Buscar

tcc em pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
LÉIA BRITO DOS SANTOS 
ERIKA KOMABA 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO 
TRATAMENTO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA: 
um estudo bibliográfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOGI DAS CRUZES, 2009 
ii 
 
LÉIA BRITO DOS SANTOS RGM: 217.005 
ERIKA KOMABA RGM: 222.304 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO 
TRATAMENTO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA: 
um estudo bibliográfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOGI DAS CRUZES, 2009 
Trabalho apresentado ao Curso de 
Psicologia, da Universidade Braz 
Cubas, como parte dos requisitos para 
obtenção do título de Bacharel em 
Psicologia. 
Orientador: Fábio Guedes de Souza 
 
 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KOMABA, Erika, 1974; SANTOS, Léia Brito dos, 1988- 
Contribuições da Psicologia no tratamento pós-cirurgia 
bariátrica: um estudo bibliográfico / Komaba, Erika; Santos, 
Léia Brito dos. – 2009. 
Nº de folhas: 47. 
Orientador: Fábio Guedes de Souza. 
Trabalho de conclusão de curso (graduação) – 
Universidade Braz Cubas, Curso de Psicologia, 2009. 
1. Corpo e imagem corporal. 2. Obesidade. 3. Cirurgia 
bariátrica. 4. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas. 5. 
Relação social. 6. Tratamento psicoterápico pós-cirúrgico. I. 
Souza, Fábio Guedes de. II. Universidade Braz Cubas. 
Curso de Psicologia. III. Contribuições da Psicologia no 
tratamento pós-cirurgia bariátrica. 
iv 
 
LÉIA BRITO DOS SANTOS 
ERIKA KOMABA 
 
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO 
TRATAMENTO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA: um 
estudo bibliográfico 
 
 
 
 
APROVADA EM _____/______/_____ 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________________ 
FÁBIO GUEDES DE SOUZA 
ORIENTADOR 
 
_______________________________ 
AMILTOM MARTINS DOS SANTOS 
PSICÓLOGO E PROFESSOR DA UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS 
 
 
________________________________ 
MAIER AUGUSTO DOS SANTOS 
PSICÓLOGO 
Trabalho apresentado ao Curso 
de Psicologia, da Universidade 
Braz Cubas, como parte dos 
requisitos para obtenção do título 
de Bacharel em Psicologia. 
 
v 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos a: Deus, sem Ele não 
conseguiríamos a força para lutarmos 
contra as nossas adversidades e talvez 
não conseguiríamos chegar até aqui. 
Aos nossos pais e familiares que nos 
ajudaram muitas vezes com a paciência e 
compreensão. 
Aos nossos mestres que nos ajudaram a 
subir mais um degrau de nossas vidas! 
Aos pacientes portadores da obesidade 
mórbida que estão em tratamento 
psicoterápico pré ou pós-cirúrgico, e a 
todos que sofrem com a obesidade e as 
complicações decorrentes dela. 
Léia e Erika 
Agradeço e dedico às minha amigas: Léia, 
Monique, Fernanda e a minha irmã 
Rosália pelo apoio e incentivo nas horas 
de maior dificuldade. 
Erika 
Agradeço e dedico ao meu esposo Juliano 
que me compreendeu nas horas mais 
estressantes. A minha mãe por seu 
indispensável apoio, e a minha querida 
amiga Erika. 
Léia 
vi 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Universidade Braz Cubas por nos acolher com respeito e carinho. 
Ao orientador professor Fábio Guedes de Souza, por sua dedicação, paciência, 
colaboração e o respeito demonstrado para conosco. 
Ao professor Amiltom Martins dos Santos, por seu carisma e suas 
imprescindíveis orientações. 
A todos os professores que contribuíram para a nossa evolução profissional 
durante esses anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada ser humano possui uma beleza física e psíquica original e particular. Não se 
compare a ninguém, pois cada um de nós é um personagem único no teatro da vida. 
Augusto Cury 
 
viii 
 
RESUMO 
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NO TRATAMENTO PÓS-CIRURGIA 
BARIÁTRICA 
 
A obesidade atinge grande parte da população mundial, sendo que os obesos 
mórbidos são os de maior gravidade atingidos por afecções. Muitos recorrem a 
cirurgia bariátrica para tentar reverter essa situação. Para isso se faz necessário o 
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, sendo indispensável o 
acompanhamento do profissional de psicologia no pré-operatório, vale ressaltar a 
necessidade do paciente ser informado das mudanças bruscas pelas quais irá 
passar, ou seja, as transformações no corpo, mudanças de comportamento 
alimentar e por conseqüência disso as mudanças em seus hábitos e 
relacionamentos sociais, além disso, o psicólogo irá investigar como o paciente se 
vê após a cirurgia, informações sobre os procedimentos cirúrgicos e ainda verifica se 
o paciente apresenta algum tipo de compulsão ou transtorno. Método: Seguiu nesse 
trabalho pesquisa bibliográfica qualitativa, de cunho exploratório, tendo como 
objetivo: contribuições da psicologia para o tratamento pós-cirurgia bariátrica. Foi 
verificado que o paciente na sua maioria não retorna ao consultório. A adaptação e a 
aceitação do novo corpo se fazem necessária, e o psicólogo faz o acompanhamento 
para ajudar o paciente nessa aceitação, porém, durante os primeiros anos o 
paciente perde muito peso fazendo com que as pessoas de seu convívio comentem 
sobre a sua perda de peso elevando a sua auto-estima e fazendo com que o 
paciente se sinta motivado pela mudança do seu corpo, porém após esse período a 
perda de peso diminui fazendo com que o fator motivador desse paciente acabe, 
podendo assim ter um reganho de peso e adquirindo outros tipos de compulsões. As 
pessoas que tem acompanhamento psicológico após a cirurgia bariátrica 
atravessam com mais tranqüilidade, tem melhor adaptação nas diversas fases do 
tratamento e obtém melhores resultados. 
Palavras- chave: obesidade, cirurgia bariátrica e aspectos psicológicos pré e pós-
cirurgia. 
 
ix 
 
ABSTRACT 
CONTRIBUTIONS OF PSYCHOLOGY IN THE TREATMENT OF THE POST-
BARIATRIC SURGERY 
 
Obesity affects a large part of the world population and the morbidly obese are the 
most serious affected by diseases. Many resort to the bariatric surgery to try to 
reverse this situation. For this, it is necessary the monitoring of a multidisciplinary 
team which is indispensable to be monitored by a psychologist in the preoperative 
preparations, we need to emphasize the patient’s need of being informed of the 
sudden changes which will pass, or changes in the body, changes in eating habits 
and by consequence the changes in their habits and social relationships, in addition, 
the psychologist will investigate how the patient sees himself after surgery, 
information on surgical procedures and also checks whether the patient has some 
sort of compulsion or disorder. Method: in this work a qualitative bibliographic 
research was done, exploratory, aiming to: contributions of psychology in the 
treatment of the post- bariatric surgery. It was verified that the patient mostly do not 
return to office. Adaptation and acceptance of the new body are necessary, from this 
view the psychologist does the monitoring to help the patient in that acceptance, 
however during the early years the patient loses too much weight causing the people 
from their closeness comment on their loss weight lifting their self-esteem up and 
making the patient feel motivated of their body changing, however after this period 
the weight loss decreases causing the motivating factor of this patient ends,which 
might have a regain weight and getting other types of compulsions. People who have 
counseling after bariatric surgery face it more smoothly, have better adaptation in 
various stages of the treatment and get better results. 
Key words: obesity, bariatric surgery and psychological aspects of pre-and post-
surgery. 
 
 
 
x 
 
SUMÁRIO 
DEDICATÓRIA v 
AGRADECIMENTOS vi 
EPÍGRAFE vii 
RESUMO viii 
ABSTRACT ix 
APRESENTAÇÃO xi 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 01 
 1.1 Corpo e Imagem Corporal 01 
 1.2 Obesidade 03 
 1.3 Cirurgia Bariátrica 06 
 1.4 Complicações Psicológicas Pós-cirúrgicas 09 
 1.5 Relação Social 11 
 1.6 Tratamento Psicoterápico Pós-cirúrgico 14 
2. OBJETIVOS 18 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 19 
4. PLANO DE ANÁLISE DE DADOS 21 
5. DISCUSSÃO 22 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 26 
6. REFERÊNCIAS 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A atuação da psicologia hospitalar fazendo parte da equipe interdisciplinar 
contribui na avaliação diagnóstica de vários tipos de doenças e uma delas é na 
orientação da cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia da obesidade. 
Sendo indicado como um dos últimos recursos para as pessoas que tem obesidade 
mórbida e não tiveram sucesso com tratamentos de métodos tradicionais. 
Os pacientes que passam pelo pré-operatório muitas vezes apresentam baixa 
auto-estima, depressão, ansiedade e alguns apresentam compulsões alimentares 
que devem ser tratadas antes da cirurgia. 
Para realizar a cirurgia, o paciente passa por inúmeras fases de análises com 
profissionais multidisciplinares, inclusive com o profissional de psicologia que irá 
orientar e conscientizá-los das mudanças em relação aos aspectos físicos e 
emocionais que poderão ocorrer durante e após a cirurgia. 
Uma pessoa que passa por uma cirurgia desse porte tem uma transformação 
radical tanto nos aspectos físicos quanto nos aspectos emocionais. As literaturas 
apontam que pessoas com transtornos compulsivos alimentares periódicos após a 
realização da intervenção cirúrgica, mostram dificuldade para a adaptação devido 
aos mesmos fatores específicos que dificultam os resultados em tratamentos 
tradicionais da obesidade, onde apresentam relatos de pessoas que após passarem 
pelas intervenções cirúrgicas, transferiram para outros tipos de transtornos de 
impulso, como compras compulsivas, jogos, abuso de substâncias psicoativas e 
álcool. 
Nesse sentido, o profissional da área de psicologia irá atuar entre outras 
ações, na orientação da adaptação ao novo corpo, a vida social, a vida familiar e 
prevenir as possíveis aparições de outros tipos de compulsões. 
O protocolo a ser seguido pelo paciente no pré-operatório consiste na 
realização da avaliação com o psicólogo juntamente com outros procedimentos 
indicados pelo cirurgião. É solicitado ao psicólogo a elaboração de um laudo 
detalhado descrevendo e discriminando as reais condições comportamentais atuais 
do paciente, tendo por finalidade propiciar diagnóstico e prognóstico para decidir 
xii 
 
