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Revisão de Farmacologia

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Aula
FARMACOLOGIA
Roteiros 1,2,3,4,5 e 6
Renata Bittar
Medicina UNIT
Renata Valadão Bittar 1
FORMAS FARMACÊUTICAS
FÍSICO
1. Sólido
Comprimidos, cápsulas, drágeas, óvulo, efervescentes, pó, granulado 
(liofilizado), supositório
2. Líquido
Soluções, suspensões, elixir, xarope, gotas, injeções, 
colírio, loção
3. Gasosa
Aerossóis (partículas líquidas ou sólidas em um gás
4. Semi-sólido
Emulsão, creme, pasta, pomada, gel
GRAU DE DISPERSÃO
1. Solução
Aquosas ou alcoólicas
2. Suspensão
Pequenas partículas da substância ativa insolúveis no líquido
3. Emulsão
Separação de pequenas gotas de uma substância ativa líquida em 
outro líquido. Ex: óleo em água; 
Renata Valadão Bittar 2
VIAS DE ADMNISTRAÇÃO
• Efeito do fármaco: local ou sistêmico (alguns não precisam de absorção)
• Via sistêmica  apenas se alcançar a artéria aorta
• Via enteral: depositada através do TGI
• Via parenteral: não passa pelo TGI
1. ORAL
2. SUBLINGUAL
3. RETAL
4. APLICAÇÃO EM OUTRAS SUPERFÍCIES EPITELIAIS 
(pele, córnea, vagina e mucosa nasal)
5. INALAÇÃO
6. INJEÇÃO (subcutânea, IM, EV, intratecal e intravítrea)
Enteral
Parenteral 
Indireta
Parenteral 
Direta
Renata Valadão Bittar 3
VIA ENTERAL
ORAL
 Vantagens: segura, mais conveniente, menor 
custo, autoadmnistração, indolor, possível 
remover o medicamento
 Desvantagens: fármacos que são mal 
absorvidos pelo TGI, inativados pelo suco 
digestivo, formam complexos insolúveis com os 
alimentos, sofrem metabolismo de primeira 
passagem, irritantes a mucosa digestiva, não 
deve ser usado em casos de inconsciência, 
êmese e dificuldade de deglutição, sabor e 
odor desagradável dificultam deglutição, pH 
do meio pode alterar, sabor, pode sofrer efeito 
de primeira passagem, absorção pode ser 
ineficiente
 A absorção pode acontecer na boca, intestino 
delgado e em menor parte no estômago e 
intestino grosso
 Ocorre pouca absorção até que o fármaco 
chegue ao INTESTINO DELGADO
 Absorve bem ácidos e bases fracas ( 3< pk < 
10)
 Efeito local (úlcera) ou sistêmico (HAS)
 Geralmente prescrita em dose maior que os 
seus equivalente parenterais porque as [ ] 
plasmáticas são atingidas gradualmente, 
diminuindo o risco de efeitos adversos
 Métodos de admnistração: deglutição e sonda 
gástrica
SUBLINGUAL
 Permite a retenção do fármaco 
por tempo prolongado
 Absorção rápida de pequenas 
doses pela grande 
vascularização do assoalho 
bucal (capilares sublinguais)e 
pouca espessura da mucosa 
passam diretamente para a 
circulação sistêmica, sem entrar 
no sistema porta, escapando 
assim do metabolismo de 
primeira passagem pelas 
enzimas da parede do intestino 
e do fígado
 Indicações: quando se deseja 
efeito rápido ou o fármaco é 
instável no pH gástrico ou 
rapidamente metabolizado pelo 
fígado
 Forma farmacêutica: 
comprimido
 Quase 100% de 
biodisponibilidade
RETAL
 Fármacos que devem 
produzir um efeito local 
(supositório) ou efeitos 
sistêmicos
 A absorção geralmente não 
é confiável, mas pode ser útil 
em pacientes com quadro 
emético, incapazes de tomar 
medicamentos pela via oral 
e em crianças onde é difícil 
fazer acesso venoso, como 
em estado de mal epiléptico
 Formas farmacêuticas: 
soluções, suspensões e 
supositórios
• Limitações: incômodo de 
admnistração, possibilidade 
de efeitos irritativos para a 
mucosa e absorção não 
confiável devido à pequena 
superfície absortiva e incerta 
retenção no reto
• 50% de chance de sofrer 
