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Resumo fecundação

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Objetivo 1: Fecundação
É o processo biológico que através do qual o ovócito II e o espermatozoide se unem para formar uma nova célula chamada ovo ou zigoto, com a qual se inicia o desenvolvimento embrionário, isto é, a vida de um novo individuo. 
-Normalmente, o local de fecundação é a ampola da tuba uterina, sua porção maior e mais dilatada. Se o ovócito não for fecundado aqui, ele passa lentamente em direção ao útero, onde se degenera e é reabsorvido. Embora a fecundação possa ocorrer em outras partes da tuba, ela não ocorre no útero. Sinais químicos (atrativos), secretados pelo ovócito e pelas células foliculares circundantes, guiam os espermatozoides capacitados ( quimiotaxia dos espermatozoides) para o ovócito. A fecundação é uma complexa sequência de eventos moleculares coordenados que se inicia com o contato entre um espermatozoide e um ovócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, um embrião unicelular. Alterações em qualquer estágio na sequência desses eventos podem causar a morte do zigoto. O processo de fecundação leva em torno de 24 horas. Estudos de transgênicos e de genes nocaute mostraram que as moléculas de ligação a carboidratos e proteínas específicas dos gametas na superfície dos espermatozoides estão envolvidas no reconhecimento espermatozoide-ovo e na sua união.
- A fecundação se da no terço distal da tuba uterina: ampola da tuba. São ejaculados cerca de 350 milhões de espermatozoides, entretanto chegam até a tuba somente 100 SPTZ. O ovócito pode ser fecundado até 24 horas após a ovulação. Os espermatozoides sobrevivem no sistema reprodutor feminino de 24 a 72 horas.
Maturação do SPTZ:Ocorre no epidídimo, há modificações funcionais e estruturais dos SPTZ e modificação do metabolismo e inserção de glicoproteínas na membrana citoplasmática.
Capacitação do SPTZ: Ocorre no sistema reprodutor feminino, há modificações ou alterações nas glicoproteínas da membrana citoplasmática dos SPTZ. A alteração da permeabilidade da membrana do SPTZ e de certas substâncias.
-Redistribuição de glicoproteínas, aumento da capitação de oxigênio e torna funcional a reação acrossômica.
Fases da Fecundação:
.Primeira fase (fase de penetração da coroa radiata): Nessa etapa os SPTZ tem que vencer a coroa radiata para alcançar a zona pelúcida. Para isso, utilizam hialuronidases(ENZIMA). 
- Através da hiperativação forçam a chegada à região da zona pelúcida.
.Segundafase(reconhecimento e adesão): Nesta etapa, as proteínas da membrana citoplasmática dos espermatozoides precisam se associar com as proteínas (receptores) das células da zona pelúcida. Por isso, que éimpossível cruzar espécies diferentes.Tendo ocorrido o reconhecimento e a adesão, inicia-se a fase de reação acrossômica. 
.Terceira fase(reação acrossômica): Esta fase inicia-se após o contato entre espermatozoide e zona pelúcida. Especificadamente, entre receptor do espermatozoide e a glicoproteína ZP3 da zona pelúcida. Formam-se porospor onde as enzimas acrossômicas são liberadas.A reação acrossômica torna possível o desaparecimento da coroa radiada, o avanço do espermatozoide e a fusão das duas membranas citoplasmáticas.
.Quarta fase (fase de desnudação): caracteriza-se pelo desaparecimento da corona radiata pela açõ da hialuronidase.
.Quinta fase (fase de penetração da zona pelúcida):Quando a membrana citoplasmática e membrana acrossômica externa desaparecem, a membrana acrossômica interna, que possui receptores, interage com a glicoproteína ZP2 da zona pelúcida. Essa interação permite que SPTZ passe pela zona pelúcida, com isso ocorre a liberação de acrosina que é uma enzima que hidrolisa localmente a zona pelúcida. 
-A formação de um caminho resulta também da ação de enzimas liberadas pelo acrossoma. As enzimas — esterases, acrosina e neuraminidase — parecem causar a lise da zona pelúcida, formando assim um caminho para que o espermatozoide chegue ao ovócito. A mais importante dessas enzimas é a acrosina, um enzima proteolítica. Logo que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre uma reação zonal — uma mudança nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozoides. A composição dessa cobertura de glicoproteína extracelular muda após a fecundação. Acredita-se que a reação zonal seja o resultado da ação de enzimas lisossômicas liberadas pelos grânulos corticais situados logo abaixo da membrana plasmática do ovócito. O conteúdo desses grânulos, que são liberados dentro do espaço perivitelino, também causa mudanças na membrana plasmática, tornando-a impermeável aos espermatozoides.
-A penetração da zona pelúcida é uma fase importante para o início da fecundação.
- A força de hiperativação conduz o SPTZ em diração à membrana citoplasmática do ovócito.
