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Vicio de iniciativa e sanção stf

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Ementa e Acórdão
06/11/2014 PLENÁRIO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ
RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI
REQTE.(S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ 
ADV.(A/S) :PGE-AP - RUBEM BEMERGUY 
INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ 
INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO 
AMAPÁ 
EMENTA: ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. LEI 751/03, 
DO ESTADO DE AMAPÁ. ALTERAÇÃO DA JORNADA DE 
TRABALHO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS. REGIME JURÍDICO 
FUNCIONAL. MATÉRIA SUJEITA A RESERVA DE INICIATIVA 
LEGISLATIVA. NORMAS DE APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA AOS 
ESTADOS-MEMBROS. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DE LEI 
DECORRENTE DE INICIATIVA PARLAMENTAR. VÍCIO IMPASSÍVEL 
DE CONVALIDAÇÃO PELA SANÇÃO DO PROJETO.
1. Ao alterar a jornada de trabalho de categorias específicas, a Lei 
751/03, de iniciativa parlamentar, cuidou do regime jurídico de servidores 
estaduais, e, com isso, incursionou indevidamente em domínio temático 
cuja iniciativa é reservada ao Chefe do Poder Executivo, nos termos do 
art. 61, II, § 1º, “c”, da CF. Precedentes.
2. O sancionamento tácito do Governador do Estado do Amapá em 
exercício ao projeto que resultou na Lei estadual 751/03 não tem o condão 
de convalidar o vício de iniciativa originário. Precedentes.
3. Ação direta de inconstitucionalidade parcialmente conhecida e, 
nesta parte, julgada procedente.
 A C Ó R D Ã O
 
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do 
Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, na conformidade da ata de 
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em julgar 
procedente o pedido formulado na inicial, declarando a 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207081.
Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ADI 3627 / AP 
inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do Amapá, nos termos 
do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, 
que participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da 
Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional sobre o 
Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O Impacto da 
Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de Paris 1 – 
Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar 
Mendes. 
 
Brasília, 6 de novembro de 2014.
 
Ministro TEORI ZAVASCKI
 Relator
2 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207081.
Supremo Tribunal Federal
ADI 3627 / AP 
inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do Amapá, nos termos 
do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, 
que participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da 
Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional sobre o 
Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O Impacto da 
Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de Paris 1 – 
Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar 
Mendes. 
 
Brasília, 6 de novembro de 2014.
 
Ministro TEORI ZAVASCKI
 Relator
2 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ
RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI
REQTE.(S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ 
ADV.(A/S) :PGE-AP - RUBEM BEMERGUY 
INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ 
INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO 
AMAPÁ 
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Os autos trazem 
ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de cautelar, promovida 
pelo Governador do Estado do Amapá para objetar a validade 
constitucional da Lei 751, de 05 de maio de 2003, aprovada pela 
Assembleia Legislativa local para dispor sobre a jornada de trabalho do 
cirurgião-dentista nos Centros Odontológicos do Estado, nos seguintes 
termos:
“Lei nº 0751, de 05 de maio de 2003
Dispõe sobre a carga horária diária e semanal do 
cirurgião-dentista no Estado do Amapá e dá outras 
providências.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO 
ESTADO DO AMAPÁ, Faço saber que a Assembleia Legislativa 
do Estado do Amapá aprovou, e o Governador do Estado, nos 
termos do § 4º do art. 107 da Constituição Estadual, sancionou, 
e eu, nos termos da alínea “i” do inciso II do Art. 19 do 
Regimento Interno, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º – Fica assegurada aos Cirurgiões-Dentistas no 
Estado do Amapá, o cumprimento da carga horária de 4 
(quatro) horas diárias os Centros Odontológicos pertencentes 
ao Estado.
Art. 2º – Aos profissionais mencionados no art. 1º desta 
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Supremo Tribunal Federal
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ
RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI
REQTE.(S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ 
ADV.(A/S) :PGE-AP - RUBEM BEMERGUY 
INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ 
INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO 
AMAPÁ 
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Os autos trazem 
ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de cautelar, promovida 
pelo Governador do Estado do Amapá para objetar a validade 
constitucional da Lei 751, de 05 de maio de 2003, aprovada pela 
Assembleia Legislativa local para dispor sobre a jornada de trabalho do 
cirurgião-dentista nos Centros Odontológicos do Estado, nos seguintes 
termos:
“Lei nº 0751, de 05 de maio de 2003
Dispõe sobre a carga horária diária e semanal do 
cirurgião-dentista no Estado do Amapá e dá outras 
providências.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO 
ESTADO DO AMAPÁ, Faço saber que a Assembleia Legislativa 
do Estado do Amapá aprovou, e o Governador do Estado, nos 
termos do § 4º do art. 107 da Constituição Estadual, sancionou, 
e eu, nos termos da alínea “i” do inciso II do Art. 19 do 
Regimento Interno, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º – Fica assegurada aos Cirurgiões-Dentistas no 
Estado do Amapá, o cumprimento da carga horária de 4 
(quatro) horas diárias os Centros Odontológicos pertencentes 
ao Estado.