efeito de primeira passagem
Renata Valadão Bittar 4
VIA PARENTERAL DIRETA
 Fármaco é depositado em via paralela ao TGI, diretamente 
na circulação sanguínea através de injeções
 NÃO POSSUI A FASE DE ABSORÇÃO
 É a via mais RÁPIDA e CONFIÁVEL de admnistração de um 
fármaco
 Evita as incertezas da absorção em outros locais
 100% de biodisponibilidade
 Vantagens: ação rápida, emergências, não necessita da 
colaboração do paciente, permite reposição rápida de 
líquidos eletrólitos
 Desvantagens: alto custo, alto risco, inconveniente e 
desconfortável para o paciente
INTRADÉRMICA: testes alérgicos e vacinação
SUBCUTÂNEA: absorção constante e lente; espaço subcutâneo 
abaixo da derme
INTRAMUSCULAR: injeção profunda, mais segura que a EV, alta 
absorção por ser área bem vascularizada 
ENVODENOSA: injeção intermitente, em bolo ou contínua; 
vantagem - admnistração de grandes volumes de líquidos e 
soluções hipertônicas; desvantagens – aparecimento mais 
rápido de efeitos colaterais, sobrecarga cardíaca por infusão 
de grande volumes,
INTRATECAL: injeção no espaço subaracnoide
INTRAVÍTREA: humor vítreo para tratamento de patologias da 
retina
 Fármaco é depositado em via paralela ao TGI sem o uso 
de injeções
 O fármaco geralmente age diretamente no seu sítio de 
ação, sem que seja necessário passar por efeitos de 
primeira passagem, o que implica em pouca 
quantidade de fármaco necessária
APLICAÇÃO SOBRE O EPITÉLIO
• Cutânea: efeito local na pele, pode haver absorção 
apreciável causando efeitos sistêmicos, muito pouco 
absorvido pela pele intacta
• Sprays nasais: absorção através da mucosa nasal
• Colírios: absorção através do epitélio do saco 
conjuntival, pode ou não causas efeitos colaterais 
sistêmicos
INALAÇÃO
 Anestésicos voláteis e gasosos
 Pulmão = via de admnistração e eliminação, minimiza 
efeitos adversos sistêmicos
 São absorvidos parcialmente
 Troca rápida = grande área e fluxo sanguíneo  permite 
ajustes rápidos na [ ] plasmática
VIA PARENTERAL INDIRETA
Renata Valadão Bittar 5
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
Renata Valadão Bittar 6
Concentração do 
fármaco na circulação 
sistêmica
Dose do fármaco 
administrada
Concentração do 
fármaco no local 
de ação
Efeito farmacológico
Resposta clínica
Toxicidade Eficácia
Fármaco nos tecidos de 
distribuição
Fármaco metabolizado 
ou excretado
Absorção
Distribuição
Eliminação
FARMACODINÂMICA
F
A
R
M
A
C
O
C
IN
É
TIC
A
Biotransformação
Renata Valadão Bittar 7
FARMACOCINÉTICA
 Destino do fármaco no organismo
 4 processos: ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO 
(BIOTRANSFORMAÇÃO) e EXCREÇÃO
 Não necessariamente essas hierarquia de eventos vai 
ser obedecida
 Um fármaco, para ser bem sucedido, deve atravessar 
as barreiras fisiológicas(cutânea, subcutânea, 
respiratória, oral, retal e muscular) do corpo existentes 
para limitar o acesso de substâncias estranhas 
ABSORÇÃO
 Uma ver absorvido, utiliza sistemas de distribuição 
como os vasos sanguíneos e vasos linfáticos para 
alcançar seu órgão-alvo numa [ ] apropriada
 A capacidade do fármaco de ter acesso a seu alvo 
também é limitada por diversos processos que 
ocorrem no paciente, dividindo-se em METABOLISMO
e a EXCREÇÃO
 METABOLISMO: organismo inativa o fármaco através 
de degradação enzimática (primariamente no fígado 
– “efeito de primeira passagem”
 EXCREÇÃO: fármaco é eliminado do corpo, 
principalmente pelos rins e fígado, bem como pelas 
fezes
Renata Valadão Bittar 8
ABSORÇÃO
Mais comum  absorção por DIFUSÃO PASSIVA
BARREIRAS FISIOLÓGICAS: físicas, químicas e biológicas
