Buscar

TCC- IMPLEMENTAÇÃO DE UM MÉTODO DE GESTÃO DE ESTOQUES EM UM SUPERMERCADO: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO COM AUXÍLIO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMIÁRIDO 
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
LARYSSA DE CALDAS JUSTINO 
 
 
 
 
IMPLEMENTAÇÃO DE UM MÉTODO DE GESTÃO DE ESTOQUES 
EM UM SUPERMERCADO: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO 
COM AUXÍLIO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÉ - PB 
2018 
 
LARYSSA DE CALDAS JUSTINO 
 
 
 
 
 
IMPLEMENTAÇÃO DE UM MÉTODO DE GESTÃO DE ESTOQUES 
EM UM SUPERMERCADO: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO 
COM AUXÍLIO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso 
Superior de Engenharia de Produção do 
Centro de Desenvolvimento Sustentável 
do Semiárido da Universidade Federal de 
Campina Grande, como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharela em 
Engenharia de Produção. 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Me. Daniel de Oliveira Farias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÉ - PB 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração da Ficha Catalográfica: 
Johnny Rodrigues Barbosa 
Bibliotecário-Documentalista 
CRB-15/626 
 
 
 
 
 
 
 
 
 J967i Justino, Laryssa de Caldas. 
 Implementação de um método de gestão de estoques em um 
supermercado: um estudo de caso realizado com auxílio das 
ferramentas de qualidade . / Laryssa de Caldas Justino. - Sumé - PB: 
[s.n], 2018. 
 
 56 f. 
 
 Orientador: Professor Me. Daniel Oliveira de Farias. 
 
 Monografia - Universidade Federal de Campina Grande; Centro 
de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido; Curso de Engenharia 
de Produção. 
 
 1. Gestão de estoques. 2. Qualidade - ferramentas. 3. 
Supermercado. I. Título. 
 
 CDU: 658.78(043.1) 
 
LARYSSA DE CALDAS JUSTINO 
 
 
 
IMPLEMENTAÇÃO DE UM MÉTODO DE GESTÃO DE ESTOQUES 
EM UM SUPERMERCADO: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO 
COM AUXÍLIO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso 
Superior de Engenharia de Produção do 
Centro de Desenvolvimento Sustentável 
do Semiárido da Universidade Federal de 
Campina Grande, como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharela em 
Engenharia de Produção. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_____________________________________________ 
Professor Me. Daniel de Oliveira Farias 
Orientador – UAEP/CDSA/UFCG 
 
 
 
_____________________________________________ 
Professora Dra. Cecir Barbosa de Almeida Farias 
Examinador I – UAEP/CDSA/UFCG 
 
 
 
_____________________________________________ 
Professora Dra. Maria Creuza Borges de Araújo 
Examinadora II – UAEP/CDSA/UFCG. 
 
 
Trabalho avaliado em: 11 de dezembro 2018. 
 
SUMÉ - PB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais Lindaci e 
Edivaldo, que nunca mediram esforços pra me 
ajudar e que são meus guias aqui na terra. A minha 
irmã Júlia por todo amor e confiança que sempre 
depositou em mim. A vocês minha eterna gratidão. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente agradeço a Deus por todas as bênçãos concedidas, por Ele ter me 
sustentado e me guiado até aqui. Eu não conhecia os propósitos Dele para a minha vida e por 
tantas e tantas vezes o questionei, mas a minha fé nunca me permitiu esmorecer e sempre 
confiei que Ele nunca me daria um fardo maior que eu pudesse carregar. Então, a Ele toda 
honra e toda glória! 
 Agradeço em segundo lugar aos meus pais Neguinho e Lindaci, que são meus guias aqui 
na terra. Obrigada por toda força, todo apoio que sempre me deram, pelas vezes que eu me 
desesperei durante o curso e vocês sempre estiveram ao meu lado para me acalmar e apoiar. 
Essa vitória é de vocês e por vocês. 
 A minha irmã Júlia, que é minha maior incentivadora, pelas inúmeras vezes que eu 
estava triste e ela sempre esteve do meu lado para me aconselhar, mesmo sendo mais nova. Te 
amo! Obrigada por tudo e desculpa pelos estresses que descontei em você no decorrer desse 
TCC não foram poucos, eu sei. Obrigada também pelos empurrões: “Laryssa, cuida! Vai fazer 
isso pra tu terminar logo”. Você é uma peça essencial nessa trajetória e na minha vida. 
Ao meu namorado, companheiro e melhor amigo, não acredito em acaso, nem em sorte, 
acredito que Deus nos fez escolher esse curso que a gente mal conhecia para nos encontrarmos. 
Traçamos uma história durante cinco anos. Foram erros, acertos, lutamos muito sempre um ao 
lado do outro para apoiar na hora do desespero. Obrigada por tudo, meu amor, te amo muito! 
Para nós todo sucesso e amor do mundo! 
 Aos meus avós Dona Maria Júlia (in memoriam), queria muito que a senhora tivesse 
aqui para ver eu me formar. Sei do orgulho que tinha pelas netas, mas sei que daí de cima tá 
orgulhosa. Vovô Antônio e Vovó Tereza, obrigada pela preocupação, pelo carinho e 
principalmente pelas orações! Vocês são exemplos de seres humanos e de fé pra mim. Sou 
grata a Deus pelas vossas vidas. 
 Aos meus tios e tias, são muitos não vou citar um por um, mas obrigada! Vocês foram 
fundamentais. Obrigada pelo incentivo, por sempre me encorajarem, pelas idas e vindas em 
Sumé, obrigada por tudo! Amo vocês! 
 A Sumé, uma cidade que eu cheguei uma menina e durante os 5 anos que me acolheu, 
me tornou uma mulher, forte, capaz de enfrentar qualquer desafio que a vida me propor, levarei 
comigo todas as lembranças da trajetória que tracei por aqui. Hoje me considero sumeense de 
coração. 
 
 Aos meus colegas de curso em geral e, em especial, ao meu grupo do início ao fim, 
Elyda, Miguel e Mattheus. Vivemos muitas coisas juntos, aprendemos com os erros um dos 
outros, brigamos, fizemos as pazes. Vou levar vocês pra sempre comigo e já sinto saudades dos 
nossos virotes, jantares, festas. Foram anos incríveis e vocês são incríveis. Amo vocês! 
 À minha sogra Giselda Fernandes, obrigada primeiramente pelo seu filho e obrigada 
pela preocupação e carinho que sempre teve comigo, pelas tantas vezes que suas comidas nos 
salvaram! A melhor carne da vida. 
 Agradeço também a minha companheira de apartamento, a oficial, Phamella. Obrigada 
por todo carinho, pelo colo, por todos os conselhos! Você foi e é como uma irmã pra mim. Sou 
grata a Deus pela tua vida. Sei que tens um futuro incrível pela frente. Te amo! 
 Agradeço a Augusto Rodrigues, que por diversas vezes me socorreu e nunca mediu esforços 
para tirar minhas dúvidas. Parabéns pelo ser humano incrível que você é! És um exemplo pra 
mim. 
 Aos meus mestres, todos que fizeram parte da minha trajetória. Obrigada por todo o 
conhecimento compartilhado, por me proporcionar conhecimentos não só acadêmicos, mas 
experiências de vida! Em especial ao meu Professor e orientador Daniel Farias, a professora 
Cecir Almeida e ao professor Antônio Carlos. 
 Enfim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para minha formação. O 
início parecia um sonho muito distante, mas consegui e sem o apoio de cada um, seria 
impossível. Amo vocês e que venha o emprego! 
“Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês 
em Cristo Jesus” (1 Tessalonicenses 5:18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Com o avanço da globalização e o constante crescimento do mercado, a busca por inovações e 
ferramentas que auxiliem na diferenciação dos empreendimentos vem sendo uma preocupação 
cada vez mais frequente perante os empresários. Através de pesquisas para a concepção do 
estudo pôde-se perceber que a ausência de gestão de estoques em micro e pequenas empresas 
são falhas consideradas “normais” nesse tipo de empreendimento. Perante este fator, viu-se a 
necessidadede expor a importância de uma gestão de estoques eficaz para que as empresas 
continuem competitivas no mercado atual. Esta pesquisa foi realizada em um empreendimento 
do setor supermercadista, localizado na cidade de Juazeirinho – PB. Neste sentido o principal 
objetivo do presente estudo foi identificar através do auxílio das ferramentas da qualidade quais 
os problemas mais relevantes que a referida empresa enfrentavam em relação ao seu controle 
de estoque. A coleta de dados foi realizada por meio de análise de documentos, visitas in loco 
e braisntorming. A partir daí foram propostas soluções e comparados os resultados dos dados 
antes do sistema de controle de estoque efetivado com os dados posteriores, afim de provar que 
existe um impacto financeiro positivo quando se há um controle de estoques eficaz dentro da 
empresa. 
 