Art. 2º – Aos profissionais mencionados no art. 1º desta 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ADI 3627 / AP 
Lei, fica assegurado o direito de perceberem os seus salários 
integrais, pelas 4 (quatro) horas de jornada diária, desdeque 
estejam comprovadamente atuando em Clínicas Odontológicas 
no atendimento direto ao paciente.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.”
O requerente assevera que a lei sob censura, de iniciativa 
parlamentar, teria disposto sobre servidores públicos, criando em favor 
de uma categoria funcional específica vantagens quanto à carga horária a 
ser cumprida, o que geraria repercussões de ordem financeira para a 
Administração. Indica que este proceder seria incompatível com o artigo 
169, § 1º, incisos I e II da Constituição Federal e artigos 119, XXV; 104, § 
único, III e 105, I, da Constituição Estadual.
Acrescenta ainda que, com isso, ter-se-ia caracterizado usurpação da 
iniciativa do Governador de Estado para propor alterações legislativas na 
matéria, o que comprometeria a independência dos Poderes Estaduais, 
violando também o art. 2º da Constituição Federal.
Tendo por base essas razões e o risco de prejuízo para o Erário 
estadual decorrente da potencial proliferação de atos legislativos desta 
espécie, requereu a concessão de medida acauteladora para suspender a 
eficácia da Lei estadual 751/03, e, ao final, a declaração de sua 
inconstitucionalidade.
Apesar de regularmente intimada (fl. 39), a Assembleia Legislativa 
Estadual deixou de prestar as informações solicitadas.
O Advogado-Geral da União, por intermédio da manifestação de fls. 
41/47, pronunciou-se pela procedência da ação, sob a consideração de que 
a lei atacada teria infringido o comando do art. 61, § 1º, II, “c”, da 
Constituição Federal, que atribui ao Chefe do Poder Executivo estadual a 
prerrogativa de deflagrar processos legislativos em matéria de 
remuneração de servidores públicos.
Por igual fundamento, o parecer do Procurador-Geral da República 
concluiu pela procedência do pedido da ação.
É o relatório.
2 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 3627 / AP 
Lei, fica assegurado o direito de perceberem os seus salários 
integrais, pelas 4 (quatro) horas de jornada diária, desde que 
estejam comprovadamente atuando em Clínicas Odontológicas 
no atendimento direto ao paciente.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.”
O requerente assevera que a lei sob censura, de iniciativa 
parlamentar, teria disposto sobre servidores públicos, criando em favor 
de uma categoria funcional específica vantagens quanto à carga horária a 
ser cumprida, o que geraria repercussões de ordem financeira para a 
Administração. Indica que este proceder seria incompatível com o artigo 
169, § 1º, incisos I e II da Constituição Federal e artigos 119, XXV; 104, § 
único, III e 105, I, da Constituição Estadual.
Acrescenta ainda que, com isso, ter-se-ia caracterizado usurpação da 
iniciativa do Governador de Estado para propor alterações legislativas na 
matéria, o que comprometeria a independência dos Poderes Estaduais, 
violando também o art. 2º da Constituição Federal.
Tendo por base essas razões e o risco de prejuízo para o Erário 
estadual decorrente da potencial proliferação de atos legislativos desta 
espécie, requereu a concessão de medida acauteladora para suspender a 
eficácia da Lei estadual 751/03, e, ao final, a declaração de sua 
inconstitucionalidade.
Apesar de regularmente intimada (fl. 39), a Assembleia Legislativa 
Estadual deixou de prestar as informações solicitadas.
O Advogado-Geral da União, por intermédio da manifestação de fls. 
41/47, pronunciou-se pela procedência da ação, sob a consideração de que 
a lei atacada teria infringido o comando do art. 61, § 1º, II, “c”, da 
Constituição Federal, que atribui ao Chefe do Poder Executivo estadual a 
prerrogativa de deflagrar processos legislativos em matéria de 
remuneração de servidores públicos.
