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Resumo - Neuroendócrino, SOP e Puberdade Precoce

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Renata Bittar Medicina UNIT 
 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
 
O hipotálamo é o centro de integração final das 
informações geradas em diferentes regiões do 
organismo. 
 
É a conexão entre o SNC e o sistema endócrino. 
 
Objetivos: 
 Homeostasia 
 Integração do organismo com o meio 
externo 
 Controle da reprodução 
 
A hipófise possui 2 lobos: anterior ou adenohipófise 
e posterior ou neurohipófise. 
 
A adenohipófise secreta 5 hormônios (GH, TSH, 
prolactina, ACTH e GnRH). A neurohipófise não 
secreta nenhum hormônio, entretanto, armazena 2 
hormônios (Ocitocina e ADH) que são produzidos 
pelo hipotálamo e levados a ele através dos 
neurônios. 
 
 
 
 
 
 
 
GnRH 
 
Hormônio liberador de gonadotrofinas. 
 
É o iniciador central da cascata hormonal 
reprodutiva. 
 
É produzido nos neurônios do hipotálamo a 
partir de um polipeptídeo precursor e liberado 
de forma pulsátil na circulação portal para 
estimular a biossíntese e secreção de LH e 
FSH pela hipófise. Chega à hipófise anterior e 
se liga aos receptores nas células. Meia vida: 
2 a 4 minutos. 
 
OBS: TRATAMENTO DA PPC 
O tratamento para a puberdade precoce deve 
incluir o bloqueio da secreção de 
gonadotrofinas. Os análogos do GnRH são 
usados e atuam na adenohipófise, ligando-se 
aos receptores de GnRH de forma competitiva, 
e promovem a dessensibilização e redução do 
número de receptores de GnRH (down 
regulation). 
Renata Bittar Medicina UNIT 
 
CICLO MENSTRUAL 
 
Sob ação do hormônio FSH, um folículo 
ovariano (conjunto de células com um 
ovócito primário em seu interior) inicia 
seu desenvolvimento. O ovócito I (que se 
encontra em prófase I no folículo) dá 
continuidade à meiose e, em poucos dias, 
o folículo ovariano encontra-se cheio de 
um líquido (folículo de Graaf). 
 
Durante o desenvolvimento folicular, as 
células foliculares secretam estrógeno, 
hormônio responsável pela determinação 
e manutenção das características 
sexuais secundárias femininas (aumento 
da vagina e do útero; alargamento dos 
quadris; desenvolvimento das mamas; 
desenvolvimento de pêlos nas axilas e 
púbis). 
 
Uma outra importante função do 
estrógeno é provocar a proliferação 
das células do endométrio (camada 
mais interna do útero). O estrógeno ainda 
vai estimular a liberação do hormônio LH 
pela hipófise. 
 
Em menos de 24 horas aumenta-se 
acentuadamente a concentração de LH, 
que provoca a ruptura do folículo 
maduro (ovulação). O óvulo, capturado 
pelas fímbrias da tuba uterina, 
permanece viável por aproximadamente 
30 horas (período fértil da mulher). 
 
Após o rompimento do folículo, as células 
foliculares dão origem ao corpo lúteo (sob 
ação do LH), o qual passa a produzir doses 
crescentes do hormônio progesterona, 
cuja ação acentua o espessamento do 
endométrio, promovendo a sua 
vascularização; dessa forma, cerca de 6 
dias após a fecundação, o endométrio 
encontra-se apto a receber o embrião. 
A progesterona, produzida pelo corpo lúteo, 
passa a inibir a produção de FSH e LH pela 
hipófise. Com a queda do hormônio LH, o 
corpo lúteo regride (transforma-se em 
corpo albicans), que é inativo. 
 
