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Estudo dirigido de Histologia

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Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
ESTUDO DIRIGIDO UC 10 
Monitoria de Histologia – Maria Eduarda Camelo 
1. Diferencie os conceitos de hipertrofia, hiperplasia, metaplasia, displasia, 
neoplasia e anaplasia. Explique o mecanismo de cada um deles. 
Atrofia: diminuição do tamanho e da função da célula, porém a célula não está morta. Ex: 
músculo esquelético em caso de lesões que as pessoas tendem a ficar muito tempo acamadas 
há perda da massa muscular, o membro diminui de tamanho. Há diminuição da síntese 
proteica (diminui RER), perda de mitocôndrias e outras organelas citoplasmáticas. 
Hipertrofia: aumento do tamanho da célula. Células musculares sofrem apenas hipertrofia. Há 
aumento da síntese proteica e da quantidade de organelas citoplasmáticas. 
Hiperplasia: aumento do número de células. Ocorre no útero gravídico (hipertrofia também) 
Metaplasia: célula que se transforma em outro tipo de célula. Por exemplo, tem a metaplasia 
escamosa do esôfago (esôfago de Barret – lesão pré-maligna) que acreditam ser causada pela 
exposição frequente do esôfago à secreção gástrica que é ácida. O epitélio normal do esôfago 
é estratificado pavimentoso não queratinizado e se torna epitélio simples cilíndrico. Tipos: 
TERATOMA, CORISTOMA e HAMARTOMA. 
Displasia: crescimento não neoplásico desordenado encontrado principalmente no epitélio. 
Área de um órgão com células anormais. Perda da uniformidade das células e perda na sua 
orientação arquitetural, podendo exibir também pleomorfismo e hipercromasia, mas sem 
alterações que designem malignos. Quando as alterações displásicas são acentuadas e 
envolvem toda a espessura do epitélio sem ultrapassar a membrana basal = carcinoma in situ. 
Neoplasia: é um novo crescimento que tem característica principal de ser desordenado e não 
regredir 
Anaplasia: falta de diferenciação. Células diferenciadas lembram células normais, tanto 
morfologicamente como funcionalmente. Tecidos bem diferenciados possuem células que 
lembram o tecido do órgão de origem. 
 
2. Toda adaptação celular é patológica? Explique exemplificando. 
Não. Adaptação celular acontece para que a célula possa se adaptar às novas condições 
ambientais impostas até um ponto que não cause lesão celular que já é irreversível. Algumas 
adaptações celulares são fisiológicas como, por exemplo, a preparação do útero para abrigar o 
feto, onde há ocorrência de hipertrofia e hiperplasia das células uterinas. 
 
3. Caracterize tumores malignos e benignos, destacando suas diferenças. 
Neoplasia é um novo crescimento = neoplasmas. Tumor é uma massa anormal de tecido, cujo 
crescimento é excessivo e quase autonômico e descontrolado, excede os tecidos normais 
e seu crescimento persiste mesmo após a interrupção dos estímulos desencadeantes  
persistência devido às alterações hereditárias. OBS: os tumores necessitam do hospedeiro para 
sua nutrição e aporte sanguíneo, por isso usamos o PET-TC com a glicose como marcador, pois 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
nos locais de alta atividade celular como nos cânceres, a glicose está em altas quantidades. As 
células tumorais se dividem MAIS VEZES, e não mais rápido pois não têm controle. 
TUMORES MALIGNOS x TUMORES BENIGNOS 
 Morfologia 
 Comportamento (evolução clínica) 
 
1) Alteração maligna na célula-alvo (transformação) 
A anaplasia é considerada um ponto fundamental da transformação maligna e é marcada 
pelas seguintes alterações morfológicas. A falta de diferenciação é a anaplasia. Em geral, 
os tumores benignos são bem diferenciados e malignos variam de bem diferenciados a 
indiferenciados (anaplásicos). 
 Pleomorfismo nuclear e celular (variação de tamanho e forma da célula e núcleo) 
 Morfologia nuclear anormal (núcleos hipercromáticos, aumento da relação 
núcleo/citoplasma) 
 Mitoses abundantes (maior atividade proliferativa das células) 
 Perda da polaridade 
 Células tumorais gigantes 
 
2) Crescimento das células transformadas 
A taxa de crescimento de um tumor é determinada por 3 fatores importantes: 
 Tempo de duplicação das células tumorais (não necessariamente é mais rápido) 
 Fração de crescimento (parte das células tumorais que está em divisão celular) – a 
maioria dos tratamentos ataca apenas células que estão em divisão celular 
 Taxa com que as células são eliminadas e perdidas na lesão crescente. 
O crescimento progressivo do tumor e a taxa que cresce são determinadas por um excesso de 
produção celular em relação à perda celular  A taxa de proliferação deverá exceder a taxa de 
apoptose. Quanto menor a taxa de diferenciação, maior o crescimento = malignos crescem 
mais rápido. 
 
3) Invasão local 
Quase todos os tumores benignos crescem respeitando os limites do local de origem, em geral 
crescem lentamente e desenvolvem uma cápsula fibrosa (borda de tecido conjuntivo 
condensado). Essa cápsula não impede o crescimento do tumor, mas o mantém circunscrito – 
facilmente palpável e removível. Tem plano de clivagem bem definido. 
Já os tumores malignos são invasivos e infiltrativos, e destroem o tecido normal ao redor. São 
mal delimitados, não crescem respeitando os limites do local de origem, não apresenta plano 
de clivagem bem definido, dificultando a remoção cirúrgica. Pode desenvolver metástases. 
[A INVASIVIDADE E DESENVOLVIMENTO DE METÁSTASES SÃO AS CARACTERÍSTICAS 
MAIS SEGURAS QUE DISTINGUEM OS TUMORES MALIGNOS E BENIGNOS] 
4) Metástases à distância 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
São implantes tumorais em locais distantes do tumor primário. A invasividade possibilita a 
penetração nos vasos sanguíneos, linfáticos e cavidades corporais, criando a oportunidade 
para a disseminação. Quase todos os tumores malignos podem metastatizar, exceto 
GLIOMAS, CBC). 
 
