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DECISÃO DE SANEAMENTO Autos nº 2018020705 Trata-se de Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais, proposta por MARY POP em face de LOJA Y&K. As partes são legitimas e estão representadas, demonstrando interesse no julgamento. A preliminar de ilegitimidade passiva não merece vingar tendo em vista que o art 14 do CDC prevê a responsabilidade objetiva do agente causador do dano. Sendo assim, a parte citada possui legitimidade para figurar no polo passivo da presente. Nesse sentido, já se constituiu ponto pacífico no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, vejamos: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSUMIDOR. QUEDA NA SAÍDA DO ESTABELECIMENTO. FRATURA TORNOZELO. TRATAMENTO CIRÚRGICO COMPROVADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR DO SERVIÇO. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS POR VIOLAÇÃO À INTEGRIDADE FÍSICA DA AUTORA. QUANTUM INDENIZATÓRIO REDUZIDO. DANO MATERIAIS CONFIGURADOS MANTIDOS. 1- O fornecedor de serviços responde por defeitos relativos à prestação dos seus serviços, quando não fornece a segurança que o consumidor pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias do §1º do art. 14, só não sendo responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, conforme determina o §3º do artigo em comento. 2 - A responsabilidade, portanto, é objetiva, ou seja, independe de culpa, bastando que fique comprovada a ocorrência do fato, o dano e o nexo de causalidade entre ambos. 3 - Hipótese em que a autora sofreu queda ao sair do estabelecimento, fraturando o tornozelo. Evidenciada a falha na prestação do serviço, tratando-se de hipótese de típico acidente de consumo, o que acarreta a responsabilidade do fornecedor com base na teoria do risco do empreendimento. É devida a indenização por danos morais, por violação à integridade física da autora/apelada, em razão de evidente falha na prestação do serviço. Contudo, o quantum indenizatório deve ser reduzido para R$ 4.000,00 (quatro mil reais), afigurando-se tal valor justo e razoável, considerando as características compensatória, pedagógica e punitiva da indenização. 4 - os danos materiais restaram comprovados nos autos, havendo que ser mantida a sentença também nesta parte. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC) 0312384-19.2016.8.09.0006, Rel. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 04/10/2018, DJe de 04/10/2018) Portanto, deixo de acatar a preliminar levantada. Declaro saneado o feito, fixando os pontos controvertidos no: • Estado de sobriedade da autora; data de aniversário da Requerente; motivo que ocasionou o rompimento do relacionamento desta, se houve perda de possível contrato em razão do ocorrido; Local em que situava-se a cadeira e a existência ou não de sinalização; Ficam delimitados como questão de direito relevantes para a decisão do mérito o art. 14, §1º do Diploma Consumerista, bem como o art. 186, 402 e 927 do Código Civil. Defiro a produção da prova testemunhal requerida, bem como o depoimento pessoal das partes, devendo estas serem advertidas que se presumirão confessados os fatos contra elas alegados, caso não compareçam ou, comparecendo, se recusem a depor (art. 385, §1o, do NCPC). Designo o dia ____/____/____, às ____:____ horas, para realização da audiência de Instrução e Julgamento. Fixo o prazo comum de quinze (15) dias úteis13 para apresentação do rol de testemunhas (que deverá conter nome, profissão, estado civil, idade, número de CPF, número de identidade e endereço completo da residência e do local de trabalho), sob pena de preclusão. Cabe aos advogados constituídos pelas partes informar ou intimar cada testemunha por si arrolada, observadas as regras do artigo 455 do CPC, salvo as exceções legais previstas no referido dispositivo. Não havendo demonstração de dificuldade ou impossibilidade para a produção da prova, ou previsão legal para inversão, a distribuição do ônus probatório deverá observar a regra do artigo 373, CPC. 16
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