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A IMPORTANCIA DA APLICAO DO QUESTIONARIO PAR Q ANTES DA PRATICA DE ATIVIDADE FISICA EM REABILITAAO CARDIOVASCULAR PULMONAR E METABOLICA EM IDOSOS (1)

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
DARICE MICHELUTE
RAMON DE FREITAS
A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO “PAR-Q” EM IDOSOS ANTES DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR PULMONAR E METABÓLICA
BIGUAÇU (SC)
2009
DARICE MICHELUTE
RAMON DE FREITAS
A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO “PAR-Q” EM IDOSOS ANTES DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR PULMONAR E METABÓLICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção dos créditos da disciplina de Trabalho de Iniciação Científica do curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Itajaí, Campus Biguaçu (SC)
Orientadora: Profª Claudia Thofehrn
Co-orientadora: Profª Ms. Angelise Mozerle
BIGUAÇU (SC)
2009
DARICE MICHELUTE
RAMON DE FREITAS
A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO “PAR-Q” EM IDOSOS ANTES DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR PULMONAR E METABÓLICA
Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do titulo de Bacharel em Fisioterapia e aprovada pelo Curso de Fisioterapia, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu.
Área de Concentração:4.08.00.00-8 – Fisioterapia e Terapia Ocupacional
 
 Biguaçu, novembro de 2009
Orientadora: _____________________________________________________
 Profª. Claudia Thofehrn
 Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
 