4. Quais os componentes básicos dos tumores, sejam malignos ou 
benignos? 
Parênquima: células neoplásicas em proliferação 
Estroma: vasos sanguíneos e tecido conjuntivo 
 
5. Quais as regras de nomenclatura para tumores benignos? E para os 
malignos? Quais as exceções? 
BENIGNOS 
Em geral: célula de origem + OMA (Lipoma, osteoma, condroma...) 
Epitelial: ADENOMA (padrões glandulares), CISTOADENOMAS (cistos), PAPILOMAS 
(projeções digitiformes) e PÓLIPO (elevação da mucosa que se proteja para a luz) 
 
MALIGNOS 
Em geral: CÂNCER 
Epitelial: CARCINOMA (ADENOCARCINOMA – padrão de crescimento glandular) 
Mesênquima: SARCOMA (pouco tecido conjuntivo e são carnosos) 
 
OBS: tumores mistos – têm origem em uma camada germinativa que se diferencia em mais de 
um tipo de célula parenquimatosa  Adenoma pleomórfico 
 
6. Conceitue a diferença entre células bem diferenciadas e células 
anaplásicas. Esses processos podem ocorrer em conjunto? 
Células neoplásicas bem diferenciadas lembram as células do órgão de origem, tanto 
morfologicamente quanto funcionalmente. A falta de diferenciação é chamada de anaplasia e é 
composta por células não especializadas com aspecto primitivo. A anaplasia é um ponto 
fundamental para ocorrer a transformação maligna. 
 
 
 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
7. Como reconhecer anaplasia na lâmina? 
Pleomorfismo celular e nuclear: células de tamanho e formas variadas. Morfologia nuclear 
anormal: núcleos hipercromáticos e alongados, nucléolos grandes, relação núcleo/citoplasma 
aumentada, mitoses atípicas, mitoses abundantes, polaridade reversa, células gigantes 
 
8. Explique carcinoma in situ e carcinoma invasivo. 
O carcinoma in situ é aquele que apresenta toda a espessura do epitélio displásico mas não 
ultrapassou a membrana basal. A partir do momento que as células neoplásicas produzem 
proteases e colagensas e degradam a membrana basal para infiltrar nos tecidossubjacentes, 
torna-se invasivo. 
 
9. O que é a taxa de crescimento, seus fatores principais, e qual sua 
importância clínica/terapêutica? 
A taxa de crescimento de um tumor é determinada por 3 fatores importantes: 
 Tempo de duplicação das células tumorais (não necessariamente é mais rápido) 
 Fração de crescimento (parte das células tumorais que está em divisão celular) – a 
maioria dos tratamentos ataca apenas células que estão em divisão celular 
 Taxa com que as células são eliminadas e perdidas na lesão crescente. 
O crescimento progressivo do tumor e a taxa que cresce são determinadas por um excesso de 
produção celular em relação à perda celular  A taxa de proliferação deverá exceder a taxa de 
apoptose. Quanto menor a taxa de diferenciação, maior o crescimento = malignos crescem 
mais rápido. 
 
10. Quais as vias de disseminação cancerígena? Qual delas é a mais 
comum? 
a) Implante direto nas cavidades corporais ou nas superfícies: sempre quando a 
neoplasia “penetrar” em um campo aberto natural, sendo a cavidade peritoneal a mais 
cometida. Há relatos de transplante direto de células tumorais, como através de 
instrumentos cirúrgicos, porém são bastante raros. Cavidade peritoneal, pleural, 
pericárdica, subaracnóidea e espaço articular. Ex: câncer de ovário se disseminando 
para o peritônio e o fígado. 
b) Disseminação Linfática: é a via mais comum para os carcinomas. Utiliza os vasos 
linfáticos localizados nas margens tumorais (ex: CA de mama  linfáticos axilares) e o 
comprometimento dos linfonodos que seguem as vias de drenagem. (toda a área de 
drenagem flui para o fígado – VCI – pulmões). O aumento dos linfonodos pode resultar 
do crescimento de células tumorais metastáticas ou de hiperplasia reativa aos 
antígenos tumorais. 
c) Disseminação Hematogênica: preferencial dos sarcomas. As artérias têm paredes 
mais espassas e são mais difíceis de serem penetradas do que as veias. Com a 
invasão venosa, as células tumorais seguem o fluxo venoso de drenagem (fígado-VCI-
pulmões). Por isso fígado e pulmões são os locais mais comuns de metástase. 
 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
11. Quais as etapas da metástase? 
A invasão e metástase são processos relacionados aos tumores malignos e se desenvolvem em 
várias etapas. Estudos revelaram que embora milhões de células do tumor primário sejam 
lançadas diariamente na circulação, somente algumas metástases são produzidas. Isto é 
explicado pelo fato de células de um mesmo tumor serem heterogêneas e apenas algumas terem 
potencial metastático. Para que uma célula neoplásica obtenha sucesso na metastatização ela 
deve inicialmente se destacar do tumor primário, invadir e migrar nos tecidos adjacentes, 
infiltrar e sobreviver na corrente circulatória, aderir e atravessar os capilares sangüíneos 
e sobreviver em um tecido estranho ao de sua origem. 
Cada uma destas etapas requer habilidades especiais, fazendo com que o processo de 
metástase seja seletivo. As células normais expressam glicoproteínas transmembrânicas que 
promovem adesão intercelular, desempenhando importante papel na manutenção da integridade 
estrutural. 
As caderinas são as de maior importância. No tecido epitelial são chamadas de E-caderina. 
Alterações nestas proteínas diminuem a adesão entre as células e facilitam o 
desprendimento do tumor primário e invasão dos tecidos vizinhos. 
Para invadir e migrar no tecido conjuntivo as células metastáticas devem primeiramente se aderir 
aos componentes da matriz extracelular. Esta adesão ocorre devido à expressão de receptores 
para laminina e fibronectina. As células tumorais podem também expressar integrinas que são 
uma família de glicoproteínas de superfície celular que mediam a adesão célula - célula ou de 
célula com a matriz extracelular. 
Para migrar no tecido conjuntivo, as células metastáticas devem ser capazes de secretar 
colagenases e outras enzimas proteolíticas que digerem a matriz extracelular. 
Para entrar na corrente circulatória, as células devem atravessar a membrana basal (MB). A 
MB é uma fina camada de matriz extracelular que envolve vasos sanguíneos, células 
musculares, adiposas, nervosas, além de separar o tecido epitelial do conjuntivo. A MB parece 
ser uma barreira particularmente importante à disseminação de células metastáticas. Para 
atravessar esta barreira (MB) as células precisam inicialmente aderir à “laminina” que é 
um dos principais componentes proteicos das membranas basais. A interação dos 
receptores celulares com a laminina parece estimular a síntese de colagenase IV. A 
degradação do colágeno IV faz com que a membrana basal se desintegre, abrindo o 
caminho da célula metastática para a corrente circulatória. 
Ao entrar na corrente circulatória a maior parte das células é provavelmente destruída por 
linfócitos NK (natural killer) e fagócitos polimorfonucleares. Algumas células tumorais 
aderem às plaquetas circulantes, sendo esta interação mediada por integrinas. A interação das 
células metastáticas com plaquetas parece ser um fator importante na metastatização, 
principalmente no desenvolvimento de metástase pulmonares. 
Além de possível camuflagem das células tumorais, que assim conseguem escapar dos 
leucócitos circulantes, a interação célula tumoral - plaquetas pode formar pequenos 
trombos que são aprisionados nos pequenos vasos sangüíneos dando origem a novos 
focos metastáticos. 
Células tumorais isoladas também podem aderir a receptores de membrana nas células 
endoteliais e atravessar os vasos sangüíneos, num fenômeno similar a leucopedese. O local de 
desenvolvimento de metástase está relacionado, em parte, a localização anatômica do tumor 
primário. Entretanto, algumas observações sugerem que a via natural de drenagem não explica 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
inteiramente a distribuição das metástases. Por exemplo, cânceres de próstata desenvolvem 
metástase óssea com relativa frequência, carcinoma broncogênico tende a envolver adrenal e 
cérebro, e neuroblastomas irradiam para fígado e ossos. O tropismo para determinados órgãos 
pode estar relacionado a 3 mecanismos: - células tumorais podem expressar moléculas de 
adesão as quais se ligam preferencialmente às células endoteliais de órgão alvo. - alguns órgãos 
podem liberar agentes quimiotáticos que recrutam células tumorais. - em alguns casos o órgão 
alvo parece não ser favorável para a proliferação das células tumorais. Apesar de existirem 
alguns fatores que indiquem a maior probabilidade de desenvolver metástase em determinado 
local, a precisa localização da metástase não pode ser prevista em nenhum tipo de câncer. 
Carcinomas e locais preferencias de metástase. 
 
