penas capitais para crimes como 
fraude fiscal, corrupção e tráfico de drogas. 
Segundo a Anistia Internacional, sem contar os 
dados da China, 1.925 pessoas foram condenadas 
à morte no mesmo ano, 788 foram executadas --
um aumento e 15% em relação a 2012 – e 23.392 
aguardavam a execução. Os países que mais 
efetuaram execuções foram Irã, Iraque, Arábia 
Saudita e Estados Unidos. 
O Brasil não entra nesta lista. Aqui, a pena de 
morte foi abolida para crimes comuns em 1988. No 
entanto, a nossa Constituição ainda prevê a pena 
para crimes de guerra. O Código Penal Militar 
poderá condenar um combatente por infrações 
como traição (pegar em armas contra o Brasil), 
covardia (fugir na presença do inimigo) ou incitar a 
desobediência militar. Nesses casos, o Presidente 
da República deve aprovar a execução, que ocorre 
por fuzilamento. Para especialistas, para dar início 
a conversas na tentativa de acabar com a pena de 
morte em outros países, seria de bom tom se o 
Brasil eliminasse esse artigo da Constituição. 
Quem defende que a pena de morte seja aplicada 
acredita que ela possa dissuadir uma pessoa a 
cometer o delito. Mas diversas organizações de 
direitos humanos afirmam que não existem 
quaisquer provas de que a pena de morte tenha 
um efeito redutor no que diz respeito à 
criminalidade, assim como ela não intimida 
pessoas ligadas ao terrorismo. 
 
 
Outro argumento é que a pena de morte seria 
antiética e exagerada para crimes considerados 
banais. Seria ético um Estado que mata? Seria a 
justiça uma forma de vingança? A pena de morte é 
a ação do Estado legitimada por uma lei que a 
autorize. Existe ainda outro aspecto, o mais grave: 
a irreversibilidade da pena caso a inocência do réu 
seja comprovada. 
O governo brasileiro tenta reverter a pena aplicada 
a Gularte, diagnosticado com esquizofrenia, na 
Indonésia usando como argumento uma diretriz 
internacional do Pacto Internacional dos Direitos 
Civis e Políticos que veta a aplicação da pena de 
morte em algumas situações, entre elas, quando o 
réu apresenta um diagnóstico de doença mental ou 
é menor de 18 anos. No entanto, muitos países 
desconsideram essa diretriz. 
Pelo mesmo pacto, a aplicação da pena de morte 
decorrente de crimes relacionados com drogas 
viola a lei internacional. O pacto sugere que nos 
países que não tenham abolido a pena de morte, 
ela só seja imposta para os crimes mais graves. 
O problema é que a interpretação do que são 
crimes graves varia e nem sempre estão listados 
na Constituição. É o caso da Indonésia, onde a 
legislação permite a pena de morte para “crimes 
graves”, mas sem especificar quais seriam esses 
crimes. Além da Indonésia, China, Irã, Malásia, 
Arábia Saudita e Singapura são alguns dos países 
que executam pessoas por praticarem crimes 
relacionados com drogas. 
No Egito, por exemplo, a punição com a morte pela 
violência se mistura com a repressão aos 
opositores do governo. Em fevereiro deste ano, um 
juiz condenou 183 pessoas à pena de morte pela 
morte de 13 policiais durante os protestos, em 
2013, depois que forças militares mataram mais de 
700 pessoas, todos simpatizantes do presidente 
deposto Mohamed Mursi, da Irmandade 
Muçulmana. 
 
