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aula 3a Gastrulac a o

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Formação das camadas germinativas e início da 
diferenciação dos tecidos e órgãos: 3ª semana
Gastrulação: formação das camadas germinativas
Neurulação: Formação do Tubo Neural
Desenvolvimento dos Somitos
Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular
Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
Durante a gastrulação, ocorrem transformações importantes no embrião que o converte de um 
disco bilaminar para um disco trilaminar. (Dias 15 e 16).
Estas transformações começam com o aparecimento da linha primitiva, com seu espessamento 
localizado no epiblasto na extremidade caudal do disco embrinário.
A linha primitiva resulta da migração de células do epiblasto (ectoderma) para o plano 
mediano do disco embrionário. A invaginação de células do epiblasto da linha primitiva dá 
origem a células mesenquimatosas que migram ventral, lateral e cefalicamente entre o 
epiblasto (ectoderma) e o hipoblasto (endoderma).
GASTRULAÇÃO
vista dorsal
Invaginação e migração de células 
mesenquimais provenientes da linha 
primitiva, entre o ecto e endoderma.
vista transversal
GASTRULAÇÃO
A partir do momento da produção das células mesenquimais, a camada de epiblasto passa a ser 
denominada ectoderma do embrião e o hipoblasto de endoderma do embrião.
As células mesenquimais logo sem organizam em uma terceira camada germinativa, o mesoderma 
intra-embrionário do embrião.
Ao final da 3a semana, há mesoderma em toda a extensão entre o ectoderma e o 
endoderma, exceto na membrana bucofaríngea e na membrana cloacal. 
vista dorsal
vistas transversais
Ecto
Meso 
Endo
Cada uma das três camadas germinativas dá origem a tecidos específicos e órgãos.
- A ectoderme origina o cérebro e medula, retina, neuro-hipófise, gânglios e nervos cranianos e 
sensitivos, medula da supra-renal, células pigmentares, epiderme, pêlos, unhas, esmalte dentário, 
glândulas cutâneas e mamárias, lobo anterior da hipófise, ouvido interno, cristalino.
- A mesoderme origina o tecido cartilaginoso e ósseo, tecido muscular, tecido conjuntivo, sistema 
urogenital, tecido hematopoiético, sistema cardiovascular e linfático, baço e córtex da adrenal, 
dentina.
- A endoderme origina o trato digestivo (revestimento epitelial), fígado e pâncreas, bexiga 
urinária, sistema respiratório (revestimento epitelial), derivados epiteliais da faringe, cavidade 
timpânica, amígdalas, timo, paratireóides, derivados epiteliais da tireóide.
Crânio
Tecido conjuntivo da cabeça
Dentina
ENDODERMA ECTODERMA
MESODERMA
Disco Embrionário Trilaminar
Neuroectoderma
Partes epiteliais de:
Traquéia
Brônquios
Pulmões
O desenvolvimento embrionário é, na sua essência, um processo de crescimento e de aumento 
crescente da complexidade estrurural e da função. O crescimento é obtido através de mitoses 
(processo de reprodução somática das células) juntamente com a produção de matriz extracelular; 
por sua vez, a complexidade é alcançada através da morfogênese e da diferenciação. 
As células que constituem os tecidos dos embriões bem iniciais são pluripotentes, e, sob diferentes 
circunstâncias, são capazes de seguir uma ou mais vias de desenvolvimento. 
Este amplo potencial para o desesenvolvimento torna-se progressivamente mais restrito quando os 
tecidos adquirem as características especializadas necessárias para aumentar sua sofisticação 
estrutural e funcional. 
Sentido cranial
Placa Precordal
Processo notocordal
A medida em que se invaginam pela fosseta primitiva, as células migram ao longo da linha média 
em sentido cranial e formam duas estruturas: processo notocordal e a placa precordal.
O processo notocordal então passa por transformações. Primeiro, a parede ventral do processo 
notocordal funde-se ao endoderma e degenera-se gradativamente formando temporariamente 
uma comunicação, Canal Neuroentérico (entre a cavidade amniótica e a cavidade vitelínica). 
Processo Notocordal cresce cefalicamento até alcançar a Placa Precordal. 
Secções trasnversais. Dia 18.
Saco Vitelino
Céls. endodérmicas colunares
Âmnio
Essas duas 
camadas 
fundidas 
formam a 
membrana
Nó Primitivo
O Processo Notocordal torna-se um tubo celular que se estende, cefalicamente, do nó primitivo até a placa 
precordal, dando origem a Placa Notocordal que é um bastão celular. 