 
12. Quais as classes de genes envolvidos no processo neoplásico? 
Genes envolvidos no processo de regulação do ciclo normal e de reparação do genoma: 
a) Proto-oncogenes (promotores de crescimento – genes normaos do genoma) 
b) Genes supressores tumorais (inibidores de crescimento) 
c) Genes reguladores de apoptose 
d) Genes envolvidos no reparo de DNA (principal alvo de mutações) 
Genes regulatórios da carcinogênese: 
a) Proto-oncogenes: considerados dominantes, transformam as células mesmo na 
presença de seu alelo normal. 
b) Genes supressores tumorais: considerados recessivos pois ambos os alelos normais 
precisam ser lesados para ocorrer a transformação. Pode ocorrer dano em apenas um 
alelo levando a haploinsuficiência com redução das proteínas que inibem a proliferação 
celular. 
c) Genes reguladores da apoptose: podem se comportar tanto como proto-oncogenes 
como supressores tumorais. 
d) Genes envolvidos no reparo do DNA: não agem diretamente na transformação das 
células. Referem se a capacidade do organismoem reparar mutações nos genes vistos 
anteriormente. A incapacidade de reparar o DNA predispõe a mutações nesses genes. 
 
ETAPAS DA CARCINOGÊNESE 
Transformação ou iniciação: alteração no genoma celular. (reprogramação genética) 
Progressão ou promoção: proliferação de células geneticamente instáveis e geração de 
heterogeneidade com acúmulo de mutações e formação de subclones. Nesta fase pode haver 
seleção por parte do sistema imune do hospedeiro ou tratamento (a neoplasia tende a se tornar 
mais agressiva). 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
Como regra geral: 
– Ativação dos proto-oncogenes. 
– Inibição ou ausência dos genes supressores tumorais. 
– Inibição dos genes pró apoptóticos (ex. p53). Durante o ciclo celular, a proteína p53 faz uma 
verificação de ocorrência de mutações na sequência genética da célula (consequência de erros 
de replicação do DNA). Se ocorrer mutação, a proteína p53 ativa as proteínas de reparação do 
DNA. Se o DNA estiver muito danificado acumula-se um alto nível de p53 induzindo a 
apoptose. Este gene está mutado em aproximadamente 50% das neoplasias humanas. 
– Ativação de genes antiapoptóticos (ex. bcl-2) 
Como surgem os tumores? 
1. Falha na vigilância imunológica: feita pelos linfócitos T killer e células “Natural killer”. 
2. Agentes carcinogênicos: agentes que desenvolvem tumores. • Químicos. • Físicos. • 
Biológicos. 
 
 
 
13. Diferencie oncogenes, proto-oncogenes e oncoproteinas. 
PROTO-ONCOGENES são os genes normais (não alterados) do nosso genoma. Apresentam 
diversas funções biológicas relacionadas com processos de proliferação, diferenciação e 
sobrevivência celular. Mutações nos proto-oncogenes geram oncogenes. 
 
Os ONCOGENES são genes que possuem mutações e induzem tumores e seus genomas 
apresentam sequências de transformação única, quase idênticas às encontradas no DNA 
normal. Os oncogenes podem ser gerados por mutações espontâneas, ação de retrovírus, 
amplificação gênica ou translocação de segmentos de específicos de DNA do genoma e, assim, 
são capazes de gerar proteínas defeituosas, denominadas oncoproteínas, que perdem suas 
funções naturais. Os oncogenes codificam proteínas que promovem a perda do controle sobre o 
ciclo mitótico e levam as células a se tornarem cancerosas, esses genes resultam de mutações 
somáticas, e são dominantes. O câncer, basicamente, é uma doença do DNA. 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
As ONCOPROTEÍNAS podem apresentar diferentes funções como receptores do tipo tirosina-
quinase, fatores de crescimento, proteínas envolvidas no processo de morte celular programada 
(apoptose), fatores de transcrição, enzimas de reparo do DNA, ciclinas e proteínas que 
participam de mecanismos específicos de sinalização celular (transdução). Os oncogenes 
codificam proteínas chamadas oncoproteínas que participam na transdução de sinais durante 
várias etapas do ciclo celular. Existem 4 categorias de oncogenes que estão associados a divisão 
celular e desenvolvimento de câncer que são: fator de crescimento, receptor de fator de 
crescimento, proteínas envolvidas na transdução de sinais e proteínas reguladoras nucleares. 
Genes supressores de tumores compreendem uma série de proteínas relacionadas com o 
controle de mecanismos de proliferação celular e/ou apoptose, consequentemente estão 
diretamente envolvidos com o controle do desenvolvimento de tumores. 
Os genes supressores de tumor (anti-oncogenes) codificam proteínas que inibem a divisão 
celular. O p53 é o gene supressor de tumor mais comumente relacionado aos cânceres 
humanos. Alterações nestes genes são encontradas em aproximadamente 70% dos cânceres 
de cólon, em 30 a 50% dos cânceres de mama e em 50% dos cânceres de pulmão. Além dos 
tumores epiteliais, mutação no p53 tem sido encontrada em leucemias, linfomas, sarcomas e 
tumores neurogênicos. Ex: RB, p53, APC, PTCH. 
O p53 é um dos genes responsáveis pela integridade do genoma. É ativado pelo surgimento de 
DNA alterado, através de mecanismos ainda não totalmente esclarecidos. Sua ativação produz 
uma proteína que estimula a síntese de outras proteínas, que vão atuar inibindo a replicação 
celular através da ligação com o antígeno de proliferação nuclear (PCNA) e estimulando as 
enzimas de reparo do DNA. Caso o reparo do DNA seja completo, o p53 é inativado e a célula 
retorna ao estado normal. Caso não haja reparo satisfatório, a célula permanece impedida de 
replicar e é induzida à apoptose. 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
 
