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AD2 de Crítica Textual 2018.2


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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
 
Disciplina: Crítica Textual 
Coordenador: Marlene Gomes Mendes 
 
AD2 – 2018. 2 
 
 
Aluno(a): _______________________________________________________ 
 
Polo: _______________________________ Matrícula ________________ 
 
Nota: _______________ 
 
 
 
 
1. Em cerca de 5 (cinco) linhas, comente o trabalho da 
Comissão Machado de Assis. (2 pontos). 
 
2. Qual a importância da Coleção Arquivos para a Crítica 
Textual? (2 pontos). 
 
3. Em cerca de 10 linhas, escreva o que você entendeu por 
Crítica Genética, e como deve ser elaborada uma edição 
genética, desde seu início (3 pontos). 
 
4. O texto que se segue é um segmento de Amar, verbo 
intransitivo, de Mário de Andrade, com as variantes das 2 
primeiras edições (A e B), registradas em pé de página. 
Reescreva-o, como se o autor não tivesse feito alterações 
depois da 1ª edição (A) (3 pontos). 
 
Imediatamente	se	apossara	dos1	deveres	próprios	e	se	colocara	na	posição	exata.	
O	começo	dela	é	de	quem	recomeça.	Você	repare	no	filho,	na	mulher	que	voltam	dos	
quinze	 dias	 de	 fazenda	 ou	 Caxambu.	 Abraços,2	 forrobodó	 festivo,	 admiração	
premeditada.	 “Você	 está	 bem	 mais	 gordo!”	 Alegrias.	 Depois	 a	 gente	 troca	 as	
novidades.	 Depois	 a	 mesma	 coisa	 recomeça,3	 o	 polvo	 readquire	 o	 tentáculo	 que	
faltava.	Com	a	mesma	naturalidade	quotidiana,4	pratica	o	destino	dele:	prover	e	vogar.	
Sobe	 à5	 tona	 da	 vida	 ou	 desce,	 porta	 adentro,	 na	 profundeza	marinha.	 Profundeza	
eminentemente	 respeitável	 e	 secreta.	Quanto	 à	 tona	 da	 vida,6	 já	 se	 conhece	 bem	a	
fotografia:	 A	 mãe	 está	 sentada	 com	 a	 família	 menorzinha	 no	 colo.	 O	 pai7	 de	 pé	
descansa	protetoramente	no	ombro	dela	a	mão	honrada.	Em	torno	se	arranjaram	os	
barrigudinhos.	 A	 disposição	 pode	 variar8,	 mas	 o	 conceito	 continua	 o	 mesmo.	 Vária	
disposição	demonstra	unicamente	o	progresso	que	nestes	 tempos	de	agora9	 fizeram	
os	fotógrafos	norte-americanos.	
Elza	 é	 filho	 chegando	 do	 sítio	 ou	 mãe	 que	 volta10	 de	 Caxambu.	Membro	 que	
faltava	 e	 de	 novo	 cresce.11	 Começara	 como	 quem	 recomeça,	 e	 a	 tranqüilidade	
aplainou	logo	a	existência	dos	Sousa	Costas,	extraindo	as	últimas	lascas	da	desordem,	
polindo	os	engruvinhamentos	do	imprevisto.	
Mesmo	para12	 as	meninas,	 três:	Maria	 Luísa	 com	doze	 anos,	 Laurita	 com	 sete,	
Aldinha	 com	 cinco,	 Elza	 já	 dera	 completo	 conhecimento	 de	 si,13	 estrangulando	 a	
curiosidade	 delas.	 Já	 determinara	 as	 horas	 de	 lição	 de	 Maria	 Luísa	 e	 Carlos.	 Já	
dispusera	os	vestidos,14	os	chapéus	e	os	sapatos	na	guarda-roupa.	No	jardim,15	fizera	
as	meninas	pronunciarem	muitas	vezes:	Fräulein.	Assim	deviam	lhe	chamar.	
	
 
																																																													
1 A – dos próprios deveres e se 
2 A – Abraços. Forrobodó festivo. Admiração 
3 A – recomeça. O polvo 
4 A – quotidiana pratica 
5 A – Sobe na tona da vida ou desce porta a dentro na B – desce, porta a dentro, na 
6 A – da vida já 
7 B – O pai, de pé, descansa 
8 A – variar. O conceito B – variar mas o conceito 
9 B – agora, fizeram 
10 A – vem de Caxambu. 
11 A – cresce. Isso de ser alemã não quer dizer nada. Em todos os homens tem um alemão latente que não 
se mostra por timidez ou covardia. Eu admiro os alemães por não serem nem covarde nem tímidos. § Elza 
começou como quem recomeça. E a tranqülidade aplainara de novo a existência dos Sousa Costas 
extraindo / polindo o engruvinhamento do 
12 A – pras meninas, 
13 A – de si estrangulando 
14 A – vestidos chapéus sapatos na B – vestidos, chapéus, sapatos na 
15 A – No jardim fizera as meninas falarem muitas