sobre encaminhamentos à cirurgia, psicoterapia individual ou em conjunto com a 
família (BENEDETTO, 2009). 
Desta forma, na fundamentação teórica é possível encontrar dados que 
apresentam a prevalência da obesidade e suas comorbidades, as complicações que 
advêm após a cirurgia, o sofrimento psíquico, as compulsões por jogos, bebidas, 
que comumente são substituições da comida, e por fim a importância do psicólogo 
no tratamento pré e pós-cirúrgico. 
O presente trabalho teve como objetivo analisar por meio de referências 
científicas em quais aspectos a psicologia pode contribuir para a recuperação de 
pacientes que passaram por cirurgia bariátrica em relação a verificar se com o 
acompanhamento terapêutico a adaptação e aceitação do novo corpo físico decorre, 
identificar se com a psicoterapia a reestruturação nas relações sociais sucede-se e 
com isso contribuir com o desenvolvimento interpessoal e averiguar por meio das 
bibliografias se o paciente pode apresentar outros tipos de compulsões. 
Por meio da análise científica pode-se entender a importância da investigação 
em relação a esse assunto, contribuindo desta forma para a comunidade científica, 
possibilitando subsídios para estudos posteriores, assim como objetivando, uma 
melhora significativa na qualidade de vida de pacientes pós-cirúrgicos. 
O presente estudo teve como abordagem a pesquisa bibliográfica qualitativa, 
de cunho exploratório, com duração de onze meses. Para o desenvolvimento dos 
objetivos do trabalho foram consultados livros, artigos científicos, utilizando como 
recurso base de dados via internet. 
Ao final deste trabalho apresenta-se a discussão que se remete aos resultados 
obtidos por meio da investigação científica o que responde as hipóteses que foram 
levantadas ao longo deste estudo. 
1 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
1.1 Corpo e Imagem Corporal 
 De acordo com Lazzarini et al. (2006) o corpo aparece como objeto de 
estudo em diversos campos do saber. O corpo é o corpo biológico, anatômico e 
dos estudos invasivos e de intervenção da medicina; o corpo social ligado à 
sociologia e psicologia social, um corpo em interação; corpo estético e da 
beleza, que ganha espaço na mídia e na imaginação das pessoas; o corpo 
histórico, antropológico; corpo da psicanálise, corpo subjetivo. 
Este corpo subjetivo para Lacan é o corpo marcado pelo significante e 
habitado pela libido, corpo singular e erógeno, corpo de desejos e gozo. Pensar 
o corpo na teoria Lacaniana, consiste olhar o corpo sobre a ótica do Imaginário, 
corpo como imagem, sobre a ótica do Simbólico, corpo marcado pelo 
significante e do ponto de vista do Real, o corpo como sinônimo de prazer 
(CUKIERT, 2002).1 
O corpo pode ser definido de acordo com diversas abordagens, Tavares 
(2003) expõe que o corpo discutido muitas vezes não é entendido como o 
mesmo corpo pelo outro, e esse mau entendimento não é um mero erro de 
linguagem e sim o reflexo da diversidade de perspectivas de análise do corpo. 
Assim, pode-se fazer coerentemente inúmeras afirmações sobre o corpo, 
como: 
 O corpo como existência física 
 O corpo que está sempre em movimento 
 O corpo demarca um tempo e um espaço (portanto 
todo estímulo é único na experiência corporal) 
 O corpo como completude 
 
1 A finalidade da utilização da teoria lacaniana aqui citada é apresentar apenas mais uma forma de 
explicar o corpo, e não base teórica do trabalho. 
2 
 
 O panorama psicossocial do corpo é profundo e 
concreto 
 O sujeito nasce como um corpo e desenvolve sua 
identidade corporal 
 Corporalmente se vivencia os impulsos e fantasias 
 As modificações na percepção do corpo e do mundo 
se dá de acordo com os relacionamentos mútuos entre o corpo e 
o mundo 
 O corpo está sempre em mudança, é ele o ponto de 
partida para o desenvolvimento da identidade, base do senso de 
subjetividade do sujeito. 
Partindo para um outro conceito que também envolve o corpo é a questão 
da imagem corporal, Barros (2005) e Schilder (1999) definem que a imagem 
corporal é a figura do próprio corpo que o indivíduo cria em sua mente, é a 
forma pela qual o corpo se apresenta ao sujeito. 
A imagem corporal não é simples imaginação ou sensação, é a figuração 
do próprio corpo na mente, é passível de transformações, em que todos os 
sentidos entram em colaboração. Porém estas transformações exigem 
adaptações sucessivas e muito dolorosas (XIMENES, 2009). 
Gleiser (2008) acrescenta que a passagem e transformação de um corpoobeso e exageradamente grande para um corpo magro, de aparência 
agradável e normal deve antes de tudo passar pela emoção e pelo consciente, 
a mente está sempre em busca de equilíbrio e por isso é que um corpo magro 
não consegue conviver com um psiquismo obeso, essa combinação é perigosa 
e pode representar o risco de reincidências e insucesso. 
Na fase de adaptação ao novo corpo, a nova forma de alimentar-se, os 
elogios que o paciente recebe sobre seu corpo, à sua coragem de enfrentar a 
cirurgia e a sua beleza podem levar o sujeito a não se cuidar adequadamente e 
criar a falsa idéia de que está curado e portanto não é necessário recorrer a 
nenhuma forma de compensação. Porém, após um período de 18 a 24 meses, 
quando ritmo de perda acelerada de peso diminui e se estabiliza, e ninguém 
3 
 
mais comenta, as coisas voltam a ser como antes, ou seja, conseqüentemente 
a compulsão volta podendo ser esta alimentar ou não, ocorre o reganho de 
peso, ou surgem novas compulsões por bebida, cigarro, compras, sexo, 
comumente o paciente substitui o sintoma, troca o comer por beber 
compulsivamente, faz uso de drogas lícitas e ilícitas, compras, trabalho 
excessivo, enfim tudo em condições mórbidas (XIMENES, 2009). 
Estudos com obesos mórbidos pós-cirúrgicos demonstram que após 24 
meses de cirurgia quando a perda de peso se estabiliza, cerca de 50% dos 
pacientes ganham peso novamente e estes pacientes são aqueles que 
geralmente não retornaram regularmente ao tratamento e ás consultas, são os 
que ficaram sem acompanhamento principalmente psicológico no pós-
operatório e apresentavam algum tipo de transtorno alimentar (MAGRO, 2006). 
O psicólogo na entrevista devolutiva deve esclarecer o paciente sobre os 
riscos de desenvolver manifestações substitutivas e alertá-lo sobre os 
sintomas, orientando-o a buscar mecanismos que o auxilie e amplie seus 
recursos egóicos para poder lidar adequadamente com outras prováveis 
complicações (XIMENES, 2009). 
 
1.2 Obesidade 
 
A origem da palavra obesidade vem do termo latin obesus, ob = muito, 
edere = comer, ou seja; comer muito. A obesidade é uma doença crônica, 
orgânica, de origem multifatorial, sendo esta resultante de combinações de 
fatores genéticos, neuroendócrinos, metabólicos, dietéticos, sociais, familiares 
e psicológicos (MATOS, 2006). 
É preciso diferenciar os termos sobrepeso e obesidade que são muitas 
vezes utilizados como sinônimos. Carvalho (2005) coloca que sobrepeso é um 
aumento exclusivo de peso e obesidade representa o aumento da adiposidade 
corpórea; para esclarecer esses conceitos defini-se obesidade como uma 
doença crônica, que se caracteriza pelo acúmulo demasiado de gordura a um 
nível grave que comprometa a saúde. 
4 
 
Obesidade e sobrepeso não se referem exclusivamente a excesso de 
peso, mas ao excesso de gordura na constituição corporal, sendo assim pode-
se ser obeso sem excesso de peso e pode-se ter excesso de peso sem ter 
obesidade (SEGAL, 2007). 
Para a Organização Mundial de Saúde a obesidade é considerada uma 
doença crônica que cresce de forma epidêmica e apresenta causas múltiplas e 
complexas, esta define sobrepeso como um excesso de peso corporal e 
obesidade como excesso de gordura no organismo, levando em conta o Índice 
de Massa Corpórea – IMC (OMS, 2005). 
O IMC é uma forma extremamente útil, fácil e prática de avaliar a 
obesidade, calcula-se a divisão do peso em quilogramas pela estatura do 
sujeito ao quadrado, ou seja, em metros. O cálculo acima apresenta certa 
desvantagem, pois não diferencia o aumento de gordura ou músculo, mesmo 
que com ele obtém-se a melhor analogia entre peso e massa de gordura, ele 
não revela informações sobre a distribuição de gordura corporal (CARVALHO, 
2005). 
Larino (2007) e Carvalho (2005) referem que a avaliação nutricional de 
pacientes obesos inclui: 
- Investigação do padrão alimentar 
- Avaliação Antropométrica 
 Na Investigação do padrão alimentar são incluídos a ficha de freqüência 
alimentar, duplicatas de alimentos, e o diário alimentar. O uso desses 
instrumentos possibilita determinar a quantidade, qualidade, freqüência, 
horários e preferências alimentares. Na Avaliação Antropométrica o cálculo é 
feito por meio do IMC que permite distinguir o tipo de obesidade, grau I, II, ou III 
e também a localização de excesso de gordura por meio da avaliação da 
circunferência abdominal (CA). Hoje, antropometria é um método indireto e 
muito utilizado, de modo que se usado corretamente pode auxiliar na avaliação 
da obesidade, permitindo distinguir categorias de obesidade, níveis de gordura 
corpórea e calcular o risco referente da enfermidade. 
Os pacientes são classificados de acordo com o Índice de Massa 
Corpórea, pacientes que apresentam IMC entre 25 e 29,9 kg/m² é definido 
5 
 
