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Ementa e Acórdão 06/11/2014 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI REQTE.(S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ ADV.(A/S) :PGE-AP - RUBEM BEMERGUY INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ EMENTA: ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. LEI 751/03, DO ESTADO DE AMAPÁ. ALTERAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS. REGIME JURÍDICO FUNCIONAL. MATÉRIA SUJEITA A RESERVA DE INICIATIVA LEGISLATIVA. NORMAS DE APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA AOS ESTADOS-MEMBROS. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DE LEI DECORRENTE DE INICIATIVA PARLAMENTAR. VÍCIO IMPASSÍVEL DE CONVALIDAÇÃO PELA SANÇÃO DO PROJETO. 1. Ao alterar a jornada de trabalho de categorias específicas, a Lei 751/03, de iniciativa parlamentar, cuidou do regime jurídico de servidores estaduais, e, com isso, incursionou indevidamente em domínio temático cuja iniciativa é reservada ao Chefe do Poder Executivo, nos termos do art. 61, II, § 1º, “c”, da CF. Precedentes. 2. O sancionamento tácito do Governador do Estado do Amapá em exercício ao projeto que resultou na Lei estadual 751/03 não tem o condão de convalidar o vício de iniciativa originário. Precedentes. 3. Ação direta de inconstitucionalidade parcialmente conhecida e, nesta parte, julgada procedente. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em julgar procedente o pedido formulado na inicial, declarando a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207081. Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ADI 3627 / AP inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do Amapá, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, que participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional sobre o Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O Impacto da Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de Paris 1 – Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 6 de novembro de 2014. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207081. Supremo Tribunal Federal ADI 3627 / AP inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do Amapá, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, que participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional sobre o Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O Impacto da Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de Paris 1 – Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 6 de novembro de 2014. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207081. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI REQTE.(S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ ADV.(A/S) :PGE-AP - RUBEM BEMERGUY INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Os autos trazem ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de cautelar, promovida pelo Governador do Estado do Amapá para objetar a validade constitucional da Lei 751, de 05 de maio de 2003, aprovada pela Assembleia Legislativa local para dispor sobre a jornada de trabalho do cirurgião-dentista nos Centros Odontológicos do Estado, nos seguintes termos: “Lei nº 0751, de 05 de maio de 2003 Dispõe sobre a carga horária diária e semanal do cirurgião-dentista no Estado do Amapá e dá outras providências. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ, Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá aprovou, e o Governador do Estado, nos termos do § 4º do art. 107 da Constituição Estadual, sancionou, e eu, nos termos da alínea “i” do inciso II do Art. 19 do Regimento Interno, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica assegurada aos Cirurgiões-Dentistas no Estado do Amapá, o cumprimento da carga horária de 4 (quatro) horas diárias os Centros Odontológicos pertencentes ao Estado. Art. 2º – Aos profissionais mencionados no art. 1º desta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5521733. Supremo Tribunal Federal AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI REQTE.(S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ ADV.(A/S) :PGE-AP - RUBEM BEMERGUY INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Os autos trazem ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de cautelar, promovida pelo Governador do Estado do Amapá para objetar a validade constitucional da Lei 751, de 05 de maio de 2003, aprovada pela Assembleia Legislativa local para dispor sobre a jornada de trabalho do cirurgião-dentista nos Centros Odontológicos do Estado, nos seguintes termos: “Lei nº 0751, de 05 de maio de 2003 Dispõe sobre a carga horária diária e semanal do cirurgião-dentista no Estado do Amapá e dá outras providências. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ, Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá aprovou, e o Governador do Estado, nos termos do § 4º do art. 107 da Constituição Estadual, sancionou, e eu, nos termos da alínea “i” do inciso II do Art. 19 do Regimento Interno, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica assegurada aos Cirurgiões-Dentistas no Estado do Amapá, o cumprimento da carga horária de 4 (quatro) horas diárias os Centros Odontológicos pertencentes ao Estado. Art. 2º – Aos profissionais mencionados no art. 1º desta Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5521733. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório ADI 3627 / AP Lei, fica assegurado o direito de perceberem os seus salários integrais, pelas 4 (quatro) horas de jornada diária, desdeque estejam comprovadamente atuando em Clínicas Odontológicas no atendimento direto ao paciente. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.” O requerente assevera que a lei sob censura, de iniciativa parlamentar, teria disposto sobre servidores públicos, criando em favor de uma categoria funcional específica vantagens quanto à carga horária a ser cumprida, o que geraria repercussões de ordem financeira para a Administração. Indica que este proceder seria incompatível com o artigo 169, § 1º, incisos I e II da Constituição Federal e artigos 119, XXV; 104, § único, III e 105, I, da Constituição Estadual. Acrescenta ainda que, com isso, ter-se-ia caracterizado usurpação da iniciativa do Governador de Estado para propor alterações legislativas na matéria, o que comprometeria a independência dos Poderes Estaduais, violando também o art. 2º da Constituição Federal. Tendo por base essas razões e o risco de prejuízo para o Erário estadual decorrente da potencial proliferação de atos legislativos desta espécie, requereu a concessão de medida acauteladora para suspender a eficácia da Lei estadual 751/03, e, ao final, a declaração de sua inconstitucionalidade. Apesar de regularmente intimada (fl. 39), a Assembleia Legislativa Estadual deixou de prestar as informações solicitadas. O Advogado-Geral da União, por intermédio da manifestação de fls. 41/47, pronunciou-se pela procedência da ação, sob a consideração de que a lei atacada teria infringido o comando do art. 61, § 1º, II, “c”, da Constituição Federal, que atribui ao Chefe do Poder Executivo estadual a prerrogativa de deflagrar processos legislativos em matéria de remuneração de servidores públicos. Por igual fundamento, o parecer do Procurador-Geral da República concluiu pela procedência do pedido da ação. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5521733. Supremo Tribunal Federal ADI 3627 / AP Lei, fica assegurado o direito de perceberem os seus salários integrais, pelas 4 (quatro) horas de jornada diária, desde que estejam comprovadamente atuando em Clínicas Odontológicas no atendimento direto ao paciente. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.” O requerente assevera que a lei sob censura, de iniciativa parlamentar, teria disposto sobre servidores públicos, criando em favor de uma categoria funcional específica vantagens quanto à carga horária a ser cumprida, o que geraria repercussões de ordem financeira para a Administração. Indica que este proceder seria incompatível com o artigo 169, § 1º, incisos I e II da Constituição Federal e artigos 119, XXV; 104, § único, III e 105, I, da Constituição Estadual. Acrescenta ainda que, com isso, ter-se-ia caracterizado usurpação da iniciativa do Governador de Estado para propor alterações legislativas na matéria, o que comprometeria a independência dos Poderes Estaduais, violando também o art. 2º da Constituição Federal. Tendo por base essas razões e o risco de prejuízo para o Erário estadual decorrente da potencial proliferação de atos legislativos desta espécie, requereu a concessão de medida acauteladora para suspender a eficácia da Lei estadual 751/03, e, ao final, a declaração de sua inconstitucionalidade. Apesar de regularmente intimada (fl. 39), a Assembleia Legislativa Estadual deixou de prestar as informações solicitadas. O Advogado-Geral da União, por intermédio da manifestação de fls. 41/47, pronunciou-se pela procedência da ação, sob a consideração de que a lei atacada teria infringido o comando do art. 61, § 1º, II, “c”, da Constituição Federal, que atribui ao Chefe do Poder Executivo estadual a prerrogativa de deflagrar processos legislativos em matéria de remuneração de servidores públicos. Por igual fundamento, o parecer do Procurador-Geral da República concluiu pela procedência do pedido da ação. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5521733. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 06/11/2014 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A princípio, o requerente invoca como causa de pedir para a declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual 751/03 a pretensa violação aos artigos 119, XXV; 104, III; e 105, I, da Constituição Estadual. A fundamentação, neste ponto, é inadequada, porque explora como parâmetros de controle normas da Constituição Estadual do Amapá, cuja guarda precípua não cabe ao Supremo Tribunal Federal. Todavia, esta impropriedade não frustra o conhecimento da ação, uma vez que também invocou como padrões de confronto o art. 169, § 1º, I e II e o princípio da separação dos poderes, contido no art. 2º, todos da da Constituição Federal. 2. No mérito, a pretensão vai ao encontro da jurisprudência desta Suprema Corte. Há muito tempo, o Tribunal tem prestigiado o entendimento de que as normas de atribuição de iniciativa no processo legislativo previstas na Constituição Federal são cláusulas elementares do arranjo de distribuição de poder no contexto da Federação, e, por essa razão, devem ser necessariamente reproduzidas pelo ordenamento constitucional dos Estados-membros. Milita em favor dessa afirmação uma torrencial cadeia de precedentes, todos a corroborar a adstrição dos entes federativos às regras vitais do processo legislativo federal. São ilustrativos dessa orientação os seguintes julgados: ADI´s 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26/02/1999; 2420, Relª. Minª. Ellen Gracie, DJ de 08/04/2005; 2113, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJe de 21/08/2009; e 2856, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 1º/03/2011. A legislação estadual ora contestada encontra sua desvalia justamente neste aspecto. Ao promover alteração da jornada de trabalho de categoria específica de servidores estaduais – os cirurgiões-dentistas – Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Supremo Tribunal Federal 06/11/2014 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 AMAPÁ V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. A princípio, o requerente invoca como causa de pedir para a declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual 751/03 a pretensa violação aos artigos 119, XXV; 104, III; e 105, I, da Constituição Estadual. A fundamentação, neste ponto, é inadequada, porque explora como parâmetros de controle normas da Constituição Estadual do Amapá, cuja guarda precípua não cabe ao Supremo Tribunal Federal. Todavia, esta impropriedade não frustra o conhecimento da ação, uma vez que também invocou como padrões de confronto o art. 169, § 1º, I e II e o princípio da separação dos poderes, contido no art. 2º, todos da da Constituição Federal. 2. No mérito, a pretensão vai ao encontro da jurisprudência desta Suprema Corte. Há muito tempo, o Tribunal tem prestigiado o entendimento de que as normas de atribuição de iniciativa no processo legislativo previstasna Constituição Federal são cláusulas elementares do arranjo de distribuição de poder no contexto da Federação, e, por essa razão, devem ser necessariamente reproduzidas pelo ordenamento constitucional dos Estados-membros. Milita em favor dessa afirmação uma torrencial cadeia de precedentes, todos a corroborar a adstrição dos entes federativos às regras vitais do processo legislativo federal. São ilustrativos dessa orientação os seguintes julgados: ADI´s 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26/02/1999; 2420, Relª. Minª. Ellen Gracie, DJ de 08/04/2005; 2113, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJe de 21/08/2009; e 2856, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 1º/03/2011. A legislação estadual ora contestada encontra sua desvalia justamente neste aspecto. Ao promover alteração da jornada de trabalho de categoria específica de servidores estaduais – os cirurgiões-dentistas – Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI ADI 3627 / AP mediante aprovação de proposta oriunda da Assembleia Legislativa Estadual para fixar a carga horária destes profissionais em 4 (quatro) horas diárias, mantida a mesma remuneração, a lei sob censura se indispôs abertamente com o prescrito no artigo 61, § 1º, II, “c”, da Constituição Federal, que reserva ao Chefe do Executivo a prerrogativa privativa de apresentar projetos de lei sobre regime jurídico de servidores e, com isso, se desviou do desenho procedimental que lhe competia observar por força do compromisso federativo que submete a todos os Estados-membros. Realmente, conforme também está reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal, a jornada de trabalho compreende-se no conceito de regime jurídico, e, por isso, insere-se no plexo de iniciativas reservadas ao Chefe do Poder Executivo. Foi o que subscreveu o Plenário quando julgou as ADI´s 766, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 11/12/1998; 407, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 19/11/1999; 2754, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 16/05/2003; 3739, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 29/06/2007; e 3175, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03/08/2007, este último, também referente a uma lei amapaense, com a seguinte ementa: EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. 