195 pág.

Pré-visualização | Página 17 de 50
de bolo fecal; * Caso de pacientes com fezes endurecidas e com dificuldade de evacuação. Laxantes Banho de assento; * Pois relaxa a musculatura esficteriana. Anestésico tópico. Lidocaina gel Proctil 2- HEMORRÓIDA EXTERNA Geralmente assintomáticos ou têm uma irritação local. Não tem dor, dor forte não é hemorróida externa, pode incomodar. A principal complicação é a trombose, e nesse caso dói muito. A inspeção, a hemorróida externa é brilhante, porque é pele. Qual o tratamento de hemorróida externa não complicada? Expectante. Não deixar o paciente fazer força para evacuar, orientá-lo a não ficar muito tempo no vaso quando for evacuar e não usar papel higiênico. Muitos querem operar por estética, só que não é aconselhável porque o pós-operatório é muito ruim. -Fezes amolecidas, sem esforço evacuatório; -Não usar papel higiênico. Principal complicação da hemorroida externa:TROMBOSE HEMORROIDÁRIA. -Dor intensa em região anal, contínua, que piora durante a evacuação. O paciente sente que tem algo inchado. Não sangra, só sangra se tiver necrosado e ulcerado. Geralmente, o paciente fala que apareceu depois que ele fez força para evacuar. Nodulação perianal constante; Sangramento: necrose e ulceração; Causas: esforço evacuatório ou físico intenso. Tratamento: Cirúrgico: hemorroidectomia; DRª VIVIANE TIEMI KENMOTI Clínica Cirúrgica Autora: Mayra Parente Medicina 2015/1 Página 40 48-72hs do início dos sintomas; Se passar disso, o melhor é o tratamento clínico. Tratamento clínico: Banho de assento; Amaciador de bolo fecal; Analgesia. Com o tempo, 10 a 14 dias, vai voltando ao normal. Dificilmente, você terá que operar um paciente porque não melhorou de um quadro de trombose hemorroidária. Trombectomia: alta taxa de recorrência. 3- PLICOMA ANAL: Tecido redundante na margem anal (região perianal) Vem de uma reabsorção de hemorróidas externas trombosadas; Qual o medo do paciente? De ser tumor. Quadro clínico: Dificuldade de higiene (pois às vezes o paciente tem Plicoma em toda a região perianal, ficando as fezes ficam grudadas após evacuar). E, nesses casso é o que indicamos cirurgia. Às vezes, o paciente tem quadros de “trombosezinha”, que aumenta → trombosa → dói, que a cada mês pode se repetir. Edema e dor local durante o esforço evacuatório. Tratamento 1) Expectante Indicação de cirurgia: 1) Dificuldade de higiene; 2) Quadros repetitivo de edema e dor local; 3) Estético. 4- FISSURA ANAL: Úlcera longitudinal distal a linha pectínea, então, não vai para o reto. Ela é do canal anal. Se for do reto será uma úlcera retal. Fisiopatologia: a região mais posterior do ânus (local onde mais acontece fissura), já é uma região menos irrigada, naturalmente. Ai, passa uma fezes mais endurecida que rasga. Quando rasga o paciente sente dor e começa a contrair o esfíncter. A região já não é bem irrigada, com a contração, os vasos não conseguem mandar sangue para aquela região para cicatrizar. Tornando-se um processo crônico e o paciente tem medo de evacuar e fica prendendo, quando vai evacuar depois, as fezes estão duras e rasga de novo. Fazendo muita hipertonia esfincteriana. Quadro clínico: paciente relata dor ao evacuar (dor intensa, “rasgante”), medo para evacuar e que ele fica segurando as fezes. Locais mais comuns: Anterior (10%; + comum em mulheres) e posterior (90%). Principal fator desencadeante: Fezes endurecidas. Obs.: Mas as vezes, o paciente tem fezes normais e começa com um quadro de fissura anal. Se não está anterior e nem posterior, tem-se que suspeitar de outras patologias, principalmente doença de Crohn. Outro: Sifilis, tuberculose, câncer, leucemia e HIV. Características das fissuras que necessitam de investigação: (PROVA) 