como sobrepeso e obesos apresentam valores superior a 30 kg/m² (PERES, 
2005) . 
São considerados obesos mórbidos pacientes com IMC entre 35 kg/m² e 
40 kg/m², ou pessoas com 45,5 kg a mais do seu peso ideal (FERRAZ et al., 
2003). Já para Oliveira et al. (2004), pessoas que apresentam IMC de 25 a 30 
são consideradas acima do peso (sobrepeso), enquanto aquelas que 
apresentam IMC de 30 e 40 já são classificadas como obesas e pessoas com 
IMC acima de 40 são portadoras de obesidade mórbida ou obesidade de grau 
III. Os pacientes com esse tipo de obesidade devem ser encarados como 
pessoas que possuem uma doença que pode ameaçar a própria vida, 
reduzindo a sua qualidade de vida e a auto-estima. 
Segundo Fandiño et al. (2003); Sanches et al. (2007); Segal e Fandiño 
(2002) e Zanella (2005), os critérios estabelecidos para indicação de cirurgia 
bariátrica seria de pacientes com IMC maior que 40 kg/m2 ou com IMC maior 
ou igual 35 kg/m2 quando associado a outras co-morbidades tais como 
hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes tipo II, apnéia do sono, entre outras. 
O paciente selecionado requer um tempo mínimo de cinco anos de evolução da 
obesidade com fracasso dos métodos convencionais. Fandiño et al. (2003), 
ressalta que a cirurgia estaria contra-indicada em pacientes que apresentam 
pneumopatias graves, insuficiência renal, lesão acentuada do miocárdio e 
cirrose hepática. Arazaki et al. (2005) complementa que pacientes que são 
dependentes de álcool ou drogas, portadores de psicose grave ou retardo 
mental, também são contra indicados para esse tipo de cirurgia. 
Em contrapartida Arenales-Loli (2007) fala que, não se exclui ninguém, no 
caso de pacientes com antecedentes de álcool e drogas deve-se diferenciar se 
este é consumidor contumaz ou se é realmente dependente químico e a 
atuação de um especialista na equipe se faz necessária. Os pacientes com 
distúrbios psiquiátricos da mesma forma, a cirurgia torna-se possível, desde 
que haja a colaboração do psiquiatra. Por isso, importância da avaliação em 
conjunto com outros profissionais, o tipo de doença, os resultados, os 
prognósticos e o potencial que esses pacientes têm de melhorar sua qualidade 
de vida com o procedimento cirúrgico. 
6 
 
A obesidade grau III, ou mais conhecida como obesidade mórbida, é a do 
tipo mais severo e pela alta freqüência de co-morbidades associadas como 
diabetes melito, osteoartrite, distúrbios respiratórios, alterações endócrinas, 
hipertensão arterial entre outras doenças, a indicação da cirurgia bariátrica é 
unânime e fundamental para melhora na qualidade de vida (XIMENES et al., 
2009). 
A cirurgia bariátrica é um procedimento complexo e como qualquer outra 
cirurgia de grande porte envolve riscos de complicações, por isso o paciente 
deve estar ciente dos riscos e benefícios e precisa conhecer muito bem os 
procedimentoscirúrgicos. Sendo assim, além de orientações técnicas, o 
acompanhamento psicológico é imprescindível em todas as fases do processo 
(OLIVEIRA, 2004). 
 
1.3 Cirurgia Bariátrica 
 
A cirurgia bariátrica surgiu em 1951, nos Estados Unidos, e vem sendo 
aperfeiçoada ao longo do tempo com evoluções de diversas técnicas e a partir 
do ano de 1990 tornaram-se mais difusas e mais seguras, apresentando bom 
resultado a longo prazo (ARAZAKI et al., 2005). 
No Brasil a cirurgia bariátrica surgiu na década de 1970 com o Dr. 
Salomão Chaib, que operava os primeiros casos no Hospital das Clínicas da 
Universidade de São Paulo, seguido pelo Dr. Arthur Garrido Júnior, no mesmo 
hospital. Mas foi no começo da década de 1990 que a cirurgia bariátrica se 
fortaleceu no Brasil (FERRAZ, 2009). 
De acordo com Arazaki et al. (2003) e Fandiño et al. (2004) existem três 
tipos de procedimentos para cirurgia bariátrica que são: 
1- Cirurgias restritivas: Limitam a capacidade gástrica, a 
Gastroplastia e Lap Band (Banda gástrica), desenvolvida por 
Mason em 1982, que induz saciedade precoce e são 
7 
 
indicados para pacientes com IMC até 50 Kg/m2 e que não 
apresentem compulsões por doces. 
2- Técnica Scopinaro, derivação biliopancreático, são métodos 
de mau absorção que reduz a absorção intestinal de 
nutrientes e são indicados para pessoas com IMC maior que 
50 Kg/m2 ou que não tenham tolerância à restrição alimentar. 
3- Derivação em Y de Roux (cirurgia de capela) são métodos 
mistos, onde a simples ingestão de carboidratos pode causa 
o “dupimg” (náuseas, vômitos, rubor, dor epigástrica, 
sintomas de hipoglicemia) e são aplicados à maioria dos 
pacientes e por esse motivo são considerados padrão ouro. 
A obesidade mórbida está associada à piora da qualidade e à redução da 
expectativa de vida. Os efeitos decorrentes dos tratamentos clínicos (dietas, 
exercícios físicos e medicamentos), têm-se mostrado insatisfatórios, o que leva 
a um aumento da procura e indicação da cirurgia bariátrica, portanto o Brasil ao 
longo desse processo vem reconhecendo a importância do tratamento cirúrgico 
da obesidade mórbida (CAMPOS, 2009). 
É comum pacientes indicados à cirurgia bariátrica já terem passado por 
inúmeros tratamentos nutricionais para emagrecer e todos foram frustrados. 
Carvalho (2005) infere que o tratamento da obesidade pode ter resultados 
frustrantes por utilizações de estratégias equivocadas, mau uso dos recursos 
terapêuticos, baixo nível de acompanhamento, evolução e adaptação da dieta 
estabelecida. 
A base do tratamento de pacientes obesos envolve aconselhamento, 
restrição calórica, terapia comportamental, atividade física, sendo que este 
tratamento independe do paciente ser candidato a tratamento farmacológico ou 
cirúrgico (MOULIN, 2007). 
Para um paciente ser submetido à cirurgia bariátrica, ele deverá passar 
por uma avaliação pré-operatória com uma equipe multidisciplinar composta 
por: endocrinologista, nutricionistas, cardiologistas, pneumologistas, 
psiquiatras, psicólogos e cirurgiões (SEGAL et al., 2002). Segundo os mesmos 
autores no pré-operatório o paciente deve ser informado das mudanças pelas 
8 
 
quais irá passar. O profissional da área de psicologia fornece condições para 
que o paciente conheça a amplitude do processo que passará e o orientará a 
tomar decisões mais conscientes e de acordo com cada caso em particular. A 
cirurgia bariátrica deve ser contra-indicada em qualquer caso em que o 
paciente não esteja plenamente de acordo com a cirurgia ou não seja capaz de 
aceitar as mudanças que ocorrerão após a operação, quer por transtornos 
psiquiátricos ou por incapacidade cognitiva. 
Embora grande parte das literaturas existentes falem sobre a importância 
da equipe multidisciplinar, Diniz e Levensteinas (2006) enfocam a necessidade 
emergente de uma equipe que atue de forma interdisciplinar, principalmente se 
tratando de pacientes que se submeterão a transplantes, cirurgias, quer seja no 
pré, peri ou pós-operatório. 
A cirurgia bariátrica é composta por técnicas radicais no combate a 
obesidade mórbida, espera-se que os indivíduos após a cirurgia no período de 
um ano reduzam 40% do peso inicial, sendo que também ocorre mudanças no 
comportamento alimentar, mudanças físicas e conseqüentemente 
transformações em seus hábitos e relacionamentos sociais. Os pacientes 
submetidos à cirurgia passam por um processo de perda acelerada de peso 
(SANTOS, 2005). 
Quando se avalia um paciente com obesidade severa antes da realização 
da cirurgia bariátrica, deve ficar claro que esse paciente passará por mudanças 
rápidas e significativas no que diz respeito á imagem corporal. A autora Gleiser 
(2006) enfatiza que no tratamento pré-cirúrgico de pacientes psicossomáticos 
identificar transtornos de imagem corporal é fato determinante para 
capacidades de mudanças pós-cirúrgicas. Uma pessoa que não se reconhece 
hoje, como é agora, possuidora de uma doença grave e sem cura, tem maior 
probabilidade de não conseguir incorporar corretamente e de forma saudável 
sua imagem magra após a cirurgia. 
No início do pré-operatório um dos primeiros assuntos abordados é a 
imagem corporal, com linguagem clara e acessível é preciso sondar o paciente 
sobre como ele se vê e como espera que fique após o tratamento, é 
extremamente importante fazer com que o paciente consiga perceber o quanto 
9 
 
sua imagem já mudou, e o quanto ela mudará com novas rotinas de 
alimentação e alterações em sua anatomia e deixar explícito que não se deve 
criar idealizações sobre a nova imagem corporal pois o excesso de pele 
conseqüência do rápido emagrecimento, pode causar frustrações, daí a 
importância de não criar grandes expectativas. É preciso tempo para aprender 
sobre esse novo corpo, aprender a lidar com ele, e aceitá-lo, incorporando a 
nova imagem (XIMENES, 2009). 
Franques (2006) ressalta que quando o paciente obeso é encaminhado 
pelo cirurgião para uma avaliação psicológica muitos mostram-se resistentes, 
tentam escapar, pensam que já estão preparados e que não precisam do 
psicólogo (como se o objetivo do psicólogo fosse convencer o paciente quanto 
a necessidade à cirurgia), outros sentem que estão bem e não tem 
necessidade de consultar o psicólogo, nestes casos o cirurgião poderá ajudar a 
diminuir esses tipos de resistência dando ao paciente as primeiras explicações 
em relação ao papel e a importância do psicólogo nesse trabalho. 
 