 
 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
14. BAX, RB, P53, BRCA1/BRCA2. Qual a função desses genes e como suas 
alterações podem contribuir para o processo neoplásico? 
 
BAX  gene pró-apoptótico 
RB (retinoblastoma): gene supressor tumoral. Carcinoma espinocelular 
p53: gene supressor tumoral. É ativado mediante a presença de erros no DNA e 
estimula a liberação de proteínas para fazer o reparo mismatch do DNA e proteínas 
que inibem a replicação celular. 
BRCA1/BRCA2: genes supressores tumorais. Susceptibilidade ao câncer de mama + 
BRCA2 – CA de próstata. 
 
 
 
15. Explique a relação hormonal envolvida na HBP. 
Há 2 hipóteses para o desenvolvimento da HBP: 
 O principal componente hiperplásico seria a diminuição da morte celular 
 O segundo seria o efeito da DHT sobre o aumento crescimento celular e diminuição da 
morte das células 
A testosterona é convertida em DHT (diidrotestosterona) através da 5alfa-redutase tipo 2, 
enzima que está localizada apenas no ESTROMA e muito raramente em algumas células da 
camada basal. A DHT se liga a receptores de andrógeno (AR) e irá estimular a liberação de 
fatores de crescimento como o FGF7 que irá estimular os queratinócitos e FGF 1 e 2 
(fibroblastos) e aumentar a proliferação celular, concomitantemente diminuindo a taxa de morte 
celular. As células estromais são as responsáveis pelo crescimento celular. 
 
 
16. Quais as diferenças nas lâminas de CA de próstata da HBP? 
HPB CA DE PRÓSTATA 
Dupla camada de células (interna colunar e 
externa basal cuboide ou achatada) 
 
Perda da dupla camada (não existe mais a 
cada basal, só a interna colunar ou 
cuboide) 
Glândumas maiores 
 
Glândulas menores 
Glândulas mais separadas 
 
Glândulas mais aglomeradas 
 
Ausência de atipia celular (citoplasma 
claro 
Pleomorfismo (núcleos maiores e de 
formas diferentes, vários nucléolos, 
citoplasma mais escuro...) 
 
Não causa invasão perineural 
Pode haver invasão perineural 
Acomete a zona de transição e central Acomete e zona periférica 
Presença de dobras epiteliais mais 
pronunciadas que na próstata normal e 
ramificações glandulares 
 
Perda das dobras do epitélio e 
ramificações 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
 
17. Qual a zona (prostática) de acometimento da HBP? E do carcinoma 
prostático? 
HPB: zona de transição ou central 
Adenocarcinoma prostático: zona periférica 
18. Qual o principal gene envolvido da adenocarcinoma de próstata? 
GSTP1 e BRCA2. 
 
19. Explique o sistema de classificação de Gleason. 
 
Serve como marcador prognóstico. É uma escala do grau de diferenciação do tumor. 
Grau I: bem diferenciado 
Grau V: alto grau de indiferenciação 
 
Soma-se os 2 padrões glandulares predominantes na lâmina para obter a pontuação 
final. 
 
 
20. Em que consiste o sistema TNM? 
Estágio em que se encontra a doença (avalia o quanto a doença progrediu). 
• Realizado por organizações internacionais que fazem o estadiamento dos tumores (UICC-
União Internacional contra o Câncer: TNM). 
• Leva em consideração: 
– Tamanho da lesão primária (T). 
– Número de linfonodos regionais comprometidos (N). 
– Presençaou ausência de metástases a distância (M). 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
21. Quais as características microscópicas do adenocarcinoma gástrico 
(segundo a classificação de lauren): câncer gástrico intestinal x câncer 
gástrico difuso? 
 
INTESTINAL DIFUSO 
Bem diferenciado Pouco diferenciado 
Formação de glândulas Ausência de formação glandular organizada 
Melhor prognóstico (prognóstico ruim) Pior prognóstico (prognóstico sombrio) 
Mais comum Menos comum 
Mais homens e velhos Mais mulheres e jovens sem história prévia de 
gastrite 
Não relacionado a esse grupo sanguíneo Relacionado ao grupo sanguíneo A 
Disseminação quase sempre hematogênica Disseminação por via linfática e por 
contiguidade 
Ausência de células em anel de sinete Células em anel de sinete (citoplasma repleto 
de muco, empurrando o núcleo para a periferia); 
células neoplásicas altamente indiferenciadas 
que se proliferam e infiltram os tecidos sem 
seguir nenhum padrão 
Relação ambiental (H. pylori) e gastrite crônica 
prévia 
Relação genética 
Localização preferencial nas porções distais 
(antro) 
Localização preferencial nas porções proximais 
(fundo) 
Pode ser precedido pelo surgimento de 
metaplasia intestinal e displasia progressiva, 
que culmina em neoplasia 
Não é precedido por metaplasia intestinal e 
displasia 
Embora possam penetrar a parede gástrica, 
geralmente crescem formando amplas massas 
coesivas que constituem tanto massas 
exofíticas quanto um tumor ulcerado 
Difícil observar massas mas evocam uma 
reação desmoplásica que endurece a parede 
gástrica 
Frequentemente as células contêm vacúolos 
apicais de mucina e esta pode estar presente no 
lúmen das glândulas 
Células desconexas que não formam glândulas 
e têm grandes vacúolos de mucina 
 
 
22. O Adenocarcinoma possui causa multifatorial. Quais seriam elas? 
 Reprogramação genética: alteração nos genes GSTP1 e BRCA2. 
 Fatores ambientais: alimentação gordurosa 
 Histórico familiar 
 Raça 
 Gênero 
 Níveis hormonais 
- Os andrógenos atuam da mesma forma no adenocarcinoma que nem na HBP estimulando a 
proliferação celular e diminuindo a taxa de morte celular. 
 