Por igual fundamento, o parecer do Procurador-Geral da República 
concluiu pela procedência do pedido da ação.
É o relatório.
2 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI
06/11/2014 PLENÁRIO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A princípio, o 
requerente invoca como causa de pedir para a declaração de 
inconstitucionalidade da Lei Estadual 751/03 a pretensa violação aos 
artigos 119, XXV; 104, III; e 105, I, da Constituição Estadual. A 
fundamentação, neste ponto, é inadequada, porque explora como 
parâmetros de controle normas da Constituição Estadual do Amapá, cuja 
guarda precípua não cabe ao Supremo Tribunal Federal.
Todavia, esta impropriedade não frustra o conhecimento da ação, 
uma vez que também invocou como padrões de confronto o art. 169, § 1º, 
I e II e o princípio da separação dos poderes, contido no art. 2º, todos da 
da Constituição Federal.
2. No mérito, a pretensão vai ao encontro da jurisprudência desta 
Suprema Corte. Há muito tempo, o Tribunal tem prestigiado o 
entendimento de que as normas de atribuição de iniciativa no processo 
legislativo previstas na Constituição Federal são cláusulas elementares do 
arranjo de distribuição de poder no contexto da Federação, e, por essa 
razão, devem ser necessariamente reproduzidas pelo ordenamento 
constitucional dos Estados-membros. Milita em favor dessa afirmação 
uma torrencial cadeia de precedentes, todos a corroborar a adstrição dos 
entes federativos às regras vitais do processo legislativo federal. São 
ilustrativos dessa orientação os seguintes julgados: ADI´s 774, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ de 26/02/1999; 2420, Relª. Minª. Ellen Gracie, DJ 
de 08/04/2005; 2113, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJe de 21/08/2009; e 2856, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 1º/03/2011.
A legislação estadual ora contestada encontra sua desvalia 
justamente neste aspecto. Ao promover alteração da jornada de trabalho 
de categoria específica de servidores estaduais – os cirurgiões-dentistas – 
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2014 PLENÁRIO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A princípio, o 
requerente invoca como causa de pedir para a declaração de 
inconstitucionalidade da Lei Estadual 751/03 a pretensa violação aos 
artigos 119, XXV; 104, III; e 105, I, da Constituição Estadual. A 
fundamentação, neste ponto, é inadequada, porque explora como 
parâmetros de controle normas da Constituição Estadual do Amapá, cuja 
guarda precípua não cabe ao Supremo Tribunal Federal.
Todavia, esta impropriedade não frustra o conhecimento da ação, 
uma vez que também invocou como padrões de confronto o art. 169, § 1º, 
I e II e o princípio da separação dos poderes, contido no art. 2º, todos da 
da Constituição Federal.
2. No mérito, a pretensão vai ao encontro da jurisprudência desta 
Suprema Corte. Há muito tempo, o Tribunal tem prestigiado o 
entendimento de que as normas de atribuição de iniciativa no processo 
legislativo previstasna Constituição Federal são cláusulas elementares do 
arranjo de distribuição de poder no contexto da Federação, e, por essa 
razão, devem ser necessariamente reproduzidas pelo ordenamento 
constitucional dos Estados-membros. Milita em favor dessa afirmação 
uma torrencial cadeia de precedentes, todos a corroborar a adstrição dos 
entes federativos às regras vitais do processo legislativo federal. São 
ilustrativos dessa orientação os seguintes julgados: ADI´s 774, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ de 26/02/1999; 2420, Relª. Minª. Ellen Gracie, DJ 
de 08/04/2005; 2113, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJe de 21/08/2009; e 2856, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 1º/03/2011.
A legislação estadual ora contestada encontra sua desvalia 
justamente neste aspecto. Ao promover alteração da jornada de trabalho 
de categoria específica de servidores estaduais – os cirurgiões-dentistas – 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI
ADI 3627 / AP 
mediante aprovação de proposta oriunda da Assembleia Legislativa 
Estadual para fixar a carga horária destes profissionais em 4 (quatro) 
horas diárias, mantida a mesma remuneração, a lei sob censura se 
indispôs abertamente com o prescrito no artigo 61, § 1º, II, “c”, da 
Constituição Federal, que reserva ao Chefe do Executivo a prerrogativa 
privativa de apresentar projetos de lei sobre regime jurídico de servidores 
e, com isso, se desviou do desenho procedimental que lhe competia 
observar por força do compromisso federativo que submete a todos os 
Estados-membros.