Co-orientadora: __________________________________________________
 Profª Ms. Angelise Mozerle
 Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Membro da Banca: __________________________________________________________
 Profª Ms. Fernanda Monte
 Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar, a Deus por ter nos dado o dom da vida.
A nossos pais, por terem incentivado o nosso desejo de saber, de querer ajudar e acima de tudo, de sermos Fisioterapeutas.
A Angelise Mozerle, nossa co-orientadora e amiga pelos conselhos, broncas, paciência e acima de tudo por ter acreditado em nossa capacidade para a realização desta tese.
Ao pessoal da RCPM do CEFID-UDESC, por ter nos dado a oportunidade de realizarmos esta pesquisa.
Ser Fisioterapeuta é ser Forte... 
É manter expressão serena, mesmo com a alma desesperada; 
Manter a calma diante do desespero. 
É transformar lágrimas em conforto; 
ter mãos trêmulas dos que sofrem. 
Muitas vezes o coração estremece de emoções inexplicáveis, mas trazendo alívio, conforto e com sua sabedoria poderá proporcionar a cura. 
Ser Fisioterapeuta é ser Esperança... 
É vencer o sentimento de onipotência que nos é erroneamente delegado; reconhecer os seus próprios limites.
Mas, acima de tudo ser Fisioterapeuta é nunca ser um mecânico diante de uma engrenagem,
Nunca perder a capacidade de chorar
e jamais esquecer que em suas mãos existe o maior milagre do Universo:
A VIDA.
Autor desconhecido
RESUMO
Supõe-se que parcela significativa dos participantes dos Programas de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica (RCPM) apresente alterações que o impeça de realizar atividade física em partes decorrentes do processo natural do envelhecimento, que devem ser detectadas, no intuito de evitar complicações, aumentando a aderência ao tratamento e aprimorar os resultados decorrentes do exercício físico. O PAR-Q foi desenvolvido com o objetivo de identificar os indivíduos assintomáticos que não precisariam de um exame clínico mais específico antes de se engajarem em programas de atividade física. O objetivo desta pesquisa foi identificar restrições que pudessem prejudicar o indivíduo ao programa. Foram avaliados 70 pacientes, que já fazem parte do RCPM, sendo, 8 deles excluídos devido a não preencherem todos os dados necessários para a avaliação. Dos 62 pacientes (33(54%) homens e 29 (46%) mulheres) com idade entre 60 e 84 anos, dos quais 27(43%) apresentaram diagnóstico de problema cardíaco e que deveriam realizar atividade física apenas com orientação médica, 2 (3%) deles, relataram apresentar dor no peito durante atividade física, 5(8%) deles sentiu dor no tórax durante o último mês, 13 (21%) perdeu a consciência em alguma ocasião devido a tontura, 28(45%) apresentou problema ósseo ou articular, 47(76%) faz uso de medicamentos para pressão alta ou outra condição cardíaca, e apenas 3(5%) tem conhecimento por informação médica ou pela própria experiência, de algum motivo que poderia restringi-lo de participar de atividade física sem recomendação médica. Com isso, foi possível verificar que 45% dos participantes, necessitavam um parecer especializado para em seguida retornarem com este a pratica do programa de RCPM.
Palavras- Chave: Exercício físico; Reabilitação Cardiovascular; Envelhecimento, Sistema músculo-esquelético.
ABSTRACT
	It is assumed that a significant portion of participants' Cardiovascular Pulmonary and Metabolic Rehabilitation (CPMR) submit amendments that restrict physical activity in part resulting from the natural aging process, which should be detected in order to avoid complications, increasing the adherence to treatment and improve the results from the exercise. The PAR-Q was developed to identify asymptomatic individuals who did not need a more specific clinical examination before engaging in physical activity programs. The aim of this study was to identify constraints that could prejudice the individual's program. We evaluated 70 patients, who are already part of the CPMR, and, eight of them were excluded due to not meeting all the necessary data for evaluation. Of the 62 patients (33 (54%) men and 29 (46%) women) aged between 60 and 84 years, of which 27 (43%) were diagnosed with heart problem and should make physical activity only with medical advice, 2 (3%) of them reported chest pain during physical activity, 5 (8%) patients felt chest pain during the last month, 13 (21%) lost consciousness at some point because of dizziness, 28 (45%) had bone or joint problem, 47 (76%) made use of medications for high blood pressure or other heart condition, and only 3 (5%) have knowledge by medical information or by experience, of any reason that would restrict you from participating physical activity without medical advice. Therewith, was possible verified that for 45% of the participants, there was some restriction on the exercise, and some should not have been released before expert opinion.
Keywords: Exercise; Cardiovascular Rehabilitation, Aging, Musculoskeletal system.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CEFID – Centro de Educação Física, Fisioterapia e desporto. 
CEP – Comitê de Estudos e Pesquisas em Seres Humanos
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica 
PAR-Q - Physical Activity Readiness Questionnaire
RCPM – Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica
SSPSS - Statistical Package for Social Sciences
TCLE – Termo de consentimento livre e esclarecido
UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina
Sumário
101.INTRODUÇÃO	�
122 OBJETIVOS	�
122.1 Objetivo geral	�
122.2 Objetivos específicos	�
133. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	�
133.1Alterações músculo-esqueléticas	�
143.2 Alterações Fisiológicas	�
143.3 Alterações Cardiovasculares	�
153.4 Alterações do sistema respiratório	�
153.5 Benefíciosda atividade física	�
163.6 Programas de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica (RCPM)	�
184. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO	�
184.1 PAR-Q	�
195. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	�
195.1 Delineamento do Estudo	�
195.2 Delimitação do Estudo	�
205.3 Procedimentos de Coleta de dados	�
205.4 Procedimentos de Análise dos Dados	�
226. RESULTADOS E DISCUSSÃO	�
267. CONCLUSÃO	�
278. REFERÊNCIAS	�
31ANEXOS	�
32ANEXO I	�
33APÊNDICES	�
�
34APÊNDICE I	�
36APÊNDICE II	�
39APÊNDICE III	�
40APÊNDICE IV	�
41APÊNDICE V	�
1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde classifica cronologicamente como idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento. Atualmente 9,7% da população brasileira é composta de pessoas acima de 60 anos de idade, sendo estas consideradas idosos. Estima-se que em 2020 essa parcela da população faça parte de 14,2% do total de brasileiros (Estatuto do Idoso, 2006).
 Uma das explicações para esse fenômeno é o aumento da esperança de vida ao nascer em todo o mundo (IBGE, 2000). A partir da quinta década de vida, os problemas relacionados ao sistema musculoesquelético, cardiovascular, e pulmonar passam a ocorrer com maior intensidade, decorrentes do envelhecimento natural. Este processo contínuo, durante o qual ocorre um declínio progressivo do status fisiológico é acentuado pelo estilo de vida sedentário (NÓBREGA, 2003). 
 A perda da massa e da força muscular, que ocorrem durante o envelhecimento, contribui para a deterioração da mobilidade e da capacidade funcional. O processo natural do envelhecimento é caracterizado por diversas modificações no organismo que influenciam na autonomia, saúde e na qualidade de vida das pessoas (ETCHEPARE, 2006). 
 Os programas de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica (RCPM) destinam-se a prevenir, tratar e reabilitar pacientes com doenças como hipertensão arterial, doença arterial coronariana, doença arterial obstrutiva periférica, doença pulmonar obstrutiva crônica e diabetes (CARVALHO et al, 2006). Com o auxílio do exercício físico, ao combater o sedentarismo, contribui para a manutenção da capacidade física do idoso, melhorando tanto sua saúde quanto sua capacidade funcional. (ALVES, 2004).
 Como grande parte dos participantes do RCPM possui doenças crônicas degenerativas ligadas ao coração, sendo que alguns estão cientes deste fato e outros não, com intuito de evitar possíveis complicações e otimizar os resultados decorrentes do exercício físico, torna-se necessário avaliação rotineira, no contexto da avaliação pré participação na RCPM, algo que não faz parte de nossa cultura. 
 O questionário Physical Activity Readiness Questionnaire (Par-Q), é um questionário utilizado para identificar indivíduos aptos ou não para a prática de atividades físicas, para estar ciente das condições de saúde dos pacientes participantes e para a criação de um plano de tratamento efetivo para os mesmos.
Os Programas de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica são de fundamental importância para a saúde pública, o que pode ser explicado em termos de custo-efetividade, sendo indicado para grande parcela da população. Estes programas ajudam na recuperação e independência dos participantes, em especial os idosos (CARVALHO et al, 2006). 
 	Os programas de RCPM representam algo fundamental para a saúde pública, o que pode ser corroborado pelo seu impacto em termos de custo-efetividade, sendo indicado para parcela expressiva da população. Referidos programas indiscutivelmente contribuem para a recuperação e autonomia dos indivíduos, especialmente os mais idosos (CARVALHO et al, 2006). Poucas pesquisas têm sido realizadas, com a utilização de testes, questionários e inventários relacionados com a população participante de Programas de RCPM, portanto acredita-se que a ausência destes vem a diminuir a efetividade destes Programas, pois os pacientes são tratados como um todo, podendo haver complicações no sistema mioarticular, pulmonar e cardiovascular.
Sendo assim, o “Par-Q” foi utilizado como questionário de triagem pré-participação, a fim de corrigir prováveis deficiências durante a RCPM e prevenir complicações futuras, através de planos de tratamentos efetivos, construídos a partir da análise dos resultados do questionário. 
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Verificar a importância dos resultados do questionário “Par-Q” para a triagem dos participantes do Programa de RCPM. 
2.2 Objetivos específicos
	Especificamente esse trabalho se propõe:
Identificar indivíduos aptos ou não para realização do programa RCPM;
Verificar a importância dos seus resultados para criação de futuros planos de tratamentos específicos.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dentre os países mais populosos, o Brasil é um dos que apresenta mais agudo processo de envelhecimento. Em 1980 a proporção de pessoas com 60 anos ou mais era de 6.1%, em 2000 de 8.6%, correspondendo a um aumento de 7.3 milhões de idosos, (IBGE, 1981 e 2001 e GIATTI et al, 2003).
Em 2030 o Brasil terá a sexta população mundial com maior número de idosos existentes, sendo que no inicio do século XX, os brasileiros viviam em media 33 anos. Atualmente as expectativas de vida atingem 71 anos (IBGE, 2003). 
O sedentarismo, a incapacidade e a dependência, são considerados os fatores mais fortes associados ao envelhecimento, sendo que estes levam a um impacto econômico no Brasil, aumentando os custos assistenciais de saúde. Evidencia-se que o melhor modo de reduzir gastos e promover a saúde do idoso, é prevenindo seus problemas médicos, dando ênfase as doença cardiovasculares consideradas as principais causas de morte em idosos (NÓBREGA et al, 1999).
 3.1Alterações músculo-esqueléticas
 