O psicólogo no pré-operatório geralmente trabalha em média de seis a 
oito sessões, em encontros semanais, o que perfaz no máximo um mês e meio 
a dois meses, neste tempo trabalha-se com a desmistificação de determinados 
mitos relacionados ao pós-cirúrgico; orientação em relação a mastigação 
adequada e a aquisição de novos hábitos e refeições predeterminadas, entre 
outros objetivos (ARENALES-LOLI, 2007). 
Em decorrência do emagrecimento súbito no pós-cirúrgico, o paciente 
pode apresentar quadros psiquiátricos como: sintomas, depressivos, 
ansiedade, uso de substâncias, alterações comportamentais e idéias suicidas, 
dentro uma série de outras complicações associadas ás mudanças emocionais 
que o paciente vivencia com o novo corpo físico e psíquico (LEAL; BALDIN, 
2007). 
 
1.4 Complicações Psicológicas Pós-cirúrgicas 
 
10 
 
É muito comum o emagrecimento súbito incidir em quadros psiquiátricos, 
como: depressão, alcoolismo, ansiedade e gastos excessivos, dentre uma série 
de outras complicações. Leal e Baldin (2007) de acordo com resultados obtidos 
em um estudo com seis pacientes que desenvolveram sintomas de sofrimento 
psíquico após a cirurgia bariátrica relatam que as mudanças psicológicasdecorrentes da cirurgia geralmente são fatores marcantes, e isto fica claro 
quando ele infere sobre o comportamento que algumas destas pacientes 
desenvolveram, como o hábito de beber com maior freqüência após a cirurgia. 
Em estudos com pacientes do Programa de Obesidade do Hospital das 
Clínicas da Universidade Federal do Pernambuco-HC-UFPE, foi encontrado um 
índice de substituições de sintomas de 56%, sendo que o percentual de 
pacientes que desenvolveram o hábito de beber foi de 14,28%, fumar 25%, 
comida 25% e compras 35,72%. A mais estudada e complexa situação 
psicológica no pós-operatório de cirurgia bariátrica foi a depressão, em 2007 o 
percentual era de 25% entre os operados, existe uma correlação entre a 
imobilidade, a improdutividade, a rejeição vivenciada nos níveis social e afetivo 
e a depressão, a autora expõe uma frase que diz ser comum ouvir de pacientes 
obesos mórbido: “como estar dentro de um corpo (“este corpo é uma prisão”) e 
manter bom ânimo”? (XIMENES, 2009). 
Em uma crítica aos profissionais que colocam a cirurgia bariátrica como 
responsável por comportamentos compulsivos como: compras, bebidas, 
cigarros, enfim, Marchesini (2006) enfatiza que o fundamental está na 
avaliação e entrevista psicológica realizada antes da cirurgia; é necessário 
esmiuçar a genética do paciente, se há casos de alcoolismo, transtornos de 
humor, transtornos de ansiedade, suicídio, internações psiquiátricas, a história 
pessoal e familiar do indivíduo, o que possibilitará probabilidades sobre o 
paciente e se por ventura houver questões que lhes são pertinentes, 
particulares à dinâmica de sua personalidade e à própria tentativa de livrar-se 
da obesidade, pode-se supor que, após a perda de peso proporcionada pela 
cirurgia bariátrica muitas destas questões podem permanecer, distorcer ou 
acentuar-se. 
É um erro pensar que a cirurgia da obesidade causa depressão, 
geralmente a maioria dos pacientes que apresentam sintomas depressivos 
11 
 
após a gastroplastia já possuem tendência pessoal ou familiar para a doença; o 
que ocorre é que antes da indicação cirúrgica havia um frágil equilíbrio obtido 
dolorosamente através do comer, entretanto após o procedimento será preciso 
se reorganizar internamente para poder adaptar-se a uma nova forma de ser. 
Ximenes (2009) expõe sobre a importância do psicólogo na entrevista 
devolutiva alertar o paciente sobre o possível desenvolvimento de episódios 
depressivos em um momento de crise. 
A entrevista devolutiva é realizada após o processo de avaliação e 
identificação de diagnóstico e prognóstico, essa entrevista constitui-se de uma 
sessão informativa e preparatória sobre os aspectos pré e pós-cirúrgicos, é 
neste momento que o psicólogo expõe os aspectos positivos, reservas 
comportamentais, e negativos como déficits e excessos comportamentais 
identificados. Após essa devolutiva instrui-se o paciente á respeito das 
mudanças necessárias no pré e pós-cirúrgico, procedimentos operatórios e 
alterações que ocorrerão ao longo do processo cirúrgico (BENEDETTO, 2009). 
 
1.5 Relação Social 
 
A obesidade e diversas doenças psiquiátricas têm em comum a 
cronicidade, a etiologia multifatorial e o estigma social, Kussunoki (2007) 
aponta um fato intrigante sobre a discriminação que pacientes obesos sofrem 
pela equipe de saúde, estudos demonstram que isso ocorre em maior grau 
pelo serviço social e psicológico da equipe e é menor por parte dos 
profissionais ligados a procedimentos médicos, como ortopedistas e 
gastroenterologistas. 
No acompanhamento clínico de pacientes portadores da obesidade pode-
se perceber o sofrimento do obeso, sofrimento este que não é menor ou menos 
importante que o do negro, do idoso, do deficiente, enfim, indivíduos obesos 
sentem-se cada vez mais isolados do “mundo dos magros”2, como se 
estivessem vivendo em um mundo que não foi feito para eles, e as 
 
2 As pessoas que têm peso normal, que não são obesas. 
12 
 
conseqüências disso são a depressão, o isolamento, problemas com álcool e 
drogas, e o mais importante vivenciam problemas relacionados à comida e ao 
peso (STENZEL, 2002). 
É freqüente interpretações “psicológicas” da obesidade como: 
necessidade e tentativa de ocupar mais espaço no mundo, grande voracidade 
em relação a tudo, comida, carências emocionais transformadas em momentos 
episódicos de comilança, forma lenta de suicídio, tentativa de chamar atenção 
e outras ainda mais absurdas, Segal (2004) afirma que todas essas 
interpretações tem uma característica em comum, sendo estas minar a auto-
estima e a motivação, o aspecto comum é de tornar o indivíduo com excesso 
de peso um sujeito menos apto que outros, isto muitas vezes é dito de maneira 
sutil ou mesmo direta. 
Pessoas obesas são constantemente alvos de preconceito no trabalho, 
nas relações afetivas e infelizmente por profissionais na área da saúde, 
Kussunoki (2007) e Santos (2005) consentem que, além de carregar o peso do 
corpo, pessoas obesas são mais suscetíveis a ataques cardíacos, derrames 
cerebrais, apnéia do sono, diabetes, reumatismo e alguns tipos de câncer; se 
não bastasse tudo isso, ainda carregam o peso frustrante do fracasso por 
serem muitas vezes responsabilizadas por sua obesidade. 
Stenzel (2002) complementa dizendo que quanto mais o indivíduo obeso 
sente-se inferior, a tendência é comer mais, o que causa o aumento de peso e 
conseqüentemente o distancia da população dita “normal”3. 
Quando um paciente obeso procura um cirurgião e este o encaminha ao 
psicólogo, geralmente a indicação não é bem recebida, pois é comum 
imaginarem que no contato com o psicólogo serão avaliados na capacidade de 
passarem ou não pelo processo cirúrgico, correndo o risco de serem 
desautorizados a fazerem a cirurgia que muito almejam, Benedetti (2009) 
aponta uma explicação plausível para este comportamento, pois, o paciente 
traz consigo uma história de inúmeras tentativas fracassadas de perder peso, 
regimes, medicamentos, as histórias são diversas e basicamente o discurso 
envolve insatisfação com o próprio corpo, dificuldades para enfrentar o 
 
3 Expressão usada não como forma pejorativa, mas para definir pessoas que não estão acima do peso. 
13 
 
preconceito social de que são vítimas, enfim, para estes pacientes o 
emagrecimento é a única possibilidade de viver melhor, portanto se a avaliação 
psicológica se mostra como ameaça à execução desse projeto, certamente 
será mal vista. 
É extremamente importante que o psicólogo trabalhe no intuito de fazer 
com que o paciente compreenda que o tratamento não visa somente melhorias 
estéticas, mas ao controle da doença e das diversas morbidades associadas, 
que representam real risco de vida, objetivando tornar o paciente mais 
consciente de si e de sua escolha, desenvolver recursos internos para suportar 
a frustração na falta do alimento como fonte de prazer e defesa psicológica e 
ainda auxiliar na “reconstrução” enquanto sujeito (XIMENES, 2009). 
A relação que o paciente tem com a comida não mudará com a cirurgia, 
ou seja, ele continuará “pensando gordo”4 por toda a sua vida, este é um termo 
muito comum citado pelos pacientes em pós-cirurgia, Arenales-Loli (2007), ou 
seja, não existe cirurgia para o cérebro, nem transplante, por isso a importância 
do acompanhamento psicoterápico após a cirurgia. 
O que de fato é claro e comprovado, é que o portador da obesidade 
mórbida que busca tratamento cirúrgico, e que na maioria das vezes se 
beneficia dele, atravessa com mais tranqüilidade, tem melhor adaptação nas 
diversas fases do tratamentoe obtém melhor resultado são aqueles que 
recebem acompanhamento psicológico (PACHECO, 2009). 
Ximenes (2009) acrescenta que entre a população estudada são comuns 
os relatos dos primeiros meses pós-cirúrgicos, sobre a sensação de bem-estar, 
que propicia a elevação da auto-estima, e o que as diferencia é a maneira de 
lidar com a nova situação nos anos seguintes. Embora a razão pela qual o 
paciente obeso procura a cirurgia seja sempre semelhante á de outros 
pacientes obesos, os resultados obtidos a médio e longo prazo costumam ser 
bem distintos, devido a influência do meio, fatores sociais, intelectuais e 
principalmente em seguir rigorosamente os procedimentos indicados, ter 
acompanhamento psicológico, conseqüentemente tendem ao êxito terapêutico. 
 