Palavras-chave: Gestão de estoques. Ferramentas da qualidade. Supermercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
With the advancement of globalization and the constant growing market, the search for 
innovation and tools aiding the differentiation of business ventures is becoming an increasingly 
frequent concern for entrepreneurs. Through research for the conception of the study it was 
possible to notice that the absence of inventory management in micro and small companies is 
a failure considered "normal" in this type of enterprise. Faced with this factor, it was evident 
the need to expose the importance of effective inventory management so that companies remain 
competitive in the current market. This research was carried out in an enterprise of the 
supermarket sector, located in the city of Juazeirinho-PB. The main objective of the present 
study was to identify, with the assistance of quality tools, the most relevant problems that said 
company faced in relation to its inventory control, the data collection was performed through 
document analysis, on-site visits, and brainstorming. Thereafter proposing solutions and 
comparing the results of the data before the inventory control system effected with subsequent 
data, in order to prove that there is a positive financial impact when there is an effective 
inventory control within the company 
 
Keywords: Inventory management. Quality tools. Supermarket. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Matriz GUT ........................................................................................................... 26 
Figura 2 - Diagrama de Ishikawa ........................................................................................... 27 
Figura 3 - Representação do processo de compra de mercadorias ........................................ 34 
Figura 4 - Diagrama de Ishikawa em relação ao ponto de pedido ......................................... 37 
Figura 5 - Diagrama de Ishikawa em relação a quantidade de produtos em divergência ...... 39 
Figura 6 - Aba de cadastro dos itens ...................................................................................... 44 
Figura 7 - Aba para cálculo de previsão de compras ............................................................. 45 
Gráfico 1 - Comparação dos dados......................................................................................... 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Fórmulas para cálculo do estoque mínimo ......................................................... 20 
Quadro 2 – Fórmulas para cálculo do estoque máximo ........................................................ 20 
Quadro 3 – Fórmulas para cálculo do ponto de pedido ......................................................... 21 
Quadro 4 – Modelo de plano de ação .................................................................................... 28 
Quadro 5 – Plano de ação ...................................................................................................... 40 
Quadro 6 – Produtos mais vendidos do açougue ................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Aplicação da matriz GUT na empresa .................................................................. 36 
Tabela 2 – Total de produtos recebidos ................................................................................. 46 
Tabela 3 - Total de produtos vendidos ................................................................................... 47 
Tabela 4- Cálculo do Ponto de Pedido.................................................................................... 47 
Tabela 5 - Total de saída dos itens ......................................................................................... 48 
Tabela 6 - Porcentagem de crescimento ................................................................................. 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
5W2H – What? Why? When? Who? Where? How? How much? / O quê? Porquê? Quando? 
Quem? Onde? Como? Quanto? 
GUT – Gravidade, Urgência e Tendência 
PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair/First in first out 
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte 
SEST – Serviço Social do Transporte 
UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair/Lastin, first out 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13 
1.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 13 
1.1.1 Objetivos Específicos ................................................................................................... 15 
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 15 
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................................... 15 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 16 
2.1 ESTOQUE ........................................................................................................................ 16 
2.1.1 Conceito e gestão de estoques ...................................................................................... 16 
2.1.2 Funções e objetivos do estoque ................................................................................... 18 
2.2 TIPOS DE ESTOQUE ...................................................................................................... 19 
2.2.1 Estoque mínimo ou estoque de segurança .................................................................. 19 
2.2.2 Estoque de segurança .................................................................................................. 20 
2.2.3 Ponto de pedido ............................................................................................................ 21 
2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÕES DE ESTOQUES .......................................................... 22 
2.3.1 PEPS – Primeiro a entrar, primeiro a sair ................................................................ 22 
2.3.2 UEPS – Último a entrar, primeiro a sair ................................................................... 23 
2.3.3 Custo médio .................................................................................................................. 24 
2.4 FERRAMENTAS DA QUALIDADE .............................................................................. 24 
2.4.1 Braisntorming ...............................................................................................................25 
2.4.2 Matriz GUT .................................................................................................................. 25 
2.4.3 Diagrama de Ishikawa ................................................................................................ 26 
2.4.4 5W2H ......................................................................................................................... 27 
 
3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 29 
 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 29 
 
3.2 COLETA DE DADOS ..................................................................................................... 29 
 
3.3 ELABORAÇÃO DE PARÂMETROS ............................................................................. 30 
3.4 ETAPAS DA PESQUISA ................................................................................................. 30 
3.5 FERRAMENTAS E SOFTWARES UTILIZADOS ........................................................ 31 
4 RESULTADOS ................................................................................................................ 32 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................ 32 
4.2 IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS........................................................................... 32 
4.2.1 Problemas relatados pelos clientes ............................................................................. 34 
4.2.2 Problemas detectados a partir das observações ........................................................ 35 
4.3 ANÁLISE DOS PROBLEMAS ....................................................................................... 35 
4.4 IDENIFICAÇÃO DAS CAUSAS .................................................................................... 36 
4.5 PLANO DE AÇÃO ........................................................................................................... 40 
4.5.1 Definir e padronizar processos ................................................................................... 42 
4.5.2Treinar a mão de obra.................................................................................................. 42 
 
4.5.3 Segregar atividade ....................................................................................................... 42 
4.5.4 Definir método de avaliação de estoques ................................................................... 42 
4.5.5 Implementar um sistema de avaliação de estoques .................................................. 42 
4.5.6 Realizar o cálculo de ponto do pedido ....................................................................... 42 
4.5.7 Realizar supervisões periódicas .................................................................................. 42 
4.5.8 Realizar manutenções frequentes no computador..................................................... 43 
4. 5.9 Efetuar a compra de um novo computador............................................................... 43 
4.6 EXECUÇÃO ..................................................................................................................... 43 
4.7 VERIFICAÇÃO ................................................................................................................ 49 
4.8 CONCULSÃO .................................................................................................................. 50 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 51 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 52 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Diante da globalização, aumento das tecnologias e um cenário de mercado cada 
vez mais competitivo, as empresas necessitam estar buscando diariamente por inovações 
e alternativas que permitam sua sobrevivência perante seus concorrentes. Se quiserem 
sobreviver e prosperar na era da informação, as empresas devem utilizar sistemas de gestão e 
medição de desempenho derivados de suas estratégias e capacidades (KAPLAN; NORTON, 
1997, p. 21). Mediante este pensamento surge a preocupação sobre quais medidas deve-se 
tomar para que as organizações não caiam em colapso. 
Durante pesquisas para a elaboração deste trabalho foi notório que um dos maiores 
problemas que as empresas de varejo enfrentam está relacionado à gestão de estoques. 
Para Partovi e Anandarajan (2002), existe uma complexidade relacionada ao 
gerenciamento do estoque dessas empresas quando as mesmas trabalham com uma maior 
variedade de itens para venda, como no caso dos setores supermercadistas, pois a 
diversidade dos produtos requer um controle equilibrado referente a sua estocagem. 
A implementação de um sistema de controle de estoque eficaz proporciona ao 
gestor maior segurança ao realizar suas compras. É importante identificar o que os seus 
clientes procuram, saber quanto comprar e qual o período correto para realizar os pedidos. 
A gestão de estoques visa o equilíbrio entre oferta e demanda (SLACK, 2009), o que pode 
fazer com que a empresa se sobressaia perante as demais. 
A empresa objeto dessa pesquisa está localizada no Cariri Paraibano, trata-se de 
uma empresa familiar do ramo supermercadista, a mesma conta com cerca de 10 
concorrentes diretos na cidade. 
Para a realização do presente estudo, atrelado aos princípios da gestão de estoque, 
foram utilizadas algumas ferramentas da qualidade: Brainstorming, Matriz GUT, 
Diagrama de Ishikawa e o 5W2H, as quais foram essenciais para o desenvolvimento deste 
trabalho dando suporte na identificação dos principais problemas que a empresa possuía 
em relação ao tema abordado, bem como auxiliar na resolução dos mesmos. 
1.1 OBJETIVO GERAL 
Identificar através das ferramentas da qualidade os principais problemas que a 
empresa enfrenta na gestão de estoques e, posteriormente, elaborar um plano de ação para 
a solução desses problemas. 
 
14 
 
1.2.1 Objetivos Específicos 
 
• Analisar o processo de compra e venda de mercadorias; 
• Aplicar as ferramentas da qualidade; 
• Analisar os problemas detectados; 
• Propor e implementar um plano de ação. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
O presente trabalho se justifica sob duas perspectivas: a primeira refere-se ao 
impacto da ausência de gestão de estoques em empresas de pequeno porte e a segunda 
trata-se da relevância do tema para desenvolvimento positivo da organização e sobre seu 
auxílio na questão da competitividade. 
Na busca por crescimento e diferenciação diante as concorrentes, as empresas 
estão frequentemente aderindo a medidas que favoreçam no seu andamento financeiro e 
competitivo perante o cenário de mercado atual, uma dessas alternativas se dá a gestão de 
estoques. Segundo Almeida (2010), os estoques têm a função de trabalhar como 
reguladores do fluxo de negócios, pois uma de suas finalidades é controlar a quantidade 
de produtos recebidos e sua comercialização. Porém, de maneira geral as empresas de 
pequeno porte não possuem essa política de controle de estoques bem definida. 
A deficiência começa desde o processo de compra de mercadoria, o qual não 
possui um responsável fixo pela função, de modo que o funcionário que estiver livre 
naquele momento toma para si a responsabilidade de realizar a atividade pendente. Esta 
falta de organização reflete diretamente no estoque de produtos da empresa. 
Estoque acumulado significa dinheiro “parado”, ou até mesmo perda de capital. 
Empresas pequenas, em desenvolvimento, necessitam de investimentos periódicos para 
manter-se competitivas, o excesso de estoques ou em ascensão atrapalha diretamente este 
crescimento, resultando em perda de espaço gradativa. 
 Diante do exposto, percebe-sea necessidade de implementação de um modelo de gestão 
de estoque na empresa, que possam auxiliar os gestores a administrar de maneira correta 
a política de compra e venda de mercadorias, distribuindo corretamente as funções de 
cada um dos seus colaboradores e desta forma poder controlar corretamente a quantidade 
de produtos necessários. 
 