23. Quais os genes envolvidos nessa patogenia? 
Principais: BRCA2 e GSTP1. 
Outros: RB, PTEN, p16/INKa, MLH1, MSH2 e APC 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
 
24. Quais os linfonodos acometidos no adenocarcinoma gástrico? 
Linfonodos Periumbilicais = de Mary Jose 
Linfonodos Supraclaviculares = de Virchow 
 
25. Explique a classificação de borrmann. 
 
 
POLIPOIDE – ULCERADA – PARCIALMENTE INFILTRATIVA – DIFUSAMENTE INFILTRATIVA 
 
26. Quais os subtipos de adenocarcinoma segundo a OMS? 
OMS 
 Classificação macroscópica 
 Leva em consideração os aspectos histológicos, classificando os tumores gástricos em 
cinco tipos: 
 
1) Tubular: arranjo tubular 
2) Papilar: arranjo papilar 
3) Mucinoso: abundante secreção de mucina 
4) Células em Anel de Sinete: células isoladas e com mucina que desloca o núcleo 
perifericamente 
5) Indiferenciado: sem arranjo característico 
 
 Correlacionando-se as classificações de Lauren e da OMS, o tipo intestinal de Lauren 
corresponderia ao tubular/papilar, enquanto o tipo difuso de Lauren corresponderia ao 
indiferenciado/células em anel de sinete. 
Renata Bittar 
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27. O pólipo inflamatório se associa com que síndrome? Qual sua tríade? E 
seu aspecto microscópico? Colorretal? 
PÓLIPO INFLAMATÓRIO COLORRETAL 
O pólipo inflamatório faz parte da síndrome da úlcera retal solitária e tem como tríade clínica 
o sangramento retal, corrimento mucoso e lesão inflamatória da parede retal anterior. Pode 
se formar com consequência de ciclos crônicos de injúria e cura. 
Microscopia: prolapso mucoso, hiperplasia fibromuscular da lâmina própria, infiltrado 
inflamatório misturado, erosões e hiperplasia epitelial. 
 
PÓLIPO INFLAMATÓRIO e HIPERPLÁSICO GÁSTRICO 
75% dos pólipos gástricos são inflamatórios ou hiperplásicos. 50 e 60 anos. Geralmente se 
desenvolvem em associação com a gastrite atrófica crônica que inicia a injúria, a hiperplasia 
e leva à formação do pólipo. Possuem glândulas foveolares alongadas, irregulares e 
cisticamente dilatadas com graus variáveis de inflamação aguda e crônica. Ulceração pode 
estar presente. 
 
28. Sobre Pólipos Juvenis, diga: idade prevalente, alterações sistêmicas 
associadas, localização preferencial, múltiplos ou únicos, gene mutado. 
PÓLIPOS NÃO NEOPLÁSICOS: 
 Pólipos inflamatórios 
 Pólipos hiperplásicos 
 Pólipos hamartomatosos 
 
Polipose Juvenil 
 Mal formações do epitélio da mucosa e da lâmina própria. Podem ser esporádicos ou 
sindrômicos. 
 Idade: crianças < 5 anos. 
 Localização preferencial: reto. 
 Sangramento retal. 
 São geralmente lesões solitárias e podem ser chamados de pólipos de retenção. 
 3 a 100 pólipos hamartomatosos. 
 A minoria dos pacientes também tem pólipos no estômago e delgado. 
 Manifestação extraintestinal: má formações arteriovenosas pulmonares 
Glândulas dilatadas repletas de mucina e 
de debris inflamatórios. Lâmina própria 
expandida por infiltrado inflamatório 
misto. Muscular da mucosa normal ou 
atenuada. 
Renata Bittar 
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29. Sobre a Síndrome de Peutz-Jeghers: idade prevalente, único ou múltiplo, 
sinal associado, genes envolvidos, localização preferencial, característica 
clinica/histológica que os difere de pólipos juvenis. 
 
 Síndrome autossômica dominante 
 11 anos 
 Múltiplos pólipos hamartomatosos e hiperpigmentação cutânea (másculas azul-escuro 
a marrom ao redor da boca, olhos, narinas, mucosa bucal, palmas, genitália e ânus). 
 Lesões similares a sardas e se distinguem por estarem presentes na MUCOSA 
BUCAL. 
 Essa síndrome está associada a um risco maior de malignidades, incluindo cânceres 
de cólon, pâncreas, mama, pulmão, ovários, útero e testículos. 
 Gene LKB1/STK11. 
 Os hamartomas são lesões precursoras neoplásicas. 
 Mais comum no intestino delgado, mas acontece no estômago e cólon, bexiga e 
pulmões. 
 Pólipos grandes e pedunculados, contorno lobulado 
 Rede aborizante de músculo liso separando o pólipo em lóbulos que diferencial da 
polipose juvenil. 
 
 
30. O que caracteriza a síndrome de Cowden, gene associado. O que a 
diferencia de Síndrome de Bannayan-Ruvalcaba-Riley. 
 
 São síndrome poliposas hamartomatosas autossômicas dominantes associadas a 
mutação do gene PTEN (supressor de tumor). 
 
COWDEN 
 Macrocefalia, pólipos hamartomatosos intestinais e tumores de pele benignos 
(triquilemomas, pápulas papilomatosas e queratoses acrais) 
 Lipomas subcutâneos, leiomiomas e hemangiomas. 
 Não apresentam risco aumentado de malignidades no TGI, tem predisposição para o 
câncer de mama, de tireoide e endométrio. 
A síndrome de Bannayan-Ruvalcaba-Riley pode ser diferenciada da síndrome de Cowden 
pelas BASES CLÍNICAS. 
As deficiências mentais e atrasos no desenvolvimento são vistos somente na síndrome 
de Bannayan, a qual está associada a uma chance menor de neoplasia que a de Cowden. 
Renata Bittar 
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31. Pólipos hiperplásicos: idade prevalente, local de acometimento no colon, 
células predominantes, aspecto do epitélio. 
 
 Proliferações epiteliais comuns 
 60 a 70 anos de idade 
 PATOGENIA: resultam da reposição diminuída de células epiteliais 
superficiais, levando ao encalhamento das células caliciformes e absortivas. 
 Mais comum no CÓLON ESQUERDO (hipErplásico = Esquerdo)  cólon 
sigmoide e reto 
 Importante pois deve-se diferenciar do adenoma serrilhado séssil que se 
parede muito por ter aspecto serrilhadodas glândulas. No adenoma, esse 
aspecto vai até a base da cripta. Nos pólipos hiperplásicos, vai apenas até a 
metade da cripta. 
 Células caliciformes e absortivas maduras que se acumularam na superfície 
devido a descamação atrasada, criando uma arquitetura serrilhada. 
 