.Sexta fase (Fase de fusão): Vários SPTZpassam pela zona pelúcida. Contudo, somente, 1 irá se fundir a membrana citoplasmática do ovócito secundário. Quando isso ocorre, cessa a hiperativação. Entra no ovócito a parte anterior do SPTZ, ficando o restante para fora. Esse processo de fusão das membranas é controlado por proteínasfusogênicasde ambos os gametas.
Sétima Fase (Fase de bloqueio por poliespermia):
- Reação cortical: Exocitose de enzimas hidrolíticas, que degradam a glicoproteína ZP2 e modifica glicoproteína ZP3. Isso promove a imobilização e expulsão dos SPTZ da zona pelúcida.
Retomada da segunda divisão meiótica do ovócito secundário: A penetração do ovócito pelo espermatozoide estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e segundo corpo polar. Os cromossomos maternos em seguida se descondensam, e o núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.
A penetração do ovócito pelo espermatozoide estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e segundo corpo polar. Os cromossomos maternos em seguida se descondensam, e o núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.
Logo que os pronúcleos se fundem em uma agregação de cromossomos única e diploide, a oótide torna-se um zigoto. Os cromossomos no zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem, na preparação para a divisão do zigoto.
Fase de singamia e anfimixia: No centro do zigoto, os pró-núcleos se colocam muito próximos e perdem seus envoltórios nucleares.(SINGAMIA)
-Anfimixia: Os pró-núcleos voltam a se condensar na região equatorial do zigoto como em uma metáfase mitótica. Representando o final da fecundação e com ela inicia-seprimeira divisão mitótica da segmentação do zigoto.
- A principal consequência da fecundação é a formação do zigoto. Mas, também, ocorre: 
 .O número diploide de cromossomos é restabelecido. 
.Forma-se um a célula completa: o ovócito cede praticamentetodas as organelas celulares, com exceção dos centríolos que são fornecidos pelo espermatozoides. 
- Consequências da fecundação:
 .O material citoplasmático se redistribui.
 .Determinação do sexo cromossômico: o cromossomo sexualfornecido pelo ovócito é o cromossomo X . Pelo espermatozoide pode ser um X ou Y. Assim, se a junção resultar em XX (mulher),se resultar em XY (homem).
Um fator inicial de gravidez, uma proteína imunossupressora, é secretado pelas células trofoblásticas e surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fecundação. O fator inicial de gravidez forma a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento. O zigoto é geneticamente único porque metade dos seus cromossomos vem da mãe e a outra metade do pai. O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos que é diferente da contida nas células dos pais. Esse mecanismo forma a base da herança biparental e da variação da espécie humana. A meiose permite a distribuição independente dos cromossomos paternos e maternos entre as células germinativas. O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos dos cromossomos paternos e maternos, “embaralha” os genes, produzindoassim uma recombinação do material genético. O sexo cromossômico do embrião é determinado na fecundação pelo tipo de espermatozoide (X ou Y) que fertiliza o ovócito. A fecundação por um espermatozoide portando um X produz um zigoto 46, XX, que se desenvolve normalmente em fêmea, enquanto a fecundação por um espermatozoide portador de um Y produz um zigoto 46, XY, que normalmente se desenvolve em macho.
	→Resumindo: 
• Estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão meiótica;
• Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto;
• Resulta na variação da espécie humana através da mistura de cromossomos paternos e maternos;
• Determina o sexo cromossômico do embrião;
• Causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem (divisão celular) do zigoto.
Objetivo 2:
DIU E SIU
Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU – também conhecido como DIU medicado ou DIU Hormonal) são, como o nome já diz, sistemas ou dispositivos que devem ser inseridos por médicos, dentro do útero. A grande vantagem destes métodos é a comodidade posológica e a alta eficácia, que pode proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto. Ambos impedem a penetração e passagem dos espermatozóides, não permitindo seu encontro com o óvulo. A grande diferença é que o DIU é feito de cobre, um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o SIU libera um hormônio dentro do útero. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros efeitos, como reduzir o fluxo menstrual. Os dois métodos impedem que o espermatozóide encontre o óvulo, portanto eles nem deixam a gravidez ocorrer.
- Atualmente não existe nenhum método anticoncepcional que seja 100% eficaz, no entanto a chance de falha dos dois métodos é extremamente baixa, sendo parecida com a dos métodos cirúrgicos, como a laqueadura ou vasectomia, o que os deixa entre os métodos mais eficazes que existem. Uma vez que não dependem da correta administração da usuária, o DIU e o SIU possuem eficácia superior quando comparado aos métodos de curto prazo, como as pílulas, injeções, anel e adesivo contraceptivo.
O método deve ser inserido pelo seu médico após ele ter sido indicado para você. Algumas vezes antes do procedimento de inserção o médico poderá solicitar exames complementares, variando de caso a caso. O procedimento de inserção é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório do médico, sem a necessidade de anestesia geral, porém pode causar um desconforto durante a inserção.
Existem poucas situações em que o DIU e o SIU são contraindicados. A escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferências.
