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Apostila de arte


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Apostila de Arte
Professor Matheus Rodrigues Magalhaes
	
História da arte
A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos existentes. Ela atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. Cada objeto artístico apresenta uma finalidade. Desde a pré-história, o homem sempre criou elementos que o ajudassem a superar as suas necessidades e a vencer desafios.
Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos, algo que a utilidade pública muitas vezes não consegue questionar, somente considera a sua beleza. Eles são conhecidos como obras de arte. Elas fazem parte da cultura do povo e são capazes de ilustrar situações sociais ou não.
A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto a sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para compor uma obra. Ela é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade.
Podemos identificá-las de todas as formas:
Arquitetura;
Música;
Cinema;
Teatro;
Dança;
Pintura,
Artesanato, etc.
Por quê Estudar História da Arte?
Mas, será preciso estudar a história da arte, se ela está em tudo que existe? Por que ela é importante?
Para responder a tais questões, é preciso estar disposto a aprender, a conhecer o mundo. Nela, aprendemos a refletir sobre as principais filosofias e os principais críticos da arte, assim como o estudo dos objetos artísticos e os diferentes contextos sociais. A partir daí você estará apto para criar, criticar e entender os movimentos artísticos que surgem no decorrer dos anos.
Saiba que um artista não é só aquele que é criativo, mas aquele que cria objetos capazes de atender as necessidades e divulgar os seus pensamentos, assim como estimular outras pessoas e descobrir novas formas de fazer arte.
Nesse site, você descobrirá um pouco sobre o contexto histórico de cada movimento artístico que existiu, assim como a arquitetura, a escultura, a pintura e artes menores. Interaja nesse mundo artístico, navegue pela linha do tempo, conhecendo mais sobre as diversas fases da arte! Descubra as manifestações artísticas que ocorreram ao longo da história.
O que é Arte
A arte é uma das melhores maneiras do ser humano expressar seus sentimentos e emoções. Ela pode estar representada de diversas maneiras, através da pintura plástica, escultura, cinema, teatro, dança, música, arquitetura, dentre outros. A arte é o reflexo da cultura e da história, considerando os valores estéticos da beleza, do equilíbrio e da harmonia.
Desde a pré-história, na pintura rupestre, verificamos a necessidade do homem em representar a realidade sob a sua perspectiva e percepção. A arte evolui com o tempo e em cada época, de acordo com o contexto histórico, observa-se uma tendência a certo estilo.
A arte pode ser também definida como algo inerente ao ser humano, feito por artistas a partir de um senso estético, com o objetivo de despertar e estimular o interesse da consciência de um ou mais espectadores, além de causar algum efeito. Cada expressão artística possui significado único e diferente.
Está interligada à estética pelo fato de ser potencial do homem de imprimir beleza ou se esforçar para materializar (ou imaterializar) algo que o inspira.
O que é História da Arte?
A história da arte é um área do conhecimento que analisa os estilos artísticos, suas modificações, obras de arte, artistas e o valor estético das obras produzidas. Esse estudo é realizado de acordo com o cenário social/político/religioso que a sociedade viveu ou vive em determinado período. Outras ciências auxiliam nessas análises tais como a arqueologia, história, paleografia, filosofia, sociologia, etc.
É uma disciplina que está no plano de aula de alguns cursos superiores e também como curso de graduação para aqueles que desejam se formar na área e exercer profissão de curador, crítico de arte (realiza uma análise sobre as obras, artistas ou expositores) ou gestor de museus, galerias, centros culturais e escolas de arte.
Tipos de Artes
De acordo com o segmento, a arte pode ser classificada de várias maneiras: artes plásticas, artes cênicas, artes visuais, etc. Além disso, existem graduações específicas para que uma pessoa se especialize na área de sua escolha. Veja a definição de algumas:
Artes Plásticas:está relacionada a escultura, arquitetura, artes gráficas e o artesanato.
Artes Visuais: é a classificação dada para todos os tipos de arte que retratam a realidade ou a imaginação e que tem a visão como um dos principais recursos para estudo. Envolve áreas como a pintura, cinema, decoração, jogos, etc.
Artes Cênicas: é o estudo de todas as formas de expressão realizadas através da dança, do teatro ou da música.
Segundo autores como Hegel e Ricciotto Canudo (que considerou o cinema como 7ª arte através do Manifesto das Sete Artes e Estética da Sétima Arte, em 1912), teóricos e críticos de arte, há uma lista numerada do que pode ser considerado arte nos dias atuais, principalmente com o advento da tecnologia:
Música: é um tipo de arte que se baseia em sons e ritmos de acordo com determinado período de tempo;
Dança/Coreografia: a dança está classificada dentro das artes cênicas, e é uma forma de movimento que se realiza com o corpo baseado ou não em uma coreografia (arte de criar roteiros/trilhas de movimentos para realizar uma dança);
Pintura: está relacionada a cor e suas variações, bem como a forma com que o artísta a utiliza em uma superfície;
Escultura: é uma forma de arte em que há a criação de imagens plásticas em relevo utilizando vários tipos de materiais (bronze, mármore, argila, madeira, etc.);
Teatro: é um tipo de arte em que um ou mais atores encenam uma determinada história ou situação em local específico (anfiteatros, praças, ruas, etc.);
Literatura: é uma arte que utiliza a palavra para criação de histórias ou poesias de acordo com técnicas específicas;
Cinema: é uma arte e técnica criada para a reprodução de imagens com movimento em uma tela;
Fotografia: se baseia em imagens e técnicas para capturar paisagens e seus diversos momentos;
Histórias em Quadrinhos: forma de arte que utiliza a cor, a palavra e imagem para narrar uma história;
Jogos de Computador e de Vídeo: constitui na criação de jogos que podem ser reproduzidos por meio de um aparelho eletrônico com imagens, cores e sons que fazem com que o jogador interaja com ele;
Arte digital: é a arte produzida por meio de programas de computador relacionados às artes gráficas, que possibilitam criações em 3D e 2D.
Com o passar dos anos, pensadores e filósofos sugerem formas diferentes de se conceituar a arte. Se procurarmos no dicionário, a palavra arte (termo que vem do latim) é um termo que significa basicamente técnica/habilidade. Por muito tempo foi entendida como o processo ou o produto do conhecimento, sendo utilizado para exercer de determinadas habilidades.Entretanto, é também definida como uma atividade da criação humana, mas com valores estéticos já citados, como beleza, equilíbrio, harmonia, dentre outros. Arte é, por assim dizer, um reflexo da essência e condição social/cultura do ser humano. 
Arte na Pré-História
A Pré-História é uma época anterior à escrita, iniciada pelo aparecimento dos primeiros hominídeos, entre 1.000.000 até 4000 a.C.
Não há nenhum documento escrito revelando algo sobre esse período. Pesquisadores, antropólogos e historiadores, por meio da arqueológia, fizeram estudos para desvendar os povos que viviam nessa época. Nos primórdios da humanidade, a formação da Terra, de acordo com os cientistas, é de cinco bilhões de anos. Já o início da vida na Terra começou a se formar depois de um bilhão de anos. E foi evoluindo. A Pré-História, conhecida também como Idade da Pedra ou Paleolítico Superior, foi o período mais longo da época, é dividido em três períodos:Paleolítico Inferior – até 500.000 a.C. (caça e e coleta, instrumentos feitos de pedra, madeira, ossos, controle do fogo e surgimento dos primeiros hominídeos); 
Paleolítico Superior – aproximadamente 30.000 a.C. (pinturas e esculturas, objetos feitos de marfim, ossos, pedra e madeira);
Neolítico – por volta do ano 10.000 a.C. (objetos feitos de pedra polida, início da agricultura, artesanato, construção de pedra e a primeira arquitetura), de 5.000 até 3.500 a.C. surge a idade dos metais, o final desse período, quando acontece o desenvolvimento da metalurgia, surgimento de cidades, invenção da roda, da escrita e do arado de bois.
As primeiras manifestações artísticas foram encontradas no Paleolítico Superior ou Idade da Pedra Lascada.
Idade da Pedra Lascada
O naturalismo era a forma dos primeiros artistas da Pré-História registrarem aquilo que viam.
Muitos dos desenhos se assemelhavam aos desenhos infantis, mas as técnicas reproduzidas por eles não devem ser encaradas dessa forma. Como principal característica da arte, temos o naturalismo. Naquele tempo o artista desenhava aquilo que ele estava vendo, e isso pode ser notado através das pinturas deixadas nas cavernas, ou pinturas rupestres. Os animais, a natureza e tudo que eles podiam captar, eles reproduziam.
Uma das explicações sobre isso é que as pinturas eram feitas por caçadores que acreditavam em princípios mágicos: se fizessem a pintura de um animal na parede, poderiam capturá-lo no dia seguinte.
Técnicas na Idade da Pedra Lascada
Mãos em negativo – feitas com argila no interior das cavernas, começaram a desenhar e pintar animais. O motivo era que através da pintura de animais, feita por caçadores, eles poderiam capturá-lo no momento de sua caça.
Interpretação da natureza – suas imagens produzidas nas cavernas revelam traços de força e movimentos para figuras de animais selvagens, como os bisontes e traços mais leves e frágeis, como cavalos.
Escultura – as mulheres eram as mais reproduzidas nas esculturas. Nelas, encontramos uma mulher com ventre e quadris volumosos, seios grandes e a cabeça se juntava ao corpo. Ex.:
Vênus de Savinhano;
Vênus de Willendorf.
Instrumentos – utilizavam para fazer as pinturas óxidos minerais, osso, carvão, sangue de animais e vegetais e também o pó proveniente da trituração de pedras para fazer as mãos em negativo.
Idade da Pedra Polida
Homem começa uma revolução no último período da Pré-História (Neolítico ou Idade da Pedra Polida), por volta do ano de 10 000 a. C.
Nesse período eles criavam armas e instrumentos com pedra polida, fato que deu o nome ao período. Com êxito, é o período em que eles começam a domesticar animais e dão os primeiros passos na agricultura. Além disso, os objetos com cerâmica, a fiação, o artesanato e a arquitetura começam a compor o cotidiano do homem na Pré-História. Os povos passaram a formar famílias e foi feita a divisão do trabalho.
Técnicas da Idade da Pedra Polida
Técnica de tecer panos;
Fabricação de cerâmicas;
Arquitetura: construção das primeiras casas;
Técnicas para a produção do fogo;
Trabalho com metais.
A partir dessa revolução, os homens se transformaram em camponeses, trocaram o sentido de caça pela livre abstração e racionalização, ou seja, a arte deixou de ser natural e passou a ser mais geométrica e simples. Surgiu, então, a primeira transformação da história da arte. Nessa época, os trabalhos cotidianos eram representados e sentia-se a necessidade de dar movimento às imagens.
Vê-se nas imagens, a representação de danças, relacionadas as suas crenças, a criação de figuras leves, rápidos, pequenas e com pouca cor. A partir desses desenhos começou a surgir a escrita pictográfica.
Outro fato era a produção de cerâmicas: a beleza era considerada e não apenas a utilidade do objeto. Ex.: Ânfora em terracota, da Dinamarca, e o Vaso escandinavo em terracota, encontradas na Escandinava e na Sardenha.
Idade dos Metais
Geralmente, as esculturas em metais eram representadas por guerreiros, mulheres cheias de detalhes que mostravam roupas e armas utilizadas no período.
Os homens que antes moravam em cavernas passaram a construir suas próprias casas. As mais conhecidas são os nuragues, os dolmens.
Técnicas da Idade dos Metais
A técnica da cera perdida;
Método da forma de barro.
Monumentos em Destaque
Stonehenge na Inglaterra, considerada um dos monumentos mais impressionantes do período, é um mistério;
Templo de Gdantija, em Malta;
Cromeleque do Alamendres, Portugal.
Idade Antiga
   O período da Idade Antiga se estende de 4000 a.C. 476 d.C. Já haviam vestígios de civilizações bastante avançadas, mostrando estruturas de sociedades escravistas e de servidão coletiva.
O povo era marcado por uma realidade mística: a religiosidade dos egípcios, as buscas gregas pela perfeição, o retorno da natureza humana até a fundação do cristianismo e a religião oficial do Império Romano, por exemplo.
Esse período iniciou com a escrita avançada e se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente.
 