 Epitélio do TGI e outras membranas mucosas
 Barreira hematoencefálica
 Membrana plasmática é uma dupla camada lipídica 
(colesterol e fosfolipídios) + proteínas
 Para que um fármaco possa afetar alvos intracelulares 
ou atravessar uma célula, deve ser capaz de 
atravessar pelo menos uma e, em geral, várias 
membranas biológicas
 O COMPONENTE HIDROFÓBICO de uma membrana 
biológica  barreira para o transporte de fármacos
 Hormônios esteroides (apolar/hidrofóbico/lipossolúvel) 
se difundem facilmente
 Muitos fármacos sãograndes e polares  sistema 
ineficaz  usa proteínas transmembrana (difusão 
facilitada ou transporte ativo) OU ligam-se a 
receptores de superfície celular e fazem endocitose
 Um fármaco irá penetrar na célula até que as [ ] intra
e extracelular sejam iguais
Hidrofílica
Hidrofílica
Hidrofóbica
POLAR
APOLAR
FATORES QUE INFLUENCIAM NA DIFUSÃO/ABSORÇÃO
 Gradiente de concentração do fármaco - muito fármaco 
fora da célula favorece a sua entrada; 
 Cargas opostas favorecem a entrada
 Membranas biológicas
 Solubilidade do fármaco (> lipo > difusão)
 Locais de absorção e via de administração
 pH e pKa: determinado pela constante de dissociação 
do pKa do fármaco pelo pH através da membrana
 pKa de um fármaco = pH em que 50% do fármaco está 
na forma ionizada, ou seja, doa ou recebe prótons
 “Ácido tende a doar prótons e base tende a receber 
prótons”
 Ex: pH baixo (muito H) – fármaco ácido se preserva e não 
doa próton e fármaco básico recebe próton
Passagem do fármaco do local depositado para 
a corrente sanguínea
Renata Valadão Bittar 9
ABSORÇÃO
FATORES QUE INCLUENCIAM A ABSORÇÃO
1) Propriedades físico-químicas do fármaco 
 Lipossolubidade / hidrossolubilidade
 Grau de ionização do fármaco: pKa X pH do meio
 Tamanho das partículas e formulação farmacêutica
2) Fatores fisiológicos 
 pH e fluxo sanguíneo no sítio de absorção
 Área de superfície disponível para absorção
 Tempo de contato com a superfície de absorção
 Espessura da membrana
3) Vias de administração
 Vias enterais
 Vias parenterais
 Via Tópica 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS FÁRMACOS
 Concentração ou dose do fármaco
 Solubilidade
 Grau de ionização Renata Valadão Bittar 10
ABSORÇÃO
 FÁRMACOS ÁCIDOS estão na forma protonada = forma neutra  não precisam doar próton
 Forma protonada = APOLAR ou LIPOSSOLÚVEL  atravessa a MP livremente
 Forma desprotonada = Hidrossolúvel = APRISIONAMENTO IÔNICO
Droga ácida se acumula em meio com pH básico/ Droga básica se acumula em meio com pH ácido
 FÁRMACO ÁCIDO EM pH BAIXO PERMANECE NA FORMA MOLECULAR = LIPOSSOLÚVEL, OU SEJA, FÁRMACO ÁCIDO É 
MELHOR ABSORVIDO EM MEIO ÁCIDO
 FÁRMACO BÁSICO EM pH ALTO FICA NA FORMA MOLECULAR/PROTONADA = LIPOSSOLÚVEL, OU SEJA, FÁRMACO 
BÁSICO É MELHOR ABSORVIDO EM MEIO BÁSICO
 Quanto menor o pKa, mais forte, mais fácil se ioniza
 Forma iônica (perde ou doa próton) = não lipossolúvel
Renata Valadão Bittar 11
VIAS DE ADMNISTRAÇÃO
Via Sublingual ou RetalVia EndovenosaVia Oral
 O PA sai da região intestinal e cai
na circulação enterohepática, o
fígado é o principal órgão
relacionado com a
biotransformação (modificação
química) dos medicamentos
 Na maioria das vezes, a
biotransformação inativa parte do
princípio ativo
Absorção: local onde o fármaco foi
depositado até atingir a circulação
sanguínea
NÃO POSSUI A ABSORÇÃO
Fármaco cai diretamente
na corrente sanguínea
100% de biodisponibilidade
Rápida absorção
devido à alta
vascularização da
região
Renata Valadão Bittar 12
ABSORÇÃO
Qual a ordem de solubilidade?