15 
 
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
O presente estudo foi organizado em 5 etapas que foram divididas da seguinte 
maneira: a primeira etapa trata-se da introdução do trabalho seguido dos objetivos gerais 
e específicos a cerca de qual o propósito do estudo; a etapa 2 apresenta o referencial 
teórico subdivido em tópicos sobre estoque, tipos de estoques, métodos de avaliação de 
estoques e ferramentas da qualidade; na etapa 3 é apresentado o protocolo da pesquisa, 
justificados em termos metodológicos; na etapa 4 é exposto o estudo de caso referente a 
empresa estudada, bem como os resultados obtidos através das etapas detalhadas na etapa 
3; por último, na etapa 5, são apresentadas as considerações finais obtidas após a 
realização da pesquisa e propostas para trabalhos futuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Neste capítulo, foram abordados os principais conceitos julgados necessários para a 
melhor compreensão do presente estudo. Sua estrutura foi dividida em subcapítulos, 
elaborados da seguinte maneira: no primeiro tópico apresenta-se os principais conceitos sobre 
estoque e gestão de estoques, logo após foram explanadas as principais funções do estoque. 
Em seguida, foram expostas descrições sobre os principais tipos de estoques, as quais foram 
julgadas de extrema relevância para a composição do trabalho. Por fim, apresenta-se algumas 
ferramentas da qualidade utilizadas para identificação dos problemas encontrados, bem como 
a solução dos mesmos. 
 
2.1 ESTOQUE 
 
 Neste tópico serão apresentadas as principais definições de estoque, iniciando pelos seus 
conceitos, posteriormente suas funções e objetivos. 
 
2.1.1 Conceito e gestão de estoques 
 
O relato mais antigo que se tem notícia sobre estoques está escrito na Bíblia. Conta-
se que Faraó, o rei do Egito, guardou e provisionou alimentos durante sete anos de fartura, 
evitando, assim, o desastre no período advindo, sete anos de seca que se abateria no Egito 
(ACCIOLY et al. 2008). Os autores afirmam que os estoques são essenciais para o fluxo 
produtivo das empresas, bem como são essenciais quanto aos fatores competitividade e 
desempenho das organizações. 
Se compreende por estoque uma determinada quantidade de recursos físicos 
armazenados, de maneira infrutífera, por alguma parcela temporal. Para Moreira (2011), são 
exemplos de estoque produtos acabados que esperam venda ou resolução de seu fim, e 
matérias-primas e componentes que aguardam sua devida aplicação no setor produtivo. Para 
Correa (2014) estoques são como o acúmulo de recursos materiais utilizados entre as etapas 
de um processo de transformação com níveis que variam de acordo com os fluxos de entrada 
e saída das etapas. 
17 
 
Na visão de SLACK (et al. 2009, p. 355), “estoque é definido como a acumulação 
armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”. Então pode-se afirmar 
que estoque é uma reserva de segurança armazenada para uso futuro das organizações, 
independente do setor. Para a garantia dessa segurança é necessário que haja uma política de 
gerenciamento de estoques dentro da empresa. Gestão de estoques pode ser definida como 
um conjunto de atividades programadas para atender plenamente as necessidades da empresa, 
com máxima eficiência e custo mínimo, por intermédio de um rápido giro de estoque e, 
consequentemente, do capital investido (VIANA, 2009). 
Pozo (2010) afirma que gerenciamento de estoque é dado pela necessidade de designar 
os níveis de materiais que a organização deve manter sob os parâmetros econômicos. O 
motivo pelo qual é preciso tomar decisões quanto as quantidades dos materiais a serem 
mantidos em estoques, está ligado com os custos associados com o processo de estocar. 
De acordo com Slack (et al. 2009, p.355) existe um dilema no gerenciamento de 
estoques, pois, se por um lado, manter altos níveis de estoque proporciona certo nível de 
segurança em ambientes incertos, em outros casos isso garante a continuidade da linha de 
produção e a pronta entrega do produto ao cliente, por outro lado, os custos com 
armazenamento são muito elevados, o material estocado pode se tornar obsoleto, se danificar, 
se misturar a outros materiais. Estoque parado representa perda de dinheiro que poderia ser 
investido em aplicações mais rentáveis. Analisando esses dois aspectos é possível 
compreender por que é tão importante encontrar o ponto de equilíbrio entre estoque e 
consumo, assegurando, assim, uma boa administração da gestão de estoques. 
Conforme Buller (2009, p.128) “gestão de estoques trabalha pelo equilíbrio entre a 
disponibilidade do produto, nível de serviços e custos e minimizar os custos de estoque está 
diretamente ligado a precisão da previsão de demanda”. Estoque encalhado significa capital 
sem giro, ou seja, dinheiro parado. A quantidade de estoque presente dentro da organização 
deve ser a menor possível, porém garantindo a disponibilidade de produto quando solicitado 
pelo cliente, isto representa uma boa gestão de estoque. 
Nesse cenário a gestão de estoques surge com um papel fundamental, assumindo as 
seguintes funções: determinar “o que” manter em estoque, quando reabastecer e quanto 
requisitar; acionar o processo de reabastecimento; receber, estocar e suprir os materiais 
requeridos pelos usuários; e realizar saneamento do estoque (OLIVEIRA; SILVA, 2014). 
18 
 
2.1.2 Funções e objetivos do estoque 
 
Como já foi citado, o estoque está ligado à necessidade de se manter armazenada certa 
quantidade de materiais, a fim de dar continuidade à produção, sendo conceituado como o 
acúmulo de recursos transformados como materiais, informação, dinheiro e, às vezes, clientes 
(SLACK et al., 2013). 
Na visão de Oliveira e Silva (2014), o estoque possui duas funções principais: a primeira 
é referente à garantia do abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de 
demora ou atraso no fornecimento de materiais, da sazonalidade no suprimento e dos riscos 
de dificuldade em tal suprimento; a segunda função consiste em proporcionar economia de 
escala por meio da compra ou produção em lotes econômicos, pela flexibilidade do processo 
produtivo e pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades. 
Seguindo nesta linha de pensamento, ainda é possível listar várias outras funções que são 
atribuídas ao estoque: 
 
Manter a independência entre as operações, ou seja, permitir que as operações 
ocorram normalmente, desde a produção até a venda final, sem que uma fique 
parada esperando a outra. O estoque bem administrado tende a evitar que esta 
situação de parada por dependência de outro setor ocorra; 
Atender a variação do número de pedido do produto. Há períodos em que o número 
de pedidos é maior e outros em que é quase inexistente. O setor de estoques tem 
que ser bem administrado para poder atender a esses pedidos durante todo o ano. 
Exemplo: no período do verão, a venda de ar condicionado é bem maior que durante 
o inverno, assim como a venda de cervejas. Ao contrário, o vinho é mais vendido 
no período do inverno que no verão; 
Criar uma proteção para variações no prazo de entrega de matérias-primas. Podese 
dizer que dificilmente as empresas conhecem com precisão o tempo de 
ressuprimento de matérias-primas. Daí, para garantir a disponibilidade de produto, 
é conveniente estabelecer um nível de estoque de segurança; 
A administração de estoques deverá determinar o tamanho do lote mais econômico 
a ser comprado ou a ser fabricado; 
Permitir flexibilidadena programação da produção. O estoque tem que ser capaz 
de se adaptar às alterações e solicitações do setor produtivo. Manter estoques de 
reserva é uma maneira de garantir o fornecimento ao setor produtivo. 
(SEST/SENAT, 2017, p 13). 
 
Estoques têm por finalidade garantir a continuidade do negócio, minimizando as 
consequências das incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento, servindo como 
segurança contra contingências, além de permitir economias de escala nas compras e no 
transporte, melhorando o nível de serviço prestado (SEST/SENAT, 2016). 
19 
 
Com as abordagens apresentadas sobre o estoque, é possível perceber que é um 
elemento indispensável para a composição da empresa seja qual o ramo for comercial ou 
industrial, a forma como é controlado possibilita ganhos ou perdas para a instituição, o 
controle eficiente do estoque é fundamental para se manterem competitivas (DANTAS, 
2015). 
 
2.2 TIPOS DE ESTOQUE 
 
Existem diversas definições relacionadas aos tipos de estoque. Neste tópico serão 
abordadas três classificações que foram consideradas mais relevantes para o desenvolvimento 
do estudo. O controle eficiente de estoques (estoque máximo e mínimo) permite o 
balanceamento dos níveis de disponibilidade do produto, bem como o nível de serviço e os 
custos de manutenção (KREVER et al. 2003). Para Dias (2012), nas condições de equilíbrio 
entre a compra e o consumo, o estoque varia entre os níveis máximos e mínimos. 
 