Entre os efeitos colaterais mais comuns estão as alterações do fluxo menstrual. O DIU, por não conter hormônio, provavelmente não irá alterar a frequência das menstruações, porém poderá causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais no primeiro trimestre. O SIU, devido a liberação local do hormônio, costuma diminuir a intensidade do fluxo e duração das menstruações e, após 6 meses de uso, 44% das usuárias param de menstruar.
Se decidir que é hora de engravidar converse com seu médico, ele irá retirar o seu DIU/SIU. Após a retirada do dispositivo, sua fertilidade voltará ao normal rapidamente, não importando por quanto tempo você utilizou o método.
INJEÇÃO ANTICONCEPCIONAL
A injeção anticoncepcional é um método contraceptivo que possui em sua fórmula a combinação de progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração. A injeção pode ser mensal ou trimestral, e deve ser aplicada na região glútea.
Para os anticoncepcionais mensais, as vantagens e desvantagens são as mesmas da pílula anticoncepcional. Para os anticoncepcionais injetáveis trimestrais, existe a vantagem de serem aplicados a cada três meses, mas há a desvantagem de provocarem a ausência de menstruação no início do tratamento. O retorno da fertilidade (capacidade de engravidar) ocorre vagarosamente, cerca de nove meses após a última injeção trimestral.
A primeira aplicação do anticoncepcional deve ser realizada no primeiro dia do ciclo menstrual (podendo acontecer no máximo até o 8º dia). A segunda aplicação deve ocorrer 30 dias depois, com tolerância de aproximadamente três dias, nos casos dos preventivos mensais.
O anticoncepcional em injeção possui o mesmo mecanismo de ação das pílulas, pois ele suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical. O fluxo menstrual pode diminuir devido a maior quantidade de hormônios no método contraceptivo.
O uso do contraceptivo injetável trimestral é indicado para as mulheres que não podem ou não desejam o uso do estrogênio, pois sua base é somente de progestágeno.
A injeção anticoncepcional também pode causar dor de cabeça, acne, alterações do humor, redução da densidade mineral óssea, vertigens e aumento de peso. Entretanto, possui efeitos benéficos, como alívio da menstruação e melhora da anemia, redução dos sintomas associados à endometriose, dor pélvica crônica, redução do câncer de endométrio e possível diminuição nas crises de anemia falciforme.
É um método contraceptivo muito eficaz, com apenas 0,1% a 0,6% de falha para a injeção mensal e de 0,3%, para a injeção trimestral, o que é equivalente à eficácia da ligadura de trompas. O uso desse método deve ser recomendado pelo médico ginecologista e a sua aplicação deverá ser realizada em farmácia com receita.
COITO INTERROMPIDO
Coito interrompido é quando, numa relação sexual, o homem pressente a ejaculação, retira o pênis e ejacula fora da vagina. É um dos métodos contraceptivos mais antigos que existe.
Possui baixa efetividade, pois as secreções do pênis na fase de excitação podem conter espermatozoides vivos. Além disso, pode ser difícil conter a ejaculação. Mesmo quando há o controle, é possível que alguns espermatozoides estejam na uretra devido à liberação do fluido pré-ejaculação (também conhecido como lubrificação) e com isso, a possibilidade de haver fecundação também existe.
Em comparação com a pílula anticoncepcional, que apresenta 0,1% de índice de falha, o coito interrompido possui 4% para casais que usam efetivamente esse método. A principal causa do insucesso é a falta de controle masculina.
Nesse método do coito interrompido, muitos homens costumam pensar em coisas que “retardam” o acontecimento, como um trem em alta velocidade, contar, etc., para assim tentar controlar a ejaculação. Para aqueles que desejam realizar esse método, recomenda-se urinar entre as ejaculações para que assim o fluído pré-ejaculatório não contenha espermatozoides.
Além da insegurança e a falta de autocontrole, a inseguridade do método pode gerar desgaste psicológico tanto para o homem quanto para a mulher. A relação sexual tende a se tornar insatisfatória.
Mulheres que apresentam um ciclo menstrual regular e fazem o uso da tabelinha junto ao coito interrompido possuem um pouco mais de segurança. A única vantagem desse contraceptivo é que qualquer pessoa pode utilizá-lo quando não possui outros métodos preventivos, o que explica esse ser um método antigo de prevenção da gravidez. Atualmente, com a ampliação das técnicas e da acessibilidade a estes, o coito interrompido não é um procedimento indicado para contracepção.
Apesar de ser muito utilizado, esse método contraceptivo não previne contra as doenças transmissíveis, como HPV.
ANEL VAGINAL
O anel vaginal é um pequeno anel flexível de superfície lisa, não porosa e não absorvente, que contém etonogestrel e etinilestradiol.