Arte Egípcia
A arte egípcia foi marcada pela escrita avançada que consistia na criação de símbolos, os hieróglifos. Sendo politeístas e crendo na vida após a morte, sua arte era voltada para a criação de túmulos para faraós, estátuas de deuses, vasos antigos e uma arquitetura baseada em suas crenças.
Arte Grega
A arte grega representava o homem como centro da perfeição e das obras de arte. Eram realizadas pinturas, estátuas, edificações e outros monumentos que valorizavam o ser humano em todos os aspectos.
Arte Romana
Influenciados pela cultura Etrusca, a arte romana estava baseada na cultura greco-helenística. Foi uma arte fundamental que ajudou na preservação da arte grega. Ela se destacou, principalmente, na arquitetura com a construção de monumentos grandiosos, como teatros, templos, casas, etc.
Arte Paleocristã
A arte paleocristã era baseada em Jesus Cristo, de forma a difundir os seus ensinamentos para os povos. Teria começado na Judeia, uma província de Roma, e logo em seguida se disseminou para todo o Império Romano.
Arte Bizantina
A arte bizantina está baseada na reprodução das culturas greco-romana e oriental. Foi uma das mais expressivas no período governado pelo Imperador Justiniano.
	
Arte Egípcia
A arte egípcia por um lado, é marcada pela escrita avançada e pela religião. Ela foi capaz de determinar o modo de vida, as relações sociais e hierarquias, direcionando todas as formas de representação artística daquele povo.
Eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses e esses poderiam mudar o curso de vida de cada um. Acreditavam, também, na vida após a morte. Baseados nisso, vemos túmulos, estátuas e vasos que eram deixados com os mortos. Toda a arquitetura egípcia, como exemplo, as pirâmides, eram edificadas sob construções mortuárias, as chamadas tumbas. Elas eram idênticas às casas onde os faraós habitavam em vida. As pessoas de classe social mais importante eram sepultadas nas mastabas, que deram origem às grandes pirâmides.
A classe social era dividida entre sacerdotes e faraós, fazendo parte da classe alta, e de comerciantes, artesãos e camponeses, e mais abaixo ainda da camada estavam os escravos. Esse império se iniciou com Djoser o Antigo Império (3200-2200 a.C.) sua contribuição foi transformar o Baixo Egito no centro do reino. O império é dividido em:
Antigo Império - 3200 a 2300 a. C.
Médio Império - 2000 a 1580 a. C. - as convenções e o conservadorismo mostravam esculturas e retratos que representavam a aparência ideal e não a real das pessoas.
Novo Império - 1580 a 525 a. C.
Destaques que marcaram a imponência e poder do faraó:
A pirâmide de Djoser, na região de Sacará, construída pelo arquiteto Imotep;
Pirâmides do deserto de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, sendo a maior a primeira.
Esfinge do Egito Antigo: uma representação do faraó Quéfren, a mais conhecida.
Pintura Egípcia
A arte, no período era padronizada, pois seguia critérios religiosos;assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era:
A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista. Na escultura, apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais.
Depois, no Médio Império, o Egito apresentava suas esculturas e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os reis. Já no Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela reconstrução de templos inacabados.
Um novo tipo de coluna, nos templos mais conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, pois eram trabalhados com papiro e a flor de lótus. Um dos monumentos que se destacaram foi o Túmulo da rainha Hatshepsut;
Arte Grega
   
A arte grega foi considerada livre, pois valorizava o homem, como sendo o ser mais importante do universo. A inteligência humana era superior à fé, encontrada na civilização egípcia. O dia a dia, a natureza e as manifestações dos gregos eram retratadas na arte. Eles procuravam o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, pois estavam em busca da perfeição.
Suas características são buscar a beleza das coisas, a superioridade do homem, a razão e a democracia.
Contexto da Arte Grega
Sua civilização se deu entre o século XII a.C e X a. C.
Na formação inicial, participaram os aqueus, jônios, dórios e eólios, depois foram se reunindo em grupos, chamados 'pólis' grega, os povos da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu. No início, eram uma sociedade pobre, mas depois enriqueceram, tiveram contato com a cultura egípcia e desenvolveram a sua própria arte.
A arte grega começou a se manifestar em quatro períodos:
Período Homérico (776 a.C.);
Período Arcaico (século VIII a VI a.C.);
Período Clássico (século V a IV a.C.);
Período Helenístico (século III a II a.C).
Escultura Grega
A arte grega é marcada pela sua escultura, no final do século VII a.C. No Período Arcaico, eles começaram a esculpir e mostrar a influência que a escultura egípcia tinha sobre eles. Estátuas eram perfeitas. Inicialmente, o material era feito com mármore, cujo nome era Kouros, que significa homem jovem. O escultor fazia com que a estátua fosse um objeto belo e não somente a estátua de um homem.
O escultor valorizava a simetria natural, assim como os egípcios e ele esculpia a figura de homens nus eretos, numa posição frontal. Mas, como não havia regras rígidas para sua produção, a escultura evoluiu: a escultura possuía a cabeça mais levantada, como em pose, o corpo descansava sobre uma das pernas e o quadril era um pouco mais alto que o outro. Um exemplo disso é a escultura de Efebo de Crítios.
Como o mármore se quebrava facilmente, por ser pesado, foi substituído pelo bronze, mais leve e permitia dar mais movimento à escultura. Um exemplo é a escultura do Zeus Artemísio, em que braços e pernas traduzem movimento; porém, seu tronco era imóvel.
O problema da imobilidade do tronco, também feita na estátua Discóbolo, de Miron, foi resolvido por Policleto, em sua escultura Doríforo, mostrando um homem pronto a dar um passo.
Arquitetura Grega
A arquitetura grega tinha um único objetivo: proteger as estátuas dos deuses das ações do tempo.
Em seus templos, uma das características era a simetria entre a frente e os fundos (pronau e opistódomo, respectivamente). E foi a partir deles que se iniciaram as colunas, cujo modelo era de origem dórica ou jônica.
Ordem Dórica: simples e maciça.
Ordem Jônica: mais detalhada e com mais leveza.
Ao longo da evolução da arquitetura, os elementos que compunham as colunas, junto com o entablamento poderiam variar, tanto é que foi criado um capitel coríntio para ser colocado no lugar de um capitel da ordem jônica, para enriquecê-la, por exemplo.
Havia um espaço chamado frontal, um telhado grego ornamentado por esculturas e ficava tanto na parte da frente quando na de trás do templo. Outra decoração se encontrava nas métopas, que eram decoradas com relevos de esculturas. E também, no friso, que possuía o problema por ser longo, mas foi resolvido no Partenon, quando o escultor utilizou o tema de uma procissão em honra à deusa Atena.
Pintura Grega
A pintura foi utilizada para decorar a arquitetura, nas métopas, substituindo as esculturas, e principalmente na cerâmica. Havia um equilíbrio entre os vasos e a pintura.
Anteriormente, esses vasos eram usados em rituais religiosos para armazenar coisas, depois passaram a simbolizar um objeto artístico. Pessoas e cenas mitológicas eram representadas na pintura, com uma técnica onde o pintor fazia as imagens em preto e com um instrumento pontiagudo.
Assim, os vasos produzidos mostravam a harmonia existente entre as cores, os desenhos e o espaço utilizado para a pintura.
O maior pintor da arte grega foi Exéquias, que teve como uma das principais e famosas obras "Aquiles e Ajax jogando". Dispondo os personagens de forma harmoniosa.
No ano 530 a.C., um discípulo dele revolucionou a forma de pintar em vasos: deixou o fundo negro e as figuras ficaram vermelhas, na cor do barro cozido, dando mais vivacidade às imagens.
Período Helenístico
No final do século V a.C., após a morte de Felipe II, rei da Macedônia, que dominou as cidades estados da Grécia, seu sucessor, Alexandre, O Grande, construiu um vasto império. Com sua morte, o seu império foi dividido em vários reinos que, segundo os historiadores receberam o nome de helenístico.
Nesse período, no século IV a.C., as características da escultura são:
Naturalismo: representada pela idade, personalidade, emoções e sentimentos;
Representação: a escultura traduzia a paz, a liberdade, o amor, etc;
Nu feminino: as figuras esculpidas de mulher, anteriormente eram sempre vestidas;
Princípio de Policleto: opor membros tensos aos relaxados combinando-os com o tronco, garante movimento e sensualidade. Ex.: Afrodite de Melo, Vênus de Milo, com uma nudez parcial e esse princípio.
As esculturas eram representadas em grupos: na segunda metade do século III a. C. Ex.: a cópia romana de 'O Soldado Gálata' e sua mulher, o original grego se perdeu. Feita de forma a ser bela vista de todos os ângulos e revelando uma carga de dramaticidade.
Obras Famosas do Período
Afrodite de Cnido, esculpida por Praxíteles;
Afrodite de Cápua, de Lisipo, representando a sensualidade de uma deusa com os troncos despidos;
Vitória de Samotrácia, marcou o século III a. C. Pela mobilidade, traduzida pelo vento, em suas vestes e com asas abertas, significando vitória.
Características da Arquitetura
O sentimento cidadão e democrático foi substituído pelo individualista;
Casas com mais conforto e espaço, no século IV a.C.;
O coro foi substituído pelo desempenho dos atores;
Mudança na estrutura dos teatros: o palco sofreu uma remodulação, no século II a.C., os atores eram representados isolados e destacados, aproximando-se mais do público. Desenvolveu-se mais tarde, com os romanos. Ex.: Teatro de Priene, no século II a. C.
Arte Romana
   