A Notocorda:
- define o eixo primtivo do embrião e lhe dá uma certa rigidez;
- serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da coluna);
- indica o local dos futuros corpos vertebrais;
Funciona como um indutor primário do embrião inicial. 
É o primeiro impulsionador de uma série de episódios indutores de sinais, que acabam transformando células 
embrionárias não especializadas em tecidos e órgãos definitivos do adulto.
Sentido cranial
Placa Precordal
Processo notocordal
Placa Notocordal
Nó Primitivo
Secção mediana, tridimensional. 18 Dias
A placa notocordal então, é induzida a dobra-se sobre si, formando a Notocorda.
Vistas transversais do Disco Embrionário. 18 Dias
A Notocorda degenera e desaparece com a formação
dos corpos vertebrais, mas persiste como o núcleo 
pulposo em cada disco intervertebral. 
Alantóide 
(do gr. allas, salsicha) 
Aparece por volta do 16º dia como um pequeno divertículo em forma de salsicha (evaginação) da 
parede caudal do saco vitelino, que penetra no pedículo do embrião. 
A alantóide permanece muito pequena a placenta e o saco amniótico assumem suas funções. 
Função: 
está envolvida na formação inicial do sangue da 3ª `a 5ª semana; 
Seus vasos sanguineos persistem como a veia e artérias umbilicais; 
O fluido da cavidade aminiótica se difunde para veia umbilcal e vai para circulação fetal, de onde é 
transferido para o sangue materno através placenta. 
e desenvolvimento da bexiga. 
Com o crescimento da bexiga, a alantóide torna-se o úraco, representado nos adultos pelo 
ligamento umbilical mediano. Os vasos sangúineos da alantóide tornam-se artérias e veias 
umbilicais.
vista dorsal
vista transversal
A Notocorda induz o ectoderma a espessar-se e formar a Placa Neural, primórdio do 
sistema do SNC - encéfalo e medula espinhal.
18º Dia a placa Neural invagina-se ao ongo do seu eixo central, formando um SULCO 
NEURAL mediano, longitudinal, com PREGAS NEURAIS de ambos os lados - tornam-se 
proeminentes e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo. 
Ao fim da 3ª SEMANA, as pregas neurais já começaram a fundir-se, convertendo a placa 
para TUBO NEURAL. 
Placa 
Neurulação: Formação do Tubo Neural 
Se dá pela formação da placa neural, das pregas neurais e fechamento destas pregas ao fim da 4ª 
semana. 
O ectoderma forma uma placa alongada, em forma de chinelo, de células epiteliais espessadas, a 
Placa Neural. 
 
Disco embrionário inicialmente ovóide
Com a formação do notocorda se torna periforme = chinelo
Neurulação: Formação do Tubo Neural 
O ectoderma da placa neural (neuroectoderma) dá origem ao SNC - Encéfalo e Medula espinhal 
A placa Neural se alarga e, eventualmente, se estende cefalicamente até a membrana orofaríngea, 
por volta do 18º dia, a placa neural invagina-se ao longo de seu eixo central, formando o Sulco 
Neural mediano, longitudinal, com pregas em ambos os lados. 
As Pregas Neurais tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e 
constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do Encéfalo. 
Secções transversais de embriões, 
ilustrando a formação do sulco 
neural, tubo neural e crista neural.
Quando o tubo Neural se separa do ectoderma na superfície, células da Crista Neural migram 
dorsolateralmente de ambos os lados do tubo. Formando assim a Crista Neural - SNP 
A Crista separa-se em partes, direita e esquerda, que migram e dão origem aos GângliosSensitivos dos Nervos Espinhais e Cranianos (V, VII, IX e X). 
 
Gânglios das raízes dorsais e Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo. 
Células da Crista formam a Bainha de mielina dos nervos periféricos (células de schwann) e 
Meninges que recobre o encéfalo e medula espinhal. 
Contribuem para formação de células pigmentares, células da medula adrenal e vários 
componentes esqueléticos e musculares da cabeça.
Sistema Nervoso Central (SNC)
encéfalo e medula espinhal
Sistema Nervoso Periférico 
(SNP) neurônios fora do SNC e os 
nervos cranianos e espinhais que unem 
o encéfalo a medula espinhal com as 
estruturas periféricas.