É a segunda condenação de manifestantes pró-
Irmandade, o que vem preocupando ONU e outras 
organizações que defendem julgamentos justos, 
sem que critérios religiosos, políticos e 
diferenciados sejam usados para uns casos, e 
outros não. A expectativa das organizações de 
direitos humanos é de que a pena não seja 
cumprida. 
O país, que hoje voltou a ser governado por 
militares, é um exemplo de como o aumento da 
radicalização religiosa e conflitos violentos 
dificultam o desenvolvimento de um ambiente 
social que permita o abandono da pena de morte e 
de sua execução. 
Pena de morte varia entre culturas 
Na Idade Média, as execuções eram vistas como 
espetáculo público e a pena significava a 
retribuição do mal pelo mal. O objetivo era ferir a 
moral do indivíduo e de sua família, tanto que as 
execuções eram feitas em praças públicas. 
Nesse período, a morte pela fogueira se 
disseminou com a criação dos tribunais da 
Inquisição. A sentença valia para crimes religiosos, 
bruxaria ou por crimes de natureza sexual. No 
ritual, o fogo tinha caráter de purgação. Uma das 
personagens mais importantes da história, Joana 
D´Arc, heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, 
foi condenada à morte por heresia e bruxaria e 
queimada viva em 1431. No século 20, ela teve a 
condenação anulada e foi canonizada. 
Ao longo dos séculos, as formas de execução 
foram mudando. A decapitação, por exemplo, foi 
praticada na Europa até o fim do Antigo Regime. 
 
 
Depois, entre os séculos 18 e 19, a guilhotina foi 
muito usada. 
Um importante teórico sobre a questão foi o jurista 
italiano Cesare Beccaria (1738-1794), cujas obras, 
especialmente o livro "Dos Delitos e Das Penas", 
são consideradas as bases do direito penal 
moderno. Ele argumentava que a pena de morte 
seria insuficiente e desnecessária. Para o jurista, 
se uma série de crimes de pesos diferentes for 
punida com a pena de morte, não haverá critério e 
a população não compreenderia a gravidade de 
um ou outro delito. 
Além disso, Beccaria acreditava que "a perspectiva 
de um castigo moderado, mas inevitável, causará 
sempre uma impressão mais forte do que o vago 
temor de um suplício terrível, em relação ao qual 
se apresenta alguma esperança de impunidade". 
Ou seja, a severidade da pena não inibiria um 
indivíduo a cometer um delito, mas a certeza da 
punição sim. 
Hoje, alguns países ainda repetem os modos de 
execução operados antigamente. Enquanto nos 
Estados Unidos houve uma tentativa de 
“humanizar” – se o termo é possível -- a execução 
ao trocaro enforcamento e a cadeira elétrica pela 
injeção letal, o modo usado na maioria dos 
Estados norte-americanos que permitem a pena de 
morte, os países do Oriente utilizam meios mais 
violentos e antigos, como fuzilamento, 
enforcamento, apedrejamento e decapitação. 
Na Arábia Saudita, por exemplo, a decapitação 
continua sendo uma das formas de execução, feita 
com o uso de uma espada. O enforcamento ainda 
é praticado em países como Afeganistão, 
Bangladesh, Botsuana, Cingapura, Egito, Irã, 
Iraque, Malásia, Coreia do Norte, Japão, Gaza, 
Síria, Sudão e Sudão do Sul, assim como o 
apedrejamento, executado no Afeganistão, Irã, 
Nigéria e Sudão, principalmente, como 
condenação para homossexualidade e adultério. 
As organizações humanitárias, em especial a 
Anistia Internacional, seguem na campanha para 
reverter essa pena nos países em que ela é 
executada. No entanto, a briga é mais difícil 
quando a sentença é mais aplicada para punir a 
quebra de valores morais, religiosos e culturais do 
que por crimes reais. Pois a questão passa a ser 
transformar toda uma cultura e crença, e não 
apenas a legislação criminal. 
Há também governantes que entendem que essa é 
a melhor política no combate ao crime e não abrem 
espaço para conversa. A morte de Archer e de 
outros condenados no início deste ano aconteceu 
após um hiato de quatro anos nas execuções na 
Indonésia. O novo presidente do país, Joko 
Widodo, que tomou posse no final de 2014, 
afirmou que a guerra às drogas seria sua 
prioridade. A previsão é de que, em breve, novas 
execuções aconteçam. 
Retirado de: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/pena-de-morte-
em-vigor-em-mais-de-50-paises-medida-nao-reduziu-criminalidade.htm 
Entenda a ‘mini guerra mundial’ que ocorre na 
Síria. 
Ao menos 250 mil sírios morreram em quatro anos 
e meio de conflito armado, que começou com 
protestos antigoverno que cresceram até dar 
origem a uma guerra civil total. Mais de 11 milhões 
de pessoas tiveram que deixar suas casas, em 
meio à batalha entre forças leais ao presidente 
Bashar al-Assad e oposicionistas - e também sob a 
ameaça de militantes radicais do Estado Islâmico. 
Os protestos pró-democracia começaram em 
março de 2011, na cidade de Daraa, após a prisão 
e tortura de adolescentes que haviam pintado 
slogans revolucionários no muro de uma escola. 
 