O anel deve ser colocado na vagina, no formato de um 8, na parte superior, uma região bastante elástica e não sensível ao toque, no 5º dia da menstruação, permanecendo nessa posição durante três semanas (21 dias). Após a retirada do anel, deve-se fazer uma pausa de 7 dias e um novo anel deve ser utilizado. Os hormônios liberam estrogêneo e progestagêneo, que entram na correntesanguínea e atuam inibindo a ovulação.
Alguns efeitos adversos podem aparecer, como sangramento de escape, cefaleia, vaginite, leucorreia, ganho de peso e expulsão do anel.
A fertilidade da mulher volta assim que o uso é suspenso. Quando usado corretamente, a prevenção é de 99%. Sua eficácia é de 0,4 a 1,2% em cada 100 mulheres por ano. É tão eficaz quanto as pílulas combinadas mais modernas e com doses mais baixas de hormônios. O anel não interfere na relação sexual, e a maioria das usuárias e seus parceiros não sentem nenhum incomodo durante a relação sexual.
Não é indicado para mulheres com doenças no fígado, câncer de mama, risco de trombose, suspeita de gravidez, fumantes, hipertensão, cefaleias com alterações neurológicas, diabetes ou com alergia a um dos componentes. No período de amamentação não pode ser utilizado, sendo substituído por outro método.
Esse método contraceptivo é conveniente, pois só precisa ser aplicado uma vez ao mês. A própria mulher deve introduzi-lo na vagina, empurrando com o dedo até não senti-lo mais. Nos primeiros sete dias de uso deve se utilizar preservativos.
CAMISINHA
Camisinha é um método contraceptivo do tipo barreira. Feita de látex ou poliuretano, impede a ascensão dos espermatozoides ao útero, prevenindo a gravidez indesejada. Também é eficiente na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como AIDS e HPV.
Há dois tipos de camisinha: masculina e feminina. A camisinha masculina é um envoltório geralmente de látex que recobre o órgão reprodutor masculino, retendo o esperma durante o ato sexual. Já a camisinha feminina é um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis.
É um dos métodos contraceptivos mais eficientes, pois apresenta uma taxa de 90-95% de eficácia na prevenção da transmissão de DSTs e gravidez. Deve ser utilizada em todas as relações sexuais. É acessível a todas as pessoas e não há contraindicação.
- TRATAMENTOS E CUIDADOS
Esse método contraceptivo é indicado para homens e mulheres, de qualquer faixa etária.
Camisinha feminina:
Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre os órgãos sexuais;
Usar uma única vez cada camisinha feminina. Usar o contraceptivo mais de uma vez não previne contra DST e gravidez;
Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos;
Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.
Para colocar a camisinha feminina:
1) Verifique a integridade da camisinha;
2) Dobre o anel menor;
3) Introduza o anel menor até o fim.
Camisinha masculina:
Colocar a camisinha desde o começo do contato entre os órgãos sexuais;
Tirar a camisinha logo depois da ejaculação;
Apertar a ponta da camisinha enquanto ela é desenrolada para evitar que permaneça ar dentro dela. Se o reservatório estiver cheio de ar, o preservativo pode estourar;
Usar somente lubrificantes à base d’água. A vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, pois causam rachaduras no preservativo, acabando com sua capacidade de proteger contra doenças e gravidez;
Usar uma única vez cada camisinha. Usar o preservativo mais de uma vez não previne contra DST e gravidez;
Guardar a camisinha em locais frescos e secos;
Nunca abrir a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.
Cuidados ao colocar a camisinha masculina:
Escolha uma boa marca. Carregue-a sempre com você. Cuidado ao deixar muito tempo na carteira, pois a embalagem poderá sofrer danos com o calor e o atrito, prejudicando a ação do produto;
Abra delicadamente a embalagem. Cuidado para não furar a camisinha com suas unhas;
Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isso é importante;
Apertando o espaço que você deixou com um dedo, coloque a camisinha;
Desenrole até a base;
Após o uso, retire a camisinha. Cuidado para não deixar escapar o líquido que foi armazenado no interior da camisinha;
Jogue no lixo. Camisinha é descartável. Nada de usar outra vez;
Camisinhas lubrificadas são mais confortáveis e eficientes. Prefira as que possuem espermaticida junto;
Não use cremes, óleos ou vaselinas. Se quiser usar um lubrificante, use preferencialmente em gel, específicos para relações íntimas.
ESPERMATICIDA
Espermaticida ou espermicida é uma substância química que imobiliza e destrói os espermatozoides durante o ato sexual. Os espermicidas podem ser em creme, géis, supositórios, sprays e espumas. Esses tipos de espermicidas devem ser introduzidos dentro da vagina antes da relação. É possível encontrar o agente espermaticida também em comprimido, que deve ser ingerido 10 minutos antes da relação.
Esse método pode ser utilizado juntamente com o DIU, a camisinha ou o diafragma. O tempo de ação do produto é de 2 horas e é necessária a reaplicação para relações mais longas.