No decorrer do envelhecimento observa-se uma redução da massa muscular total, da forca física e da capacidade de gerar trabalho, devido a uma atrofia das fibras que compõe os músculos. Com a perda da mineralização óssea (osteoporose), os ossos tornam-se mais frágeis aumentando o risco de fraturas. Esse processo pode ser acelerado devido a alimentação incorreta e a falta de atividade física (GEIS, 2003). 
3.2 Alterações Fisiológicas
Doenças crônicas degenerativas e hábitos de vida inadequados contribuem para a aceleração de uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo durante o envelhecimento (CARVALHO et al, 2006, LEITE, 1990).
A realização de atividades diárias e a manutenção de um estilo de vida saudável são dificultadas devido a uma diminuição de capacidades motoras, redução da força, flexibilidade e VO2 máximo decorrentes do processo de envelhecimento (MARQUES, 1996). 
 A diminuição da capacidade vital, altera o sistema respiratório; as reações tornam-se mais lentas e a velocidade de condução nervosa decai alterando sistema nervoso central e periférico, outras alterações também ocorrem, por exemplo, no sistema cardiovascular (MATSUDO, 1991). O músculo cardíaco reduz a capacidade ejetora de sangue diminuindo a disposição para as tarefas diárias e causando a sensação de cansaço (MOREIRA, 2001).
 Na terceira idade, ocorrem alterações profundas no metabolismo, sistema muscular, ósseo e articular. Os músculos perdem massa e os ossos tornam-se frágeis, as articulações perdem a flexibilidade, ocorrendo diminuição de mobilidade (MOREIRA, 2001). 
Segundo King (1995), Rizzo (1998), Close (1999), têm aumentado o número de quedas em idosos, o que chama a atenção aos custos com o idoso em relação a saúde e pelo aumento de hospitalizações, pois além da ocorrência de fraturas e risco de morte podem ocorrer restrições das atividades. 
3.3 Alterações Cardiovasculares
Estima-se que em2025, cerca de 85% das pessoas maiores de 65 anos, apresentarão pelo menos uma doença crônica. Sendo de alto custo econômico e social e a principal causa morte do individuo idoso, as doenças cardiovasculares constituem maior numero entre as doenças crônicas. Aumentando de forma progressiva a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais prevalente entre os indivíduos dessa faixa etária e aumenta progressivamente com a idade (OPS, 1998).
As alterações que vão ocorrendo com o envelhecimento são próprias desse processo fisiológico normal (NETTO, 2000). Porém ocorrem mudanças na elasticidade, distensibilidade e dilatação das artérias com o processo de envelhecimento. O aumento da pressão arterial sistólica é favorecido pelo esvaziamento ventricular dentro da aorta menos complacente. Devido a infiltração do colágeno, deposição de cálcio e mucopolissacarídeos, as paredes da aorta tornam-se mais espessas. Menor diâmetro capilar, alteração da função endotelial e redução da relação capilar/fibra muscular, são alterações funcionais sofridas pela circulação periférica. (NÓBREGA, et al 1999).
3.4 Alterações do sistema respiratório 
Segundo, Shephard (2003), com a idade ocorrem alterações anatômicas na caixa torácica, na ramificação dos brônquios, na estrutura da parede dos vasos, redução de elasticidade de forma geral, diminuição do desempenho dos músculos respiratórios e de troca gasosa, devido ao aumento da demanda respiratória e o fato de que a pressão ventilatória máxima diminui com a idade, porém existem variações interindividuais.
	Insuficiências respiratórias restritivas, obstrutivas e disfuncionais podem ser consideradas conseqüências dessas alterações (MAZO, 2001).
3.5 Benefícios da atividade física
Mazo, et AL (2004) citando CASPERSEN (1985), diz que a atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto energético, sendo que nesta se incluem movimentos realizados no trabalho, atividade domestica e tempo livre. 
Uma vida ativa garante a redução ou eliminação de perdas decorrentes da inatividade (MAZO, 2001).
	A conscientização de que aderir a prática de atividades físicas gera uma melhora na qualidade de vida, vem provocando mudanças nos hábitos de vida das pessoas (PAOLUCCI, 2005).	
Segundo Moreira (2001), a atividade física causa benefícios fisiológicos: melhora a qualidade do sono, melhora o condicionamento cardiorrespiratório, aumenta a resistência muscular, mantem a flexibilidade, previne declínios relacionados ao equilíbrio e coordenação, reduz estresses e ansiedade, aumenta o bom humor, mantêm a saúde mental, desenvolve novas habilidades, melhora a integração social e cultural e reduz gastos com cuidados de saúde.
Com a prática de atividade física ocorre melhora da saúde global, aumentando a resistência a infecções agudas (SHEPHARD, 2003).
Desconforto em alguns movimentos, falta de preparo físico, redução de equilíbrio, medo de quedas, dificuldade de locomoção até o local por falta de independência, fatores econômicos ou limitações resultantes de doenças, têm sido barreiras que limitam a prática de atividade física em idosos (NIED, 2002).
3.6 Programas de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica (RCPM)
“Independente da estratégia, RCPM estruturada corresponde a um processo educativo, em contexto no qual o paciente deve ser provido de informações básicas sobre a fisiopatologia de sua doença; Relação da doença com a atividade física, atividade sexual e trabalho; mecanismos de ação dos fármacos; reformulação dos hábitos alimentares; cessação do tabagismo e controle do estresse. Cabe enfatizar que as evidencias cientificas dão relevância ao treinamento físico, credenciando-o como principal intervenção neste processo de reabilitação” (CARVALHO et al, 2006).
Um médico, um professor de educação física e/ou fisioterapeuta e um profissional da área da enfermagem devem compor a equipe básica da RCPM, funcionando de três a cinco vezes por semana, duas horas por dia, sendo que cada paciente participa apenas de uma hora diária, podendo interagir com demais atividades propostas por um centro de saúde, como o Programa de Saúde da Família (CARVALHO et al, 2006).
No Brasil existe desinformação ou má atitude política em relação aos benefícios da RCPM, os planos de saúde costumam tratar o processo de reabilitação como procedimentos para problemas músculos-esqueléticos agudos permitindo aos pacientes 10 sessões por ano, sendo que estes devem ser regidos segundo normas próprias (CARVALHO et al, 2006).
Muitas pessoas colocam em risco a sua saúde, pois realizam a prática de exercícios físicos sem orientação especializada e adequada aos seus objetivos e limitações, por não realizarem nenhum tipo de avaliação. Portanto faz-se necessário a aplicação de uma avaliação para a elaboração de um bom programa de exercícios. A avaliação deve ser especifica e demonstrar as possíveis limitações das atividades da vida diária (YENG, et al 2001).
4. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
4.1 PAR-Q
Considerado um questionário de prontidão para atividade física, o Par-Q (Physical Activity Readiness Questionnaire), é um instrumento que pretende identificar os indivíduos assintomáticos que não precisariam de um exame clínico mais específico antes de se engajarem em programas de atividades físicas (Brito 2002). Desenvolvido pela Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício (revisado em 1994) tem sido recomendado para a entrada em programas de exercício de intensidade branda e moderada.
O questionário consta de 7 perguntas de respostas simples e diretas (cinco relacionadas a problemas cardiológicos, uma relacionada a sistema ósseo, muscular e articular e uma relacionada a atividade física), se o participante responder sim a uma (01) ou mais questões, ele deve ser encaminhado a uma avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade física.
O Par-Q, somente deverá ser utilizado por inteiro, não deverá ter qualquer das perguntas excluídas (Anexo I).
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5.1 Delineamento do Estudo 
 