Sistema Nervoso Autônomo 
(SNA)
neurônios que inervam músculos lisos, 
cardíacos, epitélios glandulares 
Desenvolvimento dos Somitos 
O mesoderma paraxial começa a se dividir em pares de corpos cubóides, os somitos. Se localizam 
em ambos os lados do tubo neural em desenvolvimento. 
Durante o período somítico do desenvolvimento, formam-se cerca de 38 pares de somitos. No fim 
da 5ª semana, estão presentes 42 a 44 pares. 
Aparecem primeiro na futura região occipital do embrião e logo avançam cefalocaudalmente e dão 
origem `a maior parte do esqueleto axial (ossos do crânio, CV, costelas e esternos). 
 
Secções transversais
O mesoderma, de ambos os lados da notocorda, se espessa, formando colunas 
longitudinais de mesoderma paraxial. Por volta do 21º dia, essas colunas paraxiais 
começam a dividir-se, a partir da extremidade cefálica, em pares de somitos. 
Durante a 4ª, os SOMITOS (agregados compactos de células mesenquimais) 
diferenciam-se em três regiões: esclerótomo (cartilagem e osso), miótomo (músculo) e 
dermátomo (derme).
vista transversal
vista dorsal
A porção cefálica do tubo neural apresenta-se dilatada, sendo possível reconhecer três formações: as vesículas 
cerebreais primitivas, que são o prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo origina o telencéfalo e o 
diencéfalo, o mesencéfalo pouco se desenvolve e o rombencéfalo subdivide-se em metencéfalo, que formará o 
cerebelo e a ponte, e mielencéfalo que originará o bulbo e a medula oblonga. O crescimento desigual da zona do 
manto causa o espessamento das paredes laterais da medula enquanto o teto e o assoalho continuam delgados, 
formando as lâminas do teto e do assoalho. As porções ventrais e dorsais das paredes laterais originam as placas 
basais e alares que formarão os cornos motores ventrais e os cornos sensitivos dorsais respectivamente.
Diagrama ilustrando o desenvolvimento da medula espinhal. Em A secção tranversal do tubo neural de um embrião 
com 23 dias. B e C com seis e nove semanas respectivamente. Em D secção do tubo neural mostrado em A. E secção 
da parede da medula espinhal em desenvolvimento mostrando suas três zonas. 
Malformações associadas ao desenvolvimento do tubo neural 
6.1 Definição 
“Malformações congénitas do sistema nervoso central e estruturas adjacentes relacionadas com uma 
formação anormal do tubo neural durante o primeiro trimestre de gravidez que geralmente acontece entre 
dias 18 e 29 de gestação. Malformações da ectoderme e da mesoderme (envolvendo o crânio e vértebras 
principalmente) podem acontecer como resultado de defeitos no fecho do tubo neural. 7” 
6.2 Doenças 
A anencefalia é um defeito do tubo neural que acontece quando a extremidade cefálica do tubo neural 
não fecha, normalmente entre o 23º e 26º dias de gravidez, resultando na ausência de uma porção 
principal do encéfalo, crânio e couro cabeludo. Crianças com esta anomalia nascem sem um encéfalo 
frontal. O tecido restante do encéfalo está, frequentemente, exposto 8, 9, 10. 
A lisencefalia, que literalmente significa “cérebro liso”, é uma malformação de encéfalo rara 
caracterizada por microcefalia e falta das circunvoluções normais do cérebro. É causado por uma 
migração neuronal defeituosa 9. 
A megalencefalia é uma condição na qual há um encéfalo anormalmente grande, pesado e com mau 
funcionamento. Pensa-se que a megalencefalia está relacionada com uma perturbação na regulação de 
reprodução de células ou com a sua proliferação 9. 
A Malformação de Chiari é uma condição na qual há protrusão do cerebelo no canal espinhal. Pode 
ser ou não aparente ao nascimento 9, 10. 
A encéfaloceles é um conjunto de defeitos raros no tubo neural caracterizado por protrusões do 
encéfalo e suas membranas nas aberturas no crânio. Estes defeitos são causados pelo insucesso do tubo 
neural em se fechar completamente durante o desenvolvimento fetal 9, 10. 
A espinha bífida é uma gama de malformações que são o resultado de fecho anormal ou incompleto 
da porção caudal do tubo neural. É um defeito do tubo neural (uma desordem que envolve 
desenvolvimento incompleto do encéfalo, espinha dorsal, e/ou as suas estruturas protectoras) causado 
pela incapacidade da coluna do feto em se fechar correctamente durante o primeiro mês de gravidez 8, 9. 
