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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL UNIPLAN CURSO DE FARMÁCIA Tayná Magalhães Soares RA: 02410031795 ANÁLISE EM ESPECTROFOTÔMETRO I ESPECTRO DE ABSORÇÃO E ANÁLISE DE AMOSTRA DESCONHECIDA BRASÍLIA - DF 14 de Setembro de 2018 Tayná Magalhães Soares RA: 02410031795 I ANÁLISE EM ESPECTROFOTÔMETRO I ESPECTRO DE ABSORÇÃO E ANÁLISE DE AMOSTRA DESCONHECIDA Relatório de aula prática de n° 01 apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Métodos Instrumentais de Análise, do curso de Farmácia do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN. Prof Ms. Klecius R. S. Celestino BRASÍLIA - DF 14 de setembro de 2018 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO 4 e 10 1.0- INTRODUÇÃO Espectrofotometria de absorção no UV-Visivel (ou Análise colorimétrica por espectrofotômetro) A espectrofotometria pode ser definida como toda técnica analítica que usa a luz para medir as concentrações das soluções, através da interação da luz com a matéria. Fundamentos A luz de uma maneira geral é mais bem descrita como uma radiação eletromagnética em virtude de sua natureza dualística. Ou seja, ela existe e tem um comportamento de campos elétricos e magnéticos oscilantes como a figura abaixo representa: Onde: O comprimento de onda (λ) é a distância em metros, de um pico ao outro da onda. A frequência (v) é o grau de oscilação das ondas em função da velocidade da luz no vácuo, que é representada pela constante c (c=2,998×108m.s-1). De modo que: λ . v = c Espectro eletromagnético representando os comprimentos de onda correspondente a cada radiação A técnica espectroscópica é baseada no aumento de energia em função do aumento da frequência da radiação incidida. Quando uma espécie química absorve energia na forma de fótons, seus elétrons ficam excitados e ocorre uma transição de um orbital de mais baixa energia para outro de maior energia. O aumento de energia é representado pela condição de frequência de Bohr: E = hv Onde: E : é a energia que aumenta em função da frequência, e h: é a constante de Planck h=6,626×10-34J.s. A espectrofotometria consiste em usar o espectro radiante para estudar as soluções biológicas e químicas. No procedimento básico, um feixe de energia atravessa a solução, e sua absorção oferece informações sobre a qualidade e quantidade dos componentes presentes. Para as análises espectrofotométricas, a faixa do espectro de radiação mais utilizada vai do ultravioleta (λ = 200 nm) até o infravermelho (λ = 1000 nm). A faixa do visível vai de 400 a 750 nm, onde os seres humanos experimentam uma gama de sensações visuais denominada cores. A luz usada em espectrofotometria é chamada luz monocromática, pois é referente a um único comprimento de onda que é obtido através de um espectrofotômetro: Figura 1: Esquema do Espectrofotômetro: A fonte de luz tem seu feixe focalizado pelo colimador (C) sobre um prisma de quartzo. A luz é decomposta em ultravioleta (UV), violeta (VI), azul (AZ), verde (VE), amarelo (AM), laranja (LA), vermelho (VR) e infravermelho (IV). Ume fenda seletora escolhe uma fina porção desse espectro como luz monocromática (luz MC). A luz MC passa através da cubeta que contém a solução, e parte é absorvida, parte transmitida. Uma fotocélula acoplada a um galvanômetro mede a luz transmitida. A diferença é a luz absorvida. O galvanômetro tem uma escala especial de 0,0 a 2,00, que indica leituras lineares (aritmeticamente proporcionais à absorção da luz). As fontes de luz para ultravioleta são geralmente lâmpadas de Hidrogênio, ou de Deutério. Para o visível e infravermelho, lâmpadas de tungstênio e irradiadores de cerâmica são usados. A decomposição da luz é feita, além de primas, por grades de difração. Um método simples de obter luz MC é usar filtros, que são pedaços de vidro colorido especiais, que deixam passar a luz da sua cor. A luz MC dos filtros é de qualidade inferior à dos primas e grades. É possível obter comprimentos de onda que sejam específicos para certas