Este estudo caracteriza-se por uma pesquisa do tipo descritiva, quantitativa e exploratória, refere-se apenas aos dados observado, sendo estes trabalhados no Programa SPSS. Compreendendo sua coleta, tabulação apresentação, análise, interpretação, representação gráfica e descrição (BISQUERRA et al, 2004).
5.2 Delimitação do Estudo
O presente estudo foi realizado com os participantes do Programa de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), na cidade de Florianópolis, no período de novembro de 2009.
Este estudo teve como população alvo os indivíduos que já participam do RCPM, mas que não realizaram uma avaliação específica para sua entrada no programa.
Para composição da amostra serão considerados os seguintes critérios de inclusão para os indivíduos:
a) Ambos os sexos;
b) Faixa etária igual ou maior de 60 anos;
c) Indivíduos que foram encaminhados para o RCPM.
d) Que concordem e possuam disponibilidade em participar da pesquisa, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A).
Como critério de exclusão será considerado: 
a) Idade inferior a 60 anos. 
b) Qualquer outro fator de impedimento e compreensão para realização da aplicação do instrumento. 
5.3 Procedimentos de Coleta de dados
O participante que ingressou no Programa de RCPM realizou a avaliação através do questionário PAR-Q, sendo submetido a sete perguntas (cinco relacionadas ao sistema cardiológico uma relacionadas ao sistema ósseo e articular e uma relacionada atividade física). (ANEXO I).
A coleta de dados ocorreu nas dependências do Núcleo de Cardiologia e Medicina do Exercício, no município de Florianópolis. Este laboratório é vinculado a Universidade do Estado de Santa Catarina.
Atualmente, todos os participantesque ingressam ao Programa de RCPM apresentam diagnóstico de problemas cardiovasculares ou pulmonares e realizam diversas avaliações na sua entrada, sendo que até o momento ainda não era incluído o questionário Par-Q como avaliação obrigatória. 
Após a aprovação do projeto pelo CEP, os pacientes foram previamente agendados. Os pesquisadores foram apresentados aos pacientes e os mesmos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO II)
Os dados coletados foram armazenados por meio do Software estatístico Statistical Program Software System (SPSS) 13.0 for Windons. 
5.4 Procedimentos de Análise dos Dados
Os resultados serão apresentados em tabelas, criadas a partir do instrumento de pesquisa.
No Par-Q atribuem-se itens (em forma de questões) organizados em uma escala de dois pontos de variação, Sim ou Não que representam o método de dicotomia, atribuem a cada uma das variáveis elementares uma pontuação dicotômica. Essa pontuação é codificada para efeitos de tratamento informático, geralmente por 0-1 ou também 1-2 (BISQUERRA et al, 2004). Se algum indivíduo não responde afirmativamente a nenhuma alternativa, considera-o como valor perdido (missing value) por defeito. Em um total de 20 indivíduos, 1 dos quais não respondeu afirmativamente nenhuma alternativa, serão analisados somente 19 indivíduos. 
Esclarecemos que os dados obtidos foram analisados apenas em caráter científico, e sendo assim, os sujeitos não serão identificados ao apresentarmos os resultados da pesquisa. Dessa forma, os participantes são identificados apenas por números, para que ninguém, além dos pesquisadores, possa saber quem é o informante.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra era composta de 70 indivíduos (29 mulheres (38%) e 41 homens (62%). Dos 70 participantes, 8 (2 mulheres e 6 homens) (11%) não preencheram a idade correspondente na anamnese do questionário, sendo estes excluídos da análise dos resultados. A idade mínima da amostra foi de 60 anos e a idade máxima foi de 84 (Anexo V). Dos 62 pacientes (Anexo IV) (35 homens (54%) e 27 mulheres (46%) incluídos na amostra todos responderam as perguntas (Anexo VI).
O questionário PAR-Q foi desenvolvido para se ter conhecimento cardiológico sobre o paciente que pretende ingressar em um programa de atividade física. O questionário é auto-aplicável (o paciente responde o questionário sem auxílio de entrevista).
A primeira questão do PAR-Q é relacionada se “alguma vez seu médico disse que você sofre de uma condição cardíaca e que somente deveria realizar exercícios físicos recomendados pelo médico”. Dos 62 pacientes 27 (43%) responderam que “sim”que apresentam condição cardíaca devendo realizar exercícios apenas recomendados pelo médico. 
 Pacientes que apresentam alguma condição cardíaca são normalmente encaminhados por seu médico para a prática de atividades físicas, pois esta pode chegar a reduzir a quantidade de medicações ingeridas, a pressão arterial, entre outros fatores, porém devem ser aplicadas por profissionais especializados, pois exercícios de duração, intensidade, freqüência e carga inadequada podem vir a causar efeitos contrários ao esperado, agravando o quadro do indivíduo (SILVEIRA et. al, 2007).
Na segunda questão, 2 (3%) indivíduos responderam que sentem dor no tórax quando realizam atividade física. 
Na terceira questão referente ao indivíduo sentir dor no tórax no mês anterior enquanto realizava atividade física, 5 (8%) deles responderam que sim.
O questionário foi aplicado em indivíduos que já estão realizando as atividades ao Programa de Reabilitação, que funciona 3 dias na semana sendo que cada individuo participa de 1 hora diária. 
Em relação ao segundo e terceiro item do instrumento foi possível identificar que os pacientes deveriam passar por uma avaliação minuciosa para detectar se a dor no tórax esta relacionada a problemas cardíacos/pulmonares ou musculares, demonstrando assim, a relevância de uma inspeção de um profissional especializado antes de iniciar o programa. 