2.2.1 Estoque mínimo ou estoque de segurança 
 
 Define-se estoque mínimo ou estoque de segurança aquela quantidade mínima de itens 
que deve existir no estoque destinada a cobrir eventuais retardamentos no ressuprimento, 
como: alteração no consumo do item, atrasos no fornecimento, rejeição de item no controle 
de qualidade e falhas administrativas no pedido de compra, objetivando a garantia do 
funcionamento ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem o risco de faltas. O estoque 
mínimo é uma quantidade morta, só sendo consumida em caso de necessidade 
(SEST/SENAT, 2017). 
Para Pozo (2016) as definições de estoques de segurança, estoque mínimo ou de 
reserva, são as mesmas e defende que, é uma quantidade mínima de itens que deve existir 
para cobrir as possíveis variações, que podem ser relacionadas a atrasos em entregas, rejeição 
do produto recebido e aumento na demanda do produto. Viana (2002) também partilha do 
mesmo pensamento, e diz que o estoque mínimo também é conhecido como estoque de 
segurança, no qual o resultado significa a quantidade mínima que a empresa necessita para 
suportar um tempo maior até o próximo abastecimento ou um consumo desproporcional ao 
normal da empresa. 
20 
 
Para descobrir qual a quantidade de pedidos necessária para abastecimento de estoque 
realiza-se um cálculo, cujas fórmulas são demonstradas na Quadro 1 abaixo: 
Quadro 1 - Fórmulas para cálculo do estoque mínimo 
𝑬𝑺 = 𝑪.𝑲 𝑬𝑺 = (𝒄𝒎 − 𝒄𝒏) + 𝒄𝒎 . 𝑷𝒕𝒓 
ES: estoque de segurança ES: estoque de segurança 
C: consumo médio do produto Cm: consumo maior previsto do produto 
K: coeficiente de grau de risco Cn: consumo normal do produto 
 Ptr: porcentagem de atraso no tempo de repetição 
𝑬𝑺 = 𝑲. 𝑻𝑹. 𝑪𝑴𝑵 𝑬𝑴 = 𝑻𝑹. 𝑪𝑴 + 𝑬𝑹 
ES: estoque de segurança EM: estoque médio 
K: coeficiente de grau de risco TR: tempo de ressuprimento 
TR: tempo de ressuprimento CM: consumo mensal 
CMN: consumo médio mensal ER: estoque de reserva 
Fonte: Viana (2002), Pozo (2007), Moura (2012) 
Para Pozo (2010) a finalidade do estoque mínimo é não afetar o processo produtivo e, 
sobretudo, não causar transtornos aos clientes por falta de material e, consequentemente, 
atrasar a entrega do produto ao mercado. 
Segundo Chopra e Meindl (2003) a quantidade adequada de “Emín” a ser mantida 
está relacionada às incertezas da demanda e do TR e ao grau de atendimento que se pretende 
oferecer ao cliente. Se a demanda fosse determinística e a reposição fosse instantânea, não 
haveria a necessidade desse tipo de estoque (BALLOU, 2001). 
 
2.2.2 Estoque máximo 
 
A definição de estoque máximo, segundo Viana (2002, p. 149) é a “quantidade máxima 
permitida para o material”, tendo como principal finalidade a indicação da quantidade de 
ressuprimento. Complementando, de acordo com Ribeiro (1999), o estoque máximo é 
determinado pela gerência e geralmente pode ser até duas vezes o estoque mínimo. 
Na visão de Pozo (2008) o estoque máximo é o resultado da soma do estoque de 
segurança mais o lote de compra. O nível máximo de estoque é normalmente determinado de 
forma que seu volume ultrapasse a somatória da quantidade do estoque variações normais de 
estoque em fase dinâmica de mercado, deixando margem que assegure, a cada novo lote, que 
o nível máximo de estoque não cresça e onere os custos de manutenção de estoque, que pode 
ser obtida através das equações representadas na Quadro 2 abaixo: 
Quadro 2- Fórmulas para cálculo do estoque máximo 
21 
 
𝑬𝒎Á𝒙 = 𝑬𝑺 + 𝑳𝑬𝑪 𝑬𝒎Á𝒙 = 𝑵𝑹 + 𝑻𝑼 + 𝑰𝑪 
Emáx: Estoque Máximo Emáx: Estoque máximo 
ES: Estoque de Segurança NR: nível de reposição 
LEC: Lote Econômico de Compra TU: taxa de uso 
 IC: intervalo de compra 
Fonte: Adaptado de Santos et al (2009); Viana (2002) 
As equações acima afirmam também o ponto de vista de Vieira (2013), que diz que 
estoque máximo resulta da soma do estoque de segurança acrescido do LEC. O estoque 
máximo serve de ponto alerta para que no momento de realizar compras o gestor evite o 
excesso e não prejudique a empresa financeiramente com gastos desnecessários e acúmulo 
de estoque. 
2.2.3 Ponto de pedido 
De acordo com Slack et al. (2009) o ponto de pedido é uma marca no tempo que 
aponta que mais artigos necessitam ser solicitados, comumente calculado no sentido de 
assegurar que o estoque não acabe antes que o novo conjunto de estoque chegue. O ponto de 
pedido é calculado com uma previsão durante o início e o fim de uma atividade, levando-se 
em consideração o estoque de segurança e o lead time do produto. Como demonstrado na 
Quadro 3 abaixo: 
Quadro 3- Fórmula para cálculo do ponto de pedido 
𝑷𝑷 = 𝑪 ∗ 𝑻𝑹 + 𝑬𝒎Í𝒏 
PP: Ponto de Pedido; 
C: Média de Consumo das Mercadorias por dia; 
TR: Tempo de Reposição; 
Emín: Estoque Mínimo. 
Fonte: Autora (2018) 
A média de consumo das mercadorias por dia é realizada da seguinte forma: soma-se 
o consumo de produtos de um determinado período e divide pela quantidade de períodos 
analisados. Por exemplo: foram escolhidos os meses janeiro, fevereiro e março, 
respectivamente foram vendidos 50, 60, e 90 produtos nesses determinados meses, esta soma 
de produtos é dividida pela quantidade de meses estudados. Como demonstrado na Equação 
1 abaixo: 
 
 
22 
 
 (1) 
 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒏𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓𝒆𝒔 
𝑪 = 
𝑸𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒂𝒏𝒂𝒍𝒊𝒔𝒂𝒅𝒐𝒔 
 
É de suma importância que os dados colhidos para este cálculo sejam reais e atuais. 
Para Dias (2010), em relação à importância do ponto de pedido, este tempo precisa ser 
determinado da forma mais realista possível, pois as variações ao longo do tempo podem 
alterar a estrutura de todo o sistema de estoque. 
2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÕES DE ESTOQUES 
Na avaliação de estoque além de se preocupar com as quantidades é necessária “a 
busca constante da redução dos valores monetários de seus estoques” (POZO, 2007, p. 
87).Dois aspectos são indispensáveis na avaliação de estoque, são eles: o processo de cálculo 
de custo na entrada de um produto no estoque e o processo de cálculo de custo na saída do 
produto do estoque (DUBOIS, 2009). 
Existem vários métodos possíveis para a avaliação de estoques, dentre eles 
destacamse três: PEPS (primeiro a entrar será o primeiro a sair), UEPS (último a entrar seráo primeiro a sair), e Custo médio, é importante saber qual a melhor metodologia a se utilizar, 
pois sua escolha implica “diretamente no lucro contábil da empresa” (FRANCISCHINI, 
2002). 
 
2.3.1 PEPS – Primeiro a entrar, primeiro a sair 
O método PEPS também é conhecido com FIFO (firstin, first out), sua metodologia 
ocorre da seguinte maneira: os produtos recém-chegados são estocados, para que os produtos 
mais antigos sejam vendidos primeiro. 
 
PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) ou FIFO (first in, first out): as 
baixas do estoque são efetuadas pelo custo mais antigo, assim o estoque é 
baixado à medida que ocorrem as vendas pelo custo que foi efetuado primeiro, 
este método também é aceito pelo fisco (SCHIER, 2012). 
No método PEPS “cada lote de compra é controlado separadamente” 
(FRANCISCHINI, 2002, p. 172). Segundo Ribeiro (2017) quando uma empresa opta pelo 
método PEPS, as mercadorias em estoque serão valoradas pelos custos mais recentes. Para 
isso, basta apenas consultar a ficha de estoque da mercadoria desejada. 
23 
 
De acordo com Padoveze (2004), o método PEPS traz como vantagem o fato de que 
os estoques finais são valorizados a preços mais recentes, fazendo que o Balanço Patrimonial 
esteja mais perto de uma realidade de preços de mercado à data do balanço. Complementando 
este pensamento, Ferreira (2007, p.34) também lista algumas vantagens de se utilizar o 
método PEPS para controle de estoque: 
Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles de maneira 
lógica e sistemática; 
O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas saídas; 
O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e ordenada, 
representa uma condição necessária para o perfeito controle dos materiais, 
especialmente quando estes estão sujeitos à deterioração, decomposição, mudança 
de qualidade, etc. 
 
É um método comumente utilizado por organizações que trabalham com produtos 
perecíveis, os quais não podem ficar estocados por um longo período de tempo, pois tem 
prazo de validade e caso ultrapasse a empresa terá prejuízos. 
 