4 Este é um termo freqüentemente utilizado pelos próprios pacientes no pós-cirúrgico, é uma forma 
exagerada de perceber as coisas, de pensar, de se alimentar. 
14 
 
 
1.6 Tratamento Psicoterápico Pós-cirúrgico 
 
A cirurgia bariátrica se inteira posteriormente, através da reflexão do 
paciente com um psicólogo especializado neste processo, ter o 
acompanhamento de um profissional especializado no tratamento de pacientes 
obesos mórbidos, submetidos à cirurgia bariátrica é indispensável para evitar 
recaídas e alcançar o equilíbrio entre corpo e mente (GLEISER; CANDEMIL, 
2006). 
Porém, uma pergunta freqüentemente feita pelos profissionais que 
acompanham pacientes pós-cirúrgicos é: Porque mesmo com todas as 
informações, orientações e intervenções realizadas pelos profissionais de 
saúde mental, a maior parte dos pacientes não retorna para acompanhamento 
posterior á cirurgia? (XIMENES, 2009). 
O número de pacientes que retornam ao consultório para 
acompanhamento psicológico após a cirurgia é mínimo, não é significativo, 
Gleiser e Candemil (2006) levantam algumas hipóteses a respeito dessa baixa 
freqüência, são elas, o custo financeiro, custo emocional, tempo. A interrupção 
do tratamento costuma estar associada as possíveis dificuldades emocionais 
do paciente, o isolamento, e afastamento lhe propiciarão lidar com as 
mudanças no seu eu, abalado devido ao processo de transformação de seu 
corpo, sua psique exige reflexão. 
Considerando que no hospital público o percentual de retorno é o mesmo, 
logo a questão financeira pode ser descartada, o que pode-se considerar é a 
alta evasão do acompanhamento psicológico, supondo que o paciente obeso 
chegue à cirurgia sem ter um conhecimento de si mesmo, não priorizando suas 
necessidades subjetivas e as prováveis conseqüências emocionais, neste caso 
é necessário que o paciente compreenda que não basta tratar cirurgicamente a 
obesidade sem lidar com seus conflitos (XIMENES, 2009). 
Geralmente muitos pacientes falam que acharam o acompanhamento 
pré-cirúrgico muito agradável e proveitoso, reconhecem a importância do 
15 
 
mesmo e demonstram que irão manter acompanhamento pós-cirúrgico, 
chegam a deixar horários marcados, porém, são poucos os que retornam após 
a cirurgia para iniciar o acompanhamento pós-cirúrgico e são menos ainda os 
que permanecem no tratamento (PACHECO, 2006). 
O tratamento pós-operatório realizado por uma equipe multidisciplinar, 
segundo Franques (2009) “é para a vida toda”, esta é uma das maneiras mais 
eficientes para controlar o peso do paciente operado. O retorno nos dois 
primeiros anos deverá ser mais freqüente, pois este é o período em que o 
paciente aprenderá a comer de forma adequada a sua nova situação, criar 
novos hábitos de vida, é um momento de adaptação. Após dois anos de pós-
operatório o retorno deve ocorrer em torno de uma ou duas consultas por ano, 
ou de acordo com as necessidades apresentadas por cada paciente. 
Sabe-se que o período pós-operatório é definido como o mais difícil no 
tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, devido ás diversas adaptações a 
uma realidade desconhecida, desconfortos, dores, sensação de medo, medo 
de não conseguir ultrapassar esta barreira, o que segundo Costa e Silva (2005) 
provoca uma desestabilização psicológica, o que demanda acompanhamento 
psicológico direcionado a adaptação de novos hábitos. 
 Depois de adaptados os operados passam a viver uma festa, que se 
prolonga por meses, Ximenes (2009) enfatiza que esses pacientes agora 
trocam a doença pela cura ou melhora substancial das doenças, suspende-se 
os medicamentos, passam a ter facilidade de locomoção, e, tem ainda, um 
ganho extra: a beleza física. Para os pacientes que não apresentavam 
patologias associadas, ou seja, aqueles que buscavam somente melhorar o 
aspecto estético, comemoram de forma bem diferente, começam a viver tudo o 
que não lhe era possível experimentar, querem ser admirados, elogiados e 
especialmente querem manter relacionamentos sexuais; na ausência de 
comorbidades orgânicas não há o risco de morte, desta forma, é comum esses 
pacientes apresentarem menor compromisso consistente no acompanhamento 
pós do que aqueles que se apresentavam muito doentes, cuja única forma de 
melhora era a cirurgia. 
Os pacientes sentem-se animados, eufóricos com a perda de peso, o que 
conseqüentemente ocasiona uma melhora no quadro emocional, pois com a 
16 
 
cirurgia pode-se observar que há um aumento da auto-estima. O psicólogo 
deve estabelecer um enquadre para a formação de um novo espaço, onde o 
paciente possa reexperimentar, readaptar, vivências antigas e mal resolvidas, 
assim como as novas experiências emocionais após a perda de peso (COSTA 
E SILVA, 2005). 
É muito comum ouvir críticas a respeito de certos comportamentos que 
alguns pacientes apresentam após a cirurgia, como por exemplo comprar 
sapatos, calças jeans, enfim, Arenales-Loli (2007), afirma que o psicólogo deve 
estar atento a esses comportamentos de caráter impulsivo dentro de um 
contexto maior, para não cometer o erro de tornar psicopatológico o que não 
necessariamente poderá sê-lo. Para isso deve-se avaliar em conjunto com o 
paciente a intensidade, a persistência e a interferência em seu meio, assim 
como a perda de controle, impossibilidade em aceitar limites e a capacidade de 
assumir responsabilidades ante seus atos nas situações de prejuízos pessoais 
e familiares. 
Cabe ao psicólogo orientar os pacientes sobre as possíveis complicações 
psicológicas e apresentar de forma clara que o sucesso do tratamento é de 
inteira responsabilidade do paciente (XIMENES, 2009). 
O psicólogo deve: 
 Auxiliar o paciente a compreender a si mesmo e a se conhecer na 
nova identidade. 
 Motivar o paciente na adesão ao tratamento, na busca de 
qualidade de vida mais saudável. 
 Auxiliar no reconhecimento da melhora nos desajustes 
psicossociais (COSTA E SILVA, 2005). 
Portanto este trabalho caracterizou-se em pesquisa bibliográfica 
exploratória, e também levantou o seguinte problema de pesquisa: 
Em quais aspectos a psicologia pode contribuir com o paciente após a 
cirurgia bariátrica? 
Foram levantadas as seguintes hipóteses: 
1- Adaptação e aceitação do novo corpo 
17 
 
2- Prevenção de novas compulsões 
3- Reestruturações das relações sociais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
Analisar por meio de referências científicas em quais aspectos a 
psicologia pode contribuir para a recuperação de pacientes que passaram por 
cirurgia bariátrica. 
 
2.2 Objetivos Específicos: 
 
1. Verificar se com o acompanhamento terapêutico a adaptação e 
aceitação do novo corpo ocorre. 
2. Verificar por meio das bibliografias e referênciascientíficas se o paciente 
pode apresentar outros tipos de compulsões. 
3. Identificar se o preconceito vivenciado pelo obeso pode acarretar 
dificuldades nas relações sociais e como a psicologia pode contribuir 
neste aspecto após a cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 
 
3.1 Delineamento 
O presente estudo teve como abordagem a pesquisa bibliográfica 
qualitativa, de cunho exploratório. Apresenta as características do objeto 
viabilizando a realização de estudos mais aprofundados sobre o tema. 
A pesquisa bibliográfica é um estudo sistematizado, desenvolvido 
através de levantamento de dados em base de materiais eletrônico acessível, 
material publicado em livros, revistas e artigos científicos especializados, já a 
pesquisa de cunho exploratório é realizada em área com pouco conhecimento 
acumulado e sistematizado, porém ela oferece dados elementares que dão 
suporte para maior aprofundamento sobre determinado tema (CHAVES, 2004). 
A pesquisa qualitativa neste trabalho seguiu um modelo que 
primordialmente se ateve a compreensão da importância do tratamento 
psicológico no pós-cirúrgico, assim como também explorou as possíveis 
problemáticas envolvidas no tratamento de pacientes obesos mórbidos 
encaminhados á cirurgia bariátrica. 
Santos et al. (2000) explica que a pesquisa qualitativa segue um modelo 
que se preocupa fundamentalmente com a compreensão e interpretação do 
fenômeno, seu objetivo principal é compreender, explorar e especificar 
determinado fenômeno (SANTOS et al., 2000). 
 
3.2 Materiais 
 Para a realização desse trabalho foram utilizados materiais de fonte 
primária, livros, artigos científicos, teses, dissertação, periódicos todos 
relacionados ao tema, Luna (2003) explica que fonte primária é o texto original, 
como foi escrito e impresso pelo autor. 
 