 
Forças de segurança abriram fogo contra 
manifestantes, o que provocou mortes e alimentou 
a insurgência por todo o país - em julho daquele 
ano, centenas de milhares tomavam as ruas. 
A violência se intensificou e o país entrou em 
guerra civil quando brigadas rebeldes foram 
formadas para enfrentar forças do governo pelo 
controle de cidades e vilas. A batalha chegou à 
capital, Damasco, e a Aleppo, segunda cidade do 
país, em 2012. 
O conflito hoje é mais do que uma disputa entre 
grupos pró e anti Assad. Adquiriu contornos 
sectários, jogando a maioria sunita contra o ramo 
xiita alauita de Assad. E o avanço do EI deu uma 
nova dimensão à guerra. 
O conflito também mudou muito desde o início. 
Moderados seculares hoje são superados em 
número por islâmicos e jihadistas, adeptos de 
táticas brutais que motivam revolta pelo mundo. 
O EI se aproveitou do caos e tomou controle de 
grandes áreas na Síria e no Iraque, onde 
proclamou a criação de um "califado" em junho de 
2014. Seus integrantes estão envolvidos numa 
"guerra dentro da guerra" na Síria, enfrentando 
rebeldes e rivais jihadistas da Frente al-Nusra, 
ligada à Al-Qaeda, bem como o governo e forças 
curdas. 
Em setembro de 2014, uma coalizão liderada pelos 
EUA lançou ataques aéreos na Síria em tentativa 
de enfraquecer o EI. Mas a coalizão evitou ataques 
que poderiam beneficiar as forças de Assad. Em 
2015, a Rússia lançou campanha aérea alvejando 
terroristas na Síria, mas ativistas da oposição 
dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes 
apoiados pelo Ocidente. 
Há evidências de que todas as partes cometeram 
crimes de guerra - como assassinato, tortura, 
estupro e desaparecimentos forçados. Também 
foram acusadas de causar sofrimento civil, em 
bloqueios que impedem fluxo de alimentos e 
serviços de saúde, como tática de confronto. 
Novas definições 
A definição básica de guerra como "duelo entre 
inimigos" não se aplica a todo conflito. Pode ser 
útil, por exemplo, para descrever a Guerra Fria 
entre Washington e Moscou desde o fim da 
Segunda Guerra Mundial até a queda da União 
Soviética, mas é inútil para iluminar a variedade de 
forças e interesses em jogo na Síria. 
essa dinâmica particular de aliados e inimigos, os 
EUA estão em desacordo com a Rússia pelo 
destino do presidente Assad, aliado de Moscou 
que Washington deseja fora do poder. 
Há ainda uma inesperada aproximação entre EUA 
e Irã, países unidos pela aversão a extremistas 
sunitas, mas distanciados pelo apoio iraniano a 
Assad e à guerrilha libanesa Hezbollah, 
considerada organização terrorista pela Casa 
Branca. 
A Turquia, por sua vez, ataca posições de milícias 
curdas na Síria, as chamadas Unidades de 
Proteção do Povo Curdo (YPG), braço armado do 
Partido da União Democrática (PYD), aliado 
tradicional do Partido dos Trabalhadores do 
Curdistão (PKK), perseguido há 30 anos na 
Turquia por buscar autonomia curda no país. 
Ao mesmo tempo, o governo turco mantém boas 
relações com o Governo Regional do Curdistão no 
Iraque (KRG), os peshmerga (forças armadas do 
KRG) e o Partido Curdo no Iraque (KDP). 
Enquanto isso, no teatro de operações na Síria e 
no Iraque, curdos turcos, curdos iraquianos e 
governo turco estão contra o EI. 
Papel da Turquia 
 