De acordo com os historiadores, a civilização romana teria surgido em 753 a.C., cercada por  lendas e mitos.
Assim, a arte romana teria sido influenciada pela cultura etrusca, arte popular que retratava o cotidiano; e pela cultura greco-helenística, expressando o ideal de beleza, entre os séculos XII e VI a.C., em diferentes regiões da Itália.
Ela foi importante, pois representou e, até hoje representa, o legado artístico dos romanos. Uma das áreas mais expressivas foi a arquitetura com a construção de anfiteatros, templos, aquedutos, muralhas, dentre outras construções que mostram a magnitude do que foi a civilização romana.
Arquitetura Romana
Uma das características da arquitetura veio da arte etrusca, por meio do uso do arco e da abóbadanas construções. Essas estruturas diminuiram a utilização das colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não fossem usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o vão entre uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de formas homogênea.
No final do século I d.C., Roma havia superado as influências desenvolvendo criações próprias.
Nas moradias romanas, as plantas eram rigorosas e eram desenhadas sob um retângulo. As estruturas gregas, eram admiradas pela elegância e flexibilidade e foram implantadas nessas moradias, o peristilo (espaço formado por colunas isoladas e aberto na lateral).
Os templos, tinham uma arquitetura diferente: no pórtico de entrada, havia uma escadaria, as laterais se diferenciavam da entrada e não tinham a mesma simetria. Utilizada pelos gregos, acrescentaram, então, os peristilos. Ex.: Maison Carré, em Níves – França, feita no final do século I a.C. As colunas laterais tinham ideia de um falso peristilo.
Para fugir da inspiração grega, romanos criaram templos, valorizando os espaços interiores, como exemplo o Panteão, em Roma, construída durante o reinado do Imperador Adriano. Ele é o primeiro templo pagão ocupado por uma igreja cristã, devido a sua estrutura arquitetônica.
Teatro Romano
Foram criados os anfiteatros, com o uso das abóbadas e arcos; um espaço era amplo e suportava muitas pessoas. O público se encontrava no auditório, sendo possível construir os edifícios em qualquer lugar. O evento que eles mais gostavam eram as lutas dos gladiadores e não era necessário um palco para apreciar o espetáculo. Em um espaço central elíptico era circundado pela arquibancada, com grande número de fileiras. Um grande exemplo é o Coliseu, em Roma, uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Pintura Romana
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, dando origem à obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a arquitetura. A maioria das pinturas originou-se da cidade de Pompeia e Herculano e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam quatro estilos de pintura:
1º estilo - Não era considerada uma pintura: as paredes eram pintadas com gesso, dando impressão de placas de mármore;
2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo profundidade;
3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das representações foi trocada por detalhes;
4º estilo - Volta da profundidade, dos espaços: a ilusão dos espaços foi combinada a delicadeza, dando origem ao quarto estilo. Ex.: sala da casa dos Vetti, em Pompeia.
Escultura Romana
Na escultura, os romanos eram muito diferentes dos gregos em alguns aspectos. Apesar de apreciarem a arte, eles não representavam o ideal de beleza, mas a cópia fiel das pessoas, buscando retratar traços particulares. Um exemplo disso é a estátua do imperador romano, Augusto, criada por volta de 19 a.C.. Numa cópia do Doríforo, dos gregos, o artista detalhou as feições reais do Imperador, a couraça e as capas romanas. Essa preocupação também foi encontrada em relevos esculpidos, pois eles buscavam representar acontecimentos e pessoas que participaram dele. Ex.:
Coluna de Trajano: construída no século I da era cristã, apresenta a luta do imperador romano com os exércitos romanos na Dácia.
Coluna de Marco Aurélio: construída um século depois, retrata a vitória dos romanos sob um povo da Alemanha do Norte.
Sem dúvida, os romanos contribuíram muito com a arte, tendo um espírito prático e apto para construir teatros, templos, casas, aquedutos, etc. No início do século III, eles começaram a enfrentar lutas internas, por causa da entrada dos povos bárbaros. A preocupação com a arte diminuiu e no século V, o Império Romano entrou em decadência e foi dominado pelos invasores germânicos.
Arte Paleocristã
   
Surgiu após a morte de Jesus Cristo, onde seus discípulos começaram a espalhar os seus ensinamentos. Inicialmente, a mensagem foi espalhada apenas pela Judeia, província romana e depois se espalhou pelo Império Romano. Nesse período, houveram várias perseguições aos cristãos, que se iniciou no ano de 64, no governo do Imperador Nero e a mais violenta delas ocorreu entre 303 e 305 no governo de Diocleciano.
Devido a essas perseguições, os primeiros cristãos faziam a arte nas catacumbas, nas paredes e tetos, nos sepulcros, onde eram colocados os mártires.
Primeiro, as pinturas somente representavam a cruz (sacrifício de Jesus), a palma (martírio), a âncora (salvação) e o peixe (suas letras em grego são as iniciais do nome de Jesus) que eram os símbolos dos cristãos.
Logo depois, começaram a surgir cenas do Antigo e Novo Testamento, sendo que, em destaque, os artistas retratavam Jesus Cristo. A arte não era feita por grandes artistas, mas por pessoas comuns, convertidas à religião. Com o final das perseguições em 313, o Imperador Constantino se converteu à religião e permitiu que ela fosse livre e professada. Assim em 391, no governo do Imperador Teodósio, o cristianismo foi oficializado como a religião do império.
Os primeiros templos começavam a surgir com o nome de basílica, mantidos até hoje e eram feitos com mosaicos e pinturas na parede com os ensinamentos de Jesus. Havia, também, a necessidade de ampliação do espaço, já que o número de convertidos aumentara.
Um exemplo de templo, é a Basílica de Santa Sabina (construção: 422-432), em Roma. Essa arte, marca um novo período da história que se inicia simples, nas catacumbas, e se mostrará firme no decorrer da Idade Média.
Arte Bizantina
Constantinopla foi fundada em 330, pelo Imperador Constantino. Lá se localizava Bizâncio, uma antiga colônia grega que abrigava várias culturas (greco-romano e oriental), dando origem ao termo bizantino para designá-las.
O império foi dividido em 395, pelo Imperador Teodósio:
Império Romano do Ocidente - a capital Roma, foi tomada pelos bárbaros completamente em 476 - início da Idade Média.
Império Romano do Oriente (Império Bizantino) - se manteve até 1453 com a tomada dos turcos da capital Constantinopla - início à Idade Moderna.
O império Bizantino teve suas manifestações no ápice, no governo do Imperador Justiniano, cujo reinado foi entre os anos de 527-565.
 