No início da 3ª semana, começa a angiogênese (vaso + formação), ou formação dos vasos 
sanguíneos, no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion.
Secções sucessivas do desenvolvimento do 
sangue e dos vasos sanguíneos.
Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular
Células mesenquimais, os 
a n g i o b l a s t o s - c é l u l a s 
f o r m a d o r a s d e v a s o s - 
agregam-se, formando grupos 
de células angiogênicas - as 
i lhotas sanguíneas . Os 
angioblastos se achatam, 
formando células endoteliais, 
que se dispõem em torno das 
c a v i d a d e s e f o r m a m o 
Endotélio; 
A formação do sangue do 
embrião só começa na 5ª 
semana. Células mesenquimais 
que c i r cundam os vasos 
s a n g u í n e o s e n d o t e l i a i s 
primitivos diferenciam-se nos 
elementos musculares e do 
conjuntivo dos vasos. 
Desenvolvimento inicial do Sistema Cardiovascular - Angiogênese e hematogênese 
O coração e os grandes vasos formam-se de células mesenquimais da área cardiogênica.
Células mesenquimais, os angioblastos - células formadoras de vasos - agregam-se, formando 
grupos de células angiogênicas - as ilhotas sanguíneas. 
Dentro das ilhotas, fendas intracelulares confluem, formando pequenas cavidades; 
Os angioblastos se achatam, formando células endoteliais, que se dispõem em torno das cavidades 
e formam o Endotélio; 
Estas cavidades com revestimento endoteliais, logo se fundem para formar redes de canais 
endoteliais; 
Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e fusão com outros vasos. 
Células sanguíneas formam-se de células endoteliais (hemocitoblastos) com o desenvolvimento dos 
vasos nas paredes do saco vitelino e da alantóide, ao fim da 3ª semana. Fig 4. 11 E e F
A formação do sangue do embrião só começa na 5ª semana. Células mesenquimais que circundam 
os vasos sanguíneos endoteliais primitivos diferenciam-se nos elementos musculares e do conjuntivo 
dos vasos. 
Os vasos sanguíneos do 
embrião começam a se 
formar cerca de 2 dias mais 
tarde. A formação inicial do 
Sistema Cardiovascular 
está relacionada com a 
ausência de quantidade 
significativa de vitelo no 
ovo e no saco vitelino, 
existe uma urgência em 
obter vasos sanguíneos 
que tragam oxigênio e 
nutrientes para o embrião 
a partir da circulação 
m a t e r n a , a t r a v é s d a 
placenta.
No fim da 2ª semana o 
embrião é nutrido pelo 
s a n g u e m a t e r n o , p o r 
difusão através do celoma 
extra-embrionário e do saco 
vitelino.
Durante a 3ª semana 
desenvolve-se o primórdio 
d a c i r c u l a ç ã o 
uteroplacentária. Fig.4.12
Sistema Cardiovascular Primitivo:
Durante a 3ª semana, um par de canais longitudinais revestidos por endotélio - os TUBOS 
CARDÍACOS ENDOCÁRDICOS - formam-se e se fundem, formando o TUBO CARDÍACO 
PRIMITIVO 
O coração tubular une-se a vasos sanguíneos do embrião, do pedículo, do córione do saco vitelino, 
estabelecendo o sistema cardiovascular primitivo.
Estabelecem conexões 
com os vasos do córion
T r a z s a n g u e 
o x i g e n a d o e 
n u t r i e n t e s d o 
córion
Os vasos do saco 
vitelino formam um 
plexo vascular ligado 
aos tubos cradíacos 
pelas veias vitelinas.
Retornam o sangue do corpo do embrião
Transportam sangue pouco oxigenado e resíduos para as 
vilosidades coriônicas, sendo então transferidos para 
o sangue da mãe.
As vilosidades coriônicas 1ª tornam-se vilosidades coriônicas 2ª ao adquirirem um eixo central de 
tecido mesenquitomatoso (conjuntivo) frouxo. 
Ao fim da 3 ª semana, 
formam-se capilares e 
células sanguíneas nas 
vilosidades coriônicas 2ª, 
t ransformando-as em 
vilosidades 3ª.
O s c a p i l a r e s d a s 
vilosidades coriônicas 
fundem-se, formando 
R E D E S 
ARTERIOCAPILARES, 
estas logo se unem ao 
co ração do embr i ão 
através de vasos, que se 
d i f e r e n c i a m - s e n o 
mesênquima do córion e 
no pedículo do embrião. 