32. Pólipos neoplásicos: quais são, características histológicas de cada um. 
 
a) PÓLIPO ADENOMATOSO 
 Pólipo benigno precursor da maioria dos adenocarcinomas colorretais. 
 Os adenomas são neoplasmas epiteliais que variam de pequenos e pendulados a 
grande e sésseis. 
 CARACTÉRÍSTICA PRINCIPAL: DISPLASIA EPITELIAL  hipercromasia celular, 
alongamento e a estratificação/ Nucléolos grandes, citoplasma eosinofílico e 
redução no número de células caliciformes. 
 Classificados em tipo viloso (projeções digitiformes, vilosidades alongadas e 
delgadas), tubular (glândulas arredondadas ou tubulares) e tubuloviloso 
(características dos 2). 
 
b) ADENOCARCINOMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Bittar 
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33. Polipose Adenomatosa Familiar (PAF): critério diagnóstico, gene 
envolvido, síndromes assonciadas. 
 
SÍNDROMES FAMILIARES 
 
1. PAF 
 Distúrbio autossômico dominante 
 Possuem numerosos adenomas colorretais 
 Mutação no gene APC e MUTYH 
 Para diagnóstico de PAF clássica: pelo menos 100 pólipos adenomatosos 
 Adenocarcinoma colorretal se desenvolve em todos os pacientes não tratados. 
 Associada a várias manifestações extraintestinais: Síndrome de Gardner 
(adenomas intestinais + osteomas de mandíbula, crânio e ossos longos, cistos 
epidérmicos, tumores desmoides, tumores na tireoide e anormalidades dentárias) e 
síndrome de Turcot (adenomas intestinais + tumores do SNC) 
 
2. CÂNCER COLORRETAL NÃO POLIPOSO HEREDITÁRIO 
 
34. Câncer Colorretal Não Polipose Hereditário: local de acometimento 
preferencial, genes envolvidos. 
 
 Síndrome de Lynch 
 Mutação principalmente no gene MUTYH, APC, MSH2 e MLH1 
 Cânceres em vários locais: cólon, reto, endométrio, estômago, ovário, útero, 
cérebro, intestino delgado, trato hepatobiliar e pele 
 Cânceres de cólon tendem a acontecer em idades mais precoces  CÓLON 
DIREITO 
 
 
35. Adenocarcinoma colorretal: vias genéticas, diferença clínica do 
acometimento direito e esquerdo. 
 
 Via APC/B-catenina 
 Via da instabilidade cromossômica 
 Clinicamente, o lado direito está mais relacionado à hemorragia (cólon D é mais 
calibroso e tem menos reabsorção de água) o esquerdo tem mudança de hábitos 
intestinais (cólon E é menos calibroso e tem mais reabsorção de água). 
 Tumores do cólon proximal (direito) geralmente crescem como massas polipoides e 
exofíticas e raramente causam obstrução. 
 O carcinomas do cólon dital (esquerdo) tendem a ser lesões anulares que produzem 
constrições em forma de “argola de guardanapo” e estreitamento luminal. 
 Perda da dupla camada (perde a camada de células basais cuboides), células em anel 
de sinete, reação desmoplásica, mucina, pouco diferenciados formam poucas células. 
 
Renata Bittar 
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36. Tumores do canal anal: relação entre a localização anatômica e 
características microscópicas. 
 
 O canal anal é dividido em 3 terços. 
 Os carcinomas de canal anal podem ter padrões de diferenciação típicos 
glandulares ou escamosos. 
 Padrão glandular: terço superior 
 Padrão escamoso: terço inferior 
 Padrão basaloide 
 O carcinoma de células escamosas puras do canal anal está associado ao 
HPV 
 
37. Sobre o carcinoma mucoepidermóide: local de acometimento; padrão 
histológico; qual o grau de agressividade? 
 
 Tumor maligno das glândulas salivares 
 Ampla variação de idade (20 a 70 anos) 
 Glândula parótida: mais comum = aumento de volume assimétrico, podendo 
desenvolver dor ou paralisia do nervo facial 
 2º lugar mais comum: glândulas salivares menores 
 3º lugar: lábio inferior, assoalho da boca, língua e região retromolar 
Possui 3 tipos celulares 
 Células mucosas: citoplasma espumoso 
 Células epidermoides: semelhante às células pavimentosas, podem ter 
ceratinização 
 Células intermediárias: dá origem aos outros 2 tipos de célula. Células pequenas 
basaloides e ovoides levemente aumentadas com citoplasma escasso e 
eosinofílico 
 
3 graus histopatológicos: 
 Baixo grau de indiferenciação: formação cística proeminente, atipia celular mínima e 
proporção relativamente aumentada de células mucosas 
 Grau intermediário de indiferenciação: formação cística menos proeminente, todos 
os tipos celulares presentes mas com predomínio as intermediárias, pode ou não ver 
atipia celula. 
 Alto grau de indiferenciação: ilhas sólidas de células escamosas e intermediárias, 
podendo apresentar pleomorfismo e atividade mitótica (não tem células mucosas) 
OBS: células mucosas = sinal de diferenciação 
 
 
 
 
Renata Bittar 
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38. Adenoma Pleomórfico: porque é conhecido como tumor misto? Como as 
células desse tumor “se organizam”? Quais outros tipos de tecido podem 
estar associados a lâmina dessa neoplasia? Agressividade? 
 
 Neoplasia de glândulas salivares mais comum 
 Benigno 
 Glândulas salivares maiores e menores 
 Tumor misto benigno: não é uma neoplasia verdadeiramente mista pois é derivada de 
apenas uma camada germinativa, mas esses termos foram utilizados para tentar 
descrever as características histopatológicas não usuais deste tumor que podem variar 
de um tumor para outro e de regiões diferentes de um mesmo tumor. Raramente as 
células são pleomórficas. 
 São formados por mistura de elementos ductais e mioepiteliais. 
 