1) Várias fissuras; 2) Fissuras indolores; * Pensar em doença de Crohn Paulo Destacar Paulo Destacar Paulo Destacar Paulo Destacar Paulo Destacar DRª VIVIANE TIEMI KENMOTI Clínica Cirúrgica Autora: Mayra Parente Medicina 2015/1 Página 41 3) Fora da linha média; *Ex: fissura as 3hs ou a 6hs. 4) Não cicatriza com tratamento adequado. Diagnóstico de fissura anal: a) Inspeção; (90%) * Então, tem que afastar a nádega, o ânus, pois estão escondidas; procurar posterior e anteriormente. b) Toque; c) Anuscopia. Classificação: Aguda ou Crônica. Fissura anal aguda: 1) Tem menos de 6 semanas do início dos sintomas; 2) Base rasa; 3) Bordas finas; 4) Não visualiza o esfíncter anal interno (EAI). Fissura anal crônica: 1) Mais de 8-12 semanas; 2) Tríade; 3) Visualização do EAI; 4) Bordas elevadas e duras; 5) Base funda. Tríade da fissura anal crônica: Plicoma sentinela;“Atrás de todo plicoma, procura para ver se não tem uma fissura”, principalmente se o paciente tem um quadro clínico característico (Ex.: dor anal a evacuar a + de 3 meses, sangramento que libera em papel higiênico, tem medo de evacuar). “O Plicoma olha para a fissura” Fissura anal; Papila hipertrófica. Tratamento de fissura anal aguda o Orientações dietéticas; o Banho de assento; o AINES; o Anestésico tópico; o Tratamento clínico – taxa de cura de até 87%. * Quando não cura, cronifica. Tratamento da fissura anal crônica o Base do tratamento: - Deixar as fezes amolecidas; - Diminuir a hipertonia esfincteriana. * Principalmente! Exames complementares: Retosigmoidoscopia; * Prudente fazer, mas não obrigatório. Colonoscopia; * se houver fatores de risco. Manometria anorretal. - Manometria Anorretal: Analisar as pressões do canal anal; * Como há uma hipertonia esfincteriana, quando se avalia as pressões elas estarão aumentadas. Pois, se o paciente tem fissura anal e manometria anorretal normal, e se for feito o tratamento cirúrgico o paciente poderá ficar incontinente. Então, a grande maioria dos pacientes tem hipertonia esfincteriana, mas uma minoria tem hipotonia esfincteriana. Modalidades de tratamento: Dilatação anal; Esfincterotomia lateral interna (ELI); Avanço de retalho; Esfincterotomia química: isossorbida, nifedipina, diltiazen; Toxina botulínica. Esfincterotomia lateral interna Padrão ouro; Corta-se o esfíncter interno na porção lateral do ânus; Paulo Destacar Paulo Destacar DRª VIVIANE TIEMI KENMOTI Clínica Cirúrgica Autora: Mayra Parente Medicina 2015/1 Página 42 Menores taxas de recorrência e Maior taxa de cura/cicatrização; Principal complicação: incontinência. * Por isso, que não se faz em todo mundo. Porque temos que cortar o esfíncter interno. Então, para o paciente é melhor ele ficar com a fissura do que ficar incontinente. Postergamos ao máximo o tratamento cirúrgico. Bloqueador dos canais de cálcio Permite a cicatrização de 67% das fissuras em 8 semanas; Fazem uma esfincterotomia química; refazem o relaxamento do esfíncter anal interno; Melhor com terapia tópica do que oral; É o primeiro tratamento que fazemos; Nifedipina, diltiazem; * isossorbida tem muito efeito colateral, por isso não muito utilizada. DEVE SER TÓPICO! ( pomada manipulada). Recorrência em 6m: 42%; Toxina botulínica Bloqueia o esfíncter anal e faz o relaxamento dele. Mas, tem altas taxas de recorrência. 5- ABSCESSO ANORRETAL As glândulas anais ficam no espaço interesfincteriano. E os ductos dessas glândulas anais se esvaziam nas criptas que estão situadas na linha denteada; Causa mais comum: infecção criptoglandular inespecífica; * as fezes passam, traumatiza e começa um processo infeccioso. Qual a principal teoria do abscesso anorretal? Criptoglandular. Qual a principal teoria da fistula perianal? Criptoglandular. * PROVA