Fenobarbital aumentou sua concentração
plasmática no meio básico, ou seja, está na forma
ionizada e diminuiu sua concentração plasmática
no meio ácido, ou seja, possui um pK baixo (ácido)
Meio ácido, diminuiu sua concentração plasmática
pois saiu do sangue e se dirigiu para o seu sítio de
ação (órgão-alvo), mostrando boa
lipossolubilidade devido a forma protonada
No meio ácido o fenobarbital pôde sofrer absorção
Renata Valadão Bittar 13
ABSORÇÃO
 O fármaco tem que ser um pouco hidrossolúvel para ser transportado e, 
posteriormente, excretado
 O fenobarbital é um ÁCIDO e em casos de intoxicação, transforma-se o pH 
da urina (4,5 a 5) de ácido para BÁSICO, assim favorecendo a sua 
excreção
FÁRMACO ÁCIDO é melhor absorvido em pH ÁCIDO
e excretado através da urina com pH BÁSICO
FÁRMACO BÁSICO é melhor absorvido em pH BÁSICO
e excretado através da urina com pH ÁCIDO
> Solubilidade
> Absorção
< Excreção
(Fica mais tempo no organismo)
Fármaco hidrofílico = excretado 
rapidamente
Renata Valadão Bittar 14
DISTRIBUIÇÃO
 Após ser absorvido ou injetado na corrente 
sanguínea, o fármaco distribui-se para o líquido 
extracelular e intracelular (maior parte)
 Como raramente o fármaco tem ação no 
compartimento vascular, é importante que ele 
tenha a capacidade de se distribuir do 
compartimento vascular para o intersticial
 A distribuição ocorre primariamente através do 
SISTEMA CIRCULATÓRIO e uma parte parte
através do sistema linfático
 Através da circulação, o fármaco pode chegar 
qualquer órgão-alvo, exceto o cérebro e os 
testículos
 Efeito do fármaco correlaciona-se bem com a 
sua [ ] plasmática
 Os órgãos e tecidos variam muito na sua 
capacidade de captar diferentes fármacos, bem 
como na vascularização que recebem (> fluxo 
rins, fígado e cérebro)
 Volume de distribuição aparente (Vd) é o volume de 
líquido necessário para conter a quantidade total 
(Qdose administrada) da droga no corpo na mesma [ 
] presente no plasma (Cp)
Vd = Dose/[Fármaco] plasma
 Fármacos com grande lipossolubilidade podem acumular-
se no tecido adiposo, principalmente de indivíduos com 
sobrepeso  esses fatores diminuem a [ ] do fármaco no 
sangue
 Fármacos com pouca lipossolubilidade ou com grande 
afinidade às proteínas plasmáticas estão muito 
concentradas no plasma (compartimento vascular) e 
diminuem o valor de Vd
 Quanto maior lipossolúvel e mais tecido adiposo, maior o 
valor de Vd
 As substâncias hidrossolúveis estão confinadas ao plasma e 
líquido intersticial
PRINCIPAIS COMPARTIMENTOS
 Plasma – 5% peso corporal
 Líquido instersticial – 16%
 Líquido intracelular – 35%
 Líquido transcelular – 2%
 Gordura – 20%Renata Valadão Bittar 15
DISTRIBUIÇÃO
Vd e PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA DROGA
 Solubilidade
 Capacidade de se ligar às proteínas plasmáticas 
ou teciduais
 Alto Vd = fármaco é distribuído para várias partes 
do corpo e pequena parte no sangue
 Afinidade por proteínas plasmáticas = fármaco 
confinando no compartimento vascular, 
tornando-se inibida a sua ação no órgão-alvo
 Os fármacos são transportados na circulação 
através da ligação com proteínas
 As proteínas não fazem parte do filtrado 
glomerular, logo, o fármaco que estiver ligado à 
proteína, não deixará o compartimento vascular 
passivamente
 2 frações de fármaco: uma fração ligada às 
proteínas plasmáticas e uma fração livre (pode ir 
para outros lugares)
 Quanto menor a interação do fármaco com as 
proteínas, mais rapidamente ele será absorvido, 
mais rapidamente biotransformado e excretado
 Fármacos com pouca afinidade possuem meia-vida mais 
curta
 APENAS A FRAÇÃO LIVRE É CAPAZ DE DEIXAR O 
COMPARTIMENTO VASCULAR
 A fração ligada às proteínas servirá como equilíbrio e será 
absorvida progressivamente
 FRAÇÃO LIVRE CIRCULANTE DO FÁRMACO = FRAÇÃO ATIVA
 FRAÇÃO LIGADA DO FÁRMACO = FRAÇÃO DE DEPÓSITO 
pois por se tratar de uma ligação fraca, a qualquer 
momento pode ser desfeita para estabelecer novo 
equilíbrio
 Distribuição = diminuição da [ ] plasmática da droga
LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
 Os fármacos são transportados para seu sítio de ação 
através de proteínas ou hemácias, somente a fração livre 
vai agir no órgão-alvo
 Proteína mais abundante = ALBUMINA (liga mais ácidos)
 FÁRMACOS ÁCIDOS possuem maior afinidade pela 
ALBUMINA
 FÁRMACOS BÁSICOS são mais transportados pela ALFA-1-
GLICOPROTEÍNA
 Importante como mecanismo de interação 
medicamentosa
 Somente a fração livre é capaz de ser filtrada pelo rimRenata Valadão Bittar 16
DISTRIBUIÇÃO
FATORESQUE INFLUENCIAM A 
DISTRIBUIÇÃO
1) Fatores fisiológicos
 Fluxo sanguíneo tecidual
 Permeabilidade capilar
2) Propriedades físico-químicas 
do fármaco
 Coeficiente de partição 
efetivo
 Ligação a proteínas 
plasmáticas
[Forma não-ionização] X Coeficiente de partição lipídeo / água
Renata Valadão Bittar 17
DISTRIBUIÇÃO
Renata Valadão Bittar 18
DISTRIBUIÇÃO
Permeabilidade capilar
Renata Valadão Bittar 19
DISTRIBUIÇÃO
Coeficiente de partição efetivo (C. 