Características da Arte Bizantina
Expressão de poder, grandiosidade e riqueza. Ex.: Basílica de Santa Sofia, construída no governo de Justiniano;
O imperador era considerado sagrado e representante de Deus na Terra;
Uso da frontalidade, proveniente da arte egípcia, dava ideia de autoridade e respeito ao personagem;
Toda representação era rigorosamente recomendada pelos sacerdotes para os artistas: local das mãos, pés, dobras das roupas, etc., assim como o local dos personagens;
Personalidades oficiais, como o Imperador Constantino, era representado como personagens sagrados, como Jesus Cristo e seus apóstolos, e vice versa (Cristo aparecia como rei, etc.);
As basílicas eram construídas em planos quadrados sobre uma grande cúpula e havia equilíbrio entre as partes.
Ainda no governo de Justiniano, quando ele quis reunificar o Império Romano, século VI, iniciaram-se as guerras. A cidade de Ravena era ponto estratégico para conquista da Península Itálica, que foi conquistada em 540, e Ravena se tornou domínio bizantino na Itália. A cidade, antes da presença do Imperador, já havia tido contato com a cultura bizantina. Um grande exemplo disso é a construção do mausoléu da Imperatriz Gala Placídia.
Foi no governo dele que as obras bizantinas eram mais amadurecidas pela arte e após a sua morte, em 565, as dificuldades para manter o império unido eram nítidas. Ele permaneceu até o fim da Idade Média, com a tomada dos turcos, na invasão de Constantinopla, a capital.
Outros destaques: Criação de ícones, quadros que representam figuradas sagradas, cuja técnica utilizada era a têmpera (mistura dos pigmentos a uma goma orgânica, comoa gema do ovo) ou encáustica (diluição dos pigmentos em cera derretida e aquecida no momento da aplicação), em alguns eram inseridas jóias e pedras preciosas.
Idade Média
Esse período, conhecido com Idade Média ou Idade das Trevas, iniciou-se em 476 e terminou em 1453.
No contexto histórico que começou na Europa, o Império Romano do Ocidente sofreu uma invasão bárbara, no século V, e houve uma decadência da cultura. Seus princípios eram diferentes dos pregados na arte greco-romana e essa arte se baseou no decorativismo, sem nenhuma preocupação com as figuras humanas. Até o governo de Carlos Magno a cultura greco-romana quase desapareceu.
Como o Império havia decaído, a Igreja começou a exercer sua influência sobre o Estado e o governo ficou nas mãos de Carlos Magno, um imperador do Ocidente, coroado pelo papa Leão III. No Império Carolíngio foram produzidos manuscritos ilustrados e também objetos de arte, criados nas oficinas relacionadas ao rei.
A Igreja Católica influenciou bastante na arte medieval. Ensinamentos da Bíblia eram reproduzidos nas pinturas, nos vitrais das igrejas, em livros e esculturas. Eles eram criados para ensinar a população sobre religião, pois a maior parte das pessoas eram analfabetas, sendo a educação, um privilégio apenas da nobreza. Depois da morte de Carlos Magno, as atividades culturais deixaram de ser o centro do Império, sendo realizadas apenas nos monastérios.
Arte Românica
A arte românica era um estilo artístico criado dentro de oficinas e surgiu nos séculos XI e XII, na Europa. Deixou vestígios de sua arte, principalmente, na arquitetura, que era uma das mais valorizadas no período, com a criação de grandiosas basílicas românicas que muitas vezes eram chamadas de fortaleza de Deus e castelos.
Arte Gótica
A arte gótica prevaleceu no século XVI quando os bárbaros invadiram o Império Romano. Era caracterizada pela criação das abóbadas de arcos cruzados, arcos quebrados, vitrais, dentre outros. Na pintura, o destaque maior eram a reprodução da realidade.
Arte Românica
   
A arte era produzida nas oficinas, no governo de Carlos Magno e, com isso, um novo estilo chamado de Românico, começou a surgir, nos séculos XI e XII, na Europa.
Características da Arte Românica
Na época, era utilizado a abóbada, dois pilares e paredes grossas com pequenas aberturas (janelas);
Leveza e repouso originários das construções. Algumas davam a impressão de estar no céu.
As igrejas românicas são grandes e sólidas e, por esse motivo, eram chamadas de fortaleza de Deus;
Eram nessas igrejas que os peregrinos, que percorriam grandes distâncias para se chegar ao santuário desejado se hospedavam. Os mais procurados se encontravam em Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela, na Espanha. Um dos pontos de parada era a basílica de Saint-Sernin, na cidade de Toulouse, uma das paradas obrigatórias para aqueles que iriam para Santiago de Compostela. Na arquitetura, a base é representada por uma cruz e no cruzamento entre os eixos se encontra uma torre elevada.
Arquitetura Românica
Havia dois estilos que se destacavam:
Abóbada de berço – um semicírculo simples, chamado de arco pleno, que era ampliado pelas paredes. Suas desvantagens eram a pouca luminosidade, por causa das janelas pequenas, o excesso de peso do teto, provocava desabamentos e era impossível a abertura de grandes vãos.
Abóbada de arestas – criada para superar o estilo anterior, essa abóbada possui uma insterseção, em âgulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com esse estilo de abóbada não havia mais o problema da má iluminação e do peso do teto.
No Ocidente, não foram construídas grandes cidades. As pessoas preferiam a vida nos campos, nos vilarejos e nesses locais eram construídas as igrejas. Como o poder não vinha mais da nobreza, nesse período, a igreja que fazia a produção dos trabalhos artísticos.
Nessa época, havia muitos analfabetos e através das pinturas e esculturas feitas nas igrejas, as pessoas podiam entender um pouco das histórias bíblicas e comunicá-las a outros fiéis.
Em 910, um movimento de reforma se estendeu dos séculos XI e XII, na cidade de Cluny uma abadia de beneditinos (a maior igreja do período). Havia mais de mil mosteiros espalhados no final do século XII.
No século XVIII, a abadia foi quase totalmente destruída. Os religiosos da ordem de Cluny desenvolveram várias obras que podem ser apreciadas nos mosteiros. Um exemplo disso é o mosteiro de Saint-Pierre, em Moissac. Nele existem esculturas e colunas que marcam o estilo românico, sendo o local onde se encontra um dos mais bonitos portais românicos.
Na Itália, a arquitetura e a pintura fizeram história. Com a influência greco-romana na arquitetura, os artistas a tornaram mais leve e delicada, diferente da imponência nos outros lugares. Um grande exemplo é o conjunto da catedral de Pisa, onde se localiza a famosa Torre de Pisa. O prédio iniciou em 1063 e sua planta tem forma de cruz.
Na pintura, era utilizada a técnica do afresco, que consiste na pintura sobre a parede úmida.
A arquitetura românica, com seus grandes espaços, propiciava a presença da pintura chamada também de mural. Eram pintadas ilustrações dos livros religiosos, em conventos, mosteiros e igrejas, sobre a criação do universo e do homem. Esse tipo de pintura praticamente não tinha nada profano. Suas principais características são a deformação, em que eram expressos os sentimentos religiosos e a interpretação dos artistas sobre a realidade, e o colorismo, cores chapadas, meios-tons, jogos de luz e sombras.
Arte Gótica
  
O comércio começou a ser intenso no século XII e as pessoas começaram a se deslocar do campo para a cidade. Anteriormente, o modo de vida da população se concentrava no campo e nos mosteiros, onde a arte se desenvolvia. E, a partir daí, ela começa a se instalar nas cidades.
No início do século, a arte românica em seus grandiosos edifícios, ainda era predominante, mas no século XVI, surgiu uma nova arquitetura, chamada de gótica. DIzem que ela foi criada pelos bárbaros quando invadiram o Império.
O primeiro e grande exemplo de arquitetura gótica pode ser encontrado na França, na abadia Saint Denis, uma igreja construída por volta de 1140.
As características dessa arquitetura são:
A entrada, diferente da românica, que possui apenas um portal, enquanto a gótica possui três portais que dão entrada para o interior da igreja;
Todas as igrejas do século XII e XIV têm a rosácea, uma janela redonda encontrada no portal central;
Tudo é voltado para o céu, para Deus, por exemplo, as torres que possuem pontas agulhadas;
Os arcos góticos ou ogivais permitiram a construção da abóbada de nervuras, assim como os pilares, que proporcionaram paredes menos grossas para suportar a estrutura. Com a utilização desses arcos as igrejas puderam ser mais altas;
Uso dos vitrais;
Os tímpanos eram trabalhados minuciosamente com esculturas que narravam histórias e as colunas eram outro fator que atraía a atenção de um visitante;
Uso do arcobotante, arcos que transmitem o peso de uma abóbada para os contrafortes externos.
Obras de destaque:
Catedral de Notre Dame de Paris;
Catedral de Notre Dame de Chartres.
Na Alemanha, no século XIII, um estilo gótico começou a se desenvolver e um dos exemplos a ser citado é a Elisabethkirche, em Marburgo.
Escultura Gótica
Estando relacionada à arquitetura, nas grandes igrejas, é um manifestação artística que enriquecia mais as construções. Os ensinamentos eram dados muitas vezes através delas. As obras que se destacam são a estátua do Cavaleiro Medieval, mostrando a cultura da cavalaria e os seus traços. Encontramos algumas esculturas assinadas, no século XIII, como por exemplo, as de Giovanni Pisano, um artista italiano que esculpiu várias esculturas em igrejas. Um dos exemplos de suas obras está na escultura da Virgem e o Menino, livre de colunas ou qualquer outro suporte.
Manuscritos ilustrados e iluminura
Dentre os objetos preciosos, durante o século XII atéo século XV, surgiram os manuscritos ilustrados. Em pergaminhos de livros, eram feitas as ilustrações. Eram elaborados com delicadeza e passavam por uma técnica especial.
Esses manuscritos eram preparados, principalmente, para os burgueses e aristocratas, representantes da classe rica da época. Eram feitas por artistas leigos nos mosteiros e estavam relacionadas aos livros da Bíblia. Uma delas foi a Bíblia chamada de moralizada, que possuía algumas passagens, compostas por ilustrações.
Pinturas Góticas
Às vésperas do Renascimento, a pintura gótica surgiu nos séculos XII, XIV e início do século XV. Geralmente, as pinturas buscavam representar os seres com realismo e tratavam de temas religiosos. Os principais artistas do período foram os que deram início à pintura do Renascimento:
Giotto - os santos eram reproduzidos como seres humanos com simplicidade. A visão humanista, na qual o homem é o centro de todas as coisas, começava a surgir nas pinturas dos artistas. As obras mais importantes foram os Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis, localizada na Itália e o Retiro de São Joaquim entre os Pastores.
Jan Van Eyck - ele retratava a vida da sociedade da época, registrando as paisagens urbanas e as suas características e detalhes. As obras mais importantes são O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.
Idade Moderna
  