substâncias através da construção de uma curva de absorção espectral (varredura); onde a substância em questão (aquela que se quer determinar) é colocada na cubeta, e os comprimentos de onda do UV até o IV vão sendo passados, e a absorção de cada faixa é medida. O comprimento de onda a ser ajustado no aparelho será aquele onde tiver ocorrido a maior absorbância, pois, em essência se trata do pico de absorção de energia pela molécula. Ex: Para a análise do teor de glicose deve-se ajustar o aparelho em 500 nm, pois, se trata da maior absorbância para esta molécula. Como as moléculas de substâncias diferentes têm níveis moleculares de energia diferentes, ocorre que cada substância absorve a radiação de maneira peculiar. Uma vez conhecido o espectro de absorção de uma substância pode-se determinar também em que quantidade essa substância se apresenta em uma solução analisada. Isso é feito através da medida da intensidade de luz que atravessa a amostra. Quando a luz incide sobre uma substância pode ocorrer reflexão, refração, espalhamento ou absorção pelo material. O processo de absorção ocorre a nível molecular. A absorção da radiação se dá quando a energia que ela transporta é igual a diferença entre dois níveis de energia da molécula. A = log Po/P = log 1/T = – log T Ex: Ausência de absorção à P = Po à T = 1 à A = 0 90% de luz absorvida à 10% transmitida à P = Po/10 à A = 1 A = ε . b . c A = absorbância (adimensional) b = caminho ótico (cm) c = concentração (mol. L -1) ε = absortividade molar (mol-1 . L . cm -1) à característico de cada substância em cada λ A lei de Lambert & Beer A força vital da espectrofotometria está fundamentada na lei de Lambert-Beer, que estabelece: “A absorbância é diretamente proporcional a concentração da solução de amostra.” Ou: Log(I/I0) = εcl A = εcl Onde: A: é a absorbância, ε: é o coeficiente de extinção molar I: é o comprimento da cubeta É possível, por simples comparação visual, determinar a concentração aproximada de uma solução colorida comparando-a com soluções do mesmo soluto que tenham concentrações conhecidas. Quando dispomos de aparelhos capazes de medir a intensidade da luz transmitida pelas soluções (fotocolorímetros ou espectrofotômetros) podemos determinar a concentração da solução desconhecida pela aplicação da lei de Lambert & Beer que correlaciona a intensidade da luz transmitida com a concentração do soluto na amostra. Lei de Lambert – Quando a concentração da substância é constante, a absorção depende do comprimento do trajeto óptico. Lei de Beer – Quando o trajeto óptico é constante, a absorção depende da concentração. Combinando as duas leis, Absorção é proporcional ao trajeto óptico e à concentração. Abs = a.c.l O que demonstra que a Absorbância (Abs) de uma solução é proporcional (relação linear) à concentração do soluto corado (c). A partir da proporcionalidade entre absorbância e concentração é possível obter uma curva de calibração, ou seja, um gráfico relacionando a Abs e a Concentração da amostra. Figura 2: Curva de Calibração para Método Enzimático (GOD-POD) de detecção de glicose. R2 é chamado de coeficiente de determinação e junto ao coeficiente de correlação R é um indicativo da linearidade do método desenvolvido. Métodos devem ter linearidade alta, ou seja, próximas a 1,0000 para que possam ser utilizados em uma técnica espectrofotométrica. A equação da reta y=a.x + b permite a relação direta entre a absorbância (y) e a concentração presente na amostra (x). Assim: Abs = a.[concentração] + b Para o exemplo acima temos: Abs = 0,3496.[glicose] – 0,0011 A partir da equação de reta é possível determinar o valor de concentração para qualquer amostra analisada no espectrofotômetro. Exemplo: Amostra resultou em Abs = 0,356. Pela equação: 0,356=0,3496x[glicose]-0,0011 0,356+0,0011 = 0,3496x[glicose] (troca de lado, mudando o sinal, para isolar [glicose])0,3571 = 0,3496 x [glicose] 0,3571/0,3496 = [glicose] (passa dividindo para isolar [glicose]) 1,021 mg/mL = [glicose] 1.1 Objetivo: Efetuar varredura de comprimento de onda no espectro visível para análise do alaranjado de metila por espectrofotometria. Determinar o comprimento de onda a ser empregado em uma análise espectrofotométrica do alaranjado de metila. 