P. E.) 
[Forma não-ionizada] x Coeficiente 
de partição lipídeo / água
Líquor  pH = 7,33
Renata Valadão Bittar 20
DISTRIBUIÇÃO
Renata Valadão Bittar 21
REDISTRIBUIÇÃO
Renata Valadão Bittar 22
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO)
 Vários órgãos têm a capacidade de metabolizar em certo 
grau os fármacos através de REAÇÕES ENZIMÁTICAS  Rins, 
TGI, pulmões, pele e outros 
 O FÍGADO é o que contém a maior diversidade e quantidade 
de enzimas metabólicas  maior parte do metabolismo dos 
fármacos ocorre nessa região
 O fármacos altamente lipofílicos podem penetrar mais 
facilmente nas células, inclusive nos HEPATÓCITOS
 A capacidade do fígado de modificar os fármacos depende 
da quantidade de fármaco que penetra nos hepatócitos
 Em consequência, o fígado metaboliza preferencialmente os 
fármacos hidrofóbicos (lipofílicos/ácidos)
 Alguns fármacos hidrofílicos também penetram nos 
hepatócitos graças aos numerosos transportadores da 
superfamília do SNC
 As enzimas hepáticas têm a propriedade de modificar 
quimicamente uma variedade de substituintes nas moléculas 
dos fármacos, tornando os fármacos inativos parcial ou 
totalmente ou facilitando a sua eliminação = 
BIOTRANSFORMAÇÃO
 2 tipos: reações de oxidação/redução e as reações de 
conjugação/hidrólise ou FASE 1 e FASE II
 Via mais comum de oxidação/redução: SISTEMA DO 
CITOCROMO P450 microssomal. Ex: barbitúricos
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM
 O fígado é o principal local de metabolismo dos 
fármacos, embora todos os tecidos do corpo 
possam metabolizar em certo grau
 Esse efeito precisa ser considerado quando se 
planeja esquema posológicos visto que se a 
atividade do fígado por intensa, a quantidade de 
fármaco que alcançará o órgão-alvo será muito 
menor do que a dose administrada
 Com frequência, os fármacos administrados por 
via oral sofrem esse efeito pois são absorvidos de 
forma inalterada pelo TGI e transportados 
diretamente para o fígado através da circulação 
porta. Assim, o fígado metaboliza os fármacos 
antes de alcançarem a corrente sanguínea
 Essa primeira passagem pode diminuir 
drasticamente a BIODISPONIBILIDADE da droga
 Vias que não sofrem com o efeito de primeira 
passagem: ENDOVENOSA, SUBLINGUAL, 
INTRAMUSCULAR e TRANSDÉRMICA
Renata Valadão Bittar 23
METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO)
Relevância da biotransformação: 
• Metabolismo de Primeira Passagem 
• Alteração da biodisponibilidade 
• Eliminação de fármacos lipossolúveis 
• Alteração das propriedades físico-químicas de 
fármacos 
• Alteração da atividade de fármacos 
Metabólitos ativos – inativos – tóxicos Ativação de 
pró-fármacos
Fatores que afetam o metabolismo de fármacos
Variabilidade interindividual no perfil de 
metabolização e excreção: 
• Polimorfismo genético 
• Doenças 
• Sexo 
• Idade 
•Determinações ambientais 
Renata Valadão Bittar 24
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM
Renata Valadão Bittar 25
TEMPO DE MEIA VIDA
Renata Valadão Bittar 26
BIODISPONIBILIDADE
Renata Valadão Bittar 27
ELIMINAÇÃO
 A biotransformação (reações de oxidação/redução e 
conjugação/hidrólise aumenta a hidrofilicidade de um 
fármaco hidrofóbico, permitindo que esses fármacos 
sejam excretados através de uma via comum final 
com fármacos que são secamente hidrofílicos
 Os fármacos e seus metabólitos são, em sua maioria, 
eliminados através da excreção renal e biliar
 Mecanismo mais comum: excreção renal
 Apenas um número pequeno é excretado pela bile
 Muitos fármacos de administração oral sofrem 
absorção incompleta pelo TGI superior, e o fármaco 
residual é então eliminado pelas fezes
 Os fármacos também podem ser eliminados em 
quantidades mínimas através das vias respiratória e 
dérmica
EXCREÇÃO RENAL é aumentada por:
 Aumento do fluxo sanguíneo
 Aumento da taxa de filtração glomerular
 Diminuição da ligação às proteínas plasmáticas
