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farmacologia do sistema respiratório(pronto).

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FaRMACOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Alunos:
Karcy Xavier, Ingrid Ferreira, Danilo Santana, Jonatha Silva.
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Sistema respiratório
O sistema respiratório possui funções, como: filtração e aquecimento do ar, defesa, equilíbrio ácido-base, fonação, metabolismo e troca de gases. Nesses vários processos vários grupos celulares estão envolvidos, e, dessa forma, vários medicamentos podem interferir sobre cada uma dessas funções. Devem merecer atenção as ações diretas e indiretas dessas drogas sobre o sistema respiratório e suas interações medicamentosas.
A via respiratória é formada por: fossas nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
Doenças respiratórias
-ASMA:
 A asma é uma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias caracterizada pela ativação de mastócitos, infiltração de eosinófilos e linfócitos T auxiliares. A ativação de mastócitos por alérgenos e estímulos físicos lIbera mediadores broncoconstritores, como a histamina, leucotrieno D4 e prostaglandina D2, que que causam broncoconstrição, vazamento micromusculares e exudação plasmática. Grande parte dos sintomas da asma são causados pela contração do musculo liso das vias respiratórias.
 Não se sabe se o músculo liso das vias respiratórias do asmático é anormal, mas se sabe que essa contração pode contribuir para uma hiper-sensibilização das vias respiratórias. A inflamação crônica asmática ainda não é bem compreendida, pode ser inicialmente causada por exposição de alérgenos, mas parece ser autônomo, , de forma que é a asma é incurável. Pode ocorrer através de inflamação eusinófila causada por células dendríticas que regulam TH2, e também inflamação IgE por linfócitos B.
Doenças respiratórias
-DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
A DPOC envolve a inflamação do trato respiratório com um padrão que diferencia da asma. Nessa doença há uma predominância de neutrófilos, macrófagos e linfócitos T citotóxicos. A inflamação afeta predominantemente as vias respiratórias pequenas, resultando no seu estreitamento progressivo e fibrose (bronquiolite obstrutiva crônica), e destruição do parênquima pulmonar e paredes pulmonares (enfisema). Essas alterações patológicas resultam no fechamento das vias respiratórias na expiração, levando ao aprisionamento do ar e hiperinsuflação, isso explica a falta de ar quando se tem esforço e a limitação de exercícios que são típicos da DPOC.
* Os broncodilatadores são a base do tratamento da DPOC por reduzirem o aprisionamento do ar e dilatar as vias respiratórias. Ao contrário da asma, a DPOC é amplamente resistente a corticosteroides, e atualmente não há tratamentos anti-inflamatórios eficazes. 
Doenças respiratórias
- RINOSSINUSITES:
Inflamação que atinge as mucosas da cavidade nasal e dos seios paranasais, caracterizando pela combinação de rinorreia, espirros, obstrução, prurido nasal e cefaleia. Geralmente, fala-se de rinite e sinusite como processos distintos, porém, não há sinusite sem rinite e nem rinite sem sinusite, daí o termo rinossinusite.
Podem ser classificas em aguda (menos que 4 semanas), subagudas (de 4 semanas a 3 meses) e crônica (mais de 3 meses). As agudas são geralmente devido à processos infecciosos, as crônicas mais comuns são alérgicas. 
Na rinossinusite alérgica sazonal, os sintomas são mais comuns na época de polinização, e vem acompanhada de conjuntivites e inflamação generalizada da mucosa do aparelho respiratório, incluindo a trompa de Eustáquio, a orelha média, os seios paranasais e, eventualmente, os brônquios.
 A rinossinusite alérgica perene é causada por alérgenos presentes no ambiente durante todo o ano, o principal é a poeira.
Drogas usadas para o tratamento farmacológico de patologias respiratórias
Descongestionantes: 
São drogas que promovem a vascularização da mucosa, pois são simpatomiméticas de ação predominante em receptores alfa, diminuem o edema e a congestão, reestabelecendo a perviedade nasal. Podem ser empregadas via oral ou tópica, e são metabolizadas pelo fígado.
Anti-histamínicos: 
São agonistas inversos dos receptores da histamina H1 ou H2. As drogas desse grupo são capazes de suprimir a ativação dos receptores H e antagonizam as repostas vasculares geradas pela histamina.
DROGAS MUCOATIVAS OU EXPECTORANTES 
Essas drogas atuam facilitando ou promovendo a eliminação das secreções brônquicas, podem ser classificadas em quatro classes:
-Promotores do transporte de muco;
- Indutores da secreção reflexa;
- Modificadores das características físico-químicas das secreções;
- Estimuladores da atividade das glândulas e células secretoras da árvore brônquica.
Uma droga pode, e muitas vezes tem, mas de um desses efeitos.
Drogas Antitussígenas 
A tosse é um reflexo protetor que tem como função expelir corpos estranhos da árvore traqueobrônquica. É um reflexo benéfico.
Em algumas condições patológicas, a tosse aumenta em frequência e intensidade, causando incômodo. É um sintoma inespecífico, pode ocorrer em várias patologias, sendo assim de muita importância um diagnóstico preciso.
Drogas antitussígenas podem atuar em diferentes componentes do reflexo da tosse.
CLASSIFICAÇÃO:
-Drogas alteradoras de fatores mucociliares;
-Drogas que atuam aumentando o limiar no centro da tosse;
-Drogas que diminuem a força de contração dos músculos esqueléticos (narcóticos e não narcóticos).
Drogas Antitussígenas 
-narcóticas
Codeína: 
É o 3-metil-éter da morfina. Suprime eficientemente a tosse por ação nas conexões nervosas do tronco cerebral, produzindo analgesia e sedação fraca. É metabolizado lentamente no fígado, cerca de 10% da dose é transformada em morfina, o restante é excretado pelo rim.