 
Para Kerem Oktem, professor da Universidade de 
Graz, na Áustria, a estratégia turca é "simular que 
luta uma guerra o EI e perseguir outra meta, que é 
destruir o PKK". 
Cemil Bayik, líder do PKK, disse à BBC que a 
Turquia ataca forças curdas para evitar que 
combatam o Estado Islâmico. Ele diz acreditar - e 
há outras opiniões nesse sentido - que Ancara 
esteja protegendo o EI em vez de combatê-lo. 
Em julho de 2015, uma trégua entre o governo 
turco e o PKK foi interrompida após um atentado 
suicida em Suruc, povoado curdo em território 
turco, perto da fronteira com a Síria. 
Os curdos atribuíram o atentado, que deixou 32 
mortos, a uma suposta conspiração entre Ancara e 
EI, algo que a Turquia nega. 
O general prussiano Carl von Clausewitz (1780-
1831) uma vez definiu guerra como "mera 
continuação da política por outros meios". 
No confuso cenário militar sírio, no entanto, a 
violência que custou a vida de centenas de 
milhares de pessoas é a face visível e real do 
conflito. Políticas e interesses de governos por trás 
das forças que se enfrentam em terra são, muitas 
vezes, os pontos mais obscuros. 
O conflito entre forças locais, regionais e 
internacionais na Síria se tornou tão complexo 
que líderes mundiais, militares e jornalistas 
estão ficando sem termos e comparações 
históricas para descrevê-lo. 
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, 
mencionou, em fevereiro deste ano, a existência 
de uma "nova Guerra Fria" e questionou se o 
mundo estava em 1962 ou 2016. 
Um dia depois, o jornal The Washington Post 
voltou no tempo outros 20 anos e descreveu o que 
ocorre hoje na Síria como uma "mini guerra 
mundial". 
"Aviões russos bombardeiam pelo alto. Milícias 
iraquianas e libanesas com apoio de iranianos 
avançam em solo. Um grupo variado de rebeldes 
sírios respaldados por Estados Unidos, Turquia, 
Arábia Saudita e Catar tenta conter essas milícias",descreveu a publicação. 
"Forças curdas - aliadas tanto a Washington como 
a Moscou – aproveitam o caos e expandem 
território. O (grupo extremista autodenominado) 
Estado Islâmico (EI) domina pequenos povoados 
enquanto a atenção se volta a outros grupos", 
completou. 
Nem mesmo essa explicação descreve de forma 
completa todos os conflitos que ocorrem no 
tabuleiro sírio, como a complexa guerra particular 
da Turquia contra grupos curdos na Síria. 
Retirado de: http://www.bbc.com/portuguese/brasil 
 
Qualquer usuário das redes sociais pode encontrar 
a imagem do menino atordoado e ensanguentado, 
sobrevivente de um ataque aéreo em uma área 
controlada por rebeldes na quarta-feira. 
 
Mas Omran Daqneesh, de 5 anos de idade, não é 
a única criança sobrevivente em Aleppo e na Síria 
em ataques. Então por que sua situação tocou a 
tantas pessoas ao redor do mundo? 
Talvez as percepções das pessoas sobre a guerra 
da Síria estejam mudando. À imagem de 
Daqneesh seguiu-se um tsunami de respostas, 
choque e tristeza nas redes sociais. 
 