1. Servidor público. Jornada de trabalho. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. 2. Princípio da separação de poderes. 3. Vício de iniciativa. Competência privativa do Chefe do Poder Executivo. 4. Precedentes. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 3175, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 17/05/2007, DJe de 03/08/2007) Assim, ao contornar a regra que outorga exclusivamente ao chefe do Executivo estadual a prerrogativa para desencadear propostas legislativas sobre servidores locais, alargando a jornada de trabalho de alguns deles e obrigando o Poder Executivo a arcar com despesas até então não comportadas no orçamento, a iniciativa da Assembleia Legislativa do Amapá incidiu em múltiplos desencontros com o texto federal, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Supremo Tribunal Federal ADI 3627 / AP mediante aprovação de proposta oriunda da Assembleia Legislativa Estadual para fixar a carga horária destes profissionais em 4 (quatro) horas diárias, mantida a mesma remuneração, a lei sob censura se indispôs abertamente com o prescrito no artigo 61, § 1º, II, “c”, da Constituição Federal, que reserva ao Chefe do Executivo a prerrogativa privativa de apresentar projetos de lei sobre regime jurídico de servidores e, com isso, se desviou do desenho procedimental que lhe competia observar por força do compromisso federativo que submete a todos os Estados-membros. Realmente, conforme também está reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal, a jornada de trabalho compreende-se no conceito de regime jurídico, e, por isso, insere-se no plexo de iniciativas reservadas ao Chefe do Poder Executivo. Foi o que subscreveu o Plenário quando julgou as ADI´s 766, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 11/12/1998; 407, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 19/11/1999; 2754, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 16/05/2003; 3739, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 29/06/2007; e 3175, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 03/08/2007, este último, também referente a uma lei amapaense, com a seguinte ementa: EMENTA: Ação Direta de Inconstitucionalidade. 1. Servidor público. Jornada de trabalho. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. 2. Princípio da separação de poderes. 3. Vício de iniciativa. Competência privativa do Chefe do Poder Executivo. 4. Precedentes. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 3175, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 17/05/2007, DJe de 03/08/2007) Assim, ao contornar a regra que outorga exclusivamente ao chefe do Executivo estadual a prerrogativa para desencadear propostas legislativas sobre servidores locais, alargando a jornada de trabalho de alguns deles e obrigando o Poder Executivo a arcar com despesas até então não comportadas no orçamento, a iniciativa da Assembleia Legislativa do Amapá incidiu em múltiplos desencontros com o texto federal, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI ADI 3627 / AP desviando-se de uma série de normas relevantes, como a que declara a independência entre os Poderes, as que discriminam iniciativas no processo legislativo (arts. 61, § 1º, II, da CF) e as que constituem a disciplina orçamentária da Federação, exigindo prévia dotação por meio de lei (art. 169, § 1º, I, da CF). Esta compreensão está exemplarmente traduzida na ementa do seguinte julgamento: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 12 DA LEI 10789 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. EMENDA PARLAMENTAR EM PROJETO DE LEI DE INICIATIVA RESERVADA. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. AUMENTO DE DESPESA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. 1. Criação de gratificação - Pró-labore de Êxito Fiscal. Incorre em vício de inconstitucionalidade formal (CF, artigos 61, § 1º, II, "a" e "c" e 63, I) a norma jurídica decorrente de emenda parlamentar em projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, de que resulte aumento de despesa. Parâmetro de observância cogente pelos Estados da Federação, à luz do princípio da simetria. Precedentes. 2. Ausência de prévia dotação orçamentária para o pagamento do benefício instituído pela norma impugnada. Violação ao artigo 169 da Constituição Federal, com a redação que lhe foi conferida pela Emenda Constitucional 19/98. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2079, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 29/04/2004, DJ de 18/06/2004) 3. Cumpreobservar, por fim, que o fato de o Projeto de Lei 0077/01 ter recebido o sancionamento tácito do Governador do Estado do Amapá em exercício à época não tem o condão de convalidar o vício de iniciativa originário. Sobre isso, a experiência jurisprudencial da Suprema Corte também é consistente, como o demonstra o precedente a seguir: 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Supremo Tribunal Federal ADI 3627 / AP desviando-se de uma série de normas relevantes, como a que declara a independência entre os Poderes, as que discriminam iniciativas no processo legislativo (arts. 61, § 1º, II, da CF) e as que constituem a disciplina orçamentária da Federação, exigindo prévia dotação por meio de lei (art. 169, § 1º, I, da CF). Esta compreensão está exemplarmente traduzida na ementa do seguinte julgamento: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 12 DA LEI 10789 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. EMENDA PARLAMENTAR EM PROJETO DE LEI DE INICIATIVA RESERVADA. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. AUMENTO DE DESPESA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. 1. Criação de gratificação - Pró-labore de Êxito Fiscal. Incorre em vício de inconstitucionalidade formal (CF, artigos 61, § 1º, II, "a" e "c" e 63, I) a norma jurídica decorrente de emenda parlamentar em projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, de que resulte aumento de despesa. Parâmetro de observância cogente pelos Estados da Federação, à luz do princípio da simetria. Precedentes. 2. Ausência de prévia dotação orçamentária para o pagamento do benefício instituído pela norma impugnada. Violação ao artigo 169 da Constituição Federal, com a redação que lhe foi conferida pela Emenda Constitucional 19/98. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2079, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 29/04/2004, DJ de 18/06/2004) 3. Cumpre observar, por fim, que o fato de o Projeto de Lei 0077/01 ter recebido o sancionamento tácito do Governador do Estado do Amapá em exercício à época não tem o condão de convalidar o vício de iniciativa originário. Sobre isso, a experiência jurisprudencial da Suprema Corte também é consistente, como o demonstra o precedente a seguir: 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI ADI 3627 / AP EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MINEIRA N. 13.054/1998. EMENDA PARLAMENTAR. INOVAÇÃO DO PROJETO DE LEI PARA TRATAR DE MATÉRIA DE INICIATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. CRIAÇÃO DE QUADRO DE ASSISTENTE JURÍDICO DE ESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO E SUA INSERÇÃO NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE SECRETARIA DE ESTADO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL COM DEFENSOR PÚBLICO. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL. OFENSA AOS ARTS. 2º, 5º, 37, INC. I, II, X E XIII, 41, 61, § 1º, INC. II, ALÍNEAS A E C, E 63, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de leis que disponham sobre as matérias previstas no art. 61, § 1º, inc. II, alíneas a e c, da Constituição da República, sendo vedado o aumento das despesas previstas mediante emendas parlamentares (art. 63, inc. I, da Constituição da República). 2. A atribuição da remuneração do cargo de defensor público aos ocupantes das funções de assistente jurídico de estabelecimento penitenciário é inconstitucional, por resultar em aumento de despesa, sem a prévia dotação orçamentária, e por não prescindir da elaboração de lei específica. 3. A sanção do Governador do Estado à proposição legislativa não afasta o vício de inconstitucionalidade formal. 4. A investidura permanente na função pública de assistente penitenciário, por parte de servidores que já exercem cargos ou funções no Poder Executivo mineiro, afronta os arts. 5º, caput, e 37, inc. I e II, da Constituição da República. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2113, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 04/03/2009, DJe de 21/08/2009) Na medida em que o aval tácito não descaracterizou o vício formal relativo à autoria do projeto de lei, é imperativo o reconhecimento da 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Supremo Tribunal Federal ADI 3627 / AP EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MINEIRA N. 13.054/1998. EMENDA PARLAMENTAR. INOVAÇÃO DO PROJETO DE LEI PARA TRATAR DE MATÉRIA DE INICIATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. CRIAÇÃO DE QUADRO DE ASSISTENTE JURÍDICO DE ESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO E SUA INSERÇÃO NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE SECRETARIA DE ESTADO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL COM DEFENSOR PÚBLICO. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL. OFENSA AOS ARTS. 2º, 5º, 37, INC. I, II, X E XIII, 41, 61, § 1º, INC. II, ALÍNEAS A E C, E 63, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Compete privativamente ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de leis que disponham sobre as matérias previstas no art. 61, § 1º, inc. II, alíneas a e c, da Constituição da República, sendo vedado o aumento das despesas previstas mediante emendas parlamentares (art. 63, inc. I, da Constituição da República). 2. A atribuição da remuneração do cargo de defensor público aos ocupantes das funções de assistente jurídico de estabelecimento penitenciário é inconstitucional, por resultar em aumento de despesa, sem a prévia dotação orçamentária, e por não prescindir da elaboração de lei específica. 3. A sanção do Governador do Estado à proposição legislativa não afasta o vício de inconstitucionalidade formal. 4. A investidura permanente na função pública de assistente penitenciário, por parte de servidores que já exercem cargos ou funções no Poder Executivo mineiro, afronta os arts. 5º, caput, e 37, inc. I e II, da Constituição da República. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2113, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 04/03/2009, DJe de 21/08/2009) Na medida em que o aval tácito não descaracterizou o vício formal relativo à autoria do projeto de lei, é imperativo o reconhecimento da 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI ADI 3627 / AP inconstitucionalidade do diploma atacado. 4. Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado na inicial, declarando a inconstitucionalidade da Lei 751/03, do Estado do Amapá. É o voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira- ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Supremo Tribunal Federal ADI 3627 / AP inconstitucionalidade do diploma atacado. 4. Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado na inicial, declarando a inconstitucionalidade da Lei 751/03, do Estado do Amapá. É o voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 7207082. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Extrato de Ata - 06/11/2014 PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 PROCED. : AMAPÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI REQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ ADV.(A/S) : PGE-AP - RUBEM BEMERGUY INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, julgou procedente o pedido formulado na inicial, declarando a inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do Amapá. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, que participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional sobre o Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O Impacto da Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de Paris 1 – Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 06.11.2014. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Ela Wiecko Volkmer de Castilho. p/ Fabiane Pereira de Oliveira Duarte Assessora-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7335934 Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO EXTRATO DE ATA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.627 PROCED. : AMAPÁ RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI REQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ ADV.(A/S) : PGE-AP - RUBEM BEMERGUY INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAPÁ INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, julgou procedente o pedido formulado na inicial, declarando a inconstitucionalidade da Lei nº 751/2003 do Estado do Amapá. Ausente, justificadamente, o Ministro Marco Aurélio, que participa, a convite da Academia Paulista de Magistrados e da Universidade de Paris 1 – Sorbonne, do 7º Colóquio Internacional sobre o Direito e a Governança da Sociedade de Informação – “O Impacto da Revolução Digital sobre o Direito”, na Universidade de Paris 1 – Sorbonne, na França. Ausente, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 06.11.2014. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso. Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Ela Wiecko Volkmer de Castilho. p/ Fabiane Pereira de Oliveira Duarte Assessora-Chefe do Plenário Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 7335934 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10 Ementa e Acórdão Relatório Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI Extrato de Ata - 06/11/2014
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