 Ex: a overdose de aspirina (ácido acetilsalicílico), que 
é um ácido fraco, é tratada pela administração de 
bicarbonato de sódio para alcalinizar a urina e assim, 
sequestrar a aspirina no túbulo + aumento do fluxo 
urinário
DEPURAÇÃO = metabolismo + eliminação
Taxa de eliminação de um fármaco
Renata Valadão Bittar 28
ELIMINAÇÃO
Renata Valadão Bittar 29
FARMACODINÂMICA
 Descreve os EFEITOS DE UM FÁRMACO no corpo
 Esses efeitos são descritos quantitativamente para 
estabelecer as faixas de doses apropriadas para os 
pacientes, bem como para comparar a potência, 
eficácia e a segurança de um fármaco (índice 
terapêutico)
 Demonstra as diversas formas que os fármacos 
interagem com seus sítios alvo (mecanismo de ação)
 Dependendo de suas propriedades ou da via de 
administração, um fármaco pode atuar apenas em 
uma área específica do corpo (ex: antiácidos no 
estômago)
Interação fármaco + sítio alvo = efeito terapêutico desejado
Interação fármaco + outras células, tecidos ou órgãos = efeitos colaterais ou adversos
MECANISMO DE AÇÃO
 Atividade pela qual o fármaco desencadeia eventos 
que culminam em um efeito biológico
 2 tipos: 
 Mecanismo de ação específico
 Mecanismo de ação inespecífico
MECANISMO DE AÇÃO ESPECÍFICO
 Fármaco interage, de forma específica, com 
MACROMOLÉCULAS
 PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS
Ex: carreadores da colina-hemicolina
 ÁCIDOS NUCLEICOS
Ex: antimicrobianos que interferem no DNA ou RNA dos micro-organismos
 ENZIMAS
Ex: Inibidores da COX
 RECEPTORES FARMACOLÓGICOS ACOPLADOS À 
PROTEÍNA G
Ex: receptores alfa e beta, muscarínicos
MECANISMO DE AÇÃO INESPECÍFICO
 Fármaco exerce ação sobre moléculas muito 
pequenas ou até mesmo íons. Propriedades:
 Interagir com moléculas pequenas ou íons (ex: 
antiácidos)
 Alteração da pressão osmótica (ex: sulfato de Mg)
 Alteração da tensão superficial (ex: dimeticona)
 Alto grau de lipossolubilidade (ex: anestésicos gerais)
Renata Valadão Bittar 30
FARMACODINÂMICA
MECANISMO DE AÇÃO ESPECÍFICO
 Fármaco interage, de forma específica, com 
MACROMOLÉCULAS
 PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS
Ex: carreadores da colina-hemicolina
 ÁCIDOS NUCLEICOS
Ex: antimicrobianos que interferem no DNA ou RNA dos micro-organismos
 ENZIMAS
Ex: Inibidores da COX
 RECEPTORES FARMACOLÓGICOS ACOPLADOS À PROTEÍNA G
Ex: receptores alfa e beta, muscarínicos
MECANISMO DE AÇÃO INESPECÍFICO
 Fármaco exerce ação sobre moléculas muito 
pequenas ou até mesmo íons. Propriedades:
 Interagir com moléculas pequenas ou íons (ex: 
antiácidos)
 Alteração da pressão osmótica (ex: sulfato de 
Mg)
 Alteração da tensão superficial (ex: 
dimeticona)
 Alto grau de lipossolubilidade (ex: anestésicos 
gerais)
Renata Valadão Bittar 31
FARMACODINÂMICA
Principais relações farmacodinâmicas entre fármacos e seus alvos
AGONISTA
 Pleno ou Total
 Parcial
 Inverso
ANTAGONISTA
Renata Valadão Bittar 32
FARMACODINÂMICA
AGONISTA
 Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e os ativam, ou seja, 
desencadeiam uma cascata de eventos (atividade intrínseca) que 
promove uma determinada ação (estimulação ou inibição)
 Molécula que se liga a um receptor e o estabiliza numa determinada 
conformação (ativa)
AGONISTA TOTAL
 Desencadeia um efeitomáximo, ocupando o número máximo de 
receptores ativos para realizar o seu efeito
 Impede que os receptores ativos tornem-se inativos
 RECEPTORES ATIVOS
AGONISTA PARCIAL
 Desencadeia um efeito parcial, uma vez que tem afinidade tanto por 
receptores ativos quanto por inativos
 RECEPTORES ATIVOS e RECEPTORES INATIVOS
 Resposta parcial mesmo quando os receptores estão ocupados
AGONISTA INVERSO
 Afinidade apenas por RECEPTORES INATIVOS
 Portanto, não desencadeia efeito biológico (cascata de eventos)
 Inativa os receptores
 Não precisa do agonista endógeno, vai interagir com o agonista de 
qualquer forma, age sozinho/diretamente