Realmente, conforme também está reafirmado pelo Supremo 
Tribunal Federal, a jornada de trabalho compreende-se no conceito de 
regime jurídico, e, por isso, insere-se no plexo de iniciativas reservadas ao 
Chefe do Poder Executivo. Foi o que subscreveu o Plenário quando 
julgou as ADI´s 766, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 11/12/1998; 407, 
Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 19/11/1999; 2754, Rel. Min. Sydney Sanches, 
DJ de 16/05/2003; 3739, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 29/06/2007; e 
3175, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03/08/2007, este último, também 
referente a uma lei amapaense, com a seguinte ementa:
EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. 1. 
Servidor público. Jornada de trabalho. Enfermeiros, técnicos e 
auxiliares de enfermagem. 2. Princípio da separação de 
poderes. 3. Vício de iniciativa. Competência privativa do Chefe 
do Poder Executivo. 4. Precedentes. 5. Ação Direta de 
Inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 3175, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, 
julgado em 17/05/2007, DJe de 03/08/2007) 
Assim, ao contornar a regra que outorga exclusivamente ao chefe do 
Executivo estadual a prerrogativa para desencadear propostas legislativas 
sobre servidores locais, alargando a jornada de trabalho de alguns deles e 
obrigando o Poder Executivo a arcar com despesas até então não 
comportadas no orçamento, a iniciativa da Assembleia Legislativa do 
Amapá incidiu em múltiplos desencontros com o texto federal, 
2 
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082.
Supremo Tribunal Federal
ADI 3627 / AP 
mediante aprovação de proposta oriunda da Assembleia Legislativa 
Estadual para fixar a carga horária destes profissionais em 4 (quatro) 
horas diárias, mantida a mesma remuneração, a lei sob censura se 
indispôs abertamente com o prescrito no artigo 61, § 1º, II, “c”, da 
Constituição Federal, que reserva ao Chefe do Executivo a prerrogativa 
privativa de apresentar projetos de lei sobre regime jurídico de servidores 
e, com isso, se desviou do desenho procedimental que lhe competia 
observar por força do compromisso federativo que submete a todos os 
Estados-membros.
Realmente, conforme também está reafirmado pelo Supremo 
Tribunal Federal, a jornada de trabalho compreende-se no conceito de 
regime jurídico, e, por isso, insere-se no plexo de iniciativas reservadas ao 
Chefe do Poder Executivo. Foi o que subscreveu o Plenário quando 
julgou as ADI´s 766, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 11/12/1998; 407, 
Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 19/11/1999; 2754, Rel. Min. Sydney Sanches, 
DJ de 16/05/2003; 3739, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 29/06/2007; e 
3175, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03/08/2007, este último, também 
referente a uma lei amapaense, com a seguinte ementa:
EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. 1. 
Servidor público. Jornada de trabalho. Enfermeiros, técnicos e 
auxiliares de enfermagem. 2. Princípio da separação de 
poderes. 3. Vício de iniciativa. Competência privativa do Chefe 
do Poder Executivo. 4. Precedentes. 5. Ação Direta de 
Inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 3175, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, 
julgado em 17/05/2007, DJe de 03/08/2007) 
Assim, ao contornar a regra que outorga exclusivamente ao chefe do 
Executivo estadual a prerrogativa para desencadear propostas legislativas 
sobre servidores locais, alargando a jornada de trabalho de alguns deles e 
obrigando o Poder Executivo a arcar com despesas até então não 
comportadas no orçamento, a iniciativa da Assembleia Legislativa do 
Amapá incidiu em múltiplos desencontros com o texto federal, 
2 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI
ADI 3627 / AP 
desviando-se de uma série de normas relevantes, como a que declara a 
independência entre os Poderes, as que discriminam iniciativas no 
processo legislativo (arts. 61, § 1º, II, da CF) e as que constituem a 
disciplina orçamentária da Federação, exigindo prévia dotação por meio 
de lei (art. 169, § 1º, I, da CF).
Esta compreensão está exemplarmente traduzida na ementa do 
seguinte julgamento:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PARÁGRAFO ÚNICO DO 
ARTIGO 12 DA LEI 10789 DO ESTADO DE SANTA 
CATARINA. EMENDA PARLAMENTAR EM PROJETO DE LEI 
DE INICIATIVA RESERVADA. COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. AUMENTO DE 
DESPESA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. 1. 