2.3.2 UEPS – Último a entrar, é o primeiro a sair 
 
A ordem de acontecimentos do método UEPS que também é conhecido como LIFO 
(last in, first out), ocorre de maneira inversa ao PEPS. Neste caso os produtos que chegam 
por último têm suas saídas antecipadas e os produtos recém-chegados são estocados e serão 
comercializados com o custo das compras mais recentes. 
UEPS (último que entra, primeiro que sai) ou LIFO (lastin, first out): neste método 
o último valor de aquisição de estoque é o primeiro a sair quando dada a baixa do 
material. Em virtude de um maior valor de avaliação das baixas, este método não é 
aceito pelo fisco (SCHIER, 2012). 
Padoveze (2004) profere que uma das vantagens de se utilizar o método UEPS, é o 
fato de que o custo das mercadorias vendidas está a preços mais recentes, mais próximos de 
uma realidade dos custos de mercado. 
Em concordância com a citação acima Dias (2009, p. 162) diz que: “é o mais adequado 
em períodos inflacionários, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque para venda no 
mercado consumidor”. Porém, no Brasil, essa metodologia é considerada ilegal, além do que, 
em contrapartida com a vantagem, há também desvantagens, pois, ao utilizar desse artifício, 
a empresa corre maiores riscos de ter prejuízos caso trabalhe com produtos perecíveis ou 
produtos que tenham tempo de vida útil menor. 
24 
 
2.3.3 Custo médio 
 
O custo médio, segundo Dias (2009, p.336), “age como um estabilizador, pois 
equilibra as flutuações dos preços; e, em longo prazo, reflete os custos reais das compras de 
material”. Por este motivo é um dos métodos mais utilizados pelas empresas. 
Custo médio ponderado móvel: cada entrada por custo diferente do custo 
médio anterior altera o custo médio, e cada saída altera o fator de 
ponderação. A baixa é feita a cada venda ou comunicação de consumo. É 
um dos métodos aceitos pela legislação brasileira para fins de recolhimento 
de impostos (SCHIER, 2012). 
O cálculo do custo médio é realizado com todos os produtos disponíveis em estoque, 
tanto os mais antigos, quanto os mais novos. Stark (2007) define este método como sendo um 
valor que indica tanto o custo dos materiais aplicados quanto os saldos serão compostos pelo 
valor médio. 
Por exemplo, em um primeiro momento um item X, custou para a empresa R$ 20,00, 
no mês seguinte, o mesmo produto custou R$ 18,00, já no terceiro mês, o produto estava com 
valor promocional e custou R$ 10,00; agora com a obtenção desses três valores, soma-se 
todos, e divide por 3, resultando na média dos diferentes preços do produto. 
Segundo Almeida (2010, p.197), “por este método as quantidades que ficam em 
estoque e as quem saem são valorizadas pelo custo unitário médio de aquisição ou de 
fabricação”. 
 
2.4 FERRAMENTAS DA QUALIDADE 
 
A ferramentas da qualidade são métodos utilizados por manufaturas para melhoria dos 
processos realizados, elas têm a função de diagnosticar problemas nas indústrias e auxiliar 
na busca por melhorias. Para Reno (2015), as ferramentas são usadas como um meio para 
atingir as metas. Meios são as ferramentas que podem ser usadas para identificar e melhorar 
a qualidade e a meta é onde quer chegar. 
Segundo Alves et al. (2009), as ferramentas da qualidade são dispositivos gráficos, 
numéricos e analíticos estruturados para viabilizar a implantação da qualidade total, sendo 
que, normalmente, cada ferramenta se dispõe a uma determinada aplicação. 
Os métodos estatísticos são ferramentas eficazes para a melhoria do processo 
produtivo e redução de seus defeitos. Entretanto, é preciso que se tenha em mente que as 
ferramentas estatísticas são apenas ferramentas. Elas podem não funcionar, caso sejam 
25 
 
aplicadas inadequadamente (KUME 1993). No estudo em questão serão utilizadas as 
seguintes ferramentas da qualidade: Brainstorming, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa 
e Efeito (Ishikawa) e o 5W2H. 
 
2.4.1 Brainstorming 
 
Também conhecida como “Tempestade de Ideias”, a ferramenta Brainstorming é um 
processo usado em dinâmicas de grupo, destinado à geração de ideias e sugestões criativas, 
possibilitando ultrapassar os paradigmas dos membros da equipe (GUELBERT, 2009, p. 87). 
Complementando este pensamento Miguel (2001), diz que é na reunião de negócios que se 
origina o Brainstorming como uma alternativa para o surgimento de ideias criativas, 
deixando-se de lado as críticas e incentivando o aparecimento dessa “tempestade de ideias”. 
Para Fagundes e Almeida (2004), o Brainstorming visa tornar reuniões menos 
formais, a ponto de que todos os membros da equipe possam expor suas ideias, sem serem 
questionados. Espera-se liberar os membros da equipe de formalismos limitantes, que inibem 
a criatividade, e, portanto, reduzem as opções de soluções e meios, e busca-se encontrar a 
diversidade de opiniões e ideias. 
 
2.4.2 Matriz GUT 
 
A matriz GUT tem como função principal elencar problemas de acordo com sua 
prioridade, levando em consideração três pontos: G – gravidade, U – urgência e T – tendência. 
Carvalho e Senna (2015) dizem que a matriz GUT é uma ferramenta de grande importância 
para o planejamento estratégico, pois serve de auxílio para definição das estratégias. Neste 
caso, a matriz GUT será utilizada como intermédio entre duas ferramentas da qualidade: o 
brainstorming e o Diagrama de Ishikawa. 
Para a elaboração da Matriz GUT o primeiro passo é fazer uma lista enumerando os 
problemas enfrentados pela empresa com foco no setor a ser estudado, posteriormente atribui-
se notas a cada um dos problemas, considerando os três aspectos abordados na matriz, Periard 
(2011) faz a seguinte classificação: 
Gravidade: Diz quanto o peso da dificuldade analisada caso ela venha a ocorrer. 
Analisa-se diante certas características,tais: tarefas, pessoas, resultados, processos, 
organizações, etc., estudando os resultados a médio e longo prazo, se antes não for 
solucionado; 
26 
 
Urgência: A quantidade de tempo que se tem ou necessita para resolução da tarefa. 
Se grande a urgência, menor é o tempo disponível para sanar tal problema. 
Recomenda-se o questionamento: “A solução desta causa pode aguardar ou 
necessita ser feita de imediato?”; 
Tendência: Refere-se à possibilidade de aumento do problema, a circunstância da 
questão crescer ao decorrer do tempo. É recomendado questionar: “Caso não 
solucione tal problema logo, o mesmo piorará aos poucos ou bruscamente? 
(PERIARD, 2011). 
 A Figura 1 a seguir ilustra a matriz para melhor visualização: 
Figura 1- Matriz GUT 
 
Fonte: Daychoum (2013) 
Após atribuir as notas dos problemas é realizada a multiplicação desses números 
(GxUxT). Com o resultado do cálculo organiza-se um ranking do maior para o menor valor. 
Assim, poderão ser definidas quais as dificuldades que necessitam ser resolvidas de imediato. 
2.4.3 Diagrama de Ishikawa 
O Diagrama de Ishikawa foi criado pelo engenheiro japonês Kaoru Ishikawa. É um 
diagrama capaz de classificar as causas de um problema, sendo conhecido também por 
diagrama de espinha-de-peixe ou de Causa e Efeito, no qual é feito um desenho em forma de 
“espinha-de-peixe”, onde se define, primeiramente, o “efeito”, que deverá ser anotado à 
direita e traçando, à esquerda, uma larga seta, apontando para o efeito (PILZ et al 2011). 
Demonstrado na Figura 2 abaixo: 
Figura 2- Diagrama de Ishikawa 
27 
 
 
Fonte: Autora 
 
Ishikawa (1993, p.79), resume quais as funções e benefícios atribuídos ao diagrama 
em questão: 
 
A análise de processo é a análise que esclarece a relação entre os fatores de causa 
no processo e os efeitos como qualidade, custo, produtividade, etc., quando se está 
engajado no controle de processo. O controle de processo tenta descobrir os fatores 
de causa que impedem o funcionamento suave dos processos. Ele procura assim a 
tecnologia que possa efetuar o controle preventivo. Qualidade, custo e 
produtividade são efeitos ou resultados deste controle de processo. 
 
