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1.COMPREENDER AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA MÃE NO PUERPÉRIO. ● atrofia do epitélio escamoso (diferença entre lactantes e não lactantes). ● processo involutivo uterino acelerado entre o 3º - 10º dia pós-parto (logo após o parto o fundo uterino se encontra um pouco acima da cicatriz umbilical). → principalmente em lactantes. ● até o 3º dia, a cérvice é persiste permeável a 1-2 dedos, após isso o orifício reduz a uma fenda. ● divisão da decídua remanescente no endométrio (2-3 dias após o parto), um fica necrótica e é eliminada nos lóquios e a outra fica intacta. ● desaparecimento súbito dos hormônios placentários. ● o retorno da menstruação e ovulação dependem do período de lactação. Mulheres que não amamentam costumam menstruar novamente antes do 45º dia pós-natal. ● sistemas endócrino→ queda abrupta de esteróides placentários com a saída da placenta, os níveis de hCG retornam ao normal após 4-6 semanas, os níveis de LH e FSH vão depender da amamentação (sem amamentação ficam e níveis baixos e começam a crescer gradativamente). ● sistema urinário→ insensibilidade da bexiga e sua capacidade “aumentada”, se houver trauma vesical (comum em partos vaginais, principalmente os demorados) = sobredistensão, esvaziamento incompleto da bexiga e urina residual. Ureteres e pelves renais retornam ao estado pré-gravídico entre 2-8 semanas. ● sistema sanguíneo→os níveis de hemoglobina costumam flutuar moderadamente (em 6 semanas retornam os níveis pré-gravídicos), estado de hipercoagulabilidade podendo haver a regularização apenas na 7ª semana pós-parto. ● sistema cardiovascular→ diurese pós-parto 2º-6º dia pós-parto (pela aumento do volume plasmático na gestação), a frequência e débito cardíaco costumam retornar por volta do 10º dia puerperal, a resistência vascular começa a aumentar após 48h. ● pele→ estriações perdem a cor vermelho-arroxeadas, regressão das hiperpigmentações. ● peso→ a média de perda de peso ponderal pós-parto é de 6kg, no puerpério perda adicional de 2-7kg. 2.COMPREENDER AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PSÍQUICAS DA MÃE NO PUERPÉRIO. *3. COMPREENDER OS BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO E OS MALEFÍCIOS NA SUA AUSÊNCIA OU NA SUA SUBSTITUIÇÃO INADEQUADA. ● diminui o risco de morbidade (infecção respiratória, alergias, asma, e mortalidade. ● redução da incidência de diarréia (que pode evoluir para mortalidade). ● as crianças devem ser amamentadas de forma exclusiva até os 6 meses e a partir daí inicia-se a suplementação gradativa de outros alimentos até os 2 anos de idade. ● a amamentação na primeira hora viabiliza o contato do bebê com a mãe, colonização da pele do RN com a microbiota da mãe. ● o leite materno é altamente nutritivo e supre todas as necessidades nutricionais do RN. ● protege o bebê contra infecções bacterianas. ● melhor desenvolvimento cognitivo e a inteligência. ● estimula o crescimento da boca e mandíbula. ● diminui o risco de anemia, leucemia na infância e doenças crônicas na vida adulta. ● reduz o risco de hemorragia pós-parto. ● funciona como método contraceptivo → lactantes são amenorréicas. ● a longo prazo, reduz o risco materno de diabetes tipo 2, câncer de mama, útero e ovários. ● vantagens econômicas: não gasta comprando leite, nem com hospital devido a vulnerabilidades decorrentes da não amamentação. *4. COMPREENDER A ASSISTÊNCIA AO RECÉM NASCIDO DE BAIXO RISCO NA SALA DE PARTO. ● a assistência ao RN deve ser fortalecida e assegurada desde o acompanhamento pré-natal e no decorrer do período neonatal, para assegurar os ganhos alcançados com o programa de reanimação neonatal (redução dos óbitos de neonatos). ● o NASCIMENTO SEGURO prevê: ○ identificação evolutiva do risco materno-fetal e neonatal; ○ pontos de atenção ambulatorial e hospitalar, de risco habitual e alto risco, devem se encontrar em rede, para