2.0- MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS QUANTIDADE (BANCADA) Papel milimetrado 1 folha Água Destilada 1 frasco (Pisseta) Alaranjado de Metila (4,0 mg.L-1) 1 frasco (10 mL) Amostra com teor desconhecido de Alaranjado de Metila (verificar o teor a ser utilizado com o professor sendo recomendado concentração entre 1 mg/L e 5 mg/L 1 frasco (10 mL) Pipeta Automática 1000 L 1 unidade Recipiente para descarte de líquido 1 frasco EQUIPAMENTOS QUANTIDADE Espectrofotômetro 1 aparelho para cada 2 bancadas Papel Absorvente 1 unidade Cubeta de Quartzo ou Vidro 1 unidades para cada aparelho 3.0- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Teste I (Determinação do Espectro de Absorção) Preparou-se a substância ‘Alaranjado de metila’ a concentração 4,0 mg.L-1. Ajustou-se o comprimento de onda no espectrofotômetro para = 440 nm. Lavou-se a cubeta com água destilada a após absorveu-se o excesso de água com papel absorvente. Adicionou-se água destilada à cubeta de acrílico até a marca indicada na mesma. Zerar o aparelho (espectrofotômetro), utilizando-se da água destilada como ‘branco’. Adicionou-se a solução de alaranjado de metila (4,0 mg.L-1) à cubeta de acrílico. Anotou-se o valor de absorbância indicado pelo aparelho. Ajustou-se o aparelho para os comprimentos de onda indicados na tabela abaixo, executando varredura da mesma amostra em variados comprimentos de onda. Anotou-se todos os valores de absorbância respectivos à cada comprimentos de onda. Tabela 1: Varredura de absorbância em diferentes comprimentos de onda para análise de solução de alaranjado de metila 4,0 mg.L-1. (nm) A (nm) 440 0,229 450 0,226 460 0,159 470 0,057 480 -0,058 490 -0,139 500 -0,196 520 -0,222 Obteve-se para esta análise de solução de Alaranjado de Metila por espectrofotômetria, o pico de absorbância de nm. Observa-se abaixo os dados obtidos representados em gráfico: Teste II (Determinação da Absorbância de Amostras de concentração desconhecida de Alaranjado de Metila) Ajustou-se o comprimento de onda correspondente ao pico de absorção para o Alaranjado de Metila (Max) (Definido após análise dos resultados da Parte I). Adicionou-se água destilada à cubeta até a marca indicadora. Limpou-se a cubeta com papel absorvente. Zerou-se o espectrofotômetro a um comprimento de onda de 440 nm (pico de absorbância indicado pelo teste I). Adicionou-se a solução de alaranjado de metila (concentração desconhecida) à cubeta de acrílico. Realizou-se varredura de absorbância da solução de concentração desconhecida no espectrofotômetro. Chegou-se para tal em um resultado de ABS = 0,228nm 5.0- CONCLUSÃO O trabalho prático tornou possível um maior aprendizado do funcionamento do espectrofotômetro, além da preparação de soluções para leitura a partir de uma solução padrão, como também a leitura de uma mesma substância em variados comprimentos de onda, fazendo se possível construir gráfico onde se visualiza o pico de absorbância (teste I). Os resultados obtidos no teste I, permitiram a análise e comparação da absorbância em diferentes de onda, já o teste II possibilitou a leitura de uma substância desconhecida a um comprimento de onda x, diretamente relacionado ao pico de absorbância encontrado no primeiro teste. 6.0- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Dados recolhidos em experimentos realizados em laboratório, na aula de Métodos Instrumentais de Análise no dia 31 de agosto de 2018. Espectrofotômetro. Disponível em: <https://littlebabsi.wordpress.com/2015/06/10/tutorial-como-usar-o-espectrofotometro-e-como-criar-uma-curva-de-calibracao-abs-no-excel/>. Acesso em: 12/09/2018 Harris, Daniel C.; Análise Química Quantitativa;tradução Carlos Alberto Riehl...[et al.].5.ed. LTC Editora, Rio de Janeiro:1999. cp.19,20,21.
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