Idade Moderna é o período compreendido entre 1453 a 1789 - data que marca o início da Revolução Francesa.
Os principais acontecimentos que marcaram o período foram expansão marítima, reforma religiosa, renascimento, absolutismo, iluminismo, revolução francesa.
Essa arte acontece em meio a grandes transformações, com parte da história do Ocidente. Em 1453, temos a queda do Império com a tomada dos turcos pela capital Constantinopla. Esse foi um período de muitas transições, de revoluções e substituição do sistema feudal para o sistema capitalista.
O Renascimento, sem dúvida, foi um dos movimentos que mais influenciou a arte moderna. E não somente, a arte, mas nas áreas científicas, filosóficas, literárias, urbana e comercial.
No final da Idade Média, a arte moderna já se iniciava, sendo uma forma de preparação para o renascimento de um novo marco na história da arte.
Renascimento
O Renascimento é um período da história da arte que revolucionou várias áreas do conhecimento, trazendo novamente o retorno da arte greco-romana. A pintura renascentista foi uma das que se destacou, revelando grandes talentos e obras de artes impressionantes.
Barroco
O Barroco teve inicio na Itália e foi uma arte focada na valorização dos elementos das artes anteriores e também das emoções e sentimentos humanos. Foi neste período que aconteceu a Reforma Protestante e a Contrareforma que influenciou muito neste estilo.
Rococó
O Rococó valorizava os traços decorativos e ornamentais. Era voltada para a nobreza, um público que apreciava demasiadamente a ornamentação de seus espaços.
Renascimento
   
Na Itália, a partir do século XIV, o renascimento se inicia de 1300 a 1650. Esse foi um período marcante na história e representou muito mais do que a simples volta da arte greco-romana.
Cientificamente, o homem buscava abrir o pensamento e formular hipóteses e teorias, deixando o lado religioso e valorizando mais o homem. Foi nesse período que surgiu o Humanismo.
A Arquitetura Renascentista
A arquitetura buscava a ordem e equilíbrio, um exempo é a igreja de Saint Peter, em Roma. Eles queriam se livrar da grandiosidade buscada pelas catedrais góticas. Foi estabelecido, portanto, princípios matemáticos, que faziam com que o observador enxergasse a arte de qualquer ponto que observasse.
Um exemplo que encontramos é na reformulação da abóbada da catedral de Florença, feita pelo arquiteto Brunelleschi, em 1420. Através da geometria e suas regras, uma nova arquitetura pode mostrar a harmonia e a constância em que o homem produzia a sua arte.
A Pintura Renascentista
Na pintura renascentista, o homem, por meio das técnicas que já haviam sido feitas na arte gótica, começaram a fazer uso do realismo, da perspectiva e do claro-escuro. Faziam isso através dos princípios da matemática e da geometria e, através do volume e as técnicas anteriormente citadas. A pintura se aproximava do realismo. Cada artista possuia seu estilo e individualidade e não estavam presos às regras como os artistas da Idade Antiga.
Artistas famosos
Masaccio (1401- 1428) - foi o primeiro artista a reproduzir a realidade através da pintura. As obras que se destacaram foram: Adão e Eva Expulsos do Paraíso, São Pedro Distribui aos Pobres os Bens da Comunidade e São Pedro Cura os Enfermos.
Fra Angelico (1387- 1455) - esse artista seguiu o mesmo estilo das pinturas de Massacio, mas devido a sua religião cristã suas obras ganharam religiosidade. As principais foram: O Juízo Universal e Deposição (o ser humano se mostra submisso à vontade de Deus), Anunciação (as figuras começam a ganhar volume).
Paollo Uccello (1397- 1475) - em suas obras, busca representar o mundo de acordo com seu conhecimento científico da época e também na utilização de princípios matemáticos. Principais obras: São Jorge e o Dragão (retratando as fantasias medievais), Batalha de São Romão (os cavalos parecem refrear no momento da largada, dando ideia de movimento).
Pierro della Francesca (1410- 1492) - ele utilizava princípios geométricos, excluindo os sentimentos humanos e valorizando o jogo de claro-escuro. Principais obras: Ressurreição de Jesus (o grupo de figuras pintadas compõe uma pirâmide), o díptico (tipo de quadro) que retrata o Duque Frederico de Montefeltro e sua esposa Battista Sforza (redução das figuras às suas formas geométricas)
Botticelli (1445- 1510) - a beleza era proveniente da graça divina, dos deuses e as pinturas apresentavam um ar gracioso. Principais obras: Nascimento de Vênus (ele transforma a deusa do amor no símbolo de pureza e verdade), A Primavera(representação paganismo e jogo de cores).
Leonardo da Vinci (1452-1519) - foi um pesquisador e contribuiu para diversos trabalhos, que auxiliaram no estudo da perspectiva, da anatomia humana e das proporções matemáticas. Dominou a técnica de luz e sombra e da pespectiva. Principais obras: O afresco da Santa Ceia, Anunciação, Gioconda e Santana, A Virgem e o Menino, A Virgem dos rochedos.
Michelangelo (1475-1564) - foi aprendiz de um renomado pintor de Florença e logo aos 13 anos, já entendia sobre o padrão grego de beleza e a filosofia de Platão. Suas obras apresentavam imagens do Antigo Testamento, com o foco na criação do homem.
Rafael Sanzio (1483-1520) - um dos melhores pintores que soube reproduzir o ideal de beleza grega, assim como, as suas regras. Era um exemplo para o ensino acadêmico de pintura, ele transmitia um equilíbrio e segurança por meio de suas obras. Uma das características era não exagerar no detalhes e valorizar os espaços entre as figuras. Principais obras: A Libertação de São Pedro, A Transfiguração e a Escola de Atenas.
Escultura na Renascença
Os artistas que se destacaram foram: Michelangelo, citado anteriormente, e Verrocchio.
Andréa del Verrocchio (1435-1488) - foi o primeiro escultor a utilizar o jogo de luz e sombra nesse tipo de arte. A sua principal obra foi Davi, um personagem bíblico, que enfrentou um gigante, chamado Golias. A escultura foi feita em bronze e ele destacou o heroísmo do personagem para melhor enfatizar a força que vinha de dentro dele. Esse fato não pode ser percebido na arte grega.
Essa capacidade de transmitir o sentimento de um personagem na obra também faz parte do conjunto de obras escultóricas, a Pièta, de Michelângelo. Eles conseguem registrar os sentimentos, a beleza, o tempo e outros elementos de uma nova arte conflitante, que ainda estava por vir.
Barroco
 