Criação de gratificação - Pró-labore de Êxito Fiscal. Incorre em 
vício de inconstitucionalidade formal (CF, artigos 61, § 1º, II, "a" 
e "c" e 63, I) a norma jurídica decorrente de emenda 
parlamentar em projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe 
do Poder Executivo, de que resulte aumento de despesa. 
Parâmetro de observância cogente pelos Estados da Federação, 
à luz do princípio da simetria. Precedentes. 2. Ausência de 
prévia dotação orçamentária para o pagamento do benefício 
instituído pela norma impugnada. Violação ao artigo 169 da 
Constituição Federal, com a redação que lhe foi conferida pela 
Emenda Constitucional 19/98. Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 2079, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal 
Pleno, julgado em 29/04/2004, DJ de 18/06/2004) 
3. Cumpreobservar, por fim, que o fato de o Projeto de Lei 0077/01 
ter recebido o sancionamento tácito do Governador do Estado do Amapá 
em exercício à época não tem o condão de convalidar o vício de iniciativa 
originário. Sobre isso, a experiência jurisprudencial da Suprema Corte 
também é consistente, como o demonstra o precedente a seguir:
3 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ADI 3627 / AP 
desviando-se de uma série de normas relevantes, como a que declara a 
independência entre os Poderes, as que discriminam iniciativas no 
processo legislativo (arts. 61, § 1º, II, da CF) e as que constituem a 
disciplina orçamentária da Federação, exigindo prévia dotação por meio 
de lei (art. 169, § 1º, I, da CF).
Esta compreensão está exemplarmente traduzida na ementa do 
seguinte julgamento:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PARÁGRAFO ÚNICO DO 
ARTIGO 12 DA LEI 10789 DO ESTADO DE SANTA 
CATARINA. EMENDA PARLAMENTAR EM PROJETO DE LEI 
DE INICIATIVA RESERVADA. COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. AUMENTO DE 
DESPESA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. 1. 
Criação de gratificação - Pró-labore de Êxito Fiscal. Incorre em 
vício de inconstitucionalidade formal (CF, artigos 61, § 1º, II, "a" 
e "c" e 63, I) a norma jurídica decorrente de emenda 
parlamentar em projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe 
do Poder Executivo, de que resulte aumento de despesa. 
Parâmetro de observância cogente pelos Estados da Federação, 
à luz do princípio da simetria. Precedentes. 2. Ausência de 
prévia dotação orçamentária para o pagamento do benefício 
instituído pela norma impugnada. Violação ao artigo 169 da 
Constituição Federal, com a redação que lhe foi conferida pela 
Emenda Constitucional 19/98. Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 2079, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal 
Pleno, julgado em 29/04/2004, DJ de 18/06/2004) 
3. Cumpre observar, por fim, que o fato de o Projeto de Lei 0077/01 
ter recebido o sancionamento tácito do Governador do Estado do Amapá 
em exercício à época não tem o condão de convalidar o vício de iniciativa 
originário. Sobre isso, a experiência jurisprudencial da Suprema Corte 
também é consistente, como o demonstra o precedente a seguir:
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Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI
ADI 3627 / AP 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MINEIRA N. 13.054/1998. 
EMENDA PARLAMENTAR. INOVAÇÃO DO PROJETO DE 
LEI PARA TRATAR DE MATÉRIA DE INICIATIVA DO CHEFE 
DO PODER EXECUTIVO. CRIAÇÃO DE QUADRO DE 
ASSISTENTE JURÍDICO DE ESTABELECIMENTO 
PENITENCIÁRIO E SUA INSERÇÃO NA ESTRUTURA 
ORGANIZACIONAL DE SECRETARIA DE ESTADO. 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL COM DEFENSOR PÚBLICO. 
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL. 
OFENSA AOS ARTS. 2º, 5º, 37, INC. I, II, X E XIII, 41, 61, § 1º, 
INC. II, ALÍNEAS A E C, E 63, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Compete 
privativamente ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de leis 
que disponham sobre as matérias previstas no art. 61, § 1º, inc. 