CLÍNICA: 
 Aumento de volume firme, indolor e crescimento lento 
 30 a 60 anos 
 Raro ter dor e paralisia facial (diferente do carcinoma mucoepidermoide) 
 LOCALIZAÇÃO MAIS COMUM: PALATO, lábio superior e mucosa jugal 
 
MICROSCOPIA: 
 Geralmente encapsulado e circunscrito 
 Cápsula pode ser incompleta e mostrar infiltração por células tumorais 
 Mistura de epitélio glandular + células mioepiteliais 
 Alguns tumores possuem muito estroma, outros mais células 
 Geralmente o epitélio forma ductos e estruturas císticas = ESTRUTURAS 
DUCTIFORMES ou ILHAS e CORDÕES CELULARES 
 Se tiver ilhas e cordões e sem ductos = mioepitelioma 
 Células escamosas produtoras de queratina  célula escamosa produz queratina 
 Células produtoras de muco 
 Algumas células mioepiteliais possuem núcleo excêntrico e citoplasma eosinofílico e 
hialinizado (parece plasmócito) 
 Grande acúmulo de muco entre as células tumorais  ASPECTO MIXOMATOSO 
 Degeneração vacuolar da célula: aspecto condroide 
 Parênquima com áreas hilinizadas 
 Tecido gorduroso ou osteoide 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Bittar 
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39. CCE: Principais locais de acometimento; quais os fatores envolvidos em 
sua patogenia? Detalhe a oncogenicidade pelo HPV. Cite os genes que 
podem estar envolvidos. 
Causa multifatorial: 
 Tabaco 
 Sífilis 
 HPV 
 Desnutrição, anemia por deficiência de ferro 
 Álcool 
 Radiação solar (CCE de lábio) 
 Lesões precursoras: leucoplasia, eritroplasia, condiloma aculminado... 
 O fator HEREDITARIEDADE parece não estar relacionado à patogenia do CEC de 
boca. 
 Mais comum em idosos 
 Mais de 50% dos cânceres intraorais 
 Dor mínima na fase inicial, macroscopia muito variada: lesão exofítica, endofítica, 
leucplásica, eritroplásica, eritroleucoplásica...) 
 Pode apresentar destruição do osso adjacente = aspecto de “roído de traça” 
 
REGIÕES MAIS ACOMETIDAS 
1. Superfície lateral e ventral dalíngua 
2. Assoalho da boca (pior prognóstico devido à vascularização próxima) 
3. Lábio inferior 
 Outros: palato mole e duro, gengiva, mucosa jugal e mucosa labial 
 
 Aumento de volume ou úlceras endurecidas indolores 
MICROSCOPIA  célula escamosa produz queratina 
 Surge a partir de um epitélio displásico = ilhas e cordões invasivos de células 
escamosas epiteliais 
 Células neoplásicas podem invadir tecido adiposo, músculo e ossos adjacentes e 
destruir vasos sanguíneos 
 Forte resposta inflamatória e áreas de necrose 
 O epitélio lesional é capaz de induzir a ANGIOGÊNESE e, ocasionalmente, a 
desmoplasia ou alteração cirrótica 
 Células lesionais com epitélio eosinofílico abundante com núcleos grandes e 
hipercromáticos, e relação núcleo/citoplasma aumentada (pleomorfismo celular) 
 O produto normal do epitélio escamoso é a QUERATINA  pérolas de queratina 
 Grau I a IV de indiferenciação: grau I baixo grau de indiferenciação, ou seja, bem 
diferenciado 
 
HPV 
 O HPV é fator de risco INDEPENDENTE para CEC de cabeça e pescoço e canal anal, 
colo do útero 
 A infecção por HPV-16 é fator de risco principalmente para CEC de orofaringe 
 Os Papilomavirus humano - HPV, do inglês “Human Papillomavirus” sao virus de DNA 
que infectam os queratinócitos de epitélio de revestimento ou de mucosa de 
revestimento, podendo induzir distúrbios do crescimento e/ou da diferenciação celular, 
tais como, hiperplasia ou neoplasias benignas e malignas. 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
 As oncoproteinas E6 e E7 do HPV de alto risco podem inativar produtos dos genes 
(proto-oncogenes) envolvidos na repressão do crescimento e divisão celular. Esses 
vírus tem um importante papel na gênese de neoplasias malignas. 
 Quando as oncoproteínas E6 e E7 do HPV de alto risco sao co-expressadas, há um 
efeito adicional nas anormalidades centrossômicas e divisões celulares, além da 
participação do processo de inativação de genes supressores de tumor. 
 Foi demonstrado que as proteínas E6 e E7 podem se ligar a proteína RAD, dificultando 
o mecanismo de reparo do DNA após a ocorrência de lesões. Entretanto, somente as 
oncoproteínas E6 e E7 não são suficientes para promoverem a transformação maligna 
de células humanas. 
 
4. Ameloblastoma: ocorre em que tecido? Padrão histológico? Quais os 
subtipos histológicos desse tumor? É um tumor benigno ou maligno? 
Qual prognóstico? 
 
 
5. Diferencie as lâminas de neoplasia de cabeça: 
 
 
 
 
 
Carcinoma mucoepidermoide (células 
mucosas mais claras, células mioepiteliais 
parecida com as pavimentosas ou escamosas 
e intermediárias) 
 
Adenoma pleomórfico 
(seta preta: formações ductiformes e seta 
azul: ilha/cordão celular) 
 
Carcinoma de células 
escamosas (pérolas de 
queratina) 
 
Ameloblastoma multicístico tipo folicular (Ilhas de células 
frounxamente arranjadas semelhantes ao retículo estrelado 
do esmalte circundadas por epitélio colunar hipercromático 
com polaridade reversa) 
 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
6. CCE da pele: quais os fatores contribuintes para essa neoplasia? 
característica macroscópica e microscópica da lesão; patogenia; genes 
associados. 
CCE 
 Surge em lugares expostos a radiação UV de forma crônica e/ou ocupacional 
 Pouco sofre metástases para os linfonodos regionais 
 Mutação em vários genes: p53, RAS, NOTCH 
CLÍNICA 
 Placas eritematosas = carcinoma in situ 
 Lesões invasivas nodulares com variável produção de queratina e podem ulcerar (“lesão nodular 
hiperqueratótica) 
 Células com núcleos atípicos, aumentados e hipercromáticos e envolvem TODOS os níveis da 
epiderme, diferentemente da queratose actínica 
 Diferentes graus de diferenciação: tumores com células poligonais em lóbulos ordenados com 
grandes áreas de queratinização até neoplasias associadas à necrose geográfica consistindo em 
células altamente anaplásicas que exibem apenas queratinização celular abortiva (diceratose) 
 Pode formar pérolas de queratina igual na pele. 
PATOGENIA 
 Exposição crônica ao sol, durante toda a vida 
 A luz solar lesa o DNA e afeta a função das células de Langerhans (macrófagos da pele), 
causando um defeito na imunidade cutânea 
 2ª causa mais importante: imunossupressão 
 OUTROS: úlceras crônicas, cicatrização de queimaduras antigas, mastigação de tabaco, 
radiação ionizante, carcinógenos industriais... 
 
