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Dosagem de triglicerídeos e colesterol no plasma - Relatório

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Disciplina: Bioquímica
Nome do acadêmico: Ana Tamires Viana Ribeiro
Título do Relatório: Dosagem de Triglicerídeos E Colesterol no Plasma
Data: 27/08/2018
 
INTRODUÇÃO: Os triglicerídeos são as principais gorduras do organismo pois são os principais lipídeos de armazenamento de energia. Elas podem ser produzidas pelo fígado ou adquiridas por meio da dieta e, dessa forma, servem como reserva energética em momentos de jejum ou alimentação insuficiente.
 1.1. Na imagem, tem-se a estrutura química do tri-acil-glicerol (trigicerídeo)
 
 Quando ingeridos por dieta, ao chegar no intestino, os triglicerídeos são transformados em ácidos graxos e glicerol. Nessa sequência, os ácidos graxos de cadeias pequenas ou médias vão para o sangue, onde são transportados pela albumina, que é a proteína em maior quantidade no plasma sanguíneo. Contudo, os ácidos graxos de cadeias longas são sintetizados novamente em triglicerídeo na parede do intestino e "empacotados" com a proteína apo-proteína B-48, o que forma moléculas de lipoproteínas chamadas quilomícrons. Os quilomícrons são encaminhados à corrente sanguínea e lá, através da atuação da enzima lipoproteína-lipase (LPL), são transformados em quilomícron remanescente (QMr). O que a LPL faz é digerir os triglicerídeos dos quilomícrons, transformando-os novamente em ácidos graxos e glicerol, sendo o ácido graxo encaminhado para produção de ATP ou reserva energética e os gliceróis encaminhados para o fígado, onde serão metabolizados. É o quilomícron sem os TG's que chamamos de QMr e, após serem formados, são encaminhados ao fígado onde também serão degradados.
 No caso dos lipídeos produzidos no organismo, a grande maioria é sintetizada no fígado, tendo como fonte a degradação da glicose- glicólise. Esse processo se dá em duas etapas:
1. A glicose é degradada até formar o piruvato que, ao entrar na mitocôndria, forma acetil-CoA e oxaloacetato, que é utilizado na síntese de ácido graxo a partir da atuação de diversas enzimas como aceti-CoA-carboxilase e ácido-graxo-sintase. 
2. A glicose, também através da glicólise, transforma-se em glicerol-3-P.
A junção das duas etapas que ocorrem no fígado dá origem os triglicerídeo que, após a adição de proteínas, fosfolipídios e colesterol, forma o VLDL, que pode ser transformado nas outras lipoproteínas (como LDL) com a ação de outras enzimas.
 O colesterol é uma molécula que é transportada no sangue pelas lipoproteínas, uma vez que é hidrofóbico. Ele tem como função dar estabilidade à bicamada de fosfolipídios, é precursor dos sais biliares, hormônios esteroides (como estrogênio e progesterona) e vitamina D e tem relação direta com doenças vasculares (pois “endurece” a parede das artérias ao depositar placas de gordura). Assim como os triglicerídeos, ele pode ser obtido pela dieta ou pela síntese endógena, que geralmente ocorre no fígado.
 As principais lipoproteínas responsáveis pelo seu transporte são a LDL (lipoproteína de baixa densidade) e a HDL (lipoproteína de alta densidade) – como visto na tabela 4.1. O LDL tem como função levar o HDL do local do fígado para células e tecidos, assim como depositar colesterol na parede das artérias. O HDL, que é capaz de absorver o colesterol da parede arteriais e das células, tem como função transportar o colesterol das células de volta para o fígado e retirá-lo da parede das artérias. Dessa maneira, percebe-se que o benéfico para o corpo humano é manter baixos índices de LDL e altos índices de HDL pois, caso contrário, a deposição de gordura nos vasos sanguíneos causa obstrução das artérias, prejudicando a circulação sanguínea sistêmica.
 