 
Segundo o braço da ONU para a infância, Unicef, 
cerca de 100 mil crianças vivem em áreas sob 
controle rebelde em Aleppo. 
Em um relatório publicado em março, a Unicef 
estimou que cerca de 3,7 milhões de crianças - 
uma em cada três no país - não conhecem outra 
realidade além do conflito que já dura cinco anos. 
Dividida entre o oeste, controlado pelo governo, e 
o leste, dominado por rebeldes, a cidade é palco 
de uma disputa sangrenta que se estende há 
quatro anos. 
O enviado especial da ONU à Síria, Staffan de 
Mistura, estima que 400 mil pessoas tenham 
morrido no conflito sírio. 
Linha de frente 
A imagem de Omran pode sensibilizar muitos que 
assistem ao desenrolar dos eventos na Síria. Mas 
para a correspondente especialista em coberturas 
internacionais da BBC, Lyse Doucet, que conta 
com um longo histórico de coberturas na Síria e no 
Oriente Médio, é no terreno que a situação precisa 
mudar. 
"Em Aleppo e outras partes da Síria, crianças 
estão sendo forçadas a viver em situações que até 
os adultos, apesar de anos de experiência, 
consideram desesperadoras", disse Doucet. 
"Apesar disso, as crianças encontram formas de 
articular o que veem ao seu redor; sabem o que 
está acontecendo com elas; veem o sofrimento dos 
seus pais, ou muitas vezes veem os seus pais 
morrendo na sua frente; suas casas destruídas na 
frente deles. Elas próprias são muitas vezes 
tiradas dos escombros." 
"Elas não são apenas alvo da violência, são a 
própria linha de frente da guerra." 
Muitos sírios já desistiram da ideia de paz no seu 
país - como se pode ver pelo grande número de 
migrantes arriscando a vida na tentativa de chegar 
à Europa. "Eles falam sobre a Síria como um lugar 
para morrer e não para viver", diz a 
correspondente. 
"Mas para os sírios que ficaram, ainda há 
esperança. Eles se apegam a qualquer fio de 
esperança na esperança de que algo aconteça." 
Recentemente, autoridades russas vêm sugerindo 
a possibilidade de um acordo sobre como 
gerenciar Aleppo. A cidade está no meio do fogo 
cruzado entre rebeldes e forças do governo Bashar 
al-Assad. 
Primeiro, o lado leste de Aleppo - controlado por 
rebeldes - foi sitiado pelas forças do governo. 
Depois, o oeste - controlado pelo governo - foi 
sitiado pelos rebeldes. Ambos os lados estão 
adotando essa tática, e são os civis e as crianças 
que pagam o preço. 
Até quando? 
O secretário de Estado americano, John Kerry, e o 
chanceler russo, Sergei Lavrov, têm se reunido há 
meses para discutir a situação na Síria. 
Nesta quinta-feira, o enviado da ONU indicou que 
já decorreu tempo suficiente. De Mistura 
interrompeu uma reunião sobre ajuda humanitária 
em Genebra pela frustração de nenhum dos lados 
dar sinais de que os ataques serão interrompidos. 
Para Doucet, "muitos já se perguntam se Aleppo, 
como a guerra síria, está se tornando uma guerra 
sem fim". 
"No início deste ano, uma suspensão de 
hostilidades trouxe relativa tranquilidade para a 
Síria, e as vidas de muitos foram poupadas", ela 
lembra. Agora, os combates recrudesceram. 
Não somente as duas superpotências, Rússia e 
EUA, precisam concordar em parar as hostilidades 
na Síria. Também o Irã e os países do Golfo. 
 
 
Com apoio da Rússia, o Irã está intensificando 
seus bombardeios a Aleppo, e os países do Golfo 
estão armando os rebeldes, que dessa forma 
avançam sobre as forças do governo. 
"Todas estas guerras paralelas estão alimentando 
o conflito, e civis sírios de ambos os lados estão 
pagando o preço.". 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/ha-100-mil-criancas-que-como-
omran-estao-na-linha-de-frente-da-guerra-siria-diz-correspondente-da-bbc.html 
Chefe da ONU alerta para catástrofe 
humanitária na cidade síria de Aleppo 
Há risco de 'catástrofe humanitária sem 
precedentes', diz Ban Ki-moon. 
Aleppo é dividida entre oeste controlado pelo 
governo e leste pelos rebeldes. 
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou 
nesta terça-feira (16) sobre o que chamou de uma 
“catástrofe humanitária” sem precedentes em 
Aleppo, na Síria, e pediu à Rússia e aos Estados 
Unidos para rapidamente alcançarem um acordo 
sobre um cessar-fogo na cidade e em outros 
lugares do país. 
"Em Aleppo nós corremos o risco de ver uma 
catástrofe humanitária sem precedentes nos mais 
de cinco anos de sofrimento e derramamento de 
sangue no conflito sírio”, disse Ban ao Conselho de 
Segurança das Nações Unidas no seu último 
relatório mensal sobre o acesso à ajuda, visto pela 
Reuters. 
A luta pelo controle de Aleppo, dividida entre o 
oeste controlado pelo governo e o leste 
comandado pelos rebeldes, se intensificou nas 
últimas semanas provocando centenas de mortes 
e impedindo o acesso de muitos civis a produtos 
básicos, luz e água. 
Aleppo é um dos bastiões da rebelião para 
derrubar o presidente Bashar al-Assad, cujas 
forças têm o apoio terrestre de milícias xiitas de 
países vizinhos e o apoio aéreo da Rússia. 
"A luta por território e recursos está sendo feita por 
intermédio de ataques indiscriminados em áreas 
residenciais, inclusive com o uso de bombas-barril, 
matando centenas de civis, incluindo dezenas de 
crianças”, disse Ban no relatório. 
Ele reiterou o pedido por uma pausa humanitária 
de pelo menos 48 horas dos combates em Aleppo 
para a chegada de ajuda e também pressionou 
Moscou e Washington para alcançarem 
rapidamente um acordo de cessar-fogo. 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/chefe-da-onu-alerta-para-
catastrofe-humanitaria-na-cidade-siria-de-aleppo.html 
 
