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Anais do II SIGEPRO - Simpósio Gaúcho de Engenharia de Produção ISBN: 978-85-5722-026-3 - 337 - APLICAÇÃO DA FERRAMENTA MRP PARA O PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO EM UMA MICROEMPRESA DE MARMITAS. Henrique Martim De Moura henriquemdemoura@gmail.com Bruna Fernandes Dos Santos Corecha brunaf689@gmail.com Resumo O referido artigo apresenta um estudo de caso, em uma microempresa de produção de marmitas localizada no nordeste do Estado do Pará, a qual busca implementar a ferramenta MRP (Material Requerements Planning) utilizando a pesquisa in loco no estabelecimento, métodos e parâmetros desta metodologia: lead time, estoque de segurança e lote. Pois definindo estrutura do produto e colocando-as em uma lista endentada de itens, pode se fazer os procedimentos de cálculo, convertendo a previsão de demanda em registro para a reposição dos materiais. Os resultados foram a melhor visualização da quantidade para a reposição de materiais, diminuição do estoque diário e melhor controle da produção. Palavras-chave: MRP, microempresa, reposição de materiais - 338 - 1.Introdução O principal objetivo das empresas hodiernamente é a diminuição de perdas de desempenho por meio da otimização do seu processo produtivo. Dessa forma, buscam o auxílio de várias ferramentas de gestão e de planejamento de seus sistemas de produção, uma dessas ferramentas é o MRP (Material Requerements Planning) que traz como foco as necessidades de matéria prima, e em que momento devem ser utilizadas (SLACK et al., 2009). A aplicação de MRP vai além de produtos industrializados e na utilização em grandes empresas para o planejamento e controle da produção, essa ferramenta pode ser implantada também em pequenas empresas com produção manual. Trata-se de uma ferramenta versátil e muito importante no processo produtivo, principalmente na lean manufacturing que consiste no reconhecimento e mapeamento de itens do estoque. Através desse reconhecimento é possível realizar procedimentos de cálculos e projeções de necessidades dos itens, para que assim haja uma reposição mais rápida e eficiente de determinados recursos dessa produção. Em microempresas, essa ferramenta é pouco ou nem mesmo conhecida. A produção é feita de modo empírico onde os recursos não são bem planejados e projetados, podendo levar a uma perda de processo, desse modo, as matérias primas são repostas de acordo com o uso sem ao menos possuírem um estoque de segurança. Dessa forma, o MRP traz uma maior visibilidade dos recursos estocados e uma segurança maior sobre as demandas. Diante disso, o presente trabalho foi realizado em uma microempresa de produção de marmitas, no qual foi aplicado a ferramenta de planejamento e controle MRP afim de otimizar o tempo, planejar e controlar o processo segundo a obtenção de dados e análise da empresa. 2. Referencial Teórico Neste tópico serão abordados os seguintes conceitos: planejamento e controle da produção, MRP (Material Requerements Planning), tamanho de lote, estoque de segurança, lead time, estrutura do produto, lista endentada de materiais e como são realizados os procedimentos de cálculo MRP de acordo com o estudo bibliográfico, além de apresentar as características da empresa estudada. 2.1. Planejamento e Controle da Produção - 339 - Segundo Fernandes & Godinho Filho (2010) o PCP (planejamento e controle da produção) tem como objetivo definir o que, quanto e quando produzir, comprar e entregar, além de quem e/ou onde vai ser produzido e todas essas decisões seguem uma estrutura hierárquica na Figura 1. Com as novas oportunidades de mercado, as microempresas surgiram, e como consequência a exigência dos consumidores, com isso precisa-se utilizar métodos de planejamento e controle para melhorar a produtividade. As atividades de PCP estão diretamente relacionadas com esses métodos de produção e análise de demanda feita para manter os recursos transformados e desempenhadas pelo sistema de produção são controladas por meio de regras de controle e/ou por meio de programação (FERNANDES & GODINHO FILHO, 2010). Figura 1 Estrutura Hierárquica Fonte: Fernandes & Godinho