Ainda sobre os itens relacionados a dores torácicas, Sudbrack (2002) cita Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), que as dores torácicas normalmente vêm acompanhadas de fatores ligados ao sistema emocional, onde pacientes e familiares exigem do médico um diagnóstico rápido e um tratamento adequado, visto que è no tórax onde se alojam órgãos vitais. 
A dor torácica pode ser sintoma de diversas doenças relacionadas ao coração, pulmão, estômago, entre outros órgãos, por isso deve ser investigado de forma detalhada, principalmente quando ocorre com certa freqüência. Quanto antes o paciente procurar auxílio médico, maior a probabilidade de conseguir um correto diagnóstico e tratar a causa deste sintoma (BASSAN, 2002).
A dor torácica durante o exercício físico implica em três aspectos: local, preferencialmente na região torácica, aparecimento durante esforço e alívio com repouso. Inúmeras afecções pleuropulmonares, gastroesofágicas, musculoesqueléticas podem causar ou agravar a dor torácica durante a atividade física, por tanto estas atividades devem ser interrompidas até que o paciente procure auxilio médico, pois dependendo da causa, a atividade física pode vir a agravar a situação (SUDBRACK, 2002).
Em relação ao item 4 do Par-Q, sobre tontura e perda de consciência, faz parte do quadro de sintomas de diversas patologias, por tanto faz-se necessário o acompanhamento médico e investigação detalhada dos sintomas relatados pelos pacientes. Em relação a este item, 13 (21%) indivíduos responderam que em algum momento apresentaram tontura.
 O envelhecimento compromete a habilidade do sistema nervoso central (SNC) em realizar o processamento de sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal; esses processos degenerativos são responsáveis pela ocorrência de vertigem e/ou tontura e desequilíbrio, que posteriormente são responsável pelo elevado custo médico gasto com idosos que sofrem quedas. Aproximadamente 30% das pessoas de 65 anos ou mais caem pelo menos uma vez por ano. Os principais problemas causados pelas quedas são fraturas, lesões na cabeça, ferimentos graves, ansiedade, depressão e medo de subseqüentes quedas. (PAIXÃO, 2002 e CARVALHO, 2002).
Em relação a problemas ósseos ou de articulações (item 5 do Par-Q), 28 (45%) responderam que sim, que poderiam piorar em conseqüência de uma alteração em sua atividade física. Importante registrar que dos 62 indivíduos avaliados (item 5), 45% deles indicaram apresentar problemas músculo-esqueléticos (ossos e articulações). 
Devido aos fatores do envelhecimento, seria de grande importância realizar uma avaliação específica para triagem dos pacientes antes da entrada ao programa permitindo pacientes liberados ao programa sem recomendações especiais; pacientes liberados com recomendações especiais (eventualmente com algumas restrições) e paciente impedido de participar do programa antes de parecer especializado (MOZERLE; CARVALHO, 2009).
Sobre a utilização de medicamentos para pressão arterial ou condição cardíaca (item 6 do Par-Q), é importante ressaltar que os monitores, ou profissionais da saúde que fazem parte do programa, devem estar informados sobre a utilização dos mesmos, pois a falta do uso, ou efeitos colaterais, poderá prejudicar a reabilitação. Em relação à prescrição de tratamento medicamentoso para pressão arterial (item 6), 47 (76%) dos pacientes, relatam estarem fazendo uso do mesmo.
Acredita-se que a prescrição de medicamentos para o controle de pressão arterial ou alterações cardíacas, só vem a acontecer quando se tem um diagnostico fidedigno de determinada patologia, tanto é necessário se ter conhecimento dos efeitos que se espera sobre a patologia com a administração de tais medicamentos, assim pode se saber se o paciente deve ou não praticar atividades físicas (SILVEIRA et. al, 2007).
 Por fim, o último item do Par-Q, “você conhece algumarazão que o impeça de realizar atividade física? ”, 3 (5%) pacientes relataram que sim, que poderiam apresentar outro motivo para não realizar a atividade física ao programa. Os 3 pacientes relataram que têm conhecimento, por informação médica, ou pela própria experiência, de algum motivo que poderia impedi-lo de participar de atividade física sem supervisão médica. Esses pacientes (5% da amostra) poderiam ser acompanhados de forma individualizada e identificar os problemas que poderiam prejudicá-los. 
Após analisarmos os dados, foi possível perceber a importância de um questionário de triagem para participação do indivíduo ao programa de RCPM. Identificamos também que muitos dos participantes deveriam estar realizando tratamento de forma diferenciada dos demais por apresentarem problemas ósteomioarticulares, além de alterações respiratórias e cardiovasculares. A listagem de problemas deveria ser detalhada e pacientes que responderam SIM há mais de uma pergunta, poderiam ser encaminhados para avaliações mais detalhadas e apenas após receberem autorizações e respectivo parecer de um especialista, ingressariam ao programa. 
7. CONCLUSÃO
	Um percentual considerável da amostra respondeu que sentem dor no tórax, que fazem uso de medicações e, por tanto podem apenas praticar atividades físicas supervisionada por médicos. Sendo assim podemos perceber, através do uso do instrumento PAR-Q, que é possível realizar uma triagem de forma sistemática dos participantes, sendo que muitos não deveriam estar participando da RCPM sem antes passar por uma investigação médica detalhada. Desta forma, poderiam ser evitados possíveis danos à saúde, tornando a realização do Programa mais eficiente. Por tanto, pacientes que responderam “sim” a mais de uma questão deverão ser encaminhados para um médico e somente dirigirem-se novamente a RCPM mostrando o parecer do mesmo. O paciente será readmitido a partir do laudo médico e encaminhado para atividades que não provoquem evolução da doença já existente, vindo a causar somente benefícios. 
8. REFERÊNCIAS
 