 
1. (CESPE/2015) Aliado de longa data de Bashar 
al-Assad, o presidente da Rússia, Vladimir 
Putin, lançou seu país em uma inédita 
intervenção na Síria para apoiar o líder de 
Damasco. A ação militar russa, na avaliação de 
analistas, desencadeou uma nova fase do 
conflito. Alguns apontam o risco de uma 
ampliação da guerra e do acirramento das 
disputas entre a Rússia e o Ocidente, o que 
deve forçar os Estados Unidos da América 
(EUA) e a Europa a um maior envolvimento 
nessa contenda. Todavia também há o perigo 
real de radicalizar os poucos grupos 
moderados ainda existentes na Síria e piorar a 
crise de refugiados. O Globo, 8/10/2015, p. 26 (com 
adaptações). 
Acerca do fragmento de texto apresentado, julgue 
o seguinte item considerando os diversos aspectos 
que envolvem o tema em questão. 
A guerra civil na Síria produz efeitos humanos 
dramáticos, dos quais o símbolo mais eloquente é 
a fuga em massa de milhares de seus habitantes,nas condições mais improváveis, em busca de 
refúgio longe da terra natal.. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
2. A Organização das Nações Unidas (ONU) 
anuncia que o número de refugiados sírios 
passa de quatro milhões. Expulsos pela 
violência, muitos desses refugiados vivem em 
condições de miséria nas nações vizinhas e 
sem qualquer perspectiva de retorno. Tragédia 
humana no Oriente Médio.In:Correio Braziliense, 10/7/2015, p. 12 
(com adaptações). 
Tendo esse fragmento de texto como referência 
inicial, julgue o item a seguir, no que se refere às 
tensões no Oriente Médio e em outras regiões do 
planeta na atualidade. 
No caso citado no texto, a migração de milhões de 
pessoas resulta do caos instalado por uma guerra 
civil e pela ação violenta de terroristas religiosos. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
3. A Organização das Nações Unidas (ONU) fez, 
no final do ano de 2013, um apelo recorde para 
operações de ajuda humanitária em dezessete 
países em 2014. Metade do dinheiro, cerca de 
6,5 bilhões de dólares, será destinada a 
socorrer 16 milhões de sírios afetados pela 
guerra civil que já dura quase três anos. O Globo, 
17/12/2013, p. 27 (com adaptações). 
Tendo o fragmento de texto acima como referência 
inicial e considerando os múltiplos aspectos que 
ele suscita, julgue os itens subsequentes. 
A guerra civil a que o texto se refere faz retornar o 
clima elevado de tensão no Oriente Médio, região 
pacificada desde a instalação plena do Estado da 
Palestina. 
 ( ) CERTO ( ) ERRADO 
4. Pacientes que já utilizam a fosfoetanolamina 
sintética para o tratamento do câncer devem ter 
assegurado o direito de continuar esse uso, 
ainda que os testes clínicos para validar os 
efeitos da substância não tenham sido 
realizados, segundo o imunologista Durvanei 
Augusto Maria, que pesquisa a substância há 
cerca de dez anos no Instituto Butantã, em São 
Paulo. 
Disponível em: http://ciencia.estadao.com.br/blogs/hertonescobar/nunca-falei-
em-cura-diz-pesquisador-dafosfoetanolamina-no-instituto-butantan 
Acesso em 05 abril, 2016. 
A fosfoetanolamina possui registro na Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, 
seus efeitos colaterais nos pacientes ainda são 
desconhecidos. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
5. (SIMULADO PM/2016) Em novembro, a FDA, 
agência americana que regula o setor de 
alimentos e remédios, aprovou pela primeira 
vez um tratamento que pode atacar células 
cancerígenas sem destruir as células 
saudáveis, ao mesmo tempo em que estimula o 
sistema imunológico a lutar contra a doença. 
Batizado comercialmente de Imlygic, o tratamento 
usa um gene modificado do vírus da herpes para 
caçar células defeituosas que provocam o câncer 
de pele. O vírus modificado é injetado diretamente 
no tumor. O corpo identifica o vírus e o sistema 
imunológico é acionado, combatendo as células do 
câncer. 
Assim como a fosfoetanolamina, a principal meta 
dessa droga é melhorar a qualidade de vida dos 
pacientes com câncer e Aids, buscando assim 
constatar que, o usos contínuo desses 
medicamentos, poderão reestruturar as células 
defeituosas. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
 