Filho, (2010) Das principais atividades de PCP, foram retiradas as que dão ênfase ao artigo proposto: a) Prever a demanda (Previsão); - 340 - b) Programar a produção no curto prazo em termos e itens finais (Programa Mestre de Produção – MPS) e analisar a capacidade no nível MPS; c) Controlar a emissão /liberação as ordens de produção e compra, determinando se e quando liberar as ordens (atividade chamada na literatura de revisão e liberação de ordens – Order Review and Release- ORR); d) Controlar estoques. Diante essas atividades, a previsão de demanda é a base para a ferramenta MRP, pois os itens em estoque possuem demandas independentes que necessitam de uma previsão de acordo com o mercado consumidor. Enquanto a programação de curto prazo MPS, alimenta/direciona o MRP com uma programação de produtos acabados, informando quanto (quantidade) e quando (prazo) estes devem ser produzidos e entregues ao consumidor (LUSTOSA et.al 2008). 2.2. MRP- Material Requerements Planning Proveniente do inglês Material Requerements Planning (planejamento de necessidades materiais) é uma ferramenta que surgiu entre 1960 e 1970, com o objetivo de transformar a previsão de demanda de um determinado produto, em uma programação das necessidades dos materiais para compra dos mesmos. O MRP permite que, com base na decisão de produção dos produtos finais (MPS), seja determinado automaticamente o que, quanto e quando produzir e comprar os itens semiacabados, componentes e matérias – primas (FERNANDES & GODINHO FILHO, 2010). É relevante a importância do MRP, pois permite a previsão da demanda por meio de procedimentos de cálculos representando a ruptura de falhas que demonstram custos desnecessários e tempos de produção desperdiçados, além de otimizar o estoque, e de controlar melhor a produção. O MRP é recomendado para sistemas discretos de produção de produtos complexos com demanda dependente, condições em geral presentes na montagem de equipamentos e em sistemas de produção. Segundo Fernandes & Godinho Filho, (2010) para um bom funcionamento do sistema MRP foram definidos alguns parâmetros: tamanho do lote, estoque de segurança e lead time. 2.1 Tamanho de Lote O lote é definido como uma quantidade fixa de pedidos e um parâmetro vital para a ferramenta MRP, pois em um nível determina a necessidade de demanda de um nível inferior. - 341 - Para Fernandes & Godinho Filho (2010), a definição do tamanho do lote pode se dar em função da análise de uma série de custos: custo de preparação; custo de estocagem; custo de variação de carga de trabalho (lotes maiores geram cargas mais estáveis); custo verdadeiro da ociosidade (em gargalos a ociosidade é muito custosa, portanto, os lotes podem ser maiores; já em outras máquinas, a ociosidade não é tão custosa). Portanto o tamanho do lote é essencial para determinação de pedidos para uma demanda constante. 2.2 Estoque de Segurança O objetivo do estoque de segurança é atender a demanda prevista que excede um valor de uma demanda fixa, reduzindo o tempo ocioso de produção. Essas medidas são obtidas a través de uma abordagem probabilística no qual os dados se baseiam em uma revisão contínua do estoque para melhores previsões. No caso do sistema de revisão continua, o estoque de segurança tem a função de atender à demanda durante o lead time de suprimentos que excede a demanda médiadurante o lead time de suprimento (FERNANDES & GODINHO FILHO, 2010). 2.3 Lead Time Segundo Tubino, (1999) lead time é uma medida do tempo gasto pelo sistema produtivo para transformar matérias-primas em produtos acabados, os principais componentes do lead time que devem ser considerados são: tempo de emissão física da ordem, tempo de transporte, tempo de fila, tempo de preparação e produção e tempo com inspeções. Alguns autores definem lead time como o tempo do caminho crítico de manufatura MCT (manufacturing critical-path time), é a típica quantidade de tempo desde a criação da ordem, passando pelo caminho crítico, até que pelo menos uma peça do pedido seja entregue ao cliente, dessa forma auxilia nas formas de se reduzir o tempo total por meio da eliminação ou redução de componentes do lead time. 3. Estrutura do Produto A estrutura do produto define a quantidade de componentes (subconjuntos e módulos) necessários a produção de cada unidade do produto (LUSTOSA et.al 2008). 