Como consequência, há redução da taxa 
de progesterona e estrógeno; sem esses 
hormônios, o endométrio não se mantém e 
sua camada mais superficial se descama: é 
a menstruação. 
Com a redução da taxa de estrógeno e de 
progesterona, a hipófise passa a secretar 
mais FSH, e um novo folículo entra em 
desenvolvimento, recomeçando novo ciclo 
menstrual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Bittar Medicina UNIT 
 
FASES DO CICLO MENSTRUAL 
 
- Fase menstrual: corresponde aos dias 
do ciclo em que está ocorrendo 
sangramento. 
- Fase proliferativa (estrogênica): 
período de secreção de estrógeno pelo 
folículo ovariano, que se encontra em 
desenvolvimento. 
- Fase secretora (lútea; 
progesterônica): Inicia-se após a 
ovulação e se caracteriza pela ação da 
progesterona. Nessa fase, o útero está 
pronto para receber o embrião (é a 
nidação). 
- Fase pré-menstrual (isquêmica): 
período que antecede a próxima 
menstrual, caracterizando-se pela 
redução das taxas de estrógeno e 
progesterona, onde o endométrio deixa 
de receber seu suprimento sangüíneo. 
 
Caso a mulher mantenha relação sexual 
no período fértil, provavelmente, haverá 
fecundação. Entre o 5º e o 7º dia após a 
fecundação, a massa de células que 
constitui o embrião se implanta no 
endométrio (nidação), que se encontra 
bem desenvolvido pela ação dos 
hormônios estrógeno e progesterona. 
 
Com a nidação, o trofoblasto passa a 
secretar gonadotrofina coriônica 
(HCG) que mantém o corpo lúteo ativo e, 
assim, a taxa de estrógeno e de 
progesterona não diminui; 
consequentemente, a mulher não 
menstrua. Por volta da 15ª semana de 
gestação a placenta está completamente 
formada e também secreta progesterona 
e estrógeno. 
 
No final da gestação a placenta diminui a 
produção de progesterona e a hipófise 
passa a produzir doses maiores de 
ocitocina, hormônio que aumenta a 
frequência das contrações uterinas; é o 
momento do parto. 
 
Entre os 45 e 55 anos, o ovário perde a 
sensibilidade ao FSH e ao LH. Como 
consequência, os ciclos menstruais deixam 
de ocorrer e a mulher pode apresentar 
algumas sintomas desagradáveis como 
ondas de calor, vertigens, desconforto e dor 
nas relações sexuais. Essa fase de término 
da atividade reprodutiva recebe o nome 
de menopausa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Bittar Medicina UNIT 
 
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO 
 
CONCEITO 
Desordem endocrinológica mais frequente 
nas mulheres em idade reprodutiva 
complexa e multigênica. 
 
Amplo espectro de sinais e sintomas de 
disfunção ovariana. 
 
Em 2003, o consenso de Rotterdam 
propôs que a SOP pode ser 
diagnosticada: 
 
*Após a exclusão de outras causas de 
irregularidade menstrual e 
hiperandrogenismo (hiperprolactinemia, 
formas não-clássicas das hiperplasias 
adrenais congênitas, síndrome de 
Cushing, neoplasias secretoras de 
andrógenos, hipotireoidismo). 
 
*Presença de pelo menos dois dos 
seguintes critérios: 
o Oligo e/ou anovulação (cujas 
manifestações clínicas são a 
oligomenorréia ou amenorréia, 
o sangramento uterino 
disfuncional e a infertilidade). 
o Hiperandrogenemia (níveis 
elevados de andrógenos 
circulantes) e/ou 
manifestações clínicas do 
excesso androgênico e/ou 
Hiperandrogenismo 
Caracterizado por hirsutismo, 
acne e alopécia e morfologia 
policística dos ovários 
(presença de 12 ou mais 
folículos, medindo 2 a 9 mm de 
diâmetro e/ou volume ovariano 
acima de 10 cm3) à ultra-
sonografia (US) 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 
1. Anovulação crônica 
(oligomenorreia/amenorreia) 
 
2. Hiperandrogenismo (clínico e/ou 
bioquímico) 
 Amenorreia, hirsutismo, alopecia, 
aumento da oleosidade da pele, 
acne, aumento das concentrações 
séricas de testosterona total, livre 
ou de androstenediona. 
 
3. Ovários policísticos 
 
 Na ausência de outras condições 
patológicas como síndrome de 
Cushing, hiperplasia congênita da 
adrenal, hiperprolactinemia e 
tumores produtores de 
androgênios. 
 