 
6. (SIMULADO PM/2016) 
 
Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do 
Sul) surgiram para, entre outras razões, introduzir 
algumas nuanças no atual modelo de globalização, 
destacando-se como o fortalecimento do Estado 
como regulador da economia e promotor de 
políticas sociais. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
7. (VUNESP/2015) Terminou nesta quinta-feira, 
09.07, a VII Cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, 
Índia, China e África do Sul). O encontro 
ocorreu em Ufa, na Rússia, e contou com a 
presença dos chefes de Estado dos cinco 
países. 
É iniciativa dos BRICS a criação do Novo Banco de 
Desenvolvimento (NBD) que tem um capital inicial 
US$ 50 bilhões, podendo atingir até US$ 100 
bilhões em futuro próximo. 
Um dos objetivos do Banco dos BRICS é financiar 
projetos de infraestrutura e desenvolvimento 
sustentável em economias emergentes e países 
em desenvolvimento. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
8. (CONSESP/2015) Em janeiro de 2015, os 
brasileiros ficaram chocados com a notícia de 
fuzilamento de Marco Archer, brasileiro que foi 
preso e condenado à morte por tráfico de 
drogas depois de tentar entrar no país com 
cocaína dentro dos tubos de uma asa-delta. 
A maioria dos países aboliu a pena de morte, 
mas de acordo com a Anistia Internacional, 
hoje 58 países mantêm a punição para crimes 
comuns. Entre eles está a Colômbia, país onde 
Marco Archer foi preso e condenado a morte. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
9. (SIMULADO PM/2016) A Anistia Internacional 
enumerou alguns motivos para a condenação à 
pena de morte em alguns países do mundo: 
homicídios, espionagem, falsa profecia, 
estupro, adultério, homossexualidade, 
corrupção, tráfico de drogas, não seguir a 
religião oficial ou desrespeitar algum padrão de 
comportamento social ou cultural. 
No ranking desse tipo de punição está a China 
que, em 2013 realizou pelo menos 4.106 
execuções de penas capitais para crimes como 
fraude fiscal, corrupção e tráfico de drogas. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
10. (QUADRIX/2016) A Organização das Nações 
Unidas alertou recentemente para o fato de que 
o fluxo migratório de refugiados do Oriente 
Médio para a Europa pode dobrar no ano de 
2016, em comparação com 2015. Estima-se 
que apenas no ano passado um milhão de 
refugiados chegaram à Europa. A ONU alerta 
ainda para o iminente perigo de uma crise 
humanitária nos portos gregos, onde 
desembarcam regularmente milhares de 
refugiados. 
 ( ) CERTO ( ) ERRADO

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