3.1 Árvore do Produto - 342 - As árvores do produto (product trees) apresentam a estrutura de composição dos outputs, os itens são agrupados em módulos ou subconjuntos que compõe o produto e são organizados em diferentes níveis (LUSTOSA et.al 2008). Figura 2 Itens “Pais e Filhos” Fonte: Lustosa et al. (2008) Essa composição de produtos pode se extrair os itens “pais e filhos”, os itens “filhos” são necessariamente produtos de matéria prima ou item comercial, enquanto os outros são manufaturados ou montados. A Figura 2 apresenta a relação entre “pais” e “filhos”, os itens C e B são “filhos” do item A. 3.2. Lista de Materiais A lista de materiais informa todos os componentes (módulos, submontagens, itens) e quantidades que serão necessárias para produção. Segundo Lustosa, (2008) as listas são elementos chave para o planejamento, programação e controle da produção, pois os produtos organizados conforme o lote e a quantidade facilitam o registro do MRP. O tipo de lista usada no trabalho é a lista endentada de materiais, afim de que os produtos fiquem listados de forma alinhada e fixa, a exemplo a Tabela 1 apresenta uma lista de materiais para a produção de um triciclo. - 343 - Tabela 1 Exemplo de Lista de Materiais Fonte: Lustosa et al. (2008) 3.3. Procedimentos de Cálculo MRP Para o desenvolvimento de um plano de necessidades de materiais, os outputs para o sistema MRP são denominados procedimentos fundamentais para o processo de transformação, os quais formam uma base para a determinação das ordens, compras e produção de itens e componentes. Para Fernandes & Godinho Filho, (2010) os procedimentos são compostos por quatro importantes conceitos: a) Procedimento de explosão: nesse processo determina-se a necessidade bruta para cada componente do lote, a partir do MPS; b) Procedimento Netting: nesse processo determina as necessidades brutas para cada componente são transformadas em necessidades líquidas levando-se em conta os registros de estoque disponíveis; c) Procedimento Offsetting: nessa fase determinam-se as necessidades no tempo levando em conta os lead times, ou seja, a necessidade líquida é defasada para trás no tempo em um número de períodos igual ao lead time para a obtenção do item; d) Procedimento de determinação dos tamanhos de lote: nessa fase são dimensionados os tamanhos de lote da liberação planejada de ordens (LPO). Para o registro básico de MRP, é preciso a identificação da necessidade bruta do produto, recebimentos programados e recebimento de ordens planejadas, em seguida calcula-se o estoque projetado conforme s expressão 1. 𝐸𝑃𝑗𝑖 = 𝐸𝑃𝑗(𝑖 − 1) + 𝑅𝑃𝑖 + 𝑅𝑂𝑃𝑖 − 𝑁𝐵 (01) O estoque projetado está em função do estoque de segurança, então o resultado EPj não pode ficar abaixo do estoque de segurança, e se caso EPj < ES, se estabelece um plano de LPO - 344 - (liberação de ordens planejadas) para que possa atender as necessidades de produção sempre visando o lead time de cada item. 4. Metodologia Está pesquisa pode ser definida por um caráter exploratório, pois foi feita in loco, com o principal objetivo de apresentar algumas formas de suprir as necessidades da produção, aumentando assim a facilidade de controle da mesma. A ferramenta utilizada neste trabalho, foi o MRP onde aplicou-se no estudo na microempresa localizada no nordeste do Estado do Pará, que possibilitou uma avaliação de estocagem, reposição dos materiais, os gastos e lucros da empresa em questão. 5. Resultados Neste tópico serão apresentadas as características da empresa estudada, como também os registros de MRP que foram feitos a partir dos cálculos e analise de demanda e estoque, em seguida postos em uma tabela. 