Para Moura (2003), esta é uma ferramenta útil para análise dos processos de forma a 
identificar as possíveis causas de um problema. Trata-se de uma ferramenta simples, que tem 
o poder de sintetizar processos complexos dentro das suas cinco ou seis subdivisões, 
dependendo do autor, ajudando a definir as raízes dos problemas encontrados. Para Marques 
(2017), sua finalidade é estruturar e organizar o pensamento sobre as causas de um 
determinado problema. As espinhas do esqueleto representam os fatores (causas), que podem 
ser subdivididas em espinha pequena, média e grande. A espinha dorsal representa o fluxo 
básico de dados. 
Segundo KUME (1993, p. 30), “o diagrama de causa efeito mostra a relação entre 
uma característica da qualidade e os fatores. O diagrama é usado atualmente não apenas para 
lidar com as características da qualidade do produto, mas também em outros campos”. 
2.4.4 5W2H 
O 5W2H também conhecido como Plano de Ação é uma ferramenta bastante simples 
e comumente utilizada na hora de encontrar soluções para problemas específicos. 
28 
 
ParaMedeiros (2013), o uso da ferramenta consiste em descrever o problema da maneira 
como ele ocorre em determinado momento, mostrando como ele pode afetar os processos e 
os stakeholders. 
Esta ferramenta resume-se basicamente em sete perguntas, originalmente na língua 
inglesa: (What?); Quem irá executar? (Who?); Onde será executada? (Where?); Quando será 
executada? (When?); Por que será executada? (Why?) Como será executada? (How?); Quanto 
custará executar? (Howmuch?) (LENZI et al. 2010), que irão aguçar questionamentos os 
quais levarão a formular um plano de ação para a resolução dos problemas detectados. A 
Quadro 4 abaixo mostra mais detalhadamente a estrutura do 5W2H: 
Quadro 4- Modelo do plano de ação 
PERGUNTA TRADUÇÃO QUESTIONAMENTO 
What? O quê? O que será feito? 
Who? Quem? Quem irá fazer? 
Where? Onde? Onde será feito? 
When? Quando? Quando será feito? 
Why? Por quê? Por que será feito? 
How? Como? Como será feito? 
Howmuch? Quanto custa? Quanto custará? 
Fonte: Adaptado de Carpinetti (2012) 
De acordo com as citações acima, pode-se entender o 5W2H como um 
mapeamento de atividades acerca de um problema o qual deseja-se encontrar uma 
solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3 METODOLOGIA 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa quali-quantitativa. Essas duas 
abordagens se diferenciam quanto à coleta e posterior análise dos dados. 
A primeiro momento utilizou-se a abordagem qualitativa que, segundo Llewellyn e 
Northcott (2007), centra-se na identificação das características de situações, eventos e 
organizações. Esse método foi utilizado a partir de visitas ao local, reuniões com os membros 
da equipe e conversas informais com os clientes. 
Complementando o método utilizado foi explorado a pesquisa quantitativa, quando os 
dados são quantificáveis, podendo ser aplicada alguma forma de análise estatística. 
(MALHOTRA, 2001). Neste caso a abordagem quantitativa foi empregada afim de analisar 
as informações obtidas de uma forma mais precisa, a partir dos dados colhidos que foram 
volume de vendas, histórico do fluxo das mercadorias, com o intuito de realizar os cálculos 
necessários para a conclusão da pesquisa. 
 
3.2 COLETA DE DADOS 
A coleta de dados foi realizada através de fontes primárias e secundárias. Dados 
primários são aqueles colhidos diretamente pelo pesquisador e utilizados pela primeira vez. 
Para a presente pesquisa os dados primários referidos foram colhidos através de observações, 
visitas in loco e brainstormings. Os dados secundários foram colhidos através de relatórios 
fornecidos através do sistema utilizado pela empresa e documentos fornecidos pelo proprietário 
da mesma. 
O período de realização do trabalho durou em torno de seis meses: maio, junho, julho, 
agosto, setembro e outubro de 2018. No primeiro mês as visitas foram realizadas 
semanalmente, todas as quartas-feiras, o dia em que os representantes de vendas realizam as 
visitas para que os funcionários possam realizar os pedidos. No segundo mês da coleta de 
dados, as visitas passaram para a terça-feira, visto que se trata do dia em que acontece a feira 
livre da cidade; contudo, é o dia em que há um pico nas vendas do estabelecimento. A partir 
do terceiro mês as visitas continuaram sendo semanais, porém em dias alternados, para um 
melhor entendimento do fluxo de vendas no restante da semana, bem como o registro das 
atividades no caixa. Ao final de cada mês foram colhidos os relatórios de fluxo de caixa. A 
partir do quarto mês foi dado início a execução dos métodos propostos no plano de ação. A 
partir dessa implementação começaram as coletas de dados novamente afim de compará-los. 
30 
 
3.3 ELABORAÇÃO DE PARÂMETROS 
A utilização de artifícios para mensurar o desempenho dentro de uma empresa é um 
aspecto fundamental para seu desenvolvimento e crescimento. Independente do seu segmento 
ou do setor esteja sendo estudado, a busca por melhorias é um fator indispensável. Diante 
disso, a medida utilizada para quantificar a efetividade do método proposto foi criar 
indicadores que pudessem comparar os dados obtidos antes com o depois da implementação 
das melhorias propostas através do plano de ação. 
Tais indicadores foram verificados através dos relatórios emitidos pelo sistema 
operacional e expostos através de gráficos. Os dados analisados foram a quantidade de itens 
comprados e vendidos. O crescimento da demanda indica que o estudo obteve êxito no seu 
resultado. 
3.4 ETAPAS DA PESQUISA 
 Tratando-se de um empreendimento de pequeno porte são muitasas dificuldades 
existentes dentro dela em todos os âmbitos. Nesse sentido, a utilização das ferramentas da 
qualidade foi essencial para identificar e priorizar esses problemas. 
A primeira medida utilizada foi realizar um brainstorming e colocar no papel tudo 
que foi discutido durante ele, levando em consideração as reclamações dos funcionários e do 
gestor. Também foram realizadas visitas durante o processo de coleta de dados e foi possível 
perceber que os clientes também tinham suas queixas e as relatavam durante o período que 
estavam no estabelecimento. 
Colhidas as reclamações identificou-se que maior parte delas estavam relacionadas a 
questão de estoques e a compra e venda de mercadorias. A partir daí utilizou-se a matriz GUT 
para que essas reclamações fossem priorizadas conforme sua gravidade, urgência e tendência. 
Os dois itens que tiveram a maior pontuação foram o ponto de pedido e a divergência de itens 
no estoque. Para esses dois problemas aplicou-se o Diagrama de Ishikawa individualmente, 
a partir dele foram descobertas quais as causas desses problemas. 
Por fim foi elaborado um plano de ação, para isto foram levantadas todas as soluções 
que poderiam ser dadas para as questões levantadas. A partir daí as medidas propostas foram 
implementadas, logo após a seção 4.7 refere-se à verificação dessas medidas adotadas, 
levantando-se novamente os dados da pesquisa para concluir se houve êxito após a aplicação 
do método proposto. 
3.5 FERRAMENTAS E SOFTWARES UTILIZADOS 
31 
 
As ferramentas utilizadas para a construção do presente trabalho foram de grande 
importância para sua concepção, visto que através delas foi possível identificar problemas e 
propor soluções. No caso das ferramentas da qualidade utilizou-se o brainstorming, Matriz 
GUT, Diagrama de Ishikawa e por fim o 5W2H. Para realização dos cálculos para soluções 
propostas foram utilizadas algumas fórmulas: estoque mínimo, estoque máximo e ponto de 
pedido, tais fórmulas estão devidamente ilustradas e referenciadas na seção 2.2. 
Algumas ferramentas computacionais também foram utilizadas para a concretização da 
pesquisa: Microsoft Office Word, Microsoft Office Excel e o Small Comerce. O Microsoft 
Office Excel foi de extrema importância para a elaboração de tabelas e realização dos cálculos 
que foram executados na parte do plano de ação. Graças aos resultados uma das propostas de 
melhorias foi devidamente efetivada. Para elaboração dos documentos utilizou-se o Microsoft 
Office Word e, por último, o sistema de gerenciamento Small Comerce que auxiliou na coleta 
de dados e relatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 4 RESULTADOS 
Neste capítulo será exposto todo o processo de análise de dados e desempenho da empresa em 
questão; este procedimento se deu através do auxílio de algumas ferramentas da qualidade. 
Após a identificação e análise dos problemas, foi possível propor métodos de melhorias para a 
resolução das dificuldades detectadas. 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
 O referido estudo foi realizado em uma empresa de pequeno porte do setor 
supermercadista localizada no município de Juazeirinho, interior da Paraíba. Conhecida na 
cidade por seu nome fantasia Mercadinho Econômico, a organização está presente no 
mercado desde 1994. Apesar de efetiva neste setor há 24 anos, o gestor ainda utiliza de 
maneiras empíricas para administrar seu negócio, possuindo apenas sua experiência de 
comerciante, o que caracteriza a empresa ainda como de cunho familiar. 
O comerciante nunca obteve auxílio profissional para tocar o empreendimento, nem 
a utilização de qualquer ferramenta de gestão que pudesse o ajudar. Atualmente a empresa 
conta com um quadro de 4 funcionários, incluindo o dono da empresa. Quanto às funções 
estabelecidas a cada um, em um primeiro momento não foi possível identificar. 
 