 
 
Renata Bittar Medicina UNIT 
 
 O consenso mais aceito atualmente éo 
de Rotterdam, apresentando 2 dos 
critérios. 
 
Variantes genômicas em genes 
relacionados à biossíntese, regulação e 
ação dos andrógenos (CYP17, CYP21, 
CYP11α, 17β- HSD5, SHBG, receptor 
androgênico, 11β-HSD e H6PD), à ação e 
à secreção da insulina (INSR, VNTR, IRS-
1, IRS-2, CAPN10, PPARγ, sistema IGF), à 
secreção e à ação das gonadotrofinas 
(folistatina) e à síntese e metabolismo do 
ácido retinóico, assim como genótipos 
pró-inflamatórios (variantes dos genes do 
TNF-α, IL-6) podem estar envolvidos na 
predisposição genética da SOP. 
 
Antecedentes de baixo peso ao nascer e 
pubarca precoce conferem risco 
aumentado para o aparecimento da SOP, 
cujos sintomas usualmente se iniciam na 
época da menarca. Início após a puberdade 
também pode ocorrer como resultado de 
modificadores ambientais, tais como ganho 
de peso e vida sedentária. 
 
CRITÉRIOS ULTRASSONOGRÁFICOS 
 
- Presença de 12 ou mais folículos com 
medida entre 2-9mm de diâmetro 
 e/ou 
- Aumento do volume ovariano (>10cm3) 
 
OBS: 
Esses critérios não se aplicam a mulheres 
que usam ACO. 
 
SOP x INSULINA 
- Pelo menos 50% das mulheres com SOP 
são obesas e a maioria, senão todas, 
apresenta resistência à insulina 
(intrínseca à SOP e independente da 
obesidade) e hiperinsulinemia, as quais se 
caracterizam clinicamente pela presença de 
acantose nigricans. 
 
- Vários dados confirmam a hipótese de que 
a resistência à insulina e a hiperinsulinemia 
exerçam um papel patogênico na SOP. 
- A nível central, a insulina parece estar 
envolvida na secreção anormal do LH e, a 
nível periférico, promove a secreção 
ovariana de andrógenos, através do 
aumento da expressão do gene CYP17 e da 
atividade do citocromo P450c17, tendo ação 
sinérgica com o LH, tanto diretamente como 
através do estímulo da secreção do fator de 
crescimento símile à insulina 1 (IGF-1). 
- A insulina diminui a síntese hepática de 
IGFBP-1 e da globulina ligadora dos 
hormônios sexuais (SHBG), aumentando os 
níveis de andrógenos livres. Além disso, 
também pode potencializar, in vivo, a 
produção androgênica adrenal estimulada 
pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e 
aumentar o metabolismo do cortisol 
(aumento da atividade da 5α-redutase do 
tipo 1 no fígado e na pele). 
- A insulina regula a esteroidogênese 
através da ação sobre seu próprio receptor, 
a qual é mediada por três vias principais: 
fosfatidil-inositol 3-quinase (efeitos 
metabólicos), MAPK (mitogen-activated 
Renata Bittar Medicina UNIT 
 
protein kinase – efeitos mitogênicos) e 
proteína quinase C. Existe intercomunicação 
entre essas vias de sinalização da insulina, 
assim como entre as vias de sinalização da 
insulina e do LH. 
- Recentemente, foi proposta a existência, 
na SOP, de uma hipersensibilidade das 
células da teca ovariana à ação da 
insulina, defeito este intrínseco e não 
secundário ao estímulo crônico pelo LH e 
que pode ocorrer na ausência de 
resistência à insulina global ou 
hiperinsulinemia. 
- Também foi descrito um defeito seletivo 
da ação da insulina nas células da 
granulosa de pacientes com SOP 
(resistência no caminho metabólico 
associado ao aumento da atividade 
mitogênica). 
- A associação de resistência à insulina, 
inflamação e hiperandrogenismo pode ser 
decorrente da ação de fatores ambientais 
(insulto intra-uterino, obesidade, 
sedentarismo, dieta inadequada), 
influenciados pela etnia, os quais agiriam 
sobre um fino balanço entre variantes 
genéticas protetoras e predisponentes da 
SOP, selecionadas durante a evolução. 
 
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