É um método contraceptivo pouco recomendado, pois sua eficiência é menor do que a da camisinha e não protege das DSTs, caso seja utilizado sozinho. Além de apresentar um alto índice de falha, pode causar irritação, ulceração cérvico-vaginal e peniana.
Para muitas pessoas, o uso dessa contracepção prejudica a espontaneidade. Por um lado, o escoamento do produto pela vagina após o término do contato sexual pode ser motivo de constrangimento. Outro desconforto apresentado é o sabor medicinal, que pode comprometer o sexo oral.
Atualmente, as camisinhas já possuem espermicidas para aumentar a prevenção da gravidez. Por se tratar de um método químico, a mulher deve primeiramente consultar seu médico para tirar dúvidas e obter mais esclarecimentos.
LIGADURA DE TROMPAS
Ligadura de Trompas ou Laqueadura é uma cirurgia para a esterilização voluntária definitiva, na qual as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando que o óvulo e os espermatozoides se encontrem. Há dois tipos de laqueadura: abdominal e vaginal.
As ligaduras de trompas abdominais são: a minilaparotomia e a videolaparoscopia.
A minilaparotomia é feita com um pequeno corte acima do púbis. Já a videolaparoscopia é realizada por meio da introdução de uma minicâmera de vídeo no abdômen.
Os tipos de laqueaduras vaginais são: colpotomia e histeroscopia.
Na colpotomia é realizada uma incisão pelo fundo-de-saco posterior da vagina. Essa apresenta um risco maior de infecção. E a histeroscopia, permite acesso às trompas através da cavidade endometrial. Em qualquer tipo escolhido é necessário  internação e o uso de anestesia.
É um método contraceptivo definitivo. Antes de realizar a cirurgia, a mulher deve analisar outras formas de evitar a gravidez, pois a Ligadura de Trompas é uma esterilização e não um método anticoncepcional.
O tempo de recuperação varia de acordo com a paciente e o tipo de anestesia utilizado. Recomenda-se atividade leve de 24 a 48 horas após a realização da cirurgia.
Para essa esterilização, é requisitado um intervalo de 60 dias entre a vontade de realizar e o ato cirúrgico. E não pode ser realizada após o parto ou de um aborto, pois são momentos inadequados para essa decisão, em que se apresenta um risco maior de infecção.
A laqueadura não altera o ciclo menstrual e nem causa alteração nos níveis hormonais femininos. Acredita-se que esse procedimento diminui o risco de câncer de ovário. Apesar de ser raro, há casos em que o dispositivo contraceptivo falhe e a mulher engravide, mas essa taxa é pequena, 0,1 a 0,3 por 100 mulheres por ano.
Essa cirurgia pode ser realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas somente serão indicadas a mulheres acima de 25 anos e que já tenham ao menos dois filhos vivos, e que também possuam um planejamento familiar.
VASECTOMIA
A vasectomia é a ligadura (fechamento) dos canais deferentes no homem. É uma pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto (saco), na qual é cortado o canal que leva os espermatozoides do testículo até as outras glândulas que produzem o esperma (líquido) masculino. Após a vasectomia, a ejaculação continua normal, só que ocorrerá sem a presença de espermatozoides.
Não é necessária ainternação. É uma cirurgia de esterilização voluntária definitiva e, por isso, o homem deve ter certeza de que nunca mais quer ter filhos. A possibilidade de reversão dessa cirurgia existe, porém não é fácil. Portanto, a vasectomia deve ser considerada como um método definitivo. Esse procedimento geralmente é realizado no consultório médico e o tempo gasto é inferior a uma hora.
Esse método contraceptivo é indicado para homens que já possuem filhos, acima dos 30 anos, visando um planejamento familiar com sua companheira. Também é uma solução alternativa para as mulheres que não podem tomar anticoncepcional ou possuem problemas de saúde.
Muitos homens confundem a esterilização com castração. Entretanto, castração é a remoção dos testículos, diferente do procedimento simples de impedir que os espermatozoides sigam para o pênis.
O homem não fica estéril imediatamente após a vasectomia, pois ainda há espermatozoides armazenados na parte superior do canal, nas vesículas seminais e nos dutos ejaculatórios. A produção dos espermatozoides continua, pois ocorre nos testículos.
São necessárias de dez a dezesseis ejaculações para que o esperma não contenha mais gametas. Caso haja contato sexual nesse período, recomenda-se o uso de outros métodos contraceptivos como a camisinha. E seu uso deve ser continuado até o médico confirmar que não há mais rastro de espermatozoides.
Não se esqueça: a vasectomia não torna impotente o homem, não há uma queda na libido e não há perda de sensibilidade no órgão genital durante o ato sexual.
Tabelinha 
A tabelinha, também conhecida por método rítmico, é baseada em um cálculo realizado a partir de um calendário, para saber o início e o fim do período fértil. Desse modo, são evitadas relações nos períodos em que há maior chance de gravidez.
Esse método contraceptivo tem maior chance de funcionar para mulheres com ciclos regulares, mas ainda assim é pouco eficaz para prevenir a gravidez.