5.1. Caracterização da Empresa Estudada. A referida empresa em que foi realizada o estudo de caso, fica localizada no nordeste do Estado do Pará, inaugurada em 2000, onde oferece seus serviços para comunidade em geral e possui um restaurante integrado a produção de marmitas na região. Sua produção é caracterizada enxuta, pelo fato de atender uma demanda e eliminar todo processo que não agregue valor ao produto, sendo assim um grande propulsor para o mercado alimentício. A empresa possui mais de 10 tipos de sabores de marmita, e sua produção é manual contando apenas com 4 funcionários (1 recepcionista; 2 cozinheiras e 1 colaborador para limpeza) que trabalham em conjunto para que a empresa permaneça e continue crescendo no mercado, e segundo os dados fornecidos pela dona da empresa, atualmente atende mais de 1,500 consumidores mensalmente. 5.2. Procedimento de Cálculo MRP Os métodos da programação MRP, visa a desestruturação do produto para o conhecimento de todos os componentes, convertendo a previsão de demanda em programação da necessidade dos mesmos, tendo a base para a reposição de materiais, para que não haja desperdícios e nem falte para a produção. O MRP verifica todos os ingredientes necessários para completar esses pedidos, garantindo que sejam providenciados a tempo. (SLACK et.al., 2009). - 345 - Tabela 3 Lista do item Frango Tabela 2 Lista do item Carne O estudo de caso se deu através da análise de estoque da empresa, a qual possui alguns gargalos no armazenamento, pois os produtos que eram armazenados semanalmente não tinham uma política de estoque tão eficiente, por este motivo a reposição de materiais passou a ser diário. Para a realização do trabalho foram escolhidos os dois produtos mais vendidos (marmitas) entre um leque variado de pratos, foram selecionadas as marmitas de bife e frango cozido que representa 54% das vendas diárias do estabelecimento. A partir da seleção dos produtos, foram coletados os dados de quantidade do lote de matéria prima utilizada na produção, o lead time de cada item e a quantidade que excede a reposição de materiais (estoque de segurança), em seguida foram postos em uma lista endentada como mostra a Tabela 2,3 e 4. Fonte: Elaborado pelos autores (2017) A lista endenta do produto carne seguiu o padrão de descrição dos materiais, a quantidade utilizada por marmita e o tipo de item a que são classificados, observa-se que o nível do produto acabado é 0, logo depende da quantidade dos outros materiais do nível 1 e 2 da árvore do produto. Foram calculados quanto é utilizado para fazer apenas uma marmita, os valores encontrados no cálculo foram postos na lista, como mostra a Tabela 2 na classificação quantidade. - 346 -Fonte: Elaborado pelos autores (2017) Ao obter os dados e fazer a lista endentada de materiais, fez se a árvore da produção, a qual apresenta a relação entre itens “pais” e itens “filhos”, matérias primas e produtos fabricados ou produtos finais. A Figura 3 apresenta a estrutura da marmita de Frango e a Figura 4 apresenta a estrutura da marmita de Bife. Fonte: Elaborado pelos autores (2017) A decomposição dos produtos facilita a visualização da quantidade necessária para a produção (necessidades brutas). Sabe-se que árvore do produto e a lista endentada de materiais estão relacionadas, pois sem a notação dos itens e da quantidade, os procedimentos de cálculo MRP não seriam eficientes. Figura 3 Árvore do Produto da Marmita de Frango - 347 - Figura 4 Árvore do produto da marmita de Bife Fonte: Elaborado pelos autores (2017) Essas estruturas apresentam cada componente que participa da produção, observa-se que na lista endentada e na árvore do produto, várias matérias primas (alimentos não perecíveis e condimentos) se repetem, então os registros de MRP devem ser feitos de acordo com a quantidade desses itens. 5.3. Registros do MRP Para efetuar o registro MRP, são necessários os seguintes parâmetros: lead time que é o tempo de pedido do material até a entrega ao consumidor, o estoque de segurança e o lote. No caso do estoque de segurança e do lote não foram obtidos por cálculo e sim pelos dados fornecidos empiricamente pela dona do estabelecimento, ainda sim continuam sendo variáveis importantes para o registro. A previsão de demanda foi feita apenas para um mês, no caso o mês de abril. Cada registro contém um período de 4 semanas, acrescentado da semana “0”, a qual detém de um estoque inicial. Foram calculados os registros de 25 itens no referido trabalho, foi considerado apenas as matérias primas para a reposição de materiais, ou