Fig 4.12
No fim da 3ª semana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21º ou 22º dia (cerca de 5 
semana). 
Portanto o sistema cardivascular é o 1º sistema de órgãos que chega a um estado funcional. 
Os batimentos do coração podem ser detectados por ultrasonografia durante a 5ª semana. Fig 4.13
A região de ligação do âmnio com a superfície do embrião também fica reduzida, formando a região 
umbilical, relativamente estreita. Fig 5.1 D2 e D3
Com a transformação do pedículo do embrião no cordão umbilical, a fusão ventral das pregas 
laterais reduz a região de comunicação entre as cavidades celômicas intra e extra-embrionárias a uma 
comunicação estreita. Fig 5.1C2
A expansão da cavidade amniótica oblitera a maior parte do celoma extra-embrionário, e o âmnio passa 
a formar o revestimento epitelial do cordão umbilical. Fig 5.1D2
gânglios espinhais 
em desenvolvimento
Embrião na 3a. semana
Nesse período ocorre o dobramento lateral e longitudinal do embrião, levando à formação de 
pregas laterais que constringem o saco vitelino. A parte do saco vitelino retirada dentro do 
embrião torna-se o intestino primitivo. O endoderma que o reveste origina parte do epitélio e 
glândulas do trato digestivo.
Com a fusão da pregas laterais, o celoma intra- embrionário fica interno ao corpo do embrião e 
forma as cavidades pericárdica, pleural e peritoneal.
Na porção caudal do saco vitelino forma-se uma expansão tubular para dentro do embrião 
(alantóide) importante na formação de vasos umbilicais. 
O dobramento longitudinal forma a prega cefálica e a prega caudal, sendo que o embrião vai tomando a forma de uma 
letra "C". Através da migração da prega cefálica ocorre o deslocamento no sentido ventral de uma porção da 
mesoderme localizada anteriormente à membrana bucofaríngea chamada de área cardiogênica, que se diferenciará em 
septo transverso, coração primitivo e celoma pericárdico. Essas estruturas juntamente com a membrana bucofaríngea 
tornam-se parte da face ventral do embrião e o septo transverso se diferenciará no tendão central do diafragma.
A membrana bucofaríngea separa o intestino anterior do estomódio, a depressão externa à membrana bucofaríngea 
que é revestida pela ectoderma e que dará origem à cavidade oral primitiva.
O lábio leporino (cientificamente fissura labiopalatal) é uma abertura na 
região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, 
que ocorre entre a quarta e a décima semana de gestação. O adjetivo 
leporino refere-se à semelhança com o focinho fendido de uma lebre.
No fim da 3ª semana, o sangue do embrião começa fluir lentamente pelos capilares das 
vilosidades coriônicas. O oxigênio e nutrientes do sangue materno presentes nos espaços 
intervilosos difundem-se através das paredes das vilosidades e penetram no sangue do 
embrião. Fig 4.14 C e D
Extensões citotrofoblásticas das vilosidades unem-se para formar uma capa citotrofoblástica, 
que fixa o saco coriônico ao endométrio. O desenvolvimento das vilosidades coriônicas 
durante a 3ª semana aumenta muito a superfície do córion para as trocas de oxigênio, 
nutrientes e outros substâncias entre as circulações da mãe e do embrião. 
PLACENTA 
Ao final da 4ª semana uma rede vascular complexa, já se estabeleceu ma placenta, facilitando as 
trocas materno embrionárias de gases, nutrientes e produtos de excreção. 
Constituída por dois componentes: 
- porção fetal originária do saco coriônico; 
- porção materna derivada do endométrio 
Nutrientes e O2 passam do sangue materno, através da placenta, para o sangue fetal. Enquanto as 
excretas e dióxido de carbono passam do feto para o sangue materno. 
Funções: 
- proteção 
- nutrição 
- respiração 
- excrecão 
- produção de hormônio
Sangue fetal bem oxigenado nos capilares 
fetais passa para as veias das paredes 
delgadas, que acompanham as artérias 
coriônicas até o local da união do cordão 
umbilical, onde elas convergem formando a 
VEIA UMBILICAL - este grande vaso 
transporta sangue rico em O2 para o 
feto.
As circulações do feto e da mãe estão separadas pela membrana placentária, que consiste em tecidos 
extrafetais. 
Sangue pouco oxigenado deixa o feto e vai para a placenta, passando pelas artérias umbilicais. 
