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OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR PROLONGADA Maria Christ ina Lombardi Machado - Doutoura em Medicina pela Univ ersidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Coordenadora dos Programas de Ox igenoterapia Domici l iar do Hospi tal do Serv idor Públ ico Estadual de São Paulo e do Centro de Reabi l i tação Pulmonar da Discipl ina de Pneumologia da UNIFESP/ EPM/ LESF. São Paulo - SP. E-mail:mchrismachado@pneumo.epm.br INTRODUÇÃO A oxigenoterapia domici l iar prolongada (O.D.P.) é considerada atualmente o principal tratamento não farmacológico para portadores de DPOC e hipoxemia crônica. O principal motivo para essa afi rmativa está baseado em estudos clássicos sobre o tema publ icados nos anos 80 , e que confi rmaram que a ODP aumenta a sobrevida e melhora a qual idade de vida desse grupo de pacientes. Outros benefícios adicionais também foram descri tos com a O.D.P, como a melhora da função neuromuscular, da tolerância ao exercício, diminuição do hematócri to e da hipertensão arterial pulmonar. Concluiu-se, com esses trabalhos, que a oxigenoterapia contínua, no mínimo 18 horas por dia , é o melhor tratamento para esses pacientes. A oxigenoterapia está indicada se houver hipoxemia crônica nas bronquiectsias extensas , doenças neuromusculares, deformidades da caixa torácica, embol ia pulmonar, pneumoconioses, f ibrose pulmonar idiopática e outras. OBJETIVOS DA OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR As doenças que cursam com hipoxemia crônica levam ao cor pulmonale crônico e com o passar do tempo lesam os órgãos nobres (coração, r ins e cérebro). O objetivo da oxigenoterapia é reverter essas al terações e melhorar a sobrevida desses pacientes , incluindo também a manutenção da hemoglobina, débi to cardíaco e perfusão tecidual adequados. Esses procedimentos revertem a pol ici temia, melhoram a função neuropsíquica ,a cardíaca ,a performance do exercício e melhora o estado global de saúde. Sabemos que quando há retenção de gás carbônico na DPOC é decorrente ou de falência da mecânica de caixa torácica ou desequi l íbrio venti lação/perfusão e não de depressão do centro respiratório. Portanto, devemos corrigir a hipoxemia crônica com baixos fluxos de oxigênio, e se houver hipercapnia , associar venti lação não invasiva. INDICAÇÕES DA OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR : OXIGENOTERAPIA CONTÍNUA : - PaO2 ≤ 55 mmHg ou SaO2 ≤ 88% ou - PaO2 de 56 a 59 mmHg ou SaO2 de 89% associada à : • edema por insuficiência cardíaca compensada • evidência de cor pulmonale ou • hematócri to > 56% OXIGENOTERAPIA DURANTE O ESFORÇO SE: • PaO2 ≤ 55 mmHg ou SaO2 ≤ 88% durante esforços OXIGENOTERAPIA NOTURNA APENAS SE: • SaO2 ≤ 55 mmHg ou SaO2 ≤ 88% durante o sono, ou • queda na SaO2 > 5%, com sinais ou sintomas de hipoxemia (definidos como embotamento do processo cognitivo, fadiga ou insônia) Para a correta prescrição da O.D.P D devemos : • Preencher um formulário específico ( médico ou equipe) • Medir a PaO2 em “laboratório qual i f icado”. • Documentar a hipoxemia antes da prescrição de O2. • Após 3 meses, reaval iar a PaO2. • Reaval iar anualmente a prescrição do O2. • Reaval iar sempre que necessário a prescrição do O2 - A prescrição da O.D.P. deverá ser acompanhada de gasometria arterial para aval iação da venti lação alveolar e para evi tar possíveis erros da oximetria . - Se a DPOC estiver estável e a O.D.P. estiver sendo usada no mínimo há 6 meses ou mais, com documentação de melhora da PaO2 em ar ambiente, não devemos suspender o O2, pois considera-se a melhora gasométrica como o principal benefício da oxigenoterapia . - Alguns portadores de DPOC apresentam hipoxemia apenas durante o sono. A ODP noturna está indicada nesses casos quando há presença de cor pulmonale, insuficiência cardíaca direi ta ou pol ici temia. OXIGENOTERAPIA EM PACIENTES COM CANCER DE PULMÃO Os pacientes com obstrução do fluxo aéreo têm uma maior incidencia de cancer de pulmão que os pacientes com o fluxo aéreo normal. Logo o DPOC estão entre as doenças com maior r isco para desenvolver cancer de pulmão, chegando na l i teratura entre 5 a 9% destes doentes. Logo boa parte dos pacientes com cancer de pulmão apresentarão hipoxemia e indicação de ODP. Nos casos avançados o ODP será muito importante na melhora da qual idade de vida, apesar de não