 
20 
 
3.3 Procedimentos 
Inicialmente foram realizadas pesquisas via internet em base de dados 
científicos, como o scielo (Scientific Eletronic Library Online), por meio de 
palavras-chave como: bariátrica, obesidade, obesidade mórbida, gastroplastia, 
tratamento pré e pós-cirúrgicos, sendo que o período do levantamento 
bibliográfico dos livros, dissertações, teses e artigos foram restringidos ao 
período de 2000 até a atualidade e anteriormente a este período foram 
selecionados apenas os trabalhos de extrema relevância para o tema da 
pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
4. PLANO DE ANÁLISE DE DADOS 
 
Foi feita uma primeira análise de todo o material pesquisado para se ter 
uma visão global do assunto. 
Segundo Severino (2002) pode-se nomear esse primeiro contato com os 
textos de análise textual, que tem como intuito fazer uma preparação da leitura, 
o estudante-leitor deve seguir uma série de atividades preparatórias para 
análise mais profunda do texto, sua finalidade é colocar o leitor em contato com 
toda unidade textual, propiciando uma visão panorâmica do conjunto do 
raciocínio do autor. 
Todo esse processo descrito acima foi de extrema relevância pois 
propiciou a formulação de diversas perguntas nas quais foram respondidas ao 
longo deste trabalho. Partindo para questões mais específicas investigou-se 
sobre o assunto na busca de respostas para as hipóteses levantadas. 
 Chaves (2002) explica que após esta leitura geral, deve-se partir para 
uma leitura mais profunda do texto, que a define como análise temática, essa 
análise caracteriza-se em apreender; o primeiro elemento a ser descoberto é a 
idéia central, diretriz do trabalho do autor. A análise temática só deve ser 
considerada completa quando o leitor consegue estabelecer o esquema 
definitivo do pensamento do autor. 
 O presente estudo teve como abordagem a pesquisa bibliográfica 
qualitativa, de cunho exploratório, caracterizando-se também em análise 
interpretativa que Severino (2002) define como interpretação do leitor mediante 
a situação das idéias do autor, interpretar é superar a mensagem do texto, é ter 
posicionamento próprio, crítico á respeito das idéias expostas. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
DISCUSSÃO 
 
Falar sobre obesidade, pesquisar e discutir são formas de propiciar 
conhecimento e abrir possibilidades, caminhos para que outros também 
tenham acesso a esses conhecimentos. Atualmente tem-se um mundo que 
apresenta um gradativo número de pessoas obesas, que estão muito acima do 
peso, entre elas crianças, adolescentes e adultos; a obesidade quer seja 
causada pela alimentação incorreta, como exemplos os fast-foods, quer seja 
por questões genéticas suas complicações e interferências na vida do ser 
humano são altamente prejudiciais e crônicas, comprometendo sua qualidade 
de vida, seus relacionamentos, enfim, na sua vida como um todo. Devido aos 
insucessos nos tratamentos tradicionais, dietas com resultados frustrantes, as 
diversas comorbidades, todos esses fatores influenciam a busca da cirurgia 
como um último recurso. 
Antes da intervenção cirúrgica é necessário que os pacientes passem por 
avaliação pré-operatória com uma equipe multidisciplinar, composta por 
diversos profissionais, entre eles o psicólogo, este irá trabalhar com questões 
relacionadas ao esclarecimento dos procedimentos cirúrgicos, desmistificação 
de mitos que comumente os pacientes têm do pós-cirúrgico, informar as 
mudanças sobre a nova forma de alimentação, orientar o paciente em relação 
as idealizações sobre o corpo, ou seja, fazer com que o paciente não crie 
grandes expectativas em relação ao corpo, pois devido ao súbito 
emagrecimento o excesso de pele pode causar frustrações, assim como 
verificar outros tipos de problemas, além das comorbidades que o paciente já 
apresenta. 
Um ponto muito interessante é a percepção que o paciente tem do 
psicólogo, a maioria dos pacientes não recebem de forma muito agradável a 
idéia de ter que passar pelo psicólogo, muitos demonstram resistência, outros 
chegam a dizer que estão bem e portanto não precisam de psicólogo, neste 
caso o cirurgião pode diminuir a ansiedade destes pacientes explicando a 
importância do psicólogo e a contribuição que este têm neste processo. 
23 
 
Mas e após a cirurgia? E as complicações psicológicas decorrentes? 
Pensando nestes aspectos este trabalho teve como objetivo principal 
verificar como a psicologia pode contribuir para o tratamento pós-cirurgia 
bariátrica, sendo levantadas algumas questões: 
Com acompanhamento terapêutico a adaptação e aceitação do novo 
corpo físico ocorre. Para essa questão pode-se verificar como resultado os 
autores Barros (2005) e Schilder (1999) que definem a imagem corporal como 
a imagem do próprio corpo que o indivíduo cria em sua mente, podendo este 
ter uma percepção negativa ou positiva do próprio corpo, sendo assim o 
psicólogo irá trabalhar com as percepções do paciente propiciando a 
adaptação e aceitação da nova forma corporal após a perda de peso, este 
processo de adaptação e aceitação à nova imagem é explicado pelas autoras 
Ximenes (2009) e Gleiser (2008) que a imagem corporal não é uma simples 
imaginação ou sensação e sim a figuração do próprio corpo na mente do 
paciente, e que é passível de transformações, porém essas transformações 
exigem adaptações sucessivas e muito dolorosas, contudo a mudança de um 
corpo exageradamente grande para um corpo magro, é necessário antes de 
tudo passar pela emoção e pelo consciente, pois a mente está sempre em 
busca do equilíbrio, por isso um corpo magro não consegue conviver com um 
psiquismo obeso. 
O paciente logo após a cirurgia passa por uma nova fase, uma nova 
forma de sealimentar, recebe elogios sobre seu corpo, sobre sua coragem de 
enfrentar uma cirurgia, isso tudo leva o paciente a não se cuidar 
adequadamente e criar uma idéia falsa de estar curado, porém após um 
período entre 18 à 24 meses o ritmo de perda de peso cai e ninguém mais 
comenta, assim tudo volta ao normal e conseqüentemente ocorre o reganho de 
peso (XIMENES, 2009), é nessa situação em que verifica-se a importância da 
continuidade do acompanhamento psicoterápico após a cirurgia. 
O psicólogo irá trabalhar com a aquisição de novos hábitos alimentares, a 
mastigação adequada e refeições predeterminadas, assim como já citado 
anteriormente as idealizações do paciente referente ao novo corpo. 
24 
 
Uma outra hipótese levantada foi sobre a possibilidade dos pacientes 
pós-cirúrgicos apresentarem outros tipos de compulsões, sobre esse aspecto 
verificou-se que existe grandes possibilidades de apresentar outras 
compulsões, segundo Ximenes (2009) podem apresentar novas compulsões 
por bebidas, cigarros e compras, porém Marchesini (2006) alerta que é 
necessário uma boa avaliação pré-operatória para verificar se há pré-
disposição para o alcoolismo, transtornos de humor, transtorno de ansiedade, 
suicídio, internações psiquiátricas e a história pessoal e familiar do paciente 
para que após a perda de peso o mesmo não permaneça ou que acentue 
essas questões ou mesmo que distorça para um outro tipo de compulsão. 
Ximenes (2009), Marchesini (2006), Leal e Baldin (2007), enfatizam que é 
comum após a cirurgia devido a acelerada perda de peso ocorrerem 
incidências de quadros psiquiátricos como: depressão, alcoolismo, ansiedade, 
gastos excessivos, no entanto, fica explícito que a incidência desses quadros 
não é causada pela cirurgia bariátrica, os autores apresentam essa questão de 
forma extremamente clara e relevam a importância de se entender que a 
cirurgia não é responsável pelo aparecimento dos quadros psiquiátricos. 
Também é um erro pensar que a cirurgia cause depressão, o que comumente 
ocorre é que esse paciente já tinha tendência pessoal ou familiar para a 
doença, e também havia um equilíbrio obtido dolorosamente através do comer, 
porém, agora a comida, o comer, não poderão mais ser utilizados como porta 
de escape, o paciente terá que reorganizar-se internamente para poder lidar 
com essa nova forma de ser; mais uma vez fica evidente a importância da 
avaliação pré-operatória. 
O psicólogo também deve estar atento aos comportamentos de caráter 
impulsivo que os pacientes geralmente apresentam após a perda de peso, 
como por exemplo, compra de roupas, sapatos, e interpretá-los sobre um 
contexto amplo para não cometer o erro de tornar psicopatológico o que 
necessariamente não o é. Arenales-Loli (2007) explica que o psicólogo deve 
juntamente com o paciente analisar a freqüência, intensidade, persistência e 
interferência que estes comportamentos acarretam na vida do mesmo. 
25 
 
Quanto a questão do preconceito vivenciado pelo obeso, o estigma social 
que este carrega, podendo acarretar dificuldades em suas relações sociais e 
como a psicologia pode contribuir neste aspecto. 
Por meio das literaturas compreende-se que a pessoa que tem obesidade 
sofre discriminação, desde a criança obesa até o adulto obeso, sendo muitas 
vezes apelidados, tachados de preguiçosos, além de sofrerem preconceitos no 
trabalho em relações afetivas, os autores Stenzel (2002) e Segal (2004) 
respondem a esta questão quando falam que o sofrimento vivenciado pelo 
obeso não é menor ou menos importante que o do negro, do deficiente, do 
idoso, essas interpretações apresentam características comuns, sendo estas 
minar a auto-estima e a motivação, tornando-o menos apto que os outros; 
quanto mais o obeso sente-se inferior a tendência é comer mais, o que causa o 
aumento de peso e conseqüentemente aumenta também a distância das 
relações sociais. Após a cirurgia, e já adaptados os operados passam a viver 
uma festa, pois podem se locomover facilmente, além da mudança na beleza 
física, a elevação da auto-estima, começam a vivenciar o que antes não lhe era 
possível, no entanto, este período têm duração de aproximadamente 18 à 24 
meses, caracterizando-se como uma fase eufórica, tudo é novidade, os elogios 
são freqüentes o que pode levar o paciente a não seguir corretamente as 
orientações médicas. 
É exatamente neste momento que verifica-se a importância da 
continuidade do acompanhamento psicológico, pois o mesmo irá trabalhar com 
o controle da euforia, evitando que este paciente após a estabilização do peso 
apresente comportamentos inadequados como, alimentação incorreta, o que 
ocasionará o reganho de peso, ou apresentar comportamentos compulsivos 
como citado anteriormente, as compulsões por bebidas, drogas lícitas e ilícitas, 
por compras, entre outras. 
O psicólogo deve estabelecer um enquadre para a formação de um novo 
espaço, possibilitando que este paciente possa reexperimentar, readaptar 
vivências antigas e mal resolvidas, assim como as novas experiências 
emocionais após a perda de peso, contribuindo para uma melhora na qualidade 
de vida, promoção de saúde e bem-estar psicológico. 
 