ANTAGONISTA x AGONISTA INVERSO
O antagonista é usado no objetivo de 
bloquear uma atividade intrínseca, ou 
seja, tem afinidade pelos receptores 
ativos e se ligará a eles para realizar a 
sua função de bloqueio. Não exerce 
nenhum efeito na ausência de um 
agonista
Já o agonista inverso tem afinidade 
apenas pelos receptores inativos que 
não desencadeiam a cascata de 
eventos e, consequentemente, sem 
efeitos biológicos. Desativa os 
receptores que estão ativos SEM A 
PRESENÇA DE UM AGONISTA
Renata Valadão Bittar 33
FARMACODINÂMICA
ANTAGONISTA
 Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e 
impedem a ativação desses receptores pelos agonistas, 
dessa forma, não desencadeiam a cascata de eventos
 Impede a atividade intrínseca
 Molécula que inibe a ação do agonista
 NÃO EXERCE NENHUM EFEITO NA AUSÊNCIA DO AGONISTA
ANTAGONISTA COM RECEPTOR
 Antagonista liga-se ao sítio ativo (sítio de ligação) ou a 
um sítio alostérico de um receptor
 A ligação do antagonista ao sítio ativo impede a ligação 
do agonista ao receptor, enquanto a ligação do 
antagonista ao a um sítio alostérico altera o Kd para a 
ligação do agonista ou impede a mudança de 
conformação necessária para a ativação do receptor
 Essas ligações ao sítio ativo ou sítio alostérico podem ser 
REVERSÍVEIS/COMPETITIVO ou IRREVERSÍVEIS/NÃO-
COMPETITIVO
ANTAGONISTA SEM RECEPTOR
 O antagonista não se liga ao receptor do agonista
 Entretanto, inibe a capacidade do agonista de iniciar uma 
resposta
 Inibição pode ocorrer através da inibição direta do agonista 
(ex: anticorpos), inibição de uma molécula da via de 
ativação e ativação de uma via que se põe à ação do 
agonista
 Antagonistas QUÍMICOS ou FISIOLÓGICOS
 Antagonistas Químicos: inativam o agonista através da 
neutralização química
 Antagonistas fisiológicos: produzem efeito fisiológico oposto 
àquele induzido pelo antagonista 
Antagonista Competitivo ou Reversível
 Fármacos bloqueiam diretamente o sítio de ligação de um 
agonista fisiológico
 Liga-se a sítio de ligação
Antagonista Não-competitivo ou Irreversível
 Fármacos que se ligam a outros sítios na molécula do alvo 
e que, portanto, impedem a alteração da conformação 
necessária para a ativação (ou inativação) do receptor
 Liga-se a sítio de ligação ou sítio alostérico
Renata Valadão Bittar 34
FARMACODINÂMICA
RELAÇÕES DE DOSE-RESPOSTA
 Representa graficamente a fração da população que 
responde a determinada dose de um fármaco como 
função da dose deste fármaco
 Concentrações de um fármaco que produzem 
determinado efeito numa população
 Determina as doses tóxicas, letais e efetivas
 ED (dose efetiva mediana), LD (dose letal mediana), TD 
(dose tóxica mediana)
 EFETIVIDADE = Efeito terapêutico
 TOXICIDADE = Efeito tóxico
POTÊNCIA
 Concentração do agonista que produz 50% da sua resposta máxima
 Quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito
EFICÁCIA
 Resposta máxima produzida pelo fármaco
 Avalia a situação ideal do uso do fármaco
 O aumento da dose não irá produzir nenhuma resposta adicional
 Estado alcançado quando todos os receptores estão ocupados
 Alguns fármacos alcançam efeito máximo com menos de 100% de 
ocupação dos receptores
 Receptores remanescentes = receptores de reserva
AFINIDADE
Fármaco específico; mede a força da união química entre o fármaco e o 
seu sítio específico. Capacidade de se ligar.
ESPECIFICIDADE
Capacidade que o fármaco tem de se ligar ao menor número de sítios 
específicos. Quanto maior a especificidade, maior o número de ligações 
com esse receptor. Se ligar no menor número de receptores.
SELETIVIDADE
Propriedade que o fármaco tem de produzir o menor número de efeitos 
possíveis. Ex: opióides são muito específicos (receptores mil), contudo muito 
pouco seletivos, pois existem vários receptores em várias partes do 
organismo com diferentes ações (respiratória, analgesia, depressão. 