Antes de penetrarem nas vilosidades coriônicas, os vasos sanguíneos formam um extenso sistema 
Arteriocapilar venoso nas vilosidades coriônicas, levando sangue fetal para bem próximo do 
sangue materno. Este sistema cria uma superfície muito grande para as trocas de produtos 
metabólicos e gasosos entre as correntes sangúineas materna e fetal. 
Normalmente, não há mistura de sangue fetal com sangue materno, entretanto, quantidades 
muito pequenas de sangue fetal podem penetrar na circulação materna, passando por pequenos 
defeitos na membrana placentária. 
Sangue fetal bem oxigenado nos capilares fetais passa para as veias das paredes delgadas, que 
acompanham as artérias coriônicas até o local da união do cordão umbilical, onde elas convergem 
formando a VEIA UMBILICAL - este grande vaso transporta sangue rico em O2 para o feto.
8 semanas 4a. semana
cheio de fluido, que envolve o embrião/feto. 
Esse fluido (líquido amniótico), protege o 
embrião contra choques mecânicos e 
dessecação. Por volta de 13s/4mês, esse 
fluido é deglutido pelo feto e absorvido pelos 
tratos respiratório e digestivo. O fluido passa 
para o sangue fetal e os produtos de 
excreção nele contidos atravessam a 
menbrana placentária e vão para o sangue 
materno presente no espaço interviloso. O 
excesso de água do sangue fetal é excretado 
pelo rins do feto e retorna para o saco 
amniótico através do trato urinário fetal. No 
final da gestação, calculam-se cerca de até 
400ml de líquido ingerido diaramente pelo 
feto.
O córion é uma membrana que envolve o 
embr ião e todos os demais anexos 
embrionários. É o anexo embrionário mais 
externo ao corpo do embrião. O córion, 
juntamente com o alantóide, participa dos 
processos de trocas gasosas entre o 
embrião e o meio externo.
O saco vitelínico e o alantóide contribuem, no 
entanto, para a formação do cordão umbilical, 
pedículo que liga a placenta ao embrião e é 
forrado pela membrana do âmnio, que reveste 
o saco vitelínico e a alantóide regredidos. No 
interior do cordão umbilical, duas artérias 
conduzem sangue do embrião para a mãe, 
enquanto uma veia transporta sangue da 
mãe para o embrião.
Anexos embrionários são estruturas que derivam dos folhetos 
germinativos do embrião mas que não fazem parte do corpo 
desse embrião. Que são: saco vitelino, âmnio (ou bolsa 
amniótica), córion e alantóide.
Saco Vitelino – à medida que este se desenvolve, há o 
consumo do vitelo e, consequentemente, o saco vitelino vai 
se reduzindo até desaparecer.
Alantóide é umaestrutura ligada à parte posterior do 
intestino do embrião que armazena excretas e permite 
trocas gasosas com o meio externo. 
8 semanas - 3 cm
Saco 
Vitelino
Alantóide Córion
Saco Amniótico
FLUIDO AMNIÓTICO - 99% constituído por água
- fluido tecidual (intersticial) materno por difusão;
- fluido vindo do sangue presente nos espaços intervilosos da placenta;
- fluido do trato respiratório fetal;
- urina (início da 11ª semana) - cerca de 500ml é acrescido diariamente; 
- células epiteliais fetais descamadas, proteínas, carboidratos, gorduras, enzimas, hormônios e 
pigmentos.
O conteúdo de água do fluido é trocado a cada 3 horas através da membrana amniocoriônica, 
passando para o fluido tecidual materno e daí para os capilares uterinos. Também há troca de 
fluido com o sangue fetal através do cordão umbilical e no local onde o âmnio adere `a placenta. 
Desta maneira, o fluido fica em equilíbrio com a circulação fetal.
Antes da pele se tornar queratinizada, ela é uma via importante para passagem da água e 
solutos do fluido tissular do feto para a cavidade amniótica; portanto, o fluido amniótico é similar 
ao fluido dos tecidos fetais.
Evolução:
30 ml - com 10 semanas
350 ml - com 20 semanas
700 ml a 1L - com 37 semanas
Com o avanço da gravidez, a composição do fluido muda pelo acréscimo de excretas fecais 
(mecônio-fezes) e urina. 
A prega caudal dobra-se em direção à face ventral do embrião. Com o dobramento da prega 
caudal, parte do saco vitelino incorpora-se ao embrião, constituindo o intestino posterior. A 
porção terminal do intestino posterior dilata-se formando a cloaca. 