Existem outros fármacos derivados da morfina que possuem efeito antitussígeno, mas são menos utilizados.
A codeína suprime o reflexo da tosse através da ação direta no centro de tosse no cérebro pela ligação a receptores distintos da própria codeína inalterada, ao contrário do que ocorre no efeito analgésico.
Drogas Antitussígenas
-não narcóticas
Dextrometafeno: É o dextroisômero do narcótico levorfanil. É um opiáceo, mas não possui efeito analgésico ou sedativo e nem causa dependência. Absorvido pela via oral e degradado lentamente pelo fígado e excretado pelos rins. Eleva o limiar central para o reflexo da tosse e não interfere nas secreções do trato respiratório.
Levodropropizina: É o enantiômero da droprozina. Não possui opioides e protege da tosse eficazmente. Aparentemente atua modulando as atividades das fibras C nervosas dos brônquios. Mostrou-se tão eficaz quanto a codeína.
Levopropoxifeno: É o levoisômero do propoxifeno. Está relacionado com a metadoan, mas não tem efeitos narcóticos. Seu mecanismo de ação central não é conhecido, não possuindo ação depressora da espiração, nem interferindo nas secreções do aparelho respiratório.
Noscapina: É o segundo alcalóide mais abundante no ópio. É um fármaco bem absorvido pela via oral, e desaparece rapidamente na corrente sanguínea. Não possui efeito analgésico ou depressor da respiração, não causa dependência e nem interfere nas secreções. Suprimem a tosse no nível central, e seu mecanismo de ação é pouco conhecido. Promove relaxamento da musculatura lisa. 
Benzonatato: Derivado sintético do ácido para-aminobenzóico, absorvido rapidamente por via oral, possuindo farmacocinética desconhecida. Atua inibindo os impulsos vagais eferentes dos receptores da tosse e dos receptores de estiramento. Não possui efeito depressor sobre a respiração.
DROGAS BRONCODILATADORAS
Beta-adrenérgicos:
 São as drogas broncodilatadoras mais eficientes no tratamento das crises de broncoespasmo. São divididas em catecolaminas (isoproterenol e adrenalina) e resorcinóis (terbutalina, fenoterol, salbutamol e formoterol). Catecolaminas agem nos receptores beta cardíacos e beta respiratórios, beta1 e beta2, repectivamente, podendo resultar paraefeitos cardiovasculares, como hipertenção, taquicardia e arritmias. 
Os resorcinóis
são relativamente seletivos para receptores beta2, minimizando os seus paraefeitos musculares, esse grupo de medicamentos é utilizado para alívio do broncoespasmo. 
 A ligação dos beta2-agonistas a receptores específicos na superfície da célula ativa a adenilil ciclase, oque causa aumento da concentração intracelular de AMPc, Ativando a proteína cinase A, responsável pela fosforilação da miosina e redução da concentração intracelular de cálcio. Com isso, ocorre relaxamento da musculatura lisa respiratória. 
 drogas broncodilatadoras
Anticolinérgicos: 
São broncodilatadores com ação menos intensa que os beta2-agonistas para asmáticos. 
A inervação autonômica das vias respiratórias deriva do nervo vago, onde fibras eferentes pré-glanglionares penetram no pulmão através do hilo. Fibras pós-glanglionares propagam o estímulo nervoso até glândulas submucosas, musculatura lisa respiratória e estruturas vasculares, mantendo o tônus vagal intrínseco das vias respiratórias. O resultado da liberação de acetilcolina nesse sítio é a contração da musculatura lisa e secreção das glândulas submucosas, estimuladas pelos receptores muscarínicos. 
Metilxantinas:
 Medicações de segunda linha para asma.
Têm ação broncodilatadora, anti-inflamatória e possivelmente reduzem a fadiga da musculatura do diafragma, aumentado o batimento mucociliar e estimulam o centro respiratório. Seu mecanismo de ação ainda não é totalmente conhecido.
DROGAS ANTI-INFLAMATÓRIAS
Corticosteroides: 
São a opção mais eficiente no tratamento da asma. Proporcionam controle sintomático e da inflamação subjacente. 
São lipofílicos, penetram nas células das vias respiratórias se ligando a receptores localizados no citossol. Os receptores se movem para o núcleo celular, onde se ligam a genes específicos, aumentando ou diminuindo sua transcrição. O efeito da medicação é o resultado da regulação da transcrição de genes envolvidos no processo inflamatório.
DROGAS ANTI-INFLAMATÓRIAS
Antileucotrienos: 
Têm sido empregados no tratamento de diversas doenças respiratória, como a asma. Tem ação broncodilatadora a ainti-inflamatória.
São moléculas do metabolismo de ácido araquidônico. É inicialmente formado o leucotrieno intermediário A4, que através de enzimas, dará origem aos leucotrienos C4, D4 e E4. Essas moléculas são produzidas por células inflamatórias e participam da imunopatogênese da asma. Os leucotrienos agem inibindo a ação da 5-lipo-oxigenase, com redução da produção de leucotrienos, ou impedindo sua ligação com receptores. 
DROGAS ANTI-INFLAMATÓRIAS
Cromonas:
 Cromoglicato dissódico e nedocromil são drogas usadas na profilaxia da asma leve. Quando usado por via inalatória, podem prevenir e controlar sintomas da asma.
Seu mecanismo de ação ainda é pouco conhecido. A creditava-se que este fármaco estabilizava a membrana de mastócitos, inibindo mediadores químicos. Por outro lado, analisou-se o efeito do cromoglicato dissódico nas fibras C sensoriais do sistema nervoso autônomo não adrenérgico não colinérgico das vias respiratórias, impedindo estímulos que desencadeiem processos inflamatórios.

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