4.2 IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS 
 
Como já foi descrito, apesar de bastante tempo de mercado, a empresa em questão 
ainda possui um método arcaico na sua administração os quais necessitam ser melhorados. 
Dessa forma, para que fosse possível conhecer melhor a empresa e seus costumes foram 
realizadas visitas in loco e um brainstorming com a equipe da empresa, para que eles 
pudessem relatar quais as principais dificuldades enfrentadas pela mesma. 
Através do brainstorming foi possível perceber que havia uma grande deficiência em 
relação ao controle de estoques da empresa. Segundo relatos dos colaboradores, os problemas 
começam na hora de realização dos pedidos, que acontecem da seguinte maneira: 
semanalmente os funcionários têm por responsabilidade elaborar uma lista dos itens que estão 
em falta. Após a lista pronta, os fornecedores dos produtos têm acesso a ela, onde põem seus 
preços e, consequentemente, a compra é realizada com o fornecedor que oferecer o menor 
valor dos produtos. 
33 
 
Após a entrega dos pedidos, um funcionário confere os produtos um a um através da 
nota fiscal emitida pela fornecedora. Posteriormente, a nota é anexada junto às demais já 
existentes, enquanto o boleto é passado para o dono da empresa, o qual é responsável pelas 
datas de pagamentos. Em seguida, um funcionário realiza a atualização dos preços dos 
produtos de acordo com o valor da última compra. 
A última etapa antes dos itens serem expostos para a venda é o lançamento da nota 
fiscal no sistema gerencial. Nessa fase os colaboradores relataram que todas as vezes que 
chegam mercadorias é necessário fazer a contagem dos itens recém-chegados disponíveis no 
espaço físico e conferir se a quantidade é a mesma no sistema gerencial. Constatou-se que 
são raras as vezes que as quantidades se encontram em conformidade. A explicação dada pelo 
dono da empresa é que em período de movimento intenso, para evitar filas e reclamações por 
parte dos clientes, algumas compras não são devidamente registradas no caixa. Quando a 
compra é pequena, a venda é efetuada informalmente através da soma realizada por 
calculadoras comuns, alguns dos produtos vendidos dessa forma são listados para 
posteriormente ser dado baixa no sistema, mas não é sempre que isso ocorre. 
Essas atitudes tornam o sistema de gerenciamento de estoque falho, pois as 
informações contidas nele não são dados reais. Para melhor entendimento desse processo de 
compra de mercadorias e cadastro de notas, foi montado um esquema que vai desde a 
concepção da lista de produtos até a exposição dos mesmos para a venda, representado na 
Figura 3 abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Representação do processo de compra de mercadorias 
 
34 
 
 
Outro problema julgado frequente é a incerteza da quantidade de produtos que se deva 
comprar. Por exemplo, em conversa com o dono do supermercado, ele alegou que no início 
do mês, que é o período de pico de movimento, é comum faltar mercadorias principalmente 
no setor de frios, os quais são produtos perecíveis. O mesmo constatou que existe um receio 
de realizar uma compra maior e obter prejuízos caso a mercadoria não seja vendida 
completamente. Em contrapartida, ele relatou que os prejuízos estão ocorrendo, porque existe 
a procura e não há mercadoria para vender. 
É importante destacar que na referida empresa não existe segregação de funções, o 
funcionário que estiver disponível no estabelecimento toma para si a responsabilidade da 
tarefa pendente, o que facilita o erro envolvendo a composição do estoque. 
 
4.2.1 Problemas relatados pelos clientes 
Durante o período de brainstorming e coleta de informações, os funcionários da 
empresa puderam perceber que alguns problemas relacionados à manutenção de estoque 
afetavam diretamente os seus clientes. 
Um dos problemas julgados mais recorrente foi a questão dos preços dos produtos, 
que segundo os funcionários, comumente por pressa, ou até mesmo falta de atenção, as 
mercadoriasexpostas nas prateleiras constam um determinado valor e ao chegar no caixa, 
 
 
Fonte: Autor a (2018) 
ELABORAÇÃO DA 
LISTA 
DOS ITENS EM 
FALTA 
PESQUISA DOS 
PREÇOS 
CHEGADA DOS 
PRODUTOS 
CONFERÊNCIA DA 
MERCADORIA COM 
A NOTA FISCAL 
REAJUSTE DE 
PREÇOS 
CONFERÊNCIA DO 
ESTOQUE REAL 
COM O EXISTENTE 
NO SISTEMA 
LANÇAMENTO DAS 
NOTAS NO SITEMA 
EX POSIÇÃO DOS 
PRODUTOS PARA 
VENDA 
35 
 
para registrar a compra, o cliente se depara com um preço diferente. Diante disso, ocorre um 
constrangimento por ambas as partes. Além do mais, eles frisaram que é direito do 
consumidor pagar pelo menor valor constado, o que pode acarretar prejuízos para a empresa. 
Outra questão relatada, foi a dos produtos fora do prazo de validade. De acordo com 
o dono da empresa, já houve algumas reclamações de clientes ao perceber que o produto 
exposto estava vencido. Segundo o proprietário, esta deficiência se dá porque não há uma 
preocupação do repositor em verificar os prazos de validade antes de expor os itens, a 
consequência disso é a perda de confiança dos clientes. 
 
4.2.2 Problemas detectados a partir das observações 
 
Nos tópicos apresentados acima foram expostos os problemas relatados através dos 
brainstormings realizados na empresa segundo os colaboradores. Neste ponto serão descritos 
os problemas observados a partir das visitas in loco e observações feitas durante o período da 
pesquisa. 
 Foi possível perceber que a empresa enfrenta um problema frequente de retrabalho quando 
se trata da alimentação do sistema gerencial. Nota-se que não existiu um treinamento para 
capacitar os funcionários para esta função, o que os leva ao erro na hora de alimentar o 
sistema. 
Ao analisar o sistema foi de fácil percepção que o mesmo é dotado de diversas funções 
que não são exploradas pela equipe, como, por exemplo, o cálculo de ponto de pedido, que 
foi um problema relatado pelo gestor da empresa. 
 Outro ponto diagnosticado foi a falta de padronização nos processos de compra e venda de 
mercadorias. O empreendimento não possui uma segregação de funções, o que acaba 
induzindo mais facilmente aos erros no sistema de controle de estoques. 
 
4.3 ANÁLISE DOS PROBLEMAS 
Partindo das problemáticas anteriormente citadas, para esta etapa do trabalho foi 
elaborada uma tabela para aplicação da matriz GUT. Nela foram dispostas em ordem aleatória 
todos os problemas que foram detectados através do brainstorming e das visitas in loco. Para 
cada um dos problemas foram atribuídas notas de acordo com sua gravidade, urgência e 
tendência. 
36 
 
Periodicamente durante o processo de pesquisa foram realizadas reuniões com os 
funcionários da empresa para que eles pudessem entender qual a finalidade e importância do 
estudo. Durante as reuniões foram explicadas quais as ferramentas seriam utilizadas e como 
cada uma funcionava. Com isso tornou-se mais fácil a interação deles para a composição do 
estudo. 
As notas foram atribuídas pelos colaboradores por meio de brainstorming de acordo 
com a frequência das ocorrências e também viabilizando os impactos que elas trazem para a 
empresa. A Tabela 1 abaixo apresenta as deficiências detectadas e quais as notas que cada 
uma recebeu: 
Tabela 1- Aplicação da matriz GUT na empresa 
PROBLEMA G U T GXUXT NÍVEL DE 
PRIORIZAÇÃO 
Ponto de pedido 5 5 4 5x5x4= 
100 
1º 
Estoque físico e online com 
quantidades diferentes 
4 4 3 4x4x3= 48 2º 
Produtos fora do prazo de 
validade 
3 4 3 3x4x3= 36 3º 
Preços diferentes 3 3 3 3x3x3= 27 4º 
Falta de padronização 3 3 2 3x3x2= 18 5º 
Retrabalho 3 2 1 3x2x1= 6 6º 
Falta de treinamento 3 2 1 3x2x1= 6 7º 
Fonte: Autora (2018) 
De acordo com o resultado da matriz, foi possível chegar a pontuação total de cada 
problema. A partir daí propõe-se solucionar primeiramente o problema de ponto de pedido 
que obteve maior pontuação, totalizando 100 pontos. Segundo o gestor da empresa este é um 
problema que vem causando sérios prejuízos, o que o classifica como ponto mais crítico. Em 
seguida têm-se: quantidade dos itens dos estoques em divergências, produtos fora do prazo 
de validade e produtos com preços distintos nas prateleiras e no sistema operacional. 
Por fim, pode-se observar que os últimos 3 problemas do ranking estão 
correlacionados. A falta de padronização tem como consequência o retrabalho e esses dois 
fatores são resultados da falta de treinamento que a empresa não tem como um princípio. 
4.4 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS 
37 
 
Para esta etapa do estudo foi realizada uma análise através do Diagrama de Ishikawa 
afim de identificar quais as causas dos problemas mais recorrentes. Para isto serão analisados 
os problemas que ficaram em primeiro e em segundo lugar na Matriz GUT. 
Tais problemas foram investigados a partir das causas relacionadas a cada um deles. 
A partir daí será possível prever medidas de correções e/ou prevenções para cada 
problemática. Na Figura 4 a seguir pode-se observar o diagrama relacionado ao problema do 
ponto de pedido. 
 