Capacidade de menor número de efeitos) Renata Valadão Bittar 35
FARMACODINÂMICA
↑ Concentração do antagonista competitivo/reversível
↓ potência do agonista
Eficácia do agonista NÃO É ALTERADA
“A concentração do agonista pode ser aumentada para 
reverter o efeito do antagonista”
↑ Concentração do antagonista não-
competitivo/irreversível
↓ eficácia
↓ potência do agonista ↓ eficácia do agonista
Renata Valadão Bittar 36
FARMACODINÂMICA
Renata Valadão Bittar 37
FARMACODINÂMICA
Agonista total
Antagonista reversível 
(competitivo)
Renata Valadão Bittar 38
FARMACODINÂMICA
LEI DE AÇÃO DAS MASSAS TEORIA DA OCUPAÇÃO
 A Lei de Ação das Massas descreve a 
cinética de ligação de um fármaco ao seu 
receptor, formando o complexo fármaco-
receptor, que é capaz de promover o 
efeito farmacológico
 A redução na concentração de um 
fármaco é um estímulo para o aumento na 
expressão dos receptores
 O efeito de um fármaco é diretamente 
proporcional à fração de receptores 
ocupados
 O efeito máximo só seria alcançado 
quando todos os receptores fossem 
ocupados
 0% de ocupação = 0% de efeito
 100% de ocupação = 100% de efeito
 Fração intermediária de receptores 
ocupados = efeito intermediário
↑ potência ↓ dose
↑ dose, a eficácia NÃO aumentará também, ↓ seletividade
Uso crônico do agonista = ↓ número de receptores
Uso crônico do antagonista = ↑ número de receptores
Renata Valadão Bittar 39
TAQUIFILAXIA Fenômenos de tolerância pelo uso 
prolongado de um fármaco
 Redução dos efeitos do fármaco com o 
decorrer do tempo
 O efeito de um fármaco diminui 
gradualmente quando administrado de 
modo contínuo ou repetidamente
 Surge, geralmente, dentro de poucos 
minutos
Tolerância: redução mais gradual na resposta 
a um fármaco, cujo desenvolvimento leva 
vários dias ou semanas, embora a distinção 
não seja nítida
(A tolerância seria mais lenta que a taquifilaxia)
Refratariedade: usado em relação a uma 
perda da eficácia terapêutica; os receptores 
que assumem um estado refratário após a 
ativação necessitam de um certo período de 
tempo para que possam ser novamente 
estimulados
Resistência farmacológica: expressão usada 
para se referir à perda de eficácia a agentes 
antimicrobianos ou antitumorais
O que pode levar a esse fenômeno?
1. Alteração dos receptores
Os receptores ligados a segundos mensageiros também exibem 
dessensibilização, como o caso dos receptores beta-adrenérgicos. A 
fosforilação do receptor interfere na sua capacidade de ativar a cascata de 
segundos mensageiros, embora possa se ligar à molécula de agonista.
2. Perda dos receptores
A exposição prolongada a agonistas frequentemente resulta numa redução 
gradual do número de receptores expressos na superfície celular = 
INFRAREGULAÇÃO. A infraregulação, mostrada para o receptores beta-
adrenérgicos, é um processo mais lento que o desacoplamento da ativação 
do segundo mensageiro.
A estimulação prolongada do receptor pelo ligante induz a endocitose dos 
receptores pela célula e o seu sequestro em vesículas endocíticas.Esse 
sequestro impede o contato dos receptores com ligantes, resultando em 
dessensibilização celular. Quando cessa o estímulo que levou ao sequestro 
dos receptores, estes podem ser reciclados para a superfície celular, 
tornando-se novamente funcionais.
3. Depleção de mediadores
4. Aumento da degradação metabólica
5. Adaptação fisiológica
6. Extrusão ativa do fármaco nas células (importante na quimioterapia)
Renata Valadão Bittar 40
TAQUIFILAXIA
 Taquifilaxia = dessensibilização
 DESSENSIBILIZAÇÃO É UM EFEITO EXCLUSIVO DOS AGONISTAS
 Em termos farmacológicos, o receptor e a célula tornam-se 
dessensibilizados à ação do fármaco
 Os mecanismos de dessensibilização podem ser divididos em 2 
tipos:
 Dessensibilização Homóloga: ocorre diminuição dos efeitos de 
agonistas em apenas um tipo de receptor. Se diminuiu o efeito, 
trocou a substância e recuperou o efeito.
 Dessensibilização Heteróloga: diminuição coordenada dos 
efeitos de agonistas em 2 ou mais tipos de receptores. Acredita-
se que essa dessensibilização heteróloga seja causada por uma 
alteração induzida pelo fármaco em um ponto comum de 
convergências nos mecanismos de ação dos receptores 
envolvidos, como uma molécula efetora compartilhada. Se 
diminuiu o efeito, trocou a substância e o efeito não foi 
recuperado.
Renata Valadão Bittar 41
JANELA TERAPÊUTICA
 A JANELA TERAPÊUTICA é a faixa das doses (concentrações) de um fármaco que produz uma 
resposta terapêutica, sem efeitos adversos inaceitáveis (toxicidade), numa população de 
pacientes.
 A janela terapêutica pode ser quantificada pelo ÍNDICE TERAPÊUTICO
 O IT fornece um único número que quantifica a margem de segurança relativa de um fármaco 
numa população.
 Um TI ALTO representa uma janela terapêutica grande ou larga (por exemplo, uma diferença de 
mil vezes entre as doses terapêuticas e tóxicas), enquanto um TI BAIXO indica uma janela 
terapêutica pequena ou estreita (por exemplo, uma diferença de duas vezes entre as doses 
terapêuticas e tóxicas).
 Quanto menor o TI, maior a chance de toxicidade pois a diferença entre a dose terapêutica e 
tóxica é pequena.
Renata Valadão Bittar 42

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