MATERIAL E MÉTODOS: Os materiais usados foram: 
Tubos de ensaio 
Equipamentos de proteção individual para cada aluno (jaleco, luvas e óculos de proteção) 
Pipetas digitais 
Ponteiras para as pipetas 
Equipamento para deixar os tubos de ensaio em banho-maria 
Cronômetro 
Espectrofotômetro 
Cubetas para serem analisadas no espectrofotômetro (duas com o 'branco' para calibrar e duas com as amostras) 
Plasma sanguíneo (amostra) 
Reagentes de cor (tanto para medir os triglicerídeos quanto para medir o colesterol) 
Experimento padrão para comparar.
 
 Em relação ao método, o utilizado foi a medição por meio da espectrofotometria - também chamado de enzimático colorimétrico. No caso dos triglicerídeos, a medição é feita a partir do soro sanguíneo, e o que ocorre no processo é que os triglicerídeos, através da enzima lipoproteína lipase, são transformados em ácidos graxos e glicerol. O glicerol, juntamente de ATP, será decomposto em glicerol-3-fosfato e ADP pela atuação da glicerol kinase. Nesse sentido, o glicerol-3-fosfato e o oxigênio serão degradados pela oxidase dihidroxiacetona na intenção de formar fosfato e peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Finalizando, o H2O2, junto com a 4-aminoantipirina e o p-clorofenol, são catalisados pela enzima peroxidase (POD), sintetizando um composto de cor rósea (a cor do comporto se dá por conta dos reativos de cor utilizados na experiência), sendo a intensidade da cor diretamente proporcional à concentração de triglicerídeos e colesterol no soro.
 
2.1. A imagem representa o processo químico que ocorre da dosagem dos triglicerídeos.
 Outrossim, no caso da dosagem de colesterol, o método utilizado é o mesmo, a medição também é feita utilizando soro sanguíneo, e o que ocorre é que os ésteres do colesterol sofrem ação da enzima coleterol esterase (CE), que o transforma em colesterol e ácidos graxos. Esse colesterol, em conjunto com oxigênio é metabolizado em colest-4-em-ona e peróxido de hidrogênio através da colesterol oxidase (CO). Assim, a ação da água oxigenada com fenol e 4-aminoantipirina, catalisada pela peroxidase (POD), forma antipirilquinonimina e água.
3.1. A imagem representa o processo químico que ocorre na dosagem do colesterol.
PROCEDIMENTO ANALÍTICO: Tanto na dosagem dos triglicerídeos como na dosagem do colesterol total, o procedimento foi:
Em dois tubos de ensaio, foram pipetados 0,1 mL das amostras e 1 mL dos reativos de cor (um para medir os triglicérides e outro para o colesterol). Os tubos foram levados ao banho maria, onde ficaram em 37°C durante 10 minutos. Da mesma forma, duas amostras padrões já haviam sido calculadas, passando pelos mesmos processos, assim como os tubos brancos, que possuíam somente 1mL dos reagentes de cor para que o espectrofotômetro fosse calibrado. Após os 10 minutos, o espectrofotômetro foi calibrado com os tubos brancos e, em seguida, foram lidas as absorbâncias das amostras de cada grupo e, a partir daí, foram calculados os valores de colesterol total e triglicerídeos.
 Os padrões de referência encontrados foram:
Padrão:
TG ----------------- 200 mg/dL -------- 0,237
COL --------------- 200 mg/dL -------- 0,478
Valores de Referência:
TG ------------ < 150 mg/dL
COL ---------- < 200 mg/dL
 
 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após encontrar os valores de 0,059 de absorbância para os triglicerídeos e 0,104 para o colesterol, segue as contas feitas pelo grupo.
Para os triglicerídeos
0,237 ------------------------------------ 200 X = 49,78 mg/dL 
0,059 ------------------------------------ X
 