Figura 4- Diagrama de Ishikawa em relação ao ponto de pedido 
 
Mão de obra Materiais Método 
 Alteração na demanda Materiais insuficientes Falha na comunicação 
Atraso nos lançamentos das NF’s Materiais Obsoletos Falta de planejamento e 
Lançamento de NF incorreto Excesso de materiais controle de compras 
 Itens fora do prazo de 
validade 
 Ponto de Pedido 
 
 Sistema mal alimentado Desorganização Falta de conferência periódica 
 Falha no sistema dos itens em estoque 
 Má utilização do sistema Ausência de indicadores 
de 
estoque 
 Maquinário Meio ambiente Medidas 
Fonte: Autora (2018) 
A partir do Diagrama de Ishikawa foi possível apontar algumas possíveis para o 
problema de ponto de pedido: 
- Mão de obra: quanto à mão de obra, nota-se que sempre há variações na demanda no 
decorrer do mês. Porém a equipe não possui um conhecimento adequado para realizar os 
pedidos de acordo com essas oscilações. Outro fator relacionado a este ponto é que muitas 
vezes existe o lançamento incorreto das NF’s ou até o atraso nos lançamentos. Esses fatores 
afetam diretamente na composição final do estoque, pois sem o registro correto não é possível 
saber a veracidade do estoque final. 
- Materiais: não existe uma acuracidade com relação aos materiais, há um descontrole 
na hora da efetivação dos pedidos. Com isso, ocorre um desequilíbrio no estoque final 
38 
 
causado por falta ou excesso de produtos. Esse desequilíbrio de materiais acarreta em 
produtos obsoletos que chegam ao fim do prazo de validade nas prateleiras. 
- Método: ocorrem falhas graves no processo de compras por falta de comunicação 
entre os componentes da empresa, que acaba acarretando em outra falha que é a de falta de 
previsão de demanda e métodos de controle de estoque. 
- Maquinário: sobre o maquinário é perceptível que o sistema utilizado não é 
alimentado de forma correta. Isso faz com que as informações obtidas através dele não sejam 
de confiança. Outra questão importante é que o sistema que a empresa possui não é bem 
utilizado, existem diversas funções que poderiam ser exploradas e como consequência trariam 
benefícios para a organização.- Meio ambiente: há um grande problema relacionado a organização. A empresa não 
possui um sistema de segregação de funções, o que dificulta a hora de realizar os pedidos. 
Comumente ocorre de um funcionário realizar uma compra e logo após um colega realiza-la 
novamente, causando duplicidade na aquisição, as vezes o produto pode ser de grande saída, 
mas também pode ser que sejam produtos obsoletos que causem prejuízos na empresa. 
 - Medidas: em relação às medidas, existe uma lacuna quando trata-se de controle de estoque. 
Por mais que exista um sistema de gerência utilizado pela organização, ele não é controlado 
com eficiência. Da mesma forma ocorre com a ausência de um controle de vendas, os 
funcionários não possuem esse controle do que e quanto foi vendido a cada mês, fato esse 
que resulta em atrasos para a empresa, pois esses dados seriam de extrema importância para 
calcular o quanto e o que comprar nos próximos pedidos. 
O segundo problema analisado e levantado suas causas foi a questão da quantidade 
dos itens dos estoques físicos e do sistema fora de conformidade. As causas levantadas estão 
expostas na Figura 5 a seguir: 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Diagrama de Ishikawa em relação a quantidade de produtos em divergência 
39 
 
 
Fonte: Autora (2018) 
- Mão de obra: quanto ao quesito mão de obra existe a falta de treinamento para as 
atividades referentes ao sistema utilizado pela empresa correlacionado a falta de treinamento, 
existe a questão dos procedimentos realizados de maneira inadequada. Outra questão 
pertinente é o acúmulo de funções atribuídas aos funcionários. 
- Materiais: é comum que o computador que a empresa possui esteja sendo utilizado 
para o lançamento das notas fiscais. Quando isso ocorre, as compras não são registradas. Em 
consequência disso ocorre a falta de produtos nas prateleiras, e não no sistema. 
- Método: a falta de padronização nos processos desde a efetivação dos pedidos, até o 
lançamento das notas fiscais é um problema que só aumenta a cada etapa. Em decorrência 
disso os funcionários precisam, muitas vezes, refazer o seu trabalho para consertar os erros 
cometidos. 
- Maquinário: contatou-se que existe apenas um computador na empresa. Além de ser 
único, sua tecnologia é bastante limitada. Desde 2014 quando o sistema foi implantado ainda 
não foi realizada nenhuma manutenção ou formatação nele. Além disso, a internet utilizada 
pela empresa também deixa a desejar quanto a sua eficiência, fazendo com que todos os 
processos realizados pelo sistema demorem mais que esperado para serem concluídos. 
- Meio ambiente: nesse caso a desorganização das tarefas relacionadas a alimentação 
do sistema refletem diretamente no problema analisado. Não existe um funcionário fixo para 
realizar essa tarefa, nem um computador exclusivo para o registro das compras a todo 
instante, o que resulta na comodidade de juntar pequenas compras para registrar 
posteriormente, fazendo com que essas compras não sejam devidamente catalogadas em 
tempo real, o que influencia na veracidade do controle de estoque. 
40 
 
- Medidas: quanto às medidas, percebe-se que não existe nenhum tipo de supervisão 
perante as tarefas realizadas. Os erros só são percebidos quando a próxima remessa de 
pedidos chega. Daí os funcionários já se habituaram a contar todos os itens disponíveis no 
estoque físico e conferir com o sistema. Dessa forma, eles vão dando baixa nos produtos fora 
de conformidade. 
 
4.5 PLANO DE AÇÃO 
Com base nos problemas anteriormente identificados, é possível perceber que existe 
a necessidade de uma ação de melhoria para que haja uma reparação nos danos. Diante disso, 
será elaborado um plano de ação dando continuidade ao diagrama de Ishikawa a fim de propor 
melhorias para a organização a partir dos problemas diagnosticados. 
A Quadro 5 a seguir apresenta o plano de ação formulado apresentando as medidas de 
melhorias para os problemas identificados. 
Quadro 5 - Plano de ação 
 PLANO DE AÇÃO 5W2H-PONTO DE PEDIDO 
WHAT 
O QUE? 
WHY 
PORQUE? 
WHERE 
ONDE? 
WHEIN 
ATÉ 
WHO 
QUEM? 
HOW 
COMO? 
HOW 
MUCH 
 
 QUANDO? CUST 
OS? 
Definir e 
padronizar 
processos 
Maior controle e 
menor risco de 
erros 
Empresa 
X 
Dentro de 2 
meses 
Gerência Definir um 
procedimento 
padrão 
Custo 0 
Realizar 
treinamentos 
Para ter mão de 
obra qualificada 
evitando erros e 
prejuízos 
Empresa 
X 
Sempre que 
houver 
atualizações 
Equipe do 
Sistema 
Através de 
reuniões com 
a equipe 
Custo 0 
Realizar divisão 
de atividades 
Para que cada 
funcionário tenha 
sua função 
específica e se 
especialize nela 
Empresa 
X 
Imediatamente Gerência De acordo 
com as 
aptidões e 
afinidades 
Custo 0 
41 
 
Definir um 
método de 
avaliação de 
estoque 
Para evitar que 
produtos se 
vençam na 
prateleira, 
evitando prejuízos 
Empresa 
X 
Imediatamente Consultoria A partir de 
estudos e 
reuniões para 
definir qual o 
mais 
adequado 
Custo 
0 
Implementar um 
sistema de 
indicadores de 
estoque 
Desta forma é 
possível 
identificar 
quando o estoque 
está baixo. 
Empresa 
X 
Imediatamente Consultoria Utilizando as 
funções 
disponíveis 
pelo sistema 
Custo 0 
Realizar o 
cálculo de ponto 
de pedido 
Afim de evitar 
excessos ou a 
escassez de 
mercadoria 
Empresa 
X 
Imediatamente Consultoria Através de 
cálculos com 
o auxílio do 
sistema 
gerencial 
Custo 0 
Realizar 
supervisões 
periódicas 
Para que no caso 
de erros 
cometidos 
durante a 
alimentação do 
sistema eles 
sejam corrigidos 
antes que ocorra 
problemas mais 
graves 
Empresa 
X 
Próxima 
semana 
Gerência Através de 
inspeções 
Custo 0 
Realizar 
manutenções 
periódicas no 
computador 
Evitando assim 
erros frequentes 
Empresa 
X 
Próxima 
semana 
Equipe de 
assistência 
Visitas 50,00 
Adquirir um 
computador 
Para uso 
exclusivo do 
lançamento das 
notas 
Empresa 
X 
6 meses Proprietário Realizar 
pesquisas de 
preços 
1.500,0 
0 
Fonte: Autora (2018) 
 
 
42 
 
4.5.1 Definir e padronizar processos 
É importante que seja definido um padrão para os procedimentos realizados durante 
o processo de compras com o intuito de reduzir os erros cometidos desde a concepção dos 
pedidos até o registro das compras no sistema gerencial. 
4.5.2 Treinar a mão de obra 
Para que a empresa obtenha sucesso é fundamental que a mão de obra seja treinada e 
capacitada para desempenhar suas funções da melhor forma. Por isso é importante que o 
gestor disponibilize treinamentos internos para capacitar seus funcionários, além de 
padronizar e instruir detalhadamente as funções de cada um. 
4.5.3 Segregar atividades 
É fundamental que a empresa adote uma política de divisão de tarefas dentro da 
empresa. Com isso as atividades serão desenvolvidas mais rápidas e os funcionários poderão 
realizar o trabalho que mais se identificar, consequentemente desenvolvendo-o com mais 
entusiasmo. 
4.5.4 Definir um método de avalição de estoques 
Sugere-se que o gestor adote um método de avaliação de estoques, visto que dessa 
forma a empresa irá solucionar uma das questões reclamadas pelos clientes que são os 
produtos fora do prazo de validade. 
4.5.5 Implementar um sistema de indicador de estoques 
A empresa não possui um indicador de estoques atualizado. Com isso fica difícil 
controlar a quantidade exata dos itens presente, o sistema utilizado na organização possui 
essa função. Porém, ela não é explorada, aliado aos treinamentos, os funcionários irão 
conseguir entender a importância desses indicadores. 
4.5.6 Realizar o cálculo de ponto de pedido 
É importante que o gestor aprenda a realizar o cálculo de ponto de pedido, visto que 
a previsão de demanda feita de forma incorreta está causando

Continue navegando