Iniciou-se na Itália e através dessa arte, os ensinamento cristãos puderam ser espalhados de uma forma diferenciada. Ela surgiu no século XVII e suas características enfatizaram as transformações ocorridasna Idade Moderna.
Foi no século XVI que ocorreu a Reforma Protestante, originando os Estados Nacionais e os governos absolutos, onde cada nação deveria se libertar do poder que a igreja católica possuia no período.
Eles reagiram com a Contrareforma, se fortalecendo e fazendo belas composições arquitetônicas, como as igrejas. O Barroco não demorou muito a chegar às Américas e foi através dele que a razão, proposta pelo renascimento, começou a se diluir. A grande característica da arte barroca é o uso das emoções.
Pintura Barroca na Itália
Disposição de elementos dos quadros, que sempre forma uma composição em diagonal;
Contraste de claro-escuro nas cenas, o que intensifica a expressão dos sentimentos;
Realismo, retratando não só a vida na burguesia, mas a vida do povo simples.
Principais Pintores do Barroco
Tintoretto (1515-1549), pintou temas religiosos, mitológicos e retratos, sempre com duas características bem marcantes: focou nos corpos, mais do que os seus rostos; a luz e a cor têm grande intensidade. O conjunto que formava personagens e as cores deveriam ser vistas primeiro e depois os detalhes.
Caravaggio (1573-1610), ele procurava retratar vendedores, os músicos ambulantes, as pessoas comuns. Para ele, não havia diferença entre a beleza do povo e das classes ricas. Havia pinturas em que ele utilizava a luz para chamar a atenção das pessoas. Por essa característica, foi considerado o criador do estilo iluminista.
Andréa Pozzo (1642-1709) pintou em tetos de igrejas e de palácios. Usava um efeito decorativo, detalhista e suas obras davam a ideia de que o céu estava perto ou se abrindo.
Escultura Barroca
Há a exaltação de sentimentos. As formas procuram expressar os movimentos e recobrem-se de efeitos decorativos. Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado. Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Principais Artistas do Barroco
Bernini (1598-1680) foi um dos mais completos artistas do Barroco, pois era arquiteto, urbanista, pintor, escultor e decorador. Principais Obras: O baldaquino e a cadeira de São Pedro e a obra que desperta maior emoção religiosa - Êxtase de Santa Tereza, escultura feita para uma capela da igreja de Santa Maria della Vittorio, em Roma.
Arquitetura Barroca
Teve seu início no século XVII e realizou-se principalmente nos palácios e igrejas.
Quanto ao estilo da construção, os arquitetos deixam de lado os valores de simplicidade e racionalidade, típicos da Capela Pazzi, de Brunelleschi, por exemplo, e insistem nos efeitos decorativos, pois no Barroco "todo muro se ondula e dobra para criar um novo espaço".
Disso, resultou a preocupação paisagística com os grandes jardins dos palácios e com a praça das igrejas, como por exemplo, a praça de Saint Peter, em Roma.
Rococó
   Rococó, do francês rocaille que significa concha, era uma maneira utilizada para decorar jardins com conchas e rochas.
É a fase do Barroco compreendida entre 1710 e 1780, quando os valores decorativistas e ornamentais são exaltados tanto pelos artistas quanto pelos apreciadores da arte.
Houve a expressão de sentimentos agradáveis e a procura do domínio da técnica de uma execução perfeita. Teve início na França, no século XVIII e difundiu-se a seguir por toda a Europa. No Brasil sua manifestação se deu no mobiliário, conhecido como"estilo de Dom João V".
 
Principais diferença entre Barroco e Rococó
Entre este estilo e o Barroco, temos algumas diferenças:
• As cores fortes no Barroco são agora suaves e de tom pastel;
• As linhas retorcidas ficam de lado e há a busca de formas mais leves e delicadas.
A arte da classe alta da época
Com os problemas do cotidiano, muitos artístas procuravam na arte, amenizar as situações conflitantes do seu dia a dia. Eles a faziam para a sociedade rica da época, que se preocupavam muito com a ornamentação dos espaços. As obras foram se distorcendo com a morte de Luís XIV, século XVII, na França, momento em que a aristocracia pagava e protegia os artistas para atender às suas necessidades.
Arquitetura Rococó
Manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores. Essa decoração era detalhada e bem ornamentada e um exemplo são suas salas e os salões. Os artistas procuravam fazer uma arquitetura diferenciada nessas áreas, com formato oval, paredes com pinturas luminosas e suaves, espelhos, florais, etc. Já por fora dos edifícios, eles amenizavam na decoração. Exemplos: O Hotel de Soubise, construído por Germain Boffrand e decorado por Nicolas Píneau, o Petit Trianon.
Existem lugares da Europa que não sofreram a diferenciação entre o Barroco e o Rococó, pois o Barroco veio aos poucos atingindo os outros países e conseguindo se consolidar, apenas, no século XVII. Nesse período, os artistas já estavam influenciados com o Rococó. . Como um exemplo de obras arquitetônicas temos: Palácio Episcopal e a igreja de Vierzehnheiligen, projetado pelo arquiteto Balthazar Neumann e pintura no teto por Giambattista Tiepelo, o mais importante dos decoradores do Rococó.
Pintura Rococó
Na pintura, ao invés de criaturas mitológicas ou temas religiosos, eles retraram cenas mundanas, compondo o plano de fundo, os parques e os jardins, assim como, os espaços internos de luxo. Eles procuravam dar uma ar mais luminoso a obra e nesse período, surgiu a técnica do pastel. Com essa técnica, é possível fazer efeitos delicados e leves nas roupas femininas, na pele, nos cabelos e outros pontos.
Principais Pintores do Rococó
Antoine Watteau (1684-1721) por causa de seus quadros amorosos, ele se tornou um dos pintores que mais retratou o estilo. Essas cenas que ele reproduzia não se limitava a temas religiosos e históricos. Principal obra: Embarque para Citeraque mostra a elegância dos nobres do século XVIII.
Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699-1779), em melhor situação econômica que Watteau, seus quadros, saiam do mundo da fantasia e procuravam retratar a vida da burguesia da época. Em seus quadros era utilizado uma composição nítida e única de todos os elementos.
Escultura no Rococó
Na escultura, esse estilo, veio substituir a energia da arte barroca por linhas suaves. Por meio dela, são retratadas as pessoas mais influentes da época. Houve, também, a criação de estatuetas decorativas, quando os cientistas Tischirnhaus e Boettger inventaram a porcelana. Os escultores decorativos que se destacam são: François Boucher e Étienne Maurice Falconet, que criaram modelos de pequenas estatuetas reproduzindo temas mitológicos, etc.
Idade Contemporânea
   
A Idade Contemporânea é o período que inicia na Revolução Francesa (1789), fato esse que modificou toda a história política e social da França, com as diversas manifestações artísticas que surgiram, e vai até os dias atuais. Os principais acontecimentos que marcaram a Idade Contemporânea foram:
- Revolução Francesa;
- Primeira Guerra Mundial;
- Segunda Guerra Mundial;
- Guerra Fria.
A globalização já estava acontecendo e o iluminismo, uma corrente filosófica que acreditava na razão do homem e não na religiosidade se propagou. Foi também nesse período que ocorreram as Grandes Guerras e a revolta de artistas através da arte.
Neoclassicismo
O Neoclassicismo se dedicou ao retorno dos princípios gregos, romanos e renascentistas. Esse movimento surgiu na Europa no século XVIII e trouxe novas formas de produção artística, principalmente, com o governo de Napoleão.
Romantismo
O Romantismo era um estilo de arte caracterizado pela oposição à arte neoclássica. Os artistas acreditavam que uma obra de arte deveria expressar o estilo do artista. Surgiu na Alemanha, nas últimas décadas do século XVIII.
Realismo
O Realismo teve como principal influencia a Industrialização e predominou entre 1850 e 1900. Tinha como característica o retrato da realidade e os diversos temas sociais e se destacou principalmente na pintura francesa.
Impressionismo
O Impressionismo foi um importantemovimento que transformou a arte do século XX. Se baseava na observação minuciosa da luz sob os objetivos, suas variações e como elas poderiam aparecer na tela dos pintores impressionistas.
Neoclassicismo  
Entre o século XVIII e XIX, no final de um e início do outro, surgiu o estilo chamado Academicismo (nas academias mantida pelo governo europeu, seria ensinada as concepções da arte greco-romana) ou Neoclassicismo(volta da arte greco-romana), na França.
De acordo com os neoclassicistas, só haveria arte, se os artistas resgatassem os ideais gregos e renascentistas. Dessa forma, a arte nesse período era considerada bela.
Nas escolas de belas-artes, os alunos deveriam conhecer a arte do período antigo e por isso era produzida baseada na técnica e nas convenções gregas e romanas.
Arquitetura Neoclássica
Em todas as partes, via-se a arte grega e o renascimento. Um exemplo está nas edificações, como em casas ou em templos religiosos, colunas, frisos, estátuas, planta dos edifícios com forma de cruz, etc. As obras arquitetônicas que mais se destacaram foram:
A Igreja de Santa Genoveva, projetada por Jacques Germain Soufflot, um dos primeiros arquitetos do estilo, e;
A Porta de Brandemburgo, localizada em Berlim, projetada pelo arquiteto Karl Gotthard Langhans.
Pintura do Neoclassicismo
A pintura é inspirada na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, principalmente em Rafael, um pintor que se destacou por usar o equilíbrio entre as cores. As Revoluções Francesa e Industrial, causaram grandes mudanças nas artes nesse período. Geralmente as obras expressavam fortes emoções e um realismo, fazendo da obra uma grande influência para a época.
Principais Pintores
Jacques Louis David (1748-1825) - pintou fatos relacionados à vida do Imperador Napoleão, se tornando pintor oficial. As características encontradas em suas obras foram: realismo, emoção, sentimentos, o imperador, etc.
Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867), através de David, que o influenciou no período, suas obras possuiam cenas da mitologia grega e da história, assim como retratos e pessoas nuas que deixavam muita crítica. Ele soube retratar a fisionomia da sociedade da época.
Romantismo
Os românticos se caracterizam por estar em oposição à arte neoclássica. Eles queriam se libertar das regras e valorizar o estilo do artista na obra. Ela se caracteriza por aderir os sentimentos, a imaginação, o nacionalismo e a natureza, através das paisagens.
Presenciamos um contraste entre o estilo anterior e o Romantismoque surgiu por volta do século XIX. Século agitado por mudanças social, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa.
Pintura Romântica
Suas características se aproximam da arte barroca:
dinamismo, através de uma composição em diagonal;
valorização das cores e dos contrastes claro-escuro;
busca das emoções humanas e de fatos da história da época.
Principais Artistas do Romantismo
Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) - o artista mostrou por meio de retratos, o povo, as personalidades da época, a guerra, as cenas históricas. Como a pintura de certos temas vinham a se consolidar dentro do estilo, ele buscou um modo de represetar a história de modo mais geral. Como disse, Lionello Venturi, " a pintura de Goya é um simbolo eterno da revolta popular contra a opressão".
Eugène Delacroix (1799-1863) - esse artista teve o privilégio de viajar com a comitiva do embaixador da França, afim de retratar e documentar os hábitos das pessoas daquela terra. Ele mostra a multidão, uso das cores e luzes e um foco nas obras de carater político.
Paisagem Romântica
Apesar de já ser bem desenvolvida no século XVIII, foi nesse estilo que atingiu o seu ápice, principalmente na Inglaterra. Suas características são: realismo, utilização das cores da natureza, da luz, e outras, sendo essa última característica um preparo para as obras dos impressionistas.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) - representou a natureza, suas cores brilhantes, variando entre os tons. Dentre as obras, se destacam: O Grande Canal, Veneza e Chuva, Vapor e Velocidade.
John Constable Constable (1776-1837) - voltados para obras da natureza, retrata os lugares em que ele mesmo nasceu e viveu. Com a luz em suas obras, conseguiu um efeito vivo e sereno. Dentre elas, podemos destacar: A Carroça de Feno.
Realismo
O Realismo surge entre 1850 e 1900. Fruto das artes produzidas na Europa. Ele foi influenciado pela industrialização que dominava a época.
O homem contemporâneo entendeu que precisava ser realista, tendo uma visão mais técnica e deixando um pouco de lados as emoções humanas.
Pintura Realista
A pintura busca retratar a objetividade com que os cientistas retratavam os fenômenos, esquecendo, assim, os temas antigos, históricos e a imaginação. Sendo parte da criação, apenas, aquilo que é real. É nesse período que surge a "pintura social" que retrata os problemas dos trabalhadores da sociedade contemporânea.
Principais Pintores do Realismo
Gustavo Coubert (1819-1877) - criador da pintura social, mostrando temas que retratavam o cotidiano, as classes sociais mais pobres e os trabalhadores do século XIX.
Édouard Manet (1832-1883) - suas obras retratavam mais a classe alta da época. Algumas de suas obras foram criticadas, por seguir as normas clássicas. Elas ganham luminosidade, inovação e outros destaques. Elas foram as precursoras do impressionismo. Algumas delas foram: Tocador de Pífaro, Almoço no Ateliê e Bar de Folies-Bergère.
Arquitetura Realista
Em busca de atender os novos desejos e necessidades das pessoas, provenientes da industrialização, os arquitetos foram capazes de criar cidades que tivessem fábricas, armazéns, lojas e outros estabelecimentos, para adequar tantos os trabalhadores, quanto a classe da época.
Escultura Realista
Na escultura, o realismo dominou os artistas, sendo que as obras eram mostradas com elas são. Eles retratavam a sociedade e o contexto político da época.
Principais Escultores do Realismo
Auguste Rodin (1840-1917) - as obras desse artistas buscaram representar os pequenos gestos humanos, destacando as emoções, o romantismo e o lado mais natural do realismo. Suas obras foram alvo de muitas críticas.
Impressionismo
   