Corte sagital do embrião de 4s. 4,0 mm
Boca primitiva
Conforme as pregas laterais migram em 
sentido ventral ao mesmo tempo com 
as pregas cefál icas e caudal do 
dobramento longitudinal, o saco 
amniótico expande-se progressivamente 
e aumenta consideravelmente sua área 
até envolver todo o embrião.
Quando os dobramentos embrionários 
cessam, o embrião está revestido por 
ectoderma cutâneo, que formará a 
epiderme da pele. Por esse motivo o 
cordão umbilical tem revestimento 
epitelial. 
4 semanas após a fecundação o prosencéfalo está aumentando de tamanho e se encurvando. Uma semana mais tarde 
começam a formar-se, a partir dele, os olhos e a retina, e, do futuro tronco cerebral (rombencéfalo), brotam os nervos 
cranianos.
Na 7 semana, o prosencéfalo começa a dividir-se em telencéfalo, que originará os hemisférios cerebrais e diencéfalo, que 
formará o hipotálamo e o tálamo.
Na 11 semana o telencéfalo já envolveu o diencéfalo e, ao redor do tronco cerebral, evidencia-se o cerebelo. Daí em 
diante, telencéfalo e cerebelo serão as áreas de maior crescimento, surgindo, no primeiro, sulcos e pregas, para permitir 
melhor acomodação do seu volume dentro da caixa craniana.
Prosencéfalo - Telencéfalo 
 - Diencéfalo = 
= vesículas ópticas, pineal e neuro hipófise 
Mesencéfalo
Rombencéfalo - Metencéfalo = cerebelo e 
ponte
 - Mielencéfalo = bulbo e 
medula 
 Subdivisões do Encéfalo primitivo (arquencéfalo). Passagem da fase de 3 vesículas para 5 vesículas.
 30 dias = 10 a 14 mm
Quando a criança nasce, somente estão ativadas, além das estruturas do tronco cerebral, responsáveis pelas funções 
vitais, algumas outras que vão lhe garantir um mínimo de atividades, indispensáveis a sua imediata sobrevivência, como os 
movimentos relacionados com o atos de sugar, de chorar e de mobilizar acanhada e descoordenadamente, os músculos dos 
membros superiores e inferiores.
Na verdade, o telencéfálo e certas estruturas límbicas só terminarão seu desenvolvimento após o 2º ano de vida extra-
uterino, pela intensa ampliação denderito - axonial e o aparecimento de milhares de sinápses, consequência do rápido 
aprendizado por que passa a criança nessa etapa da vida. Nos primeiros 24 meses, ela possivelmente adquire mais 
conhecimentos do que virá a obter durante todos os anos que se seguirão.
Do ponto de vista histológico, ocorrem duas fases, nas quais as células cerebrais multiplicam-se muito rapidamente. Da 
15ª semana à 20ª s e 25ªs até 1 ano após o nascimento, correspondem à proliferação dos neurônios. 
Nesta última fase desenvolvem-se ainda alguns bilhões de neurônios, seguindo um esquema geneticamente traçado, mas 
também ligado às primeiras etapas do aprendizado, e que se relaciona com às funções específicas que esses neurônios 
irão exercer. Porém, esta é, também, a etapa de intensa proliferação das células gliais, cujo número terminará sendo dez 
vezes maior que a população neuronal.
Telencéfalo ou Cérebro
Diencéfalo = Tálamo e Hipotálamo
Tronco Encefálico = Ponte, Bulbo e Mesencéfalo
Cerebelo
O Encéfalo é um órgão que compõe o sistema nervoso, com a medula formam o que chamamos de sistema nervoso central, 
onde se localiza o cérebro e outras estruturas cranianas. O encéfalo é envolto pelas meninges (as menbranas que 
protegem contra traumas) e numa parte mais externa pelo crânio (osso). Esse órgão é dividido em:
Telencéfalo ou Cérebro
O lugar onde são processadas as informações recebidas do sistema nervoso periférico (nervos e gânglios nervosos ou 
sensoriais). Ele é dividido em dois hemisférios, por sua vez os hemisférios são divididos por córtex cerebrais, nesses 
córtex cerebrais estão cada região específica para o processamento de cada atividade, como o olfato, a visão, paladar, 
raciocínio, memória, escrita, comando motor e outras atividades.