Teoricamente, a mulher é mais fértil no meio do seu ciclo. Ou seja, nos ciclos mais comuns de 28 a 30 dias, a fertilidade máxima seria entre o 12° e o 15º dia, contando como primeiro dia o início da menstruação. Mas isso é válido para quem quer engravidar, e não para quem quer prevenir a gravidez.
Uma regra fácil para tabelinha funcionar apropriadamente é a seguinte:
• Anote em um calendário o primeiro dia da menstruação.
• Marque em azul os dias em que você tem menos chances de engravidar: entre o 1º dia e o 9º dia da menstruação. Lembre-se: conte sempre a partir do 1º dia da menstruação.
• Marque em vermelho os dias em que você provavelmente estará mais fértil: do 10º ao 19º.
• Do 20º até a próxima menstruação, marque novamente em azul.
Para o funcionamento da tabelinha, lembre-se dessas dicas:
1. Não confie na memória.
2. Nunca conte do último dia da menstruação. Isso não tem nenhum valor.
3. Há casos de mulheres que engravidam em qualquer época do ciclo, até mesmo durante a menstruação.
Pílula do dia seguinte 
A pílula do dia seguinte é uma anticoncepção de emergência. Vem em forma de um ou dois comprimidos com grande quantidade de hormônios (levonorgestrel), e tem como função evitar a ovulação e criar um ambiente desfavorável aos espermatozoides. Não deve ser usada de maneira habitual para evitar problemas com o ciclo menstrual.
O primeiro comprimido deve ser tomado em até 72 horas depois da relação sexual desprotegida, e caso haja um segundo, 12 horas após o primeiro. Seu uso deve ser apenas em caso de emergência, como um furo na camisinha.
Se ingerido o primeiro comprido até 24 horas após a relação, a pílula tem um índice de 5% de falha. Entre 25 e 48 horas, o índice de falha aumenta para 15% e entre 49 e 72 horas, o índice chega a 42% de falhas.
O ginecologista Sérgio dos Passos Ramos, formado pela Universidade de Campinas (Unicamp), lembra que quanto antes a mulher tomar os comprimidos, maiores são as chances de prevenir a gravidez. “O ideal é procurar um ginecologista ou obstetra nas primeiras 24 horas depois da relação sexual sem proteção”, diz. Ramos enfatiza que o método de emergência não pode ser usado no dia a dia. “É um recurso, como o nome diz, emergencial, e não deve ser banalizado, sob pena de trazer consequências futuras para a saúde reprodutiva da mulher”, afirma.
Método do muco cervical 
O método do muco cervical, também conhecido como método de Billings, baseia-se na observação da secreção de muco por meio da vagina.
Após o período de menstruação, a vagina fica seca. Ao perceber a presença do muco cervical, que pode indicar fertilidade, a mulher deve evitar relações durante esse período.
A mulher pode observar o aumento progressivo do muco, que atinge o seu pico durante a ovulação, no qual fica grudento. Após o desaparecimento do muco, a mulher deve permanecer em abstinência por três dias.
É um método contraceptivo pouco eficiente, pois qualquer alteração ocasionada por alguma doença pode alterar a produção do muco e sua consistência. Não é recomendado para mulheres que não possuem um parceiro fixo.
DIAFRAGMA
O diafragma é um anel flexível envolvido por uma borracha fina, que impede a entrada dos espermatozoides no útero. Para haver o funcionamento correto do diafragma, a mulher deve colocá-lo dentro da vagina cerca de 15 a 30 minutos antes da relação, e retirá-lo 12 horas após o ato sexual.
Esse método contraceptivo apresenta uma chance de falha de 10%. Por se tratar de um procedimento de barreira e não hormonal, não possui efeitos colaterais e ainda apresenta uma grande vantagem: a redução do risco de câncer de colo do útero. Recomenda-se o uso conjunto com o espermicida para proporcionar uma maior eficácia.
Para começar a utilizar o diafragma como método contraceptivo, a mulher deve visitar o médico ginecologista para saber o tamanho que melhor se adapta a vagina. O diafragma não é descartável, podendo ser utilizado por até 3 anos. Caso a mulher engravide ou ganhe peso, o diafragma deverá ser trocado.
O cuidado com o anel é primordial para o seu funcionamento preventivo. Por isso, após a última relação sexual deve ser retirado, higienizado com água e armazenado corretamente. Esse método não pode ser utilizado durante o período do fluxo menstrual.
O uso desse contraceptivo é indicado para mulheres que já tiveram relações sexuais e não possuam infecção no colo do útero, da vagina e urinária. Mulheres virgens, com alergia a látex ou que tenham problema no colo do útero não podem usar o diafragma.
Para o uso correto dessa prática contraceptiva é necessário conhecer bem o próprio corpo. Abaixo listamos como o diafragma deve ser utilizado:
Primeiramente urinar e lavar as mãos;
Colocar um pouco de creme espermicida dentro do diafragma;
Dobrar o diafragma e introduzi-lo em direção ao fundo da vagina;
Ajustar com o dedo indicador a borda do diafragma no osso pubiano.