Movimento artístico que mudou a arte do século XX. As pessoas puderam apreciar as obras do período, numa exposição em Paris, em abril de 1874, mas ela foi mal vista por seus observadores.
Principais Características do Impressionismo
Registro das alterações que a luz provocava nas cores da natureza;
As pinturas deveriam representar a cor que a luz do sol refletia nos objetos, pois elas se alteram com a luz;
Figuras sem contorno;
Sombras luminosas e coloridas;
Utilização da lei de cores complementares para dar contraste às imagens;
Não deve haver mistura de cores para formar diferentes tonalidades e cores.
Pintura no Impressionismo
Principais Pintores do Impressionismo
Monet, citado no estilo anterior. Obras principais: Impressão, pôr do sol e La Grenouillière.
Pierre Auguste Renoir (1841-1919) - sua forma de pintar era otimista e alegre. Ele buscava retratar a vida da sociedade de Paris no fim do século. Suas principais obras foram: Baile no Moulin de la Galette.
Edgar Degas (1834-1917) - ele valorizava o desenho, pintava poucas paisagens e o que ele mais gostava era pintar espaços interiores. Exemplo de obras: Ensaio de Balé, No Palco, etc.
Em 1886, dois artistas Georges Seurat e Paul Signac realizaram a última exposição do estilo. Seus trabalhos deram origem ao Pontilhismo e o Divisionismo, cuja técnica em tela era representar uma figura através de minúsculos pontos
Arte do Século XX
Expressionismo
Esse movimento esteve em oposição ao Impressionismo e focou mais nas sensações que a arte proporcionava. Ele mostrou os sentimentos humanos e suas preocupações no início do século XX. Esse movimento ora fora esquecido, ora lembrado no decorrer do século por causa das sensações que o mesmo proporcionava.Ele surgiu na Alemanha, em Dresden, entre 1904 e 1905. Seus participantes foram Ernest Ludwig Kichner (1880-1938), Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976) e Erich Heckel (1883-1970), juntos formavam o grupo chamado Die Brüche na tradução, significa A Ponte.
Suas características são:
Representação dos sentimentos humanos através de linhas e cores. Algo que já vinha sendo trabalhado por Van Gogh, em que cor e deformação mostravam o interior do homem moderno;
Deformação da realidade;
Pessimismo em relação ao mundo;
Fuga das regras tradicionais da arte;
Melancolia.
Edvard Munch (1863-1944) - sua obra mais destacada foi 'O grito', por causa da expressão das linhas, cores e seres que mostravam as angústias do homem moderno; Outra obra é 'Cinco Mulheres na Rua', em que retratava como era a burguesia.
Fauvismo ou Fovismo
Esse movimento surgiu em 1905, em Paris e foi fruto de uma crítica no Salão de Outono, por Louis Vauxcelles. Jovens foram chamados de fauve, que significa feras, pelas suas pinturas agressivas com cores puras.
Formas simplificadas;
Utilização de cores puras (tal como são nos tubos de tinta);
As pinturas não representam a realidade (cores e figuras são sugestão dos artistas).
Artistas do Fauvismo
André Derain (1880-1954);
Othon Friesz (1879 – 1949);
Maurice de Vlaminch (1876 – 1958);
Henri Matisse (1869-1954) – ele foi uma das maiores expressões do estilo e procurou mostrar as formas das figuras, sem se preocupar com a realidade e as cores. Um exemplo é a obra 'Natureza-morta com Peixes Vermelhos' (1911). A composição era organizada de acordo com as cores puras e algumas figuras da obra.
Apesar disso, muitos autores fauvistas não foram aceitos ao apresentarem suas obras.
Cubismo
O cubismo surgiu de uma obra feita por Cézanne, que retratava a natureza com figuras geométricas. Outros artistas do estilo se aprofundaram e buscaram mostrar os objetos como se estivessem abertos. Assim, ele evoluiu para dois tipos: o Cubismo analítico e o Cubismo sintético.
Cubismo Analítico (1908-1911) – desenvolvida por Picasso e Braque:
Seu estilo era a utilização de poucas cores;
Definição de um tema apresentado em todos os ângulos;
Perda da realidade, sendo impossível reconhecer as figuras.
Cubismo Sintético – fugia dessa perda de realidade, mas ainda buscava retratá-la de várias formas. Foi chamado, também, de colagem, porque eles colocavam tudo o que podiam, como letras, números, vidros, etc., com o intuito de criar novos efeitos e despertar a atenção.
Principais Artístas do Cubismo
Pablo Picasso(1881-1973) – ele era um gravador e escultor e introduziu várias técnicas ao estilo:
- na fase azul(1901-1904) retratou tristeza e melancolia;
- na fase rosa(1905-1907) retratou acrobatas e arlequins.
Outra técnica advinda da arte africana foi a elaboração da estética cubista. Ele deformava todas as partes do corpo humano e destruia a harmonia das formas. Retratou isso em sua obra Les Demoiselles d'Avignon. Ele começou a retratar obras sobre a realidade dos conflitos e guerras, em seu famoso mural, Guernica (1937). Por último, em suas gravuras, de 1907 a 1972, suas obras gravadas eram expressivas com o desenho, opondo claro e escuro.
Georges Braque (1882-1963) – para ele, a pintura não era uma descrição da realidade. Ele passou pela fase do Cubismo analítico, sendo destaque a obra 'O Português'. E, após 1913, passou a representar os objetos pelo Cubismo sintético, destacando as partes significativas da obra.
Fernand Léger (1881-1995) – representava um novo cubismo: para ele, as máquinas e o crescimento industrial, do final do século, eram tão importantes quanto uma escultura. Com isso, um novo mundo pode ser construído. Uma obra que enfatiza isso é 'Elementos Mecânicos' e o 'Tipógrafo'. Em 1925, com seu contrato com o arquiteto Le Corbusier, descobre a importância dos murais e procura superar a diferença entre uma obra e um desenho industrial.
Características do Cubismo
Utilização de formas geométricas nas obras;
Falta de perspectiva (três dimensões dos seres);
Estética cubista (destruição da harmonia e decomposição da realidade)
Abstracionismo
Surgiu de uma tela de Wassily Kandinsky (1866-1944), chamada Batalha. Na pintura, abstracionista não há relação entre a realidade, cores e formas. Conhecem essa técnica os pintores Mikhail Larionov(1881-1964) e Natália Gontcharova (1881-1962), russos que valorizavam a relação com as cores, mas não com o tema da obra.
Já em 1912, Vladimir Tatlin (1885-1956), em viagem a Paris, gostou das colagens cubistas e resolveu implantar no novo estilo: pintura em relevo com vários materiais e figuras abstratas, dando origem ao Construtivismo. Os escultores Antoine Pevsner (1886-1962) e Naum Gabo (1890-1977), juntamente com Tatlin, criaram várias peças abstratas, dando-lhes o nome de construções ao invés de esculturas.
A Revolução Russa, em 1922, acabou com o construtivismo. Tatlin se ligou a ela, Gabo e Pevsner deixaram o país, quando o governo revolucionário fechou os ateliês dos artistas. Mas, logo depois, em 1931, eles dão origem ao movimento chamado Criação Abstrata. A partir das primeiras pesquisas, logo começou a fazer parte da pintura moderna, e duas tendências surgiram em seguida:
Abstracionismo sensível ou informal – predominam os sentimentos e emoções e as cores são associadas com elementos da natureza. Por exemplo, a obra Domingo, de Kandinsky.
Abstracionismo Geométrico – cores e formas são organizadas de acordo com as composições geométricas. Por exemplo, as obras de Piet Mondrian: ele buscava a essência dos objetos que se harmonizam com o universo. Retratada em 'Árvore Vermelha'.
A partir das décadas de 20 e 30, linhas diagonais e curvas foram trocada por horizontais e verticais que, juntamente às cores, trouxeram equilíbrio às obras.
Em busca de outras tendências da pintura do século XX, se destacaram, novos estilos que caracterizaram as primeiras décadas do século XXI. Valorizavam a velocidade das máquinas e do cotidiano e as tendências produzidas pela cultura industrializada.
Futurismo