otimizar a abrangência do cuidado; ○ processos assistenciais organizados em ambientes com estrutura e recursos tecnológicos capazes de responder às demandas clínicas risco-dependentes; ○ prontuário clínico eletrônico *; ○ sistema de apoio: diagnóstico, terapêutico e assistência farmacêutica; ○ regulação dos leitos obstétricos e neonatais; ○ sistema de transporte em saúde para gestante e para o RN; ○ sistema de informação integrado. ● em todo o trajeto o RN deve ser protegido pelos direitos universais e vigentes na legislação brasileira. ● início do cuidado no pré-natal→ cuidados dirigidos à promoção da saúde, prevenção e abordagens terapêuticas. Instrução dos pais a respeito dos cuidados com o filho (inserção da criança na família). O pai deve ser sempre encorajado a participar da consulta. Informar a mãe sobre seu direito de acompanhante. Importância do aleitamento. ● alta hospitalar de, em média, 48h em RN de baixo risco. ● todo RN a termo, respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, independente do aspecto do líquido amniótico, deve ser colocado junto a mãe no contato pele a pele, por pelo menos 1h. ● o cordão umbilical deve ser clampeado de 1-3 minutos. ● deve-se estimular o aleitamento materno na primeira hora de vida. ● o RN precisa começar a respirar espontaneamente ou com auxílio do primeiro minuto de vida. ● todo RN deve ser cuidado no alojamento conjunto com a mãe. ● exame físico sistematizado + resultado dos testes de triagem de deficiência visual e presença de malformação cardíaca. ● testes de triagem de deficiência auditiva e doenças metabólicas ou genéticas em crianças sem histórico podem ser feitas no âmbito laboratorial. ● escuta à mãe e família é fundamental na avaliação do RN. ● EXAME FÍSICO DO RN:: ○ contagem da frequência respiratória → 30-60 respirações/min (repousa-se a mão no peito do bebê). ○ frequência cardíaca → 120-160 bpm (estetoscópio pediátrico). ○ temperatura axilar por 3 min→ 36,4 - 37,2 ºC. ○ peso → 2,5 - 4,25kg (pesar no mesmo horário do dia antes da alimentação). ○ comprimento → aproximadamente 50 cm. ○ perímetro torácico→ aproximadamente 32 cm (coloca-se a fita acima dos mamilos e cruzar o bordo superior das escápulas). ○ perímetro cefálico → aproximadamente 34 cm. ○ exame da cabeça: verificar se há alguma deformação (ex.: bossa serossanguínea), presença de macro ou microcefalia, as fontanelas (se estiverem abauladas pode ser pressão intracraniana/ deprimida pode ser sinal de desidratação). ○ olhos: simetria, permanecem fechados a maior parte do tempo nos primeiros dias, verificar a presença de hipertelorismo (espaço maior que 3 cm entre os cantos internos dos olhos), a presença de estrabismo pode ser normal persistindo até 6 meses de idade (há o desenvolvimento da coordenação dos movimentos oculares). ○ boca, faringe e mandíbula: salivação é pobre no RN, visualização da orofaringe, inspeção do palato, verificar a presença de micrognatia (mandíbula retraída), paralisia facial. ○ tórax: ângulo de 90º, simetria, tipo respiratório abdominal, ingurgitamento das mamas pode ocorrer. ○ abdome: aproximadamente no mesmo nível do tórax (em decúbito dorsal), nem abaulado nem deprimido, cordão umbilical geralmente é branco gelatinoso com 2 artérias e 1 veia, o umbigo mumifica-se durante a primeira semana. ○ ânus e reto: verificar a permeabilidade do intróito anal, verificar a presença de malformações. ○ região sacrococcígea: coluna normalmente plana e levemente arredondada. ○ genitália feminina: tamanho e integridade dos lábios e clitóris. ○ genitália masculina: bolsa escrotal (normalmente contraída, com dois testículos), prepúcio com orifício estreito + aderências entre a pele do prepúcio e a glande que vão desaparecendo com o tempo (meses). ○ membros: flexão, extensão de movimentos, tônus e força muscular, reflexos de preensão palmar, pulsos braquial e femoral.
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