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EXAME FÍSICO DO ABDOME Profa Maíla Martins O. Santos Pontos anatômicos Cicatriz umbilical; Rebordas costais; Cristas ilíacas anteriores e posteriores; Ligamento inguinal; Sínfise púbica. Limites da parede abdominal Limite superior entre o abdome e o tórax; Limite inferior entre o abdome e a pelve. Divisão da parede abdominal Quatro quadrantes Duas linhas (uma vertical outra horizontal) que se cruzam na cicatriz umbilical QSD Fígado Vesícula biliar Duodeno Cabeça do pâncreas Flexura hepática do cólon Parte superior do cólon ascendente e transverso Rim direito QSE Lobo esquerdo do fígado Estômago Baço Rim esquerdo Corpo de pâncreas Flexura esplênica do cólon Parte do cólon transverso e descendente QID Ceco e apêndice Parte do cólon ascendente Ovário e trompa direita QIE Parte do cólon descendente Cólon sigmóide Ovário e trompa esquerda Exame físico Ambiente tranqüilo, privativo, aquecido e bem iluminado. Posição em decúbito dorsal com os joelhos dobrados ou se possível apoiadas sobre um travesseiro, e os braços ao lado do corpo. Use a seqüência: Inspeção Ausculta Percussão Palpação Cuidados antes do exame Esvaziar a bexiga Cobrir os seios e a genitália Colocar uma almofada sob os joelhos Braços estendidos ao longo do corpo INSPEÇÃO Forma e volume: Abdome plano Abdome globoso (protuso): Ascite, obesidade, gravidez Abdome em avental (arredondado) Abdome escavado (escafóide) Simetria Umbigo, Pele Umbigo na linha média, invertido, sem sinal de inflamação ou hérnia Pele: lisa e uniforme Estrias: estiramento rápido ou prolongado de fibras elásticas da pele. Recentes são róseas/azuis e depois branco-acizentadas. Protuberâncias, Saliências e massas Pulsação e Movimento: aorta em pessoas magras e movimentos respiratórios. Veias visíveis e circulação colateral Ainda na Inspeção: Técnica da diástase dos retos Peça ao paciente para contrair a musculatura abdominal levantar os MMII ou a cabeça Soprar a mão pressionando a boca Presença de herniação? Pensar: Gestante, bebê? AUSCULTA Ruídos intestinais se originam de movimentação de ar e líquidos através do intestino delgado. Sentido da ausculta? QID. Auscultar por 5 minutos. Porque é raro haver abdome totalmente silencioso e para comprovar é necessário auscultar por pelo menos este tempo. Em caso de presença de sonda, fechá-la Freqüência dos ruídos: de 5 a 30/min Ruídos vasculares: ausculte sobre a aorta (linha média entre epigastro e mesogastro, mais a esquerda). Em geral não há ruído. Preste atenção em pessoas principalmente com hipertensão. Classificação dos ruídos Normais Diminuídos (hipoativos) Sons diminuídos Ex.: Íleo paralítico, na fase tardia da obstrução intestinal, cirurgias abdominais, inflamação. Aumentados (hiperativos) Sons aumentados (borborigmos) Ex.: diarréia, na fase inicial da obstrução intestinal (constipação), uso de laxantes. PERCUSSÃO Verificar o tamanho e localização dos órgãos abdominais. Detectar ar, líquido ou possíveis massas anormais. Sentido da percussão: sentido horário fazendo “zig-zag”. É contra-indicado em pacientes com suspeita de aneurisma abdominal e pacientes que receberam transplantes. Achados normais na percussão Timpanismo (intestino em decúbito dorsal repleto de ar). Macicez (fígado). Obs.: achados anormais como, por exemplo, macicez com bexiga distendida, muito tecido adiposo, líquidos ou massas e também hipertimpanismo na distensão gasosa. Ascite (piparote) PALPAÇÃO Inclui toques leves e profundos Palpação superficial Palpação profunda Determinar o tamanho, a forma, a posição e a sensibilidade dos órgãos abdominais Cuidados antes da palpação Aqueça as mãos. Respiração? Aproxime-se do paciente sem movimentos rápidos Peça ao paciente para apontar a região com dor Avalie as áreas dolorosas por último Observar as expressões do paciente Palpação superficial Reconhecer a resistência e a sensibilidade muscular Técnica de palpação superficial: 4 dedos e sentido horário. Comprima a pele cerca de 1 cm Observar: Massas e áreas de sensibilidade Resistência muscular aumentada Não confundir com frio ou cócegas Palpação profunda Empurre o abdome cerca de 5 a 8 cm Em obesos ponha uma mão sobre a outra Pesquisar na palpação profunda: ● Localização, tamanho, consistência e mobilidade de órgãos palpáveis ● Sensibilidade e pulsações ● Massas anormais Em casos de massas pesquisar: ● Localização ● Superfície (lisa, nodular) ● Tamanho e forma ● Pulsações ● Consistência (mole, fina, dura) ● Grau de mobilidade (fixa ou móvel) ● Sensibilidade Procedimentos especiais FÍGADO Palpação do fígado: até 1 a 2 cm da reborda costal ● Detectar aumento ou sensibilidade ● Utilize duas técnicas Palpação normal (Lemos-Torres) Palpação em garra (Mathieu) Utilize a inspiração Percussão do fígado (tamanho) Identificar a borda superior do fígado Percutir na linha hemiclavicular direita ● Identificar a borda inferior do fígado Percutir na linha hemiclavicular do timpanismo abdominal até macicez. ● Em adultos de 6 a 12 cm ● Hepatomegalia BAÇO Percussão Esplênica Normalmente o baço fica escondido pelos conteúdos estomacais mas é possível localizá-lo pela percussão da macicez entre o 9º e 11º espaços intercostais, imediatamente por trás da linha axilar média esquerda (não ultrapassa 7 cm no adulto normal). Palpação do baço Normalmente é impalpável. É preciso que esteja aumentado pelo menos três vezes. Para pesquisá-lo, coloque a mão esquerda sobre o abdome e por trás do lado esquerdo, na altura da 11ª e 12ª costelas. Comprima a mão direita profundamente para baixo e por sob o rebordo costal esquerdo e solicite ao paciente que inspire profundamente. RIM Palpação do Rim Rim direito: Mãos em bicos de pato no flanco direito e comprima uma mão na outra. Peça para o paciente inspirar. Rim esquerdo: 1 cm acima do direito. Pesquise-o colocando a mão esquerda atravessando o abdome e por trás do flanco esquerdo como suporte. Com a mão direita faça a compressão profunda. Peça o paciente para inspirar. Sinal de Blumberg: Dor a descompressão Quando houver suspeita de inflamação peritoneal (acompanha apendicite) ou a pessoa referir dor abdominal. Técnica: escolha um local afastado da região dolorosa. Mantenha sua mão perpendicular ao abdome. Comprima o abdome lenta e profundamente; em seguida libere a mão rapidamente. Reposta negativa consiste na ausência de dor com a liberação da pressão. Não repetir. Sinal de Murphy (parada inspiratória) Ocorre dor com pessoas com inflamação da vesícula (colecistite). Técnica: mantenha os dedos sob o rebordo costal hepático e peça ao paciente para fazer inspiração profunda. Uma resposta normal revela a conclusão da respiração profunda sem dor: porque quando o teste é positivo, á medida que o fígado rebaixado empurra a vesícula inflamada no sentido da mão do examinador, a pessoa sente uma dor aguda e bruscamente interrompe no meio o movimento de inspiração. 9 regiões quadrantes regiões
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