O futurismo é um estilo influenciado pelo movimento literário Manifesto Furista, criado por Filippo Tommaso Marinetti, em 1909. Ele era um poeta e escritor italiano que sugeriu às pinturas a velocidade das máquinas e a exaltação do futuro. Para os pintores desse estilo, os artistas não tinham essa visão de futuro. Com outro manifesto, criado por Umberto Boccioni, Luigi Russolo, Carlo Carrà, Giacomo Balla e Gino Severini, em 1910, Milão, nas obras eram representadas os movimentos em si. Usaram cores, retas, curvas que dessem ideia de velocidade. Ex.: peça em bronze 'Formas Únicas de Continuidade no Espaço', do escultor Umberto Boccioni.
Os estudos de Freud sobre psicanalismo e a política mostravam a complexidade da sociedade moderna. Em crítica à cultura europeia, surgiram:
Pintura Metafísica – uma pintura que mostrava a falta de sentido da sociedade contemporânea: mistério, luzes, objetos, sombras e cores intrigantes. Tinha como principal artista, Giorgio De Chirico (1888-1979), um pintor italiano, com suas obras 'O Enigma da Chegada' e 'O Regresso do Poeta'.
Dadaísmo
Artistas e intelectuais franceses e alemães se reuniram em oposição à Primeira Guerra. Foram para Zurique, na Suíça, e em 1916, criaram o Dada, cujo significado é cavalo de pau, palavra encontrada por Hugo Ball e Tristan Tzara num dicionário alemão-francês. Assim como o nome, a arte não significava nada, da mesma forma que a guerra.
Características do Dadaísmo
Elementos fugiam do racional e eram combinados por acaso;
Os artistas negavam a sua cultura e representavam um protesto;
Obras utilizavam a colagem para retratar o estilo, com críticas e sátiras à desordem da Europa;
Eles utilizavam o princípio do automatismo psicológico, proposto por Freud, em que “os atos praticados pelos homens são automáticos e independentes de um encadeamento de razões lógicas.”
Isso deu origem ao Surrealismo, do escritor e poeta André Breton (1896-1966), na França, em 1924. Nesse novoestilo, as obras eram representações ilógicas do subconsciente, como imagens vistas em sonhos ou alucinações. Às vezes, representavam aspectos da realidade em excesso, com elementos inexistentes. Um dos principais artistas desse estilo é Salvador Dali (1904-1989).
Essa pintura deu origem às duas tendências: Figurativa, com os artistas, Salvador Dali e Marc Chagall e abstrata, com Joan Miró e Max Ernest.
Nos grandes centros urbanos industrializados, com a recuperação da Segunda Guerra, a indústria estava a todo o vapor. O consumismo começou a fazer parte da sociedade no início da segunda metade do século XX. Veja as expressões que mais se destacaram:
Op Art
Expressão do inglês, optical art, que significa arte óptica. Victor Vasarelyn é o responsável por iniciar essa arte através da plástica do movimento. As pinturas possuem representações de figuras geométricas e cores, preto e branco ou coloridas. Toda a obra sugeria o movimento e era uma arte que estava em constante mudança.
Suas pesquisas se desenvolveram na década de 60, cuja manifestação para exposição coletiva se deu no Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1965. Outro artista importante é Alexander Calder (1898-1976), na criação de móbiles associando-os aos retângulos das telas de Mondrian sugerindo movimento.
Chamada de Mobile em Dois Planos, de início o observador podia movimentá-los; depois de 1932, ele verificou que a simples ação do vento podia fazer isso.
Pop Art
Pop Art, no português, significa arte popular, surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1960 e atingiu vários lugares do mundo.
Os artistas retratavam o dia a dia das grandes cidades norte-americanas, relacionando a arte com a vida comum. O tema dessa arte eram símbolos da grande massa consumidora e da era industrializada, ou seja, aquilo que fazia sucesso.
Destaques:
Marilyn Monroe, uma ilustração feita por Andy Warhol, com o método de produção em série de cores e repetição de imagens.
Arte Brasileira
A arte brasileira surgiu da mistura de outros estilos e se inicia desde o período da Pré-História há mais de 5 mil anos, até a arte primitiva. Ela também foi influenciada pelo estilo artístico de outras sociedades.
Dentre elas, temos a arte da Pré-História brasileira, com vários sítios arqueológicos espalhados pelo território e tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Outra a ser citada é a arte indígena, na época do descobrimento do Brasil, quando no início, havia cerca de 5 milhões de índios. Atualmente, esse número foi reduzido, assim como parte de sua cultura.
Outra arte brasileira a ser citada é a do Período Colonial. O Brasil transformou-se em colônia de Portugal, depois da chegada de Cabral e eram feitas construções simples, como as feitorias, várias vilas, engenhos de açúcar como representação da arte. Após a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, foi necessária a construção de casas para os colonizadores.
Na invasão dos holandeses que ficaram no nordeste do Brasil por quase 25 anos, no início de 1624, se instalou uma cultura vinda dos povos holandeses. Apesar dos portugueses terem defendido o Brasil de invasores, estes ainda conseguiram instalar-se. Artistas e cientistas vieram para o Recife, trazendo a cultura holandesa.
Outro estilo que surgiu foi o Barroco, ligado ao catolicismo. A influência da Missão Artística Francesa, no início do século XIX, quando a família real veio ao Brasil foi intensa. A população começou a imitar a cultura europeia. Eram pintados retratos da família real e algumas imagens dos índios brasileiros.
A Pintura Acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica, sendo que era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas Artes).
Já no início do século XX, presenciamos o Modernismo Brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall (1891-1957) que contribui para o Modernismo.
Após a Semana de Arte Moderna, vários artistas começaram a desenvolver um estilo próprio de pintura, sendo a arte mais valorizada no país.
Arte Popular
Arte Popular é a atribuição que se dá a produções artísticas (pintura, literatura, escultura, etc.) com relevante valor, de pessoas que nunca se especializaram em arte, de fato, frequentando escolas e etc. Basicamente, é a arte do povo, sendo o Brasil, um dos principais celeiros de inúmeros artistas criativos da história do país. A cultura popular é a principal raíz dessa arte.
O artista popular dedica seu tempo livre, sua folga do trabalho para criar sua arte. Muitas vezes de maneira solitária, em alguns casos com ajuda da família. De maneira geral, não consegue sobreviver e sustentar família somente dos trabalhos artísticos realizados. Os principais compradores e revendedores da arte popular são feiras e mercados.
Uma escultura, por exemplo, pode ser utilizada na igreja (culto católico aos santos), como item de decoração em casas ou até para brincadeiras infantis.
Arte Popular e Arte Erudita
Para ficar mais evidente a diferença entre arte popular e arte erudita, é fundamental traçarmos algumas pontuais diferenças.
A arte popular é a arte da intuição, aquela em que o artista exerce seu ofício sem ter frequentado escolas de artes para esse fim. Apesar disso, suas obras são de altíssimo reconhecimento estético e artístico.
Os artistas se inspiram em sua regionalidade, crenças, lendas e costumes típicos de sua cultura. Seu humilde cotidiano e as dificuldades do dia-a-dia são refletidas na obra. Um artista brasileiro muito conhecido por ser intensamente influenciado pela arte popular é Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Já a arte erudita é oriunda de artistas com aprimorado conhecimento técnico, de elevada exigência estética, que criam obras de valor universal, e acabam marcando época com suas inovações, além de proporcionar ao espectador intensa reflexão e questionamento a respeito da obra. Um exemplo de arte erudita é famoso quadro “Monalisa” de Leonardo da Vinci.
Principais Artistas no Brasil
Ciro Fernandes (Paraíba, 1942);
Aberaldo Santos (Alagoas, 1960);
Gerson de Souza (Pernambuco, 1926);
Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, 1898);
Cizin (Ceará, 1980).

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