interferi r no tempo de sobrevida. OXIMETRIA DE PULSO A oximetria de pulso mede a saturação de oxigênio (SpO2) na pele, no dedo ou no lóbulo da orelha, com erro de 1 a 2% com relação à SaO2 arterial . A imprecisão do método pode aumentar se coexisti r: metahemoglobinemia, carboxi-hemoglobinemia, bi l i rrubinemia, pele escura, perfusão tecidual inadequada ou artefatos, sendo de grande valor para tr iagem diagnóstica. OXIGENOTERAPIA NOTURNA A hipoxemia diurna piora durante o sono, principalmente devido a hipoventi lação alveolar noturna fisio[ógica. A administração de oxigênio noturno corrige a hipoxemia , e para tal recomenda-se por convenção o acréscimo de 1 l i tro de O2 à dose diurna prescri ta. Obviamente a real ização de oximetria noturna nos dá a ti tulação ideal de O2 durante o sono, mas nem sempre esse exame está disponível . OXIGENOTERAPIA DURANTE ESFORÇOS A hipoxemia pode piorar durante esforços em alguns indivíduos, e a suplementação do O2 durante os esforços previne o aumento da pressão na artéria pulmonar e na resistência vascular pulmonar , que costumam ocorrer durante os exercícios . O benefício imediato do O2 nos esforços é melhorar a tolerância aos exercícios sob carga de trabalho submáximo e reduzir a dispnéia, por diminuir a venti lação minuto. Apesar da gasometria arterial ser o melhor método para documentarmos a SaO2, podemos usar a SpO2 para detectar a dessaturação da oxihemoglobina durante os exercícios . Os testes uti l izados para detectar dessaturação aos esforços mais comuns são: simulação das atividades de vida diária , teste de caminhada de 6 minutos no plano, ou o teste do degrau de 5 minutos. I ADMINISTRAÇÃO DO OXIGÊNIO OXIGÊNIO GASOSO A forma de apresentação mais usada é a de ci l indros de gás comprimido sob pressão, devendo existi r em local visível informações técnicas sobre eles. Estas informações são necessárias para a segurança, garantindo que o ci l indro esteja em perfei tas condições de uso. Devem ser mantidos em áreas bem venti ladas, onde não haja exposição ao calor excessivo, e conter avisos de que é proibido fumar. Os fluxômetros regulam o fluxo do gás, reduzindo a pressão do sistema para 50 psi , e a revisão frequente dos mesmos nos assegura que o fluxo prescri to de O2 esteja sempre adequado. Os ci l indros de oxigênio têm a desvantagem de serem pesados e de di fíci l deslocamento, podendo causar acidentes graves por quedas além de exigir manutenção regular de válvulas, manômetros e trocas freqüentes. Atualmente há a opção do oxigênio gasoso sob pressão em ci l indros pequenos de 600 ml com válvula poupadora de oxigênio (somente l ibera O2 na inspiração), mais leves e mais simples podendo serem trocados pelo próprio paciente, dando maior mobi l idade e autonomia. OXIGÊNIO LÍQUIDO O oxigênio na forma l íquida pode ser armazenado sob baixas pressões, sendo possível fazer seu reabastecimento domici l iar em unidades menores e portáteis. Ocorre perda de oxigênio l íquido mesmo se não for uti l izado, sendonecessário reabastecê-los freqüentemente. Cada 1 l i tro de O2 l íquido se transforma em 840 l i tros de O2 gasoso. É possível armazenar em casa 36 a 40 l i tros de O2 l íquido na unidade matriz mantidos a 70 graus negativos. O custo e manutenção do O2 l íquido é menor do que do gasoso e maior que dos concentradores de oxigênio. Apesar do preço, para quem tem vida social ativa o O2 l íquido é a melhor al ternativa. Existem pequenos reservatórios leves e que podem durar muitas horas , se pudermos uti l izar baixos fluxos de O2 . Podemos também aumentar a autonomia do sistema se associarmos uma válvula economizadora inspiratória de O2. CONCENTRADOR DE OXIGÊNIO Esta é a forma mais econômica de se usar oxigenoterapia domici l iar. Trata-se de um aparelho leve (em torno de 10 Kg), com rodas na base, consti tuído por motor e bateria, que deve ser l igado à energia elétr ica para que as moléculas de oxigênio do ar sejam separadas das moléculas de ni trogênio, concentrando o O2 a 95%, fornecendo fluxos de 1 a 5 l /min. Em baixos fluxos, essa concentração pode chegar até a 97%. Seu funcionamento gera um ruído discreto e contínuo, produz calor, requer uma fonte de eletr icidade e um ci l indro de oxigênio para si tuações de emergência, como fal ta de energia elétr ica. Há também modelos que recarregam pequenos ci l indros portáteis, faci l i tando a locomoção, mas gastando bastante energia elétr ica para tal . Alguns modelos combinam um sistema de l iberação do O2 em pulsos, com válvula poupadora de O2 na inspiração , o que os tornam mais econômicos. COMO FAZER A INDICAÇÃO E A MONITORAÇÃO DA ODP Obtem-se a dose ideal t i tulando-se o fluxo de O2 que t i tule SpO2 ≥ 90% ( ou PaO2 = 60 mmHg ) com o paciente sentado , no mínimo por 20 minutos em ar ambiente. As doses de oxigênio são di ferentes conforme a fonte de oxigênio usada, devendo-se ti tular individualmente cada paciente . ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO Os sistemas de administração de O2 podem ser classi f icados em: de baixo f luxo ou v ariáv el (cateter, máscaras simples, etc.) e de al to f luxo ou f ixo (máscara de Ventur i ) . Nos sistemas de baixo f luxo, a f ração inspi rada de O2 (F iO2) é determinada por v ár ios fatores: f luxo empregado de ox igênio, tamanho do reserv atór io do equipamento, v olume da máscara facial ou tamanho do espaço morto anatômico . Nos sistemas de al to f luxo, a FiO2 f ornecida é precisa e constante, independentemente de al terações no padrão v ent i latór io. CÂNULA OU “PRONG” NASAL A cânula ou prong nasal é o meio mais simples e barato e mais comumente usado para administrar oxigênio. A cânula deve ser posicionada de modo que suas extremidades não penetrem mais que 2,5 cm nas narinas. Pode-se aumentar a FiO2 até o f luxo máximo de 6 l /min, a parti r do qual o paciente pode ter secura e sangramento da mucosa nasal, e o consumo de oxigênio torna- se em excesso. A cânula nasal é considerada confortável pela maioria dos pacientes, e está contra-indicada em indivíduos que tenham respiração predominantemente oral . A FiO2 teórica e estimada para vários fluxos via cânula nasal, mostra certa estabi l idade da FiO2 : L/min FiO2 1 0,24 2 0,28 3 0,32 4 0,36 5 0,40 6 0,44 A umidi f icação só se faz necessária para fluxos maiores do que 4 l /min. MÁSCARA SIMPLES As máscaras têm seu uso l imitado por dois fatores: 1°) não existem modelos e tamanhos variáveis que se adaptem a todos os tipos de face, 2°) ocorre grande variação da FiO2, conforme o padrão venti latório, havendo desperdício de aproximadamente 2/3 do oxigênio fornecido, com fluxo mínimo necessário de 5 l /min, o que torna seu uso praticamente inviável . CATETER OROFARÍNGEO O cateter orofaríngeo tem seu uso cada vez mais infreqüente devido ao desconforto que causa ao paciente. Para sua instalação usa-se o método prático de medir a distância entre a narina e o lóbulo da orelha, introduzindo-se uma porção equivalente do cateter pela narina, de modo que não se visual ize a ponta do mesmo na orofaringe.O cateter deve ser trocado de narina a cada 8-12 h. Oferece a vantagem de poder ser usado mesmo em pacientes com rini te, ou respiração predominante oral e quando posicionado na rinofaringe, evi ta que crostas de muco obstruam os ori fícios. Além disso, podemos usar uma FiO2 menor, uma vez que na fase expiratória, o O2 se acumula nas vias aéreas superiores, sendo reaprovei tado na próxima inspiração. MÉTODOS DE POUPANÇA DE OXIGÊNIO (ECONOMIZADORES) Sabe-se que apenas 17% do oxigênio fornecido pela cânula nasal participa das trocas gasosas, sendo que os 83% restantes se perdem no ar em decorrência da relação inspiração : expiração de 3:1. Com o objetivo de diminuir o custo do O2, principalmente o portáti l , foram criados métodos de conservação de O2 que se baseiam em dois princípios: uso de reservatório mecânico que l imita a perda de O2 na expiração e fornece um “pool” de 100% de oxigênio no início da inspiração (pendentes), e a válvula poupadora ou economizadora de oxigênio inspiratória, que se abre e fornece O2 somente no início da inspiração. MÁSCARA COM RESERVATÓRIO A máscara com reservatório consiste de uma máscara simples, com um reservatório acessório que permite a reuti l ização parcial do O2. O reservatório pode ser pequeno (20 ml) e f icar embaixo do nariz, como um bigode, ou maior e f icar como um pendente no tórax. Desta forma, o O2 que preenche o reservatório na inspiração é inalado no início da respiração seguinte, economizando 30 a 50% de O2. A máscara deve ficar muito bem fixada, de modo a formar um verdadeiro lacre entre ela e a face do paciente, e a cânula do reservatório deve ser trocada a cada três semanas. CATETER TRANSTRAQUEAL Este método foi proposto em 1982 por Hemlich, e consiste na administração de O2 di retamente