Diencéfalo (Tálamo e Hipotálamo)
• O tálamo é a parte do diencéfalo em que se chama e retransmissora de implusos nervosos para o córtex cerebral , 
quando estes chegam no encéfalo (sistema nervoso central) ele encaminha cada tipo de estímulo para o local 
específico de processamento no córtex cerebral.
• O hipotálamo é responsável por integração do sistema nervoso e endócrino, promovendo a ativação de diversas 
glândulas endócrinas. É uma estrutura que faz todo o balanço do que precisa ou não ser feita no organismo ou  o 
chamado equilíbrio dinâmico  (homeostase). Desempenha também importante papel no controle das emoções. Nele 
também é localizado a hipófise – glândula mestra, que coordena praticamente todas as funções do sistema 
endócrino, e é o hipotálamo que comanda a glândula mestra ou hipófise.
Tronco Encefálico
O tronco encefálico está localizado entre a medula e o diencéfalo e abaixo do cérebro. Ele é subdividido em três 
porções:
• O bulbo  – é a porção inferior do tronco encefálico e põe em contato com o encéfalo com a medula espinhal (os dois 
principais componentes do sistema nervoso central).
• A ponte - fica localizada no centro, entre o bulbo e o mesencéfalo.
• O mesencéfalo – o mesencéfalo é a parte mais cranial, mais próxima do diencéfalo.
Cerebelo
O cerebelo está situado na parte posterior do cérebro e participa dos ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus 
muscular, pois ele faz uma espécie de avaliação se os movimentos pretendidos estão sendo realmente executados.
Fontes: AFH Bio, Wikipédia, Estud Med, Geo Cities
As fibras nervosas que saem da medula espinhal começam a aparecer no final da quarta semana. Estas fibras se 
originam de células das placas basais da medula espinhal em desenvolvimento e emergem como um série de radículas 
ao longo da superfície ventrolateral. Os prolongamentos das células acabam por se unir e formam assim os nervos 
espinhais. Os doze pares de nervos cranianos formam-se durante a 5a e 6a semana do desenvolvimento.
A meninges derivam de células provenientes das cristas neurais e os plexos coróides, expansões constituídas por um 
eixo conjuntivo vascular revestido pelo epitélio ependimário, formados pela projeção das meninges para o interior das 
vesículas encefálicas. E tem como função a produção do líquor.As meninges são três delicadas membranas que revestem e protegem o Sistema nervoso central, medula espinal, 
tronco encefálico e o encéfalo. São elas a dura-máter, aracnoide e pia-máter.
Desenho esquemático mostrando a localização dos doze pares de nervos em 
um embrião de cinco semanas (A) e em um adulto (B).
4 semanas = 4,0 mm
6 semanas = 13,0 mm
8 semanas = 3 cm
10 semanas = 6 cm
12 semanas = 8,5 cm
20 semanas = 19 cm
28 semanas = 28 cm
38 semanas = 36 cm 
26º dia
dentro da 4ª semana
4ª Semana 5ª Semana
6ª Semana
7ª Semana
9ª Semana
1ª Semana
# Mostrar vídeo Gestação semana a semana 4:24 
Cada uma das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a 
tecidos específicos e órgãos.
- A Ectoderme origina o cérebro e medula, retina, neuro-hipófise, lobo anterior da hipófise 
gânglios e nervos cranianos e sensitivos, medula da supra-renal, células pigmentares, 
epiderme, pêlos, unhas, esmalte dentário, glândulas cutâneas e mamárias, ouvido interno, 
cristalino.
- A Mesoderme origina o tecido cartilaginoso e ósseo, tecido muscular, tecido conjuntivo, 
sistema urogenital, tecido hematopoiético, sistema cardiovascular e linfático, baço e córtex da 
adrenal, dentina.
- A Endoderme origina o trato digestório (revestimento epitelial), fígado e pâncreas, bexiga 
urinária, sistema respiratório (revestimento epitelial), derivados epiteliais da faringe, cavidade 
timpânica, amígdalas, timo, paratireóides, derivados epiteliais da tireóide.
Os 3 folhetos embrionários dão origem a todos os tecidos do corpo
Tecidos fundamentais:
.Tecido Nervoso (origem: Ectoderma Neural )
.Tecido Epitelial (origem: Ectoderma - tegumentar, Endoderma e Mesodérmica - interna dos órgãos) 
.Tecido Conjuntivo (origem: Mesoderma)
.Tecido Muscular (origem: Mesoderma)
Células formam tecidos = tecidos formam órgãos = órgãos = formam sistemas

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