Objetivo 3:
Nas últimas décadas, a gestação na adolescência tem sido considerada um importante assunto de saúde pública, em virtude da prevalência com que esse fenômeno vem ocorrendo ao redor do mundo. A chamada epidemia da maternidade na adolescência só foi reconhecida por volta de 1970, quando as taxas de fecundidade nesta faixa etária já começavam a cair nos Estados Unidos e em outros países do primeiro mundo. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a gravidez na adolescência como gestação de risco. A grande dificuldade encontrada na análise de trabalhos publicados na literatura nacional e internacional se deve ao fato de se atribuir um possível pior desempenho obstétrico e repercussões sobre o recém-nascido simplesmente à idade materna, com um cortejo de situações de risco como: pobreza, baixa escolaridade, falta de assistência pré-natal adequada, entre outras. Nesta fase pode ocorrer uma necessidade de experiências novas e então diante desta busca, o uso de drogas, bebidas alcoólicas, cigarros, iniciação da vida sexual, bem como o desenvolver de uma gestação,Enquanto se completa a definição de EU a qual se subordinam as identificações infantis, quediz ser a adolescência “um período de moratória psicossocial por ser uma época na qual o jovem se sente livre para experimentar papéis e estilo de vida adulta".
Pode-se observar que os meninos e meninas entram na adolescência cada vez mais cedo; o início da ejaculação e da menstruação indica que eles estão começando sua vida fértil, isto é, que chegarão àquela fase da vida e que são capazes de procriar. Entretanto essa é uma fase de dubiedades: no momento o jovem pode tornar-se mais sonhador ou independente e arrojado, passando a querer experimentar novas possibilidades e vivências. Ao mesmo tempo em que se vê retraído, inseguro, pode achar que não precisa de ninguém, acha que é capaz de tudo, apesar de temer o mundo, acredita que nada pode acontecer.
Ao adquirir personalidade própria, o jovem geralmente distancia-se da família, procurando maior autonomia. Com isso, sua vida social se modifica, passa preferir companhia de outros adolescentes, recusando a de irmãos e de pais. Os amigos da mesma idade passam a ser mais importantes, começa a se vestir de acordo com o figurino do grupo e falar sua linguagem, a freqüentar lugares diferentes, chegar mais tarde em casa.
Assim, a gravidez na adolescência é resultado de um conjunto de fatores estruturais da sociedade. Dentre estes estão os culturais econômicos e sociais. Portanto, ela desencadeia uma crise sistêmica caracterizada por um período temporário de desorganização, precipitado por mudanças internas ou externas. Tanto a adolescência quanto a gravidez são crises, sendo a primeira necessária e imprescindível para o desenvolvimento humano, enquanto a segunda pode ser desestruturante, pois pode apresentar pesada carga emocional, física e social, fazendo com que não sejam vivenciados importantes estágios de maturação psicossexual. Atualmente essas crises não mais configuram em tragédias sociais, e sim em problemas tanto para as famílias quanto para as adolescentes, por causa do aborto, do casamento e de todos os valores sociais que o cercam tais como: implicações financeiras e morais, desejos frustrados com relação aos filhos, novas responsabilidades entre outras. Dessa forma, na adolescência a gestação é quase sempre uma desagradável surpresa, onde a vergonha e o temor ocasionam a negação e ocultação da gravidez de maneira que a adolescente grávida que não recebe uma assistência médica adequada nesse período, pode resultar em uma incidência aumentada de patologias para ambas as partes. Os fatores socioeconômicos implicados no problema da adolescente grávida, que ocasionam o abandono definitivo da escola em 90% das vezes, fará com que a mãe não esteja preparada para enfrentar e conquistar um lugar adequado e bem remunerado no mundo adulto.
Além do elevado índice de complicações como toxemia, é freqüente a prematuridade ou o nascimento de bebês de baixo peso em mães adolescentes. Ocorre até mesmo uma competição feto-materno por nutrientes, já que ambos precisam de substâncias especiais para o desenvolvimento.
A maternidade no início da vida reprodutiva antecipa a maturidade biológica, e precipita momentos socialmente institucionalizados para a reprodução, com claras implicações para a constituição de família e a organização social dominante. As expectativas sociais diante da idade para o início da reprodução, no entanto, alteram-se cultural e historicamente, e a gravidez, no período modernamente chamado de adolescência, é abordada de modo diferente de décadas passadas.
Entre os aspectos a serem considerados estão às condições econômicas e sociais dessas adolescentes. Tomando a escolaridade como exemplo, foi descoberto que mais que 60% das adolescentes já não estudavam e, mesmo entre as que ainda estavam estudando, a maioria tinha baixa escolaridade. Este fator deve certamente ter contribuído para a primeira gravidez, e não constituiu um fator de proteção para uma nova gestação, uma vez que somente 35,8% delas estavam cursando o segundo grau após cinco anos. Além disso, aumentou o percentual de adolescentes fora da escola após cinco anos, o que tem sido relatado com uma das consequências desfavoráveis da gravidez na adolescência. 