 Ao comparar o resultado encontrado pelo grupo com os resultados obtidos pela turma (na tabela 3.1) percebe-se uma grande divergência. Tal acontecimento se deve, provavelmente, a erros cometidos pelo grupo em alguma das etapas de dosagem dos triglicérides.
 Ainda assim, se avaliando-se o resultado como verdadeiro, conclui-se que o paciente está com os triglicerídeos baixos, o que não apresenta grandes problemas, uma vez que não há doenças relacionadas com hipotrigliceridemia. Todavia, é recomendado uma revisão sobre a alimentação do paciente, que pode estar com baixa quantidade de gorduras, afetando no seu índice de triglicérides. Contudo, a baixa quantidade de TG só é considerada preocupante abaixo de 35 mg/dL, dessa forma, oresultado obtido não é preocupante.
 Observando o resultado e comparando com os lipídeos, conclui-se que é possível tratar-se de duas opções, quilomícron ou VLDL, pois são as duas substâncias com altos índices de triglicerídeos - como observado na tabela 3.1. Existem duas formas de descobrir de qual se trata, a primeira seria perguntar ao paciente se ele se alimentou pouco tempo antes do exame, uma vez que o quilomícron só é obtido por dieta – nesse caso, se trataria do quilomícron. A segunda forma é observar o soro, nesse sentido, como não havia uma camada branca de gordura em cima, trata-se de VLDL. Dessa maneira, percebe-se que o (baixo índice de triglicerídeos) está relacionado ao fígado, e não à alimentação do indivíduo.
 
	 
	QUILOMÍCRON (%)
	VLDL (%)
	LDL (%)
	HLD (%)
	TRIGLICERÍDEO
	90
	60
	8
	5
	COLESTEROL
	5
	20
	50
	25
	PROTEÍNA
	2
	5
	20
	30
	FOSFOLIPÍDEO
	3
	15
	22
	30
4.1. A tabela retrata as porcentagens dos componentes das lipoproteínas. 
 
Para o colesterol total:
0,478 ------------------------------------ 200 Y = 85,76 mg/dL
0,104 ------------------------------------ Y
 No caso do colesterol, assim como ocorre nos triglicerídeos, o maior risco é o valor acima do ideal, ou seja, maior do que 200 mg/dL. Contudo, ainda, que também não existam doenças causadas por hipocolesterolemia, valores muito baixos não são adequados. Uma pesquisa feita pelo Departamento de Neurociências da Universidade de Roma, assim como várias outras pesquisas, relataram uma relação entre baixos índices de colesterol com impulsividade e mudanças de humor nos indivíduos, sendo mais grave em pacientes já com depressão. Ainda assim, o valor obtido pelo grupo não se encontra em níveis baixos o suficiente para gerar tais problemas
	GRUPOS
	TRIGLICERÍDEOS (mg/dL)
	COLESTEROL (mg/dL)
	1
	290,3
	71,9
	2
	196,8
	117,1
	3
	138,6
	148,9
	4
	49,7
	85,7
	5
	136,7
	141,8
	6
	147,6
	108,3
 5.1. A tabela possui os resultados obtidos por todos os grupos da turma B.
 Sob o prisma dos resultados encontrados pelo grupo, observa-se a importância da precisão em todas as partes do exame para que o resultado não seja alterado e, assim, não prejudique o diagnóstico do médico em relação ao paciente. Além disso, percebe-se a necessidade da conversa entre médico e paciente para saber de outros possíveis problemas, assim como seu histórico familiar. Cabe também a repetição do exame para verificar se o resultado obtido se repeto ou varia entre as dosagens.
 
BIBLIOGRAFIA:
Faludi André Arpad, Izar Maria Cristina de Oliveira, Saraiva José Francisco Kerr, Chacra Ana Paula Marte, Bianco Henrique Tria, Afiune Neto Abrahão. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. [Internet]. Agosto de 2017 [citado em 27 de agosto de 2018] ; Disponível em: http://scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0066-782X2017001100001&Ing=em. 
 Smith C, Marks A, Lieberman M. Bioquímica médica básica de Marks. 2nd ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2007.
F Watts G, M Ooi E. The effects of lowering LDL cholesterol with statin therapy in people at low risk of vascular disease: meta-analysis of individual data from 27 randomised trials. 2012.
O. Roaldset J, M. Bakken A. A prospective study of lipids and serotonin as risk markers of violence and self-harm in acute psychiatric patients. Haukeland University e Oslo University; 2011.
Smith C, Marks A, Lieberman M. Bioquímica médica básica de Marks. 2ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2007.
Troisi A. Low cholesterol is a risk factor for attentional impulsivity in patients with mood symptoms. Universidade de Roma; 2010.
Porto C, Porto A. Exame clínico. 7ª ed. Grupo Gen - Guanabara Koogan; 2000.

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