26 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A realização de uma avaliação psicológica pré-operatória criteriosa é 
fundamental para o bom desenvolvimento no que se refere ao processo 
cirúrgico e ao pós-operatório, visando o entendimento do paciente sobre todas 
as transformações físicas e emocionais pelas quais irão passar e o 
esclarecimento da importância da continuação do tratamento pós-cirúrgico. 
Observa-se que a realização da cirurgia bariátrica envolve uma série 
de expectativas e, muitas vezes o paciente não têm noção da complexidade da 
cirurgia e suas implicações pós-cirúrgicas; entre essas implicações está a 
questão da imagem corporal, a adaptação não ocorre logo após a cirurgia, mas 
precisa de tempo e acompanhamento psicoterapêutico para que esta ocorra, 
neste processo de adaptação o psicólogo também irá trabalhar com os 
comportamentos de caráter impulsivo que alguns pacientes podem vir a 
apresentar, assim como contribuir com a readaptação de sua relações sociais. 
Verifica-se que os pacientes que obtém melhores resultados, atravessam o 
período de tratamento com maior facilidade, tem melhor adaptação, são 
aqueles que mantém acompanhamento psicológico. 
Entende-se a extrema importância da realização adequada no 
tratamento pré-cirúrgico para que os pacientes entendam todas as 
transformações físicas e emocionais pelas quais irão passar e o esclarecimento 
da importância da continuação do tratamento pós-cirúrgico com o profissional 
da psicologia. 
A elaboração deste trabalho enfrentou algumas dificuldades, entre 
elas, o restrito número de estudos relacionados ao pós-cirúrgico da obesidade 
mórbida no que se refere aos aspectos psicológicos. Portanto, faz-se 
necessário a realização de novas pesquisas nos aspectos psicológicos do 
tratamento pós-cirurgia bariátrica, pois nas literaturas pesquisadas em sua 
grande maioria abordam e dão maior ênfase ao pré-operatório, apesar das 
dificuldades, este trabalho nos acrescentou conhecimento na área da 
27 
 
psicologia da saúde mais especificamente no que se diz respeito a cirurgia 
bariátrica e também nos fez refletir a questão do preconceito que infelizmente 
existe entre os profissionais da saúde para com as pessoas que apresentam 
obesidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAZAKI, CARLOS. H. et al. Cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade. 
In: CLAUDINO, ANGÉLICA DE MEDEIROS; ZANELLA, MARIA.T.: (Org.). 
Guia de medicina ambulatorial e hospitalar - transtornos alimentares e 
obesidade. Barueri, São Paulo: Editora Manole, 2005 Pg 287, 296. 
 
ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Cap. 4. A construção de um contrato 
terapêutico com o paciente que é do cirurgião. O porquê da psicologia numa 
cirurgia bariátrica. In: ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Da mesa farta à 
mesa de cirurgia: reflexões quanto ao preparo emocional com foco na 
cirurgia da obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 2007. Pg 39. 
 
ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Cap. 27. Tirando atrasos!. Comportamento 
normal ou patológico? Questões pertinentes. In: ARENALES-LOLI, MARIA 
SALETE. Da mesa farta à mesa de cirurgia: reflexões quanto ao preparo 
emocional com foco na cirurgia da obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 
2007. Pg 149. 
 
ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Cap. 26. O papel do psicólogo no 
acompanhamento pós-operatório. In: ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Da 
mesa farta à mesa de cirurgia: reflexões quanto ao preparo emocional 
com foco na cirurgia da obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 2007. Pg 144. 
 
ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Cap. 29. Equipe multiprofissional: é 
necessária?. In: ARENALES-LOLI, MARIA SALETE. Da mesa farta à mesa de 
cirurgia: reflexões quanto ao preparo emocional com foco na cirurgia da 
obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 2007. Pg 155. 
 
BENEDETTI, CARMEM. Preparo psicológico em grupo para cirurgia da 
obesidade. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um enfoque 
psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 79. 
 
CAMPOS, JOSEMBERG. M.; LINS, DANIEL. Cirurgia metabólica. Introdução. 
In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. 
[S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 139. 
 
CARVALHO, KÊNIA MARA B. Obesidade. Relação peso-estatura – Índice de 
massa corpórea (IMC). In: CUPPARI, LILIAN.: (Coord.). 2ª ed. Guia de 
nutrição: nutrição clínica no adulto. Barueri, São Paulo: Editora Manole, 
2005. Pg 153. 
29 
 
 
CARVALHO, KÊNIA MARA B. Cap. 08. Obesidade. Métodos clínicos - 
Antropometria. In: CUPPARI, LILIAN.: (Coord.). 2ª ed. Guia de nutrição: 
nutrição clínica no adulto. Barueri, São Paulo: Editora Manole, 2005. Pg 150. 
 
CARVALHO, KÊNIA MARA B. Obesidade. Implementação da terapia 
nutricional. In: CUPPARI, LILIAN.: (Coord.). 2ª ed. Guia de nutrição: nutrição 
clínica no adulto. Barueri, São Paulo: Editora Manole, 2005. Pg 161. 
 
CARVALHO, KÊNIA MARA B. Obesidade. Avaliação nutricional. In: CUPPARI, 
LILIAN.: (Coord.). 2ª ed. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 
Barueri, São Paulo: Editora Manole, 2005. Pg 160. 
 
CHAVES, MARCO ANTÔNIO. Como ler e estudar melhor. Tipos de pesquisa. 
In: CHAVES, MARCO ANTÔNIO. 3ª ed. Projeto de pesquisa: guia prático 
para monografia. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2002. Pg 64,65. 
 
CHAVES, MARCO ANTÔNIO. Como ler. Análise temática. In: CHAVES, 
MARCO ANTÔNIO. 3ª ed. Projeto de pesquisa: guia prático para 
monografia. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2002. Pg 48. 
 
COSTA, ELISARA; SILVA, ANA LUCIA MARQUES CARAVALHO DA. Cap. 34. 
Acompanhamento psicológico pós-cirurgia. Avaliação pós-cirúrgica. In: SILVA, 
RENATO SOUZA DA; KAWAHARA, NILTON TOKIO. Cuidados pré e pós-
operatórios na cirurgia da obesidade. Porto Alegre-RS: Editora Age, 2005. 
Pg 386. 
 
COSTA, ELISARA; SILVA, ANA LUCIA MARQUES CARAVALHO DA. Cap. 34. 
Acompanhamento psicológico pós-cirurgia. Avaliação pós-cirúrgica. In: SILVA, 
RENATO SOUZA DA; KAWAHARA, NILTON TOKIO. Cuidados pré e pós-
operatórios na cirurgia da obesidade. Porto Alegre, RS: Editora Age, 2005. 
Pg 386. 
 
COSTA, ELISARA; SILVA, ANA LUCIA MARQUES CARAVALHO DA. Cap. 34. 
Acompanhamento psicológico pós-cirurgia. Avaliação pós-cirúrgica. In: SILVA, 
RENATO SOUZA DA; KAWAHARA, NILTON TOKIO. Cuidados pré e pós-
operatórios na cirurgia da obesidade. Porto Alegre-RS: Editora Age, 2005. 
Pg 388. 
 
CUKIERT, MICHELE; PRISZKULNIK, LÉIA. Considerações sobre eu e o 
corpo em Lacan Uma contribuição à questão do corpo em Psicanálise: 
Freud, Reich e Lacan. Estudos de Psicologia (Natal), Natal, v. 7, n. 1, jan. 
2002. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo. php? 
30 
 
script=sci_arttext&pid=S1413-294X2002000100014&lng=pt&nrm=iso>. acesso 
em: 22 maio 2009. doi: 10.1590/S1413-294X2002000100014. 
 
DI BENEDETTO, CRISTINA. Avaliação psicológica comportamental na cirurgia 
bariátrica: aspectos teórico-técnicos. Aspectos psicológicos e comportamentais 
que devem ser avaliados para a indicação à cirurgia. In: XIMENES, ELIANE. G. 
Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. 
Pg70. 
 
DI BENEDETTO, CRISTINA. Avaliação psicológica comportamental na cirurgia 
bariátrica: aspectos teórico-técnicos. Entrevista Devolutiva. In: XIMENES, 
ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora 
Santos, 2009. Pg74. 
 
FANDINO, JULIA et al . Cirurgia bariátrica: aspectos clínico-cirúrgicos e 
psiquiátricos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 
26, n. 1, abr. 2004. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo. php? 
script=sci_arttext&pid=S0101-81082004000100007&lng=pt&nrm=iso>. acesso 
em: 22 março 2009. doi: 10.1590/S0101-81082004000100007. 
 
FERRAZ, EDMUNDO M. et al . Tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. 
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Rio de Janeiro, v. 30, n. 
2, abr. 2003. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
69912003000200004&lng=pt&nrm=iso>. acesso em: 23 maio 2009. doi: 
10.1590/S0100-69912003000200004. 
 
FERRAZ, EDMUNDO. M. O trabalho em equipe e sua importância no 
tratamento da obesidade - a visão do cirurgião. In: XIMENES, ELIANE. G. 
Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. 
Pg 40. 
 
FRANQUES, AÍDA REGINA M. Entrevista psicológica. In: FRANQUES, AÍDA 
REGINA M.; ARENALES-LOLI, MARIA S.: (Org.). Contribuições da 
Psicologia na cirurgia da obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 2006. Pg 55. 
 
FRANQUES, AÍDA REGINA M. Cap. 13. Adesão ao tratamento pós-operatório: 
por que é tão difícil?. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um 
enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 100. 
 
GLEISER, DÉBORA. Avaliação pré-operatória de uma paciente artista visual: o 
uso da arte no reconhecimento do corpo. In: FRANQUES, AÍDA REGINA M.; 
31 
 
ARENALES-LOLI, MARIA S.: (Org.). Contribuições da Psicologia na cirurgia 
da obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 2006. Pg 77. 
 