seja, os cálculos foram feitos apenas com os produtos do nível 2 da árvore do produto. Para o registro da carne, na Tabela 4, (lote 3) foram identificadas as necessidades brutas, 24 Kg semanalmente, e em seguida efetuou-se o cálculo para obter o estoque projetado (EPj), com um estoque inicial de 5 Kg e com o resultado, pode se estabelecer um plano de liberação de ordens visando a reposição de carne de 21 Kg na próxima semana. Para o registro do frango, foram considerados o estoque de segurança de 1Kg e o lote é múltiplo de 1, ou seja, o item comprado são peitos de frango que são vendidos em lotes de 1Kg. Para - 348 - Tabela 6 Registro da Embalagem Tabela 4 Registro da Carne Tabela 5 Registro do Frango estabelecer o LPO, calculou-se o estoque projetado para primeira semana e depois a tomada de decisão que seria 21 Kg para serem liberados na primeira semana, criando um estoque de 2Kg. Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Fonte: Elaborado pelos autores (2017) - 349 - Tabela 7 Registro do Macarrão Tabela 8 Registro do Arroz Na Tabela MRP 6, verificou-se que não há necessidade de repor quantidades grandes do item “embalagem”, pois a quantidade usada para as marmitas são o suficiente para o mês em questão, considerando o lead time do item que é 3 dias. Todos os cálculos feitos para um registro, efetuou-se para obter a reposição dos outros itens que estão nas tabelas a seguir: Fonte: Elaborado pelos autores (2017) Fonte: Elaborado pelos autores (2017) Tabela 9 Registro do Feijão Fonte: Elaborado pelos autores (2017) - 350 - Tabela 10 Registro da Cebola Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Tabela 12 Registro do Cominho Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Tabela 13 Registro do Sal Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Tabela 11 Registro do Alho - 351 - Tabela 17 Registro do Tomate Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Tabela 16 Registro do Alface Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Tabela 15 Registro do Bacon Tabela 14 Registro do Charque - 352 - Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Tabela 17 Registro do Repolho Fonte: Elaborada pelos autores (2017) Os cálculos feitos a partir da análise dos produtos serviram para programar a reposição desses materiais e possibilitou visualizar a quantidade que é necessária para a produção de marmitas sem que haja desperdícios no estoque ou superprodução. 6. Considerações finais Percebeu-se que é de grande valia a aplicação de ferramentas de planejamento e controle de produção no cotidiano da microempresa. Outro fator que deve ser levado em consideração é a resistência dos que administram a organização em adotar hábitos que busquem padronizar as ações para que ferramentas de controle e planejamento possam ser aplicadas no estabelecimento. Outro fator da microempresa estudada é que possui várias intempéries, uma delas é em relação a gestão financeira que por falta de conhecimentos específicos não detém de um controle administrativo adequado, como também para o controle da produção. A empresa ainda peca em relação ao planejamento e controle do estoque por não possuir conhecimentos específicos em relação ao mesmo. Por ter o lead time diário da maioria de seus produtos, não possui tantos desperdícios, como propostas de melhorias, a sugestão é que seja efetuada os registros para os demais pratos, para que tenham, um controle de reposição mais eficiente e não empírica, e que possam ser capacitados à gestão, os que administram tanto o financeiro quanto operacional, - 353 - para que a empresa continue assim vencendo as intempéries e ganhando espaço no mercado competitivo. 7. Referencias FERNANDES, Flavio C.F.; GODINHO FILHO, Moacir. Planejamento e Controle da Produção. 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010. LUSTOSA, Leonardo; MESQUITA, Marco A.; QUELHAS, Osvaldo; OLIVEIRA, Rodrigo. Planejamento e controle da produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; HARLAND, Christine; HARRISON, Alan; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e controle da produção.2ª Edição. São Paulo: Atlas, 2000.
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