II, alíneas a e c, da Constituição da República, sendo vedado o 
aumento das despesas previstas mediante emendas 
parlamentares (art. 63, inc. I, da Constituição da República). 2. A 
atribuição da remuneração do cargo de defensor público aos 
ocupantes das funções de assistente jurídico de estabelecimento 
penitenciário é inconstitucional, por resultar em aumento de 
despesa, sem a prévia dotação orçamentária, e por não 
prescindir da elaboração de lei específica. 3. A sanção do 
Governador do Estado à proposição legislativa não afasta o 
vício de inconstitucionalidade formal. 4. A investidura 
permanente na função pública de assistente penitenciário, por 
parte de servidores que já exercem cargos ou funções no Poder 
Executivo mineiro, afronta os arts. 5º, caput, e 37, inc. I e II, da 
Constituição da República. 5. Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 2113, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, 
julgado em 04/03/2009, DJe de 21/08/2009) 
Na medida em que o aval tácito não descaracterizou o vício formal 
relativo à autoria do projeto de lei, é imperativo o reconhecimento da 
4 
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ADI 3627 / AP 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MINEIRA N. 13.054/1998. 
EMENDA PARLAMENTAR. INOVAÇÃO DO PROJETO DE 
LEI PARA TRATAR DE MATÉRIA DE INICIATIVA DO CHEFE 
DO PODER EXECUTIVO. CRIAÇÃO DE QUADRO DE 
ASSISTENTE JURÍDICO DE ESTABELECIMENTO 
PENITENCIÁRIO E SUA INSERÇÃO NA ESTRUTURA 
ORGANIZACIONAL DE SECRETARIA DE ESTADO. 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL COM DEFENSOR PÚBLICO. 
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL. 
OFENSA AOS ARTS. 2º, 5º, 37, INC. I, II, X E XIII, 41, 61, § 1º, 
INC. II, ALÍNEAS A E C, E 63, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Compete 
privativamente ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de leis 
que disponham sobre as matérias previstas no art. 61, § 1º, inc. 
II, alíneas a e c, da Constituição da República, sendo vedado o 
aumento das despesas previstas mediante emendas 
parlamentares (art. 63, inc. I, da Constituição da República). 2. A 
atribuição da remuneração do cargo de defensor público aos 
ocupantes das funções de assistente jurídico de estabelecimento 
penitenciário é inconstitucional, por resultar em aumento de 
despesa, sem a prévia dotação orçamentária, e por não 
prescindir da elaboração de lei específica. 3. A sanção do 
Governador do Estado à proposição legislativa não afasta o 
vício de inconstitucionalidade formal. 4. A investidura 
permanente na função pública de assistente penitenciário, por 
parte de servidores que já exercem cargos ou funções no Poder 
Executivo mineiro, afronta os arts. 5º, caput, e 37, inc. I e II, da 
Constituição da República. 5. Ação direta de 
inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 2113, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, 
julgado em 04/03/2009, DJe de 21/08/2009) 
Na medida em que o aval tácito não descaracterizou o vício formal 
relativo à autoria do projeto de lei, é imperativo o reconhecimento da 
4 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI
ADI 3627 / AP 
inconstitucionalidade do diploma atacado.
4. Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado na inicial, 
declarando a inconstitucionalidade da Lei 751/03, do Estado do Amapá. É 
o voto.
5 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 3627 / AP 
inconstitucionalidade do diploma atacado.
4. Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado na inicial, 
declarando a inconstitucionalidade da Lei 751/03, do Estado do Amapá. É 
o voto.
5 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Extrato de Ata - 06/11/2014
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627
PROCED. : AMAPÁ
RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI
REQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ
ADV.(A/S) : PGE-AP - RUBEM BEMERGUY
INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ
INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do 
Relator, julgou procedente o pedido formulado na inicial, 
declarando a inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do 
Amapá. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, que 
participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da 
Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional 
sobre o Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O 
Impacto da Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de 
Paris 1 – Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o 
Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo 
Lewandowski. Plenário, 06.11.2014.
 
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes 
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, 
Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e 
Roberto Barroso.
Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Ela Wiecko Volkmer 
de Castilho.
p/ Fabiane Pereira de Oliveira Duarte
Assessora-Chefe do Plenário
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627
PROCED. : AMAPÁ
RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI
REQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ
ADV.(A/S) : PGE-AP - RUBEM BEMERGUY
INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ
INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do 
Relator, julgou procedente o pedido formulado na inicial, 
declarando a inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do 
Amapá. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, que 
participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da 
Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional 
sobre o Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O 
Impacto da Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de 
Paris 1 – Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o 
Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo 
Lewandowski. Plenário, 06.11.2014.
 
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes 
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, 
Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e 
Roberto Barroso.
Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Ela Wiecko Volkmer 
de Castilho.
p/ Fabiane Pereira de Oliveira Duarte
Assessora-Chefe do Plenário
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	Relatório
	Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI
	Extrato de Ata - 06/11/2014

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