GLEISER, DÉBORA. Avaliação pré-operatória de uma paciente artista visual: o 
uso da arte no reconhecimento do corpo. In: FRANQUES, AÍDA REGINA. M.; 
ARENALES-LOLI, MARIA S.: (Org.). Contribuições da Psicologia na cirurgia 
da obesidade. São Paulo: Editora Vetor, 2006. Pg 77. 
 
KUSSUNOKI, DÉBORA K. Conduta do psiquiatra. In: SEGAL, ADRIANO.: 
(Coord.). Tratamento da obesidade: uma abordagem multidisciplinar. São 
Paulo: Editora Lemos Editorial, 2007. Pg 51. 
 
KUSSUNOKI, DÉBORA K. Conduta do psiquiatra. Interfase obesidade e 
psiquiatria. In: SEGAL, ADRIANO.: (Coord.). Tratamento da obesidade: uma 
abordagem multidisciplinar. São Paulo: Editora Lemos Editorial, 2007. Pg 52. 
 
LAZZARINI, ELIANA. R.; VIANA, TEREZINHA. C. O corpo em 
psicanálise. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 22, n. 2, ago. 2006. 
 Disponível em <http://www.scielo.br/scielo. php? 
script=sci_arttext&pid=S0102-37722006000200014&lng=pt&nrm=iso>. acesso 
em: 26 abril 2009. doi: 10.1590/S0102-37722006000200014. 
 
LARINO, MARIA A. Conduta da (o) nutricionista. Avaliação nutricional de 
pacientes com obesidade. In: SEGAL, ADRIANO.: (Coord.). Tratamento da 
obesidade: uma abordagem multidisciplinar. São Paulo: Editora Lemos 
Editorial, 2007. Pg 26 
 
LARINO, MARIA A. Conduta da (o) nutricionista. Avaliação antropométrica. In: 
SEGAL, ADRIANO.: (Coord.). Tratamento da obesidade: uma abordagemmultidisciplinar. São Paulo: Editora Lemos Editorial, 2007. Pg 27 
 
LEAL, CRISTIANO. W.; BALDIN, NELMA. O impacto emocional da cirurgia 
bariátrica em pacientes com obesidade mórbida. Revista de Psiquiatria do 
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 29, n. 3, dez. 2007. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0101-
81082007000300013&lng=pt&nrm=iso>. acesso em:19 maio 2009. doi: 
10.1590/S0101-81082007000300013. 
 
LUNA, SÉRGIO. V. Revisão de literatura como parte integrante do processo de 
formulação do problema. In: LUNA, SÉRGIO. V. Planejamento de pesquisa: 
uma introdução. Elementos para uma análise metodológica. São Paulo: 
Editora Educ, 2003. Pg 102. 
 
32 
 
MAGRO, DANIELA O. Uma palavra do nutricionista para o psicólogo que 
trabalha com paciente submetido ao tratamento cirúrgico da obesidade. Grupo 
de terapia de suporte. In: FRANQUES, AÍDA REGINA M.; ARENALES-LOLI, 
MARIA S.: (Org.). Contribuições da Psicologia na cirurgia da obesidade. 
São Paulo: Editora Vetor, 2006. Pg 245. 
 
MARCHESINI, SIMONE D. Conseqüências psicológicas posteriores à cirurgia 
bariátrica. In: FRANQUES, AÍDA REGINA M.; ARENALES-LOLI, MARIA S.: 
(Org.). Contribuições da Psicologia na cirurgia da obesidade. São Paulo: 
Editora Vetor, 2006. Pg 199, 200. 
 
MATOS, MARIA IZABEL R. Quando o hábito alimentar se transforma em 
transtorno alimentar. In: FRANQUES, AÍDA REGINA M.; ARENALES-LOLI, 
MARIA S.: (Org.). Contribuições da Psicologia na cirurgia da obesidade. 
São Paulo: Editora Vetor, 2006. Pg 148. 
 
MOULIN, CRISTIANE. Conduta do endocrinologista. In: SEGAL, ADRIANO.: 
(Coord.). Tratamento da obesidade: uma abordagem multidisciplinar. São 
Paulo: Lemos Editorial, 2007. Pg 44. 
 
OLIVEIRA, VERENICE. M.; LINARDI, ROSA. C.; AZEVEDO, ALEXANDRE. P. 
Cirurgia bariátrica: aspectos psicológicos e psiquiátricos. Revista 
Psiquiatria clínica. São Paulo, v. 31, n. 4, 2004. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo. php? script=sci_arttext&pid=S0101-
60832004000400014&lng=pt&nrm=iso>. acesso em: 22 março 2009. doi: 
10.1590/S0101-60832004000400014. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pan American Health Organization. 
Disponível em: www.paho.org/Spanish/DD/PUB/alimentaci%C3%B3n-y-
nutrici%C3%B3n.pdf. acesso em: 25 março 2009. 
 
PACHECO, ELIANA S. C. Abordagem psicológica e emagrecimento 
insuficiente, recidivas e casos atípicos. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 117. 
 
PERES, RICARDO B. Prejuízos à saúde impostos pela obesidade. In: 
CLAUDINO, ANGÉLICA DE MEDEIROS; ZANELLA, MARIA. TEREZA.: (Org.). 
Guia de medicina ambulatorial e hospitalar - transtornos alimentares e 
obesidade. Barueri, São Paulo: Editora Manole, 2005 Pg 211. 
 
SANCHES, GISELLE D. et al. Cuidados intensivos para pacientes em pós-
operatório de cirurgia bariátrica. Revista brasileira terapia intensiva, São 
33 
 
Paulo, v. 19, n. 2, jun. 2007 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo. 
php? script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000200011&lng=pt&nrm=iso>. 
acesso em: 23 maio 2009. doi: 10.1590/S0103-507X2007000200011. 
 
SANTOS, GERSON. T; ROSSI, GISELE; JARDILINO, JOSÉ RUBENS, LIMA. 
O trabalho científico. Técnicas e métodos de pesquisa. In: SANTOS, GERSON. 
T.; ROSSI, GISELE; JARDILINO, JOSÉ RUBENS, LIMA. 2ª ed. Orientações 
metodológicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Gion 
Editora e Publicidade, 2000. Pg 50. 
 
SANTOS, FRANCISCO. CARLOS. G. Subsídios médicos. Cirurgia bariátrica. 
In: SANTOS, FRANCISCO. CARLOS. G. Magro, e agora? Histórias de 
obesos mórbidos que se submeteram à cirurgia bariátrica. São Paulo: 
Editora Vetor, 2005. Pg 30. 
 
SANTOS, FRANCISCO. CARLOS. G. Subsídios médicos. Obesidade. In: 
SANTOS, FRANCISCO. CARLOS. G. Magro, e agora? Histórias de obesos 
mórbidos que se submeteram à cirurgia bariátrica. São Paulo: Editora 
Vetor, 2005. Pg 26. 
 
SEGAL, ADRIANO. Conceito. Definição e Epidemiologia. In: SEGAL, 
ADRIANO.: (Coord.). Tratamento da obesidade: uma abordagem 
multidisciplinar. São Paulo: Lemos Editorial, 2007. Pg 15. 
 
SEGAL, ADRIANO; FANDINO, JULIA. Indicações e contra-indicações para 
realização das operações bariátricas. Revista Brasileira de Psiquiatria., São 
Paulo, 2009 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php? 
script=sci_arttext&pid=S1516-44462002000700015&lng=pt&nrm=iso>. acesso 
em: 19 maio 2009. doi: 10.1590/S1516-44462002000700015. 
 
SCHILDER, PAUL. Corpo. In: SCHILDER, PAUL. A Imagem do Corpo: as 
energias construtivas da psique. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1999. 
Pg 11. 
 
STENZEL, LUCIA M. Introdução. In: STENZEL, LUCIA M. Obesidade: o peso 
da exclusão. São Paulo: Editora Edipucrs, 2002, Pg 11. 
 
SEVERINO, ANTÔNIO J. Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de 
textos. Análise textual. In: SEVERINO, ANTÔNIO J. 22ª ed. Metodologia do 
trabalho científico. São Paulo: Editora Cortez, 2002. Pg 51. 
 
34 
 
SEVERINO, ANTÔNIO J. Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de 
textos. Análise interpretativa. In: SEVERINO, ANTÔNIO J. 22ª ed. 
Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Editora Cortez, 2002. Pg 56. 
 
TAVARES, MARIA DA CONSOLAÇÃO. G.C.F. O conceito de imagem corporal. 
Noção de corpo. In: TAVARES, MARIA DA CONSOLAÇÃO. G. C. F. Imagem 
corporal: conceito e desenvolvimento. Barueri, São Paulo: Editora Manole, 
2003. Pg 35,36. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Mudanças corporais pós-gastroplastia e sua relação 
com a sexualidade. Imagem corporal e sexualidade. In: XIMENES, ELIANE. G. 
Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. 
Pg 135. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. Substituições de sintomas. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 111. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. Substituições de sintomas. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 111. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. Reganho de peso. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 116. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. Substituições de sintomas. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 112. 
 
XIMENES, ELIANE. G; XIMENES, LARA; LINS, DANIEL. Obesidade. 
Obesidade e Co-morbidades. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 22,23. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. In: substituição de sintomas. XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da 
obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 111. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Cap. 14. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. In: XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um enfoque 
psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 110, 111. 
 
35 
 
XIMENES, ELIANE. G. Complicações psicológicas pós-cirúrgicas em 
obesidade. In: Depressão. XIMENES, ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um 
enfoque psicológico. [S.l.]: Editora Santos, 2009. Pg 112, 113. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Cap. 12. Acompanhamento psicológico pós-operatório: 
como, quando e por quê. In: Resistência ao acompanhamento. XIMENES, 
ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora 
Santos, 2009. Pg 92. 
 
XIMENES, ELIANE. G. Cap. 12. Acompanhamento psicológico pós-operatório: 
como, quando e por quê. In: Resistência ao acompanhamento. XIMENES, 
ELIANE. G. Cirurgia da obesidade: um enfoque psicológico. [S.l.]: Editora 
Santos, 2009. Pg 93. 
 
ZANELLA, MARIA T. Tratamento. Cirurgia

Continue navegando