 O dano no DNA produzido pela luz é percebido pelas cinases (ATM e ATR) que irão estabilizar a 
p53. A p53 irá interromper as células na fase G1 do ciclo celular e promover o reparo do DNA ou 
eliminar as células lesadas. Entretanto, diante da mutação da p53 nesses tumores, eles perdem 
a sua função e o DNA é reparado por mecanismos sujeitos ao erro, criando mutações que são 
transmitidas às células-mãe. 
 
 
7. Carcinoma de células basais: macroscopia e microscopia da lesão; 
padrões microscópicos; cite os genes envolvidos. 
 
 Reprogramação genética, exposição solar na infância, imunossupressão 
 Pápulas peroladas com telangiectasias, alguns podem conter melanina, podem ulcerar 
e invadir localmente para os ossos da face  “úlcera roedora” 
 Possui 1 variante: CBC superficial = placa eritematosa 
 
MICROSCOPIA 
 2 tipos: NODULAR e SUPERFICIAL MULTIFOCAL 
 Células tumorais que se originam da epiderme ou epitélio folicular e não ocorrem nas 
superfícies mucosas. 
 Cordões e ilhas de células que crescem em direção à derme, núcleo 
hipercromáticos, matriz mucinosa e frequentemente circundada por linfócitos e 
fibroblastos 
 As células da periferia estão em disposição paliçada 
 Presença de fendas ou artefatos = estroma se retrai do carcinoma 
 
SÍNDROME DE GORLIN 
 Síndrome do carcinoma de células basais nevoides 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
 Desordem autossômica dominante 
 Múltiplos carcinomas de células basais 
 Comum: antes dos 20 anos de idade 
 Acompanhada por outras condições: meduloblastoma, fibromas ovarianos, 
queratocistos odontogênicos e marcas nas palmas e solas 
 Múltiplas manifestações sistêmicas: calcificação intracraniana, fenda labial e palatina, 
anomalias das vértebras e costela 
 GENE ASSOCIADO: PTCH 
 
PTCH se une ao SHH (receptor) para formar um complexo que irá inibir o SMO que, 
por sua vez, estimularia os genes da via Hedgehog e o desenvolvimento do CBC. 
 
8. Melanoma: ABCDE do melanoma; quais as fases de crescimento? O que 
é a espessura de Bleslow? Cite os genes associados. Qual o 
prognóstico? Descreva a classificação de clark. 
 
 Baixa incidência e grande mortalidade 
 INTENSIDADE da exposição solar 
 Pode estar na mele, mucosa oral e anogenital, esôfago, meninges e olho 
 Com o tempo, sofrem metástases (+ hematogênica) e têm resistência à radio e 
quimio 
CLÍNICA 
 Assintomático, pode ter prurido e dor 
 Sinais clínicos mais consistentes: COR, TAMANHO ou FORMA 
Assimetria 
Bordas irregulares 
Coloração variada 
Diâmetro >6mm 
Evolução dentro de 3 meses 
 O ABCDE do melanoma serve pra diferenciar do nevo benigno 
 A progressão do melanoma é explicada de acordo com as FASES DE 
CRESCIMENTO RADIAL e VERTICAL 
 MICROESTAGIAMENTOS DO MELANOMA: Breslow e Clarck 
 Espessura de Breslow é uma medida calculada da profundidade do carcinoma, 
medindo-se da camada granulosa ou da superfície da região ulcerada até onde 
houver invasão por células neoplásicas. Dá informação quantitativa sobre a 
profundidade da invasão do tumor 
 
 
Renata Bittar 
 MEDICINA UNIT 
 
 Classificação de Clarck foi a primeira a ser criada para o mesmo objetivo, mas é 
muito subjetiva e oBreslow tem maior acurácia, logo, é comum a realização dos 2. 
 
Nível 1: epiderme (carcinoma in situ) 
Nível 2: parcialmente na derme papilar 
Nível 3: totalmente na derme papilar, mas não invade a derme reticular ainda 
Nível 4: invade a derma reticular 
Nível 5: invasão dos tecidos profundos subcutâneps 
 
 
1. FASE DE CRESCIMENTO RADIAL 
 Acontece disseminação das células neoplásicas de forma horizontal na epiderme e 
derme superficial 
 Nesse momento, parece que as células perdem a capacidade de se metastatizar e a 
capacidade de angiogênese 
 São dividido em várias classes: LENTIGO MALIGNO, DISSEMINAÇÃO SUPERFICIAL 
e LENTIGINOSO ACRAL/MUCOSO 
 
LENTIGO MALIGNO 
 Lesão indolente na face dos homens mais velhos e que pode permanecer na fase de 
crescimento radial por muitos anos. 
 
 
DISSEMINAÇÃO SUPERFICIAL 
 Tipo mais comum 
 Envolve a pele superexposta 
 
Renata Bittar 
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LENTIGINOSO ACRAL/MUCOSO 
 Melanoma de boca 
 NÃO ESTÁ ASSOCIADO À EXPOSIÇÃO SOLAR 
 Pessoas não brancas 
 
 
 
2. FASE DE CRESCIMENTO VERTICAL 
 As células tumorais invadem em direção às camadas dérmicas mais profundas como 
uma massa expansível 
 Aparecimento de um NÓDULO  clone de células com potencial metastático 
 Não há maturação na porção invasiva mais profunda do melanoma. OBS: o nevo 
melanocítico possui maturação celular. 
OBS: nevos e melanomas são derivados da crista neural 
 A probabilidade de metástase se correlaciona com a profundidade de invasão = 
espessura de Breslow. 
MICROSCOPIA 
 Outros aspectos histológicos: número de mitoses e presença de ulceração 
 As células tumorais do melanoma são MAIORES que os melanócitos da pele normal 
ou nos nevos melanocíticos 
 Pleomorfismo nuclear e celular (núcleos grandes e hipercromáticos, cromatima 
aglomerada na periferia da membrana nuclear e nucléolos avermelhados. 
 OS ASPECTO DAS CÉLULAS É SIMILAR NAS DUAS FASES DE CRESCIMENTO. 
PATOGENIA 
 Genes herdados + intensidade da exposição solar 
 Homens: parte superior das costas 
 Mulheres: pernas 
 Queimaduras graves no início da vida = fator de risco mais importante 
 MELANOMAS FAMILIAIS 
 
GENES ENVOLVIDOS: MC1R, ASIP, TYR, RB, CDNK2A, p16INK4a, P14/ARF, RAS, 
P13K/AKT, braf

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