na traquéia, através de um pequeno cateter (1 a 2 mm de diâmetro interno) inserido percutaneamente ao nível do primeiro anel. A maior vantagem deste método é a economia de O2 de aproximadamente 50% em repouso e 30% durante o exercício, devido ao armazenamento do oxigênio no espaço morto da via aérea superior e traquéia. A FiO2 não varia com o padrão respiratório, e é possível seu uso contínuo, não interferindo na real ização das tarefas e nas atividades de vida diária. Esteticamente é o melhor método, pois como o cateter f ica inserido no pescoço, ele pode ser totalmente escondido ou camuflado . A oxigenoterapia pode ser iniciada 2 a 3 dias após a inserção do cateter transtraqueal, sendo necessário um programa de educação e supervisão do paciente. Se presta a indivíduos que necessi tam de al tos fluxos de O2 por prong nasal e que não conseguem usá-lo por i rr i tação local ou motivos estéticos. Este método de administração mostra excelentes resul tados cl ínicos quando comparado aos demais, provavelmente porque o paciente recebe O2 realmente por 24 horas. A desvantagen do método é ser um procedimento invasivo, podendo muito raramente levar à rouquidão, eri tema cutâneo , hemoptises, enfisema subcutâneo e formação de rolhas de muco . VÁLVULA POUPADORA INSPIRATÓRIA DE O2 O objetivo da válvula poupadora inspiratória de O2 economizar mais de 50% de O2 l iberado. As válvulas de l iberação de O2 por demanda uti l izam sensores eletrônicos que são acionados por pressão negativa. Podem ser usadas com cânula nasal ou cateter transtraqueal, e por l iberar menor f luxode O2 não causa secura da mucosa nasal. Alguns pacientes necessi tam de um tempo para se acostumar ao pulso inspiratório, o que freqüentemente ocorre sem di f iculdades. MÁSCARA DE VENTURI A máscara de Venturi , é um sistema de al to f luxo, no qual o oxigênio passa por um ori fício sob pressão, causando aspiração do ar ambiente para o interior da máscara. Desta forma, o paciente respira a mistura de ar ambiente mais oxigênio. Pela máscara de Venturi são fornecidas concentrações de O2 controladas (FIO2=24%,28%, 31%, 35% e40%).Sua grande desvantagem é não poder ser usada para prescrição domici l iar devido ao al to f luxo uti l izado (no mínimo 3 l /min). UMIDIFICADORES O oxigênio fornecido sob forma gasosa é seco, sendo necessário a adição de vapor de água antes que o O2 alcance as vias aéreas. Os umidi f icadores promovem uma umidade relativa de 60% a 100%. Quando o fluxo usado for menor que 4 l /min não há necessidade de umidi f icação . Fluxos acima deste levam à secura da mucosa nasal, de orofaringe, cefaléia, desconforto torácico e aumento da produção de muco. PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA (CPAP) O uso de oxigênio em sistemas que geram pressão posi t iva nas vias aéreas (CPAP) é úti l em certas doenças onde se tenha por objetivo corrigir o colapso alveolar e a hipoxemia , como é o caso da síndrome da apnéia do sono e da síndrome “overlap” (apnéia do sono associada à DPOC). Esse sistema consiste na apl icação de pressão posi t iva no final da expiração nas vias aéreas (CPAP) em pacientes durante o sono. Existem sistemas que fornecem uma pressão na inspiração e outro na expiração =BIPAP e outros que fornecem fluxo contínuo fixo durante a fase inspiratória = CPAP. O principal problema do CPAP é ele ser desconfortável sendo comum o paciente não tolerá-lo . O CPAP que tem fluxo contínuo tem por objetivo também minimizar ao máximo o trabalho respiratório. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Nocturnal Oxygen Therapy Trial Group. Continuos or nocturnal oxygen therapy in hypoxemic chronic obstrutive lung diseases . Ann Intern Med. 1980; 93: 391-398. 2. Medical Research Counci l Working Party. Report of long-term domici l iary oxygen therapy in chronic hypoxic cor pulmonale compl icatig chronic bronchitis and emphysema. Lancet 1981; 1: 681-685. 3. Viegas CAA , Adde FV, Paschoal IA, Godoy I, Machado MCLO. Consenso de Oxigenoterapia Domici l iar Prolongada da Sociedade Brasi leira de Pneumologia- J Pneumologia , 2000; 26: 341-350. 4. Machado MCLO. Oxigenoterapia Domici l iar. In : Fernandes ALG, Mendes ESPS , Terra Fi lho M, ed. Atualização e reciclagem em Pneumologia. Vol 3. São Paulo : Atheneu, 1999 ; 127-142. 5. Weitzenblum E, Oswald M, Appri l l M, Ratomaharo J, Kessler R. 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