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SUDBRACK, Guilherme. Entendendo a dor Torácica: Simpósio sobre diagnóstico de dor torácica. Revista AMRIGS, Porto Alegre, jan.-jun. 2002
ANEXOS
 ANEXO I 
Questionário Par-Q
 Par- Q 
	1
	Seu médico já mencionou alguma vez que você tem uma condição cardíaca e que você só deve realizar atividade física recomendado por um médico?
	Sim
	Não2
	Você sente dor no tórax quando realiza atividade física?
	Sim
	Não
	3
	No mês passado, você teve dor torácica quando não estava realizando atividade física?
	Sim
	Não
	4
	Você perdeu o equilíbrio por causa de tontura ou alguma vez perdeu a consciência ?
	Sim
	Não
	5
	Você tem algum problema ósseo ou de articulação que poderia piorar em conseqüência de uma alteração em sua atividade física?
	Sim
	Não
	6
	Seu médico está prescrevendo medicamentos para sua pressão ou condição cardíaca?
	Sim
	Não
	7
	Você conhece outra razão que o impeça de realizar atividade física?
	Sim
	Não
 
 APÊNDICES
APÊNDICE I
Declaração de Ciência e concordância das instituições envolvidas
	
	UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PROPPG
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
 EM SERES HUMANOS – CEPSH
DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA E CONCORDÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS
          Com o objetivo de atender às exigências para a obtenção de parecer do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, os representantes legais das instituições envolvidas no projeto de pesquisa intitulado “A Importância da Aplicação do Querstionário “Par-Q” em Idosos antes da Prática de Atividade Física em Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica” estarem cientes e de acordo com seu desenvolvimento nos termos propostos, lembrando aos pesquisadores que no desenvolvimento do referido projeto de pesquisa, serão cumpridos os termos da resolução 196/96 e 251/97 do Conselho Nacional de Saúde.
Florianópolis, ____ / ________ / _________ .
_________________________________________
Professora Angelise Mozerle
Pesquisador responsável (Orientadora)
____________________________________________
Professor Dr. Alexandro Andrade
Diretor do CEFID (Instituição de origem)
_________________________________________
Professor Dr. Tales de Carvalho
Coordenador do NCME
APÊNDICE II
Termo de Consentimento Livre e esclarecido para pacientes.
	
	UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PROPPG
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
 EM SERES HUMANOS – CEPSH
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PACIENTES
Título do Projeto: “A Importância da Aplicação do Questionário “Par-Q” em Idosos antes da Prática de Atividade Física em Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica”
O (a) senhor(a) está sendo convidado a participar como voluntário de um estudo que fará parte do Programa de Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica da Universidade do Estado de Santa Catarina. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado (a) de forma alguma. 
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Título do Projeto: “A Importância da Aplicação do Questionário “Par-Q” em Idosos antes da Prática de Atividade Física em Reabilitação Cardiovascular Pulmonar e Metabólica”
Pesquisador Responsável: Angelise Mozerle 
Endereço:(Rua, n.º ): Paula Ramos, 1134 – Coqueiros, Florianópolis - SC
Telefone para contato: (48) 88078656
Pesquisadores Participantes: Darice Michelute e Ramon de Freitas
Telefones para contato: (48) 91581121 / (48) 99973355.
Objetivo: Este tem como objetivo verificar a importância dos resultados do questionário “Par-Q” para a triagem dos participantes do RCPM. 
O “Par-Q” trata-se de sete perguntas, seis relacionadas ao sistema cardiológico e uma relacionada ao sistema ósseo e articular, que devem ser respondidas apenas com sim ou não.
O questionário será aplicado nas dependências do local onde é praticado a Reabilitação Cardiopulmonar e metabólica, com horário e data previamente marcados entre o senhor (a) e os pesquisadores responsáveis. 
Informamos que o procedimento realizado não apresenta nenhum risco e caso sentir qualquer desconforto, estaremos à inteira disposição para retirar eventuais duvidas. Por ser o trabalho aqui oferecido por adesão voluntária e sem interesse financeiro, o senhor (a) não terá direito a nenhuma remuneração, ressarcimento de despesas decorrentes da participação da pesquisa, ou indenizações diante de eventuais danos decorrentes do mesmo e poderá se retirar do estudo a qualquer momento, bastando para isso informar, da maneira que achar mais conveniente, a desistência.
Solicitamos a vossa autorização para o uso de seus dados para a produção de artigos técnicos científicos.
CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO
Eu, 	, 
RG,	 , CPF 	 abaixo assinado, concordo em participar do presente estudo, para tanto declaro que fui devidamente esclarecido sob o questionário que responderei, sendo que não receberei nada por minha participação e poderei desistir a qualquer momento sem que isto gere qualquer penalidade. 
Estou ciente de que meus dados poderão ser utilizados para realização de artigos técnicos científicos, por tanto declaro verdadeiras todas as respostas e informações a mim cedidas.
Local e data:	
Nome:	
Assinatura:	
 	Agradecemos a vossa colaboração.
APÊNDICE III
Tabela demonstrando números e porcentagens de homens e mulheres participantes da pesquisa.
sexo
	 
	Frequency
	Percent
	Valid Percent
	Cumulative Percent
	Valid
	homens
	33
	54,0
	54,0
	54,0
	 
	mulheres
	29
	46,0
	46,0
	46,0
	 
	Total
	62
	100,0
	100,0
	 
 
APÊNDICE IV
 Tabela demonstrando idade mínima e máxima dos participantes.
	
	N
	Minimum
	Maximum
	Mean
	Idade
	62
	60
	84
	62,4 + ou -
	Valid N (listwise)
	 62
	 
	 
	 
APÊNDICE V
Quantidade de participantes que responderam e não responderam as questões de 1 a 7 do Par-Q
	 
	Sexo
	item 1
	item 2
	item 3
	item 4
	item 5
	Item 6
	Item 7
	N
	Valid
	62
	62
	62
	62
	62
	62
	62
	62
	 
	Missing
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
APÊNDICE VI
Tabela demonstrando os pacientes através de números, suas respectivas idades e quantos responderam Sim (representado pelo numero 1) ou não (representado pelo numero 2) para cada questão.
	Pacientes
	Q1
	Q2
	Q3
	Q4
	Q5
	Q6
	Q7
	Idade
	1
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	60
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	1
	2
	64
	3
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	64
	4
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	79
	5
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	61
	6
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	84
	7
	2
	2
	2
	1
	1
	1
	2
	65
	8
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	68
	9
	2
	2
	1
	2
	2
	2
	2
	60
	10
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	73
	11
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	60
	12
	1
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	71
	13
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	77
	14
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	67
	15
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	61
	16
	2
	2
	2
	1
	1
	1
	2
	72
	17
	1
	2
	2
	1
	1
	1
	2
	81
	18
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	73
	19
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	67
	20
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	62
	21
	1
	2
	2
	1
	2
	1
	2
	79
	22
	1
	2
	2
	1
	2
	1
	2
	72
	23
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	2
	61
	24
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	67
	25
	2
	1
	2
	1
	1
	1
	2
	70
	26
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	65
	27
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	2
	63
	28
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	79
	29
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	72
	30
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	62
	312
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	62
	32
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	65
	33
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	62
	34
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	63
	35
	1
	2
	2
	1
	2
	1
	2
	80
	36
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	65
	37
	2
	2
	1
	2
	2
	1
	2
	79
	38
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	64
	39
	1
	2
	2
	1
	2
	1
	2
	73
	40
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	1
	65
	41
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	71
	42
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	74
	43
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	60
	44
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	71
	45
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	73
	46
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	66
	47
	1
	1
	1
	2
	1
	1
	2
	64
	48
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	1
	76
	49
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	74
	50
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	78
	51
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	2
	79
	52
	2
	2
	1
	1
	1
	1
	2
	71
	53
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	72
	54
	2
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	70
	55
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	2
	67
	56
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	66
	57
	1
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	63
	58
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	61
	59
	2
	2
	2
	2
	2
	1
	2
	60
	60
	1
	1
	2
	2
	2
	1
	2
	69
	61
	1
	2
	2
	2
	1
	1
	2
	65
	62
	1
	1
	2
	1
	2
	1
	2
	70

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