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mandado de segurança

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO DE DIREITO DE TUBARÃO/SC
ESTÁGIO SUPERVISIONADO V
	511_V_2018B
Danielly Machado de Aguiar
Laura Rutzatz Schreiber Garcia
Pedro Henrique Marques Nolasco 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE FLORIANÓPOLIS/SC
CAIO MÁRIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF..., RG..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na..., por seu advogado (procuração anexa), com escritório profissional na ..., onde recebe intimações, vem perante Vossa Excelência, com base no artigo 5º, LXIX, da Constituição Federal e da Lei 12.016/2009 impetrar 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
em face do REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, pessoa jurídica de direito público, que pode ser encontrado no endereço..., pelos fatos e fundamentos a seguir. 
1 - DOS FATOS
O impetrante ingressou no quadro de professores da Universidade Federal de Santa Catarina através de concurso público, após ministrar trinta dias de aula foi imputado a sua pessoa a prática de infração funcional prevista no Estatuto dos Servidores da Universidade Federal.
Em razão da suposta prática de infração, foi demitido sem nenhuma possibilidade de defesa, com a justificativa de que ainda estava no estágio probatório.
- DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
2.1 DA COMPETÊNCIA
Compete à Justiça Federal julgar a presente ação, uma vez que o polo passivo da demanda é o agente delegado no exercício da função pública, em nome da União Federal. Assim dispõe o artigo 109, VIII, da Constituição Federal:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
Além disso, se tratando de Universidade Federal e em razão do artigo 211, da Constituição Federal, dispõe o artigo 211 da Constituição Federal acerca da competência da União para organizar e subvencionar o ensino superior em todo território nacional: “Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.”
Desse modo, justifica-se a competência atribuída 
DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA
A legitimidade ativa encontra-se amparada no artigo 1º, da Lei 12.016/2009, que dispõe que qualquer pessoa que sofrer violação de direito líquido e certo poderá impetrar mandado de segurança.
De igual forma, a legitimidade passiva está positivada no mesmo diploma e trata-se da autoridade coatora, qual seja, o representante da Universidade Federal de Santa Catarina, conforme estabelece o artigo 6° da Lei supracitada
Art. 6° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
§ 3° Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.
Assim, tendo o representante da Universidade violado direito líquido e certo do impetrante, deve figurar no polo passivo da lide.
2.3 DA TEMPESTIVIDADE
Prevê o artigo 23 da Lei n. 12.016/2009 que “O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado”. 
Dessa forma, a presente ação é tempestiva, uma vez que o prazo entre a publicação da decisão no diário oficial da União e a impetração da presente foi inferior ao disposto na lei. 
3 - DA TUTELA DE URGÊNCIA
A previsão para concessão da tutela de urgência no mandado de segurança está presente no artigo 7º, III, da Lei 12.016/2009 e tem natureza de medida cautelar. 
No caso em tela, o fumus boni iuris está presente pois o impetrante não teve qualquer possibilidade de defesa ao ser demitido, sendo alegado apenas que em razão de encontrar-se em estágio probatório este seria o procedimento correto. Porém, a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LV, assegura o direito a ampla defesa e contraditório, inclusive no âmbito administrativo, não tendo agido o impetrado de forma correta. 
Quanto ao periculum in mora está presente uma vez que afastado do cargo não receberá o subsídio que lhe é devido, sendo este necessário para a sua subsistência. 
Desta feita, uma vez preenchidos os pressupostos necessários, a concessão da tutela de urgência é medida devida.
– DA JUSTIÇA GRATUITA
Desde que foi demitido da Universidade, o impetrante não arranjou outro emprego que garantisse sua subsistência. Assim, não possui condições de custear esta lide sem prejuízo do seu próprio sustento. Nessas situações, o Código de Processo Civil prevê a assistência judiciária gratuita, em seu artigo 98:
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
No mesmo sentido é a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LXXIV, conforme segue:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Dessa forma, diante da demonstração de hipossuficiência para ingressar com a demanda sem prejuízo do próprio sustento, pugna-se pelo benefício da justiça gratuita em favor do impetrante.
4 – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Como visto o impetrante foi demitido sob a justificativa de ter cometido infração funcional, bem como pelo fato de encontrar-se em estágio probatório, não sendo possibilitado de apresentar defesa. 
Inicialmente, pertinente frisar a notória infração a Constituição Federal, que assegura a todos o direito à ampla defesa e contraditório, bem como ao devido processo legal, no âmbito administrativo, em seu artigo 5º, LIV e LV: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
No caso em tela, a Universidade simplesmente demitiu o impetrante sem respeito aos procedimentos adequados. 
Além do fato de ser privado do seu direito de defesa, a penalidade aplicada ao impetrante não foi adequada à infração supostamente cometida, pois não encontra-se no rol do artigo 132, da Lei 8.112/1990, que dispõe acerca dos atos passíveis de demissão do servidor público em estágio probatório. 
Ademais, não foi observado, quando da aplicação da penalidade as particularidades do ato, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes, medida esta prevista no artigo 128, da Lei 8.112/1990, conforme segue: 
Art. 128.  Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Cabe mencionar que o mero descumprimento de regra prevista no Estatuto dos Servidores da Universidade Federal não é apto a ensejar a demissão, não tendo o impetrado observado a medida devida para o caso, isto porque existem outras medidas previstas na lei que poderiam ter sido aplicadas, diante da proporcionalidade do caso,como por exemplo a advertência e a suspensão, entre outras previstas no artigo 127, da Lei 8.112/1990. 
Art. 127.  São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Diante do exposto, é nítida a inobservância do devido processo legal e o direito à ampla defesa, bem como que a infração, supostamente cometida, não justifica a aplicação da medida imposta, uma vez que não está prevista no rol de infrações aptas a ensejar a demissão. 
5 – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
A concessão da medida liminar, para suspender a demissão e determinar que a autoridade coatora restabeleça o vínculo com a Universidade Federal de Santa Catarina, nos termos do artigo 7º, III, da Lei 12.016/2009;
A notificação da autoridade coatora para que preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 7°, inciso I, Lei 12.016/2009;
Seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, nos termos do artigo 7°, inciso II, Lei 12.016/2009;
A intimação do representante do Ministério Público, conforme artigo 12 da Lei 12.016/2009;
O benefício da justiça gratuita assegurada pelos artigos 98 e seguintes do CPC, bem como pelo artigo 5°, LXXIV, da CF.
A condenação do impetrado em custas processuais;
A juntada dos documentos anexos;
Que ao final seja confirmada a liminar, julgando procedente o pedido para determinar o restabelecimento do vínculo com a Universidade Federal de Santa Catarina.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para fins procedimentais.
Nestes termos, pede deferimento.
Tubarão, 30 de agosto de 2018.
_____________________
Danielly Machado de Aguiar
Grupo 511-V-2018/B
                                                                       
_____________________
Laura Rutzatz Schreiber Garcia
Grupo 511-V-2018/B
 
_____________________
Pedro Henrique Marques Nolasco
Grupo 511-V-2018/B
ROL DE DOCUMENTOS:
Procuração
Documentos pessoais
Portaria de nomeação ao cargo
Publicação da decisão de demissão
Declaração de Hipossuficiência
 
6
quinta-feira, 5 de setembro de 2018

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