Em relação à escolaridade, uma revisão sobre o tema mostra que as mulheres que engravidam na adolescência tendem a ter menos anos de estudo que as outras, e indica que, para a maioria dos investigadores, um estado de baixa escolaridade é preditor de repetição precoce da gravidez. Para eles, a maternidade cria, por si mesma, dificuldades para o retorno à escola. Portanto, a gestação na adolescência ocorre por falta de informação, por desconhecer os métodos anticoncepcionais, por não acreditar que realmente pode ficar grávida, por necessidade de agredir a família, por carência afetiva, por ansiar ter algo somente seu ou como penitência (inconsciente) por ter mantido relações proibidas. A utilização de métodos contraceptivos não ocorre de modo eficaz na adolescência e isto está vinculado inclusive aos fatores psicológicos inerentes ao período, pois a adolescente nega a possibilidade de engravidar. O encontro sexual é mantido de forma eventual, não justificando, conforme acreditam, o uso rotineiro da contracepção e não assumem perante a família que estão tendo uma vida sexual ativa. O risco de engravidar parece estar associado à auto-estima, a desorganização familiar e a falta de lazer e ocupação do tempo com atividades prazerosas. O impacto da gravidez, anunciando mudança no funcionamento psicofisiológico da mulher e em suas relações com os demais, pode representar um momento crítico na vida das adolescentes, pois, mesmo numa situação de gravidez planejada, sempre existem conflitos a serem resolvidos numa primeira gestação, e neste caso, eles se farão exacerbados. Engloba a necessidade de reestruturação e reajustamento em várias dimensões. Em primeiro lugar, verifica-se na puberdade, mudanças de identidade e uma nova definição de papéis – a mulher passa a se olhar e a ser olhada de uma maneira diferente. Isso significa que a gravidez, assim como a puberdade, é uma fase de grandes transformações no corpo e na vida emocional da mulher. 
A gravidez na adolescência, ocorre inesperadamente, acarretando fatores negativos que interferem no desenvolvimento da jovem, como rejeição familiar, restrições sociais e econômicas. Sendo assim, ela entra numa dupla crise, a da adolescência somada à da gravidez.
Refletindo sobre a adolescente grávida, relata que essas jovens não estão aptas para assumir uma gravidez, pois a maternidade requer a adaptação tanto individual como familiar. Quando a gestação ocorre na puberdade entra em crises por causa das mudanças causadas por essa etapa da vida é também das relacionadas ao estabelecimento da sua identidade como pessoa.
Observa-se que a gravidez na adolescência geralmente vem acompanhada de angústia, preocupações, medos e transtornos decorrentes de suas expectativas em relação ao futuro, principalmente se a adolescente for solteira e não puder contar com a participação do pai do bebê. Essa situação é capaz de gerar sentimentos depreciativos e sofrimento as adolescentes e seus familiares. “A gravidez é um sintoma de rebelião da adolescente, que tenta punir os pais por alguma privação emocional, real ou imaginária, sendo que neste processo, a jovem pune ainda mais a si mesma”. Muitas adolescentes afirma que a gravidez aconteceu por acidente, por descuido, mas um motivo não explícito pode estar por trás dessa máscara de acidente. Nesse sentido, a gestação poderia ser vista como uma forma de chamar a atenção da família, falta de conhecimentos sobre métodos contraceptivos ou o desejo inconsciente de querer ser mãe com o que expressa. Pode-se perceber com o presente estudo, que a perda dos valores da família e das relações interpessoais entre pais e filhos, a falta de abordagem de assuntos acerca da sexualidade e da contracepção, tão presentes na atual sociedade, contribui para uma gravidez precoce, pois leva a adolescente a associar tal fato a uma perspectiva de uma vida melhor. As dificuldadessociais são ainda diversas. Ao tornar-se mãe adolescente, as oportunidades e o desenvolvimento de uma carreira profissional são dificultades. Ao assumir ficar grávida a adolescente abre mão de etapas da vida que dificilmente consegue recuperar. Uma gravidez precoce e indesejada poderá significar alterações profundas nas perspectivas futuras da adolescente. A maternidade adolescente vem, muitas vezes, interromper o prosseguimento dos estudos de grande parte das adolescentes que ainda estudam. Quanto menor o nível de escolaridade, mais cedo as jovens iniciam a vida sexual e naturalmente maior terá sido o risco de uma gravidez na adolescência. O baixo nível de escolaridade dos pais da adolescente também se revelou um fator etiológico de grande importância na maternidade na adolescência. O fato dos pais trabalharem fora de casa e permanecerem ausentes durante longos períodos diários resulta na falta de convivência com